25 agosto 2010

O terceiro Grão-Mestre

O terceiro Grão-Mestre da GLLP/GLRP foi José Manuel Morais Anes. Exerceu essas funções entre 2001 e 2004. Coube-lhe assumir a tarefa da retomada da normalidade, após o tumultuoso mandato do seu antecessor. Garantida que fora por este a continuação do reconhecimento internacional da GLLP/GLRP como a única Potência Maçónica Regular em Portugal, José Manuel Anes, na frente internacional consolidou a normalização das relações. Com ele, virou-se a página e retomou-se o caminho.

Também na frente interna o mote do trabalho do Grão-Mestre José Manuel Anes foi a retomada e consolidação da normalidade. Paulatina mas firmemente, deixou bem claro que o passado era passado e que, mais do que recordar eventos, o que interessava era que cada um prosseguisse o seu trabalho de aperfeiçoamento pessoal, que cada Loja exercesse a sua função de enquadramento e catalisador do trabalho dos seus elementos.

Bem-disposto, bonacheirão, sempre com um sorriso na cara, José Manuel Anes transmitiu a todos a sua confiança. E o seu mandato foi um percurso em crescendo para a normalidade...

O Grão-Mestre José Manuel Anes recebeu uma Grande Loja ainda marcada pelos eventos que ofuscaram o mandato do seu antecessor e transmitiu ao seu sucessor uma Grande Loja estabilizada, confiante e em velocidade de cruzeiro. Podemos e devemos, sem dúvida alguma, considerar, com toda a justiça, que foi o homem certo a segurar na altura certa o leme da Grande Loja Legal de Portugal / GLRP.

Eis o seu currículo, reunindo informação registada no sítio da GLLP/GLRP e na página a ele dedicada na Wikipédia:

Nascido em Lisboa a 21-6-1944.

Residente na Costa da Caparica.

Licenciado em Química, pela Faculdade de Ciências de Lisboa, em 1975 (Bacharel em 1973).

Nos anos 70 foi assistente de Biomatemática na Faculdade de Medecina de Lisboa (HSM) - 1976-77 e 1977-78 - e, tendo sido equiparado a bolseiro, frequentou um curso de pós-graduação em Química-Física Inorgânica na Fac. de Ciências da Universidade Complutense de Madrid e estagiou em Catálise e Catalisadores no Instituto de Química-Física do Conselho Superior de Investigações Científicas de Madrid. Foi durante vinte anos Perito Superior de Criminalística do Laboratório de Polícia Científica da P.J.; actualmente está na situação de aposentado.

Desde 1986,é docente convidado de Matemáticas para as Ciências Humanas do Departamento de Antropologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Faculdade onde tem lecionado também Métodos Quantitativos no Departamento de História, Estatística e no de Ciência Política; desde o ano de 2000-2001, leccionou também, na FCSH da UNL, a cadeira de Antropologia da Religião no Departamento de Antropologia, nos anos de 2000-2001 e 2001-2002. Tem dado, desde 1998, Cursos livres sobre História das Correntes Esotéricas, Novos Movimentos Religiosos e "New Age", no Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões da mesma Faculdade, e também no Centro Nacional de Cultura, os último dos quais se intitularam "Violência e Novos Movimentos Religiosos" e "Esoterismo e Política". Foi Assessor Cultural da Fundação Cultursintra, em 1996 e 1997, sendo Medalha de Prata da C.M. de Sintra em virtude da sua iniciativa pessoal que conduziu à classificação da Quinta da Regaleira pelo IPPAR como imóvel de interesse público e também pelos estudos realizados (um dos quais foi apresentado em Londres na Cornerstone Society - ver o resumo da conferência em www.workingtools.org) e pela divulgação da mesma Quinta. Foi Presidente da Academia de Estudos Ibero-árabes (1995/97) e Vice-Presidente da Associação Fernando Pessoa (1999-2000).

É membro correspondente em Portugal da Associação "ARIES" (de Estudos e Informações sobre Esoterismo) dirigida pelo Prof. Antoine Faivre da EPHE (Sorbonne), do CIRET (Centro de Estudos sobre Transdisciplinaridade) dirigido por Basarab Nicolescu (Paris) e das seguintes Associações de estudos dos Novos Movimentos Religiosos: a francesa AEIMR dirigida por Bernard Blandre e a italiana CESNUR (Torino) dirigida pelo Doutor Massimo Introvigne (Torino). Foi Director da "Biblioteca Hermética" da Hugin Editores, onde publicou obras de diversos autores, entre os quais Lima de Freitas, Gilbert Durand, Adalberto Alves, Carlos Calvet, etc.

É um especialista de Correntes Esotéricas Ocidentais, sendo membro da ESSWE- European Society for the Study of Western Esotericism, dirigida pelos Profs. Wouter Hanegraaff (Univ. Amsterdão) e Antoine Faivre (Jubilado da EPHE-Sorbonne).

Organizou, em 2000, a pedido da Câmara Municipal de Cascais/Pelouro de Cultura, o Colóquio internacional "Fernando Pessoa, o Esoterismo e Aleister Crowley" que contou com as participações, entre outros, dos grandes especialistas universitários de esoterismo e de "novos movimentos religiosos", Antoine Faivre, Massimo Introvigne e Gordon Melton e dos pessoanos Maria Aliette Galhós, Manuela Parreira da Silva e Luis Filipe Teixeira.

Escreveu prefácios para vários livros, os últimos dos quais para “O Pensamento Maçónico de Fernando Pessoa” de Jorge de Matos (Sete Caminhos, Lisboa, 2006) e “La Franc-Maçonnerie comme Voie d’Éveil” de Rémi Boyer (Rafael de Surtis/Éditinter, Monts, França, 2006).

Para além da sua formação em Criminalística, desde 1999, tem-se dedicado também, no quadro da Socio-Antropologia, particularmente no domínio do estudo da Violência em “Seitas” e grupos religiosos radicais, tem sido Docente de cursos sobre Violência Religiosa e Terrorismo Religioso, quer no ISER, a partir de 2001, quer em 2006, na Reitoria da Universidade (Clássica) de Lisboa, na Universidade Autónoma de Lisboa e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, num curso de Pós-graduação e Mestrado em Estudos Avançados de Segurança e Direito, onde lecciona as cadeiras de Violência Religiosa e de Criminalística. É co-autor no livro “As Teias do Terror” (Ésquilo, 2006).

Foi (desde 2004) Vice-Presidente do OSCOT- Observatório de Segurança, Crime Organizado e Terrorismo e é, desde o início de 2010, o seu Presidente. É Director da revista para o grande público intitulada “Segurança e Defesa”.

Bibliografia publicada:

"Re-creações Herméticas", Hugin, Lisboa, 1ª. ed. 1996, 2ª. ed. 1997; "O Esoterismo da Quinta da Regaleira", Hugin, Lisboa, 1ª. ed.1998, 2ª ed. 2000, 3ª ed. 2003. "Maçonaria Regular - Maçonaria Universal" - Hugin, Lisboa, 2003. "Re-creações Herméticas - II" - Lisboa, Hugin; “Fernando Pessoa e os Mundos Esotéricos” – Lisboa, Ésquilo, 1ª. E 2ª. Eds., 2004;“Os Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira” – Lisboa, Ésquilo, 2005.
Com outros autores: "As Tentações de Bosh e o Eterno Retorno", Lisboa, Museu de Arte Antiga, 1994; "Poesia e Ciência", Lisboa, Cosmos/GUELF, 1994; "Caos e Meta-Psicologia", Lisboa, Fenda/ISPA, 1994; "Religião e ideal maçónico", Lisboa, ISER, 1990); "Seminário sobre Newton", Évora, Universidade de Évora/CEHFC, 1995; "Masoneria y religión", Madrid, Ed. Complutense, 1996; "A Vivência do Sagrado", Lisboa, Hugin, 1998, "A Quinta da Regaleira: história, símbolo e mito", Fundação Cultursintra, 1998; "Portugal Misterioso", Lisboa, SRD, 1998; "L'Âme secrète du Portugal", Paris, L'Originel, nº 9, 2000; "L'Homme à venir - Mémoire du XXe.siècle - nº.2", Paris, Rocher, 2000; "Discursos e práticas alquímicas - I", Lisboa, Hugin/CICTSUL, 2001; "Esoterismo e Humanidades" -Colibri/Faculdade de Letras de Lisboa, 2001; "Discursos e práticas alquímicas - II" - Lisboa, Hugin/CICTSUL, 2002; "O Homem do futuro - um ser em construção" - São Paulo -Br., Triom/USP, 2002; "A Creação - La Création" - Lisboa, Atalaia/Intermundos, 2003; "Le Sacré aujourd'hui" - Paris, Rocher, 2003; “Templiers: les yeux du Baphomet” – Monts (Fr.), Rafael de Surtis/Editinter, 2004.

Percurso Maçónico

Foi iniciado Maçon no Grande Oriente Lusitano, em 1988, tendo saído em 1990, para constituir a Grande Loja Regular de Portugal-GLRP, onde fundou a Loja "Quinto Império" e onde foi sucessivamente, até finais de 1996, Grande Inspector, Assistente de Grão-Mestre e Vice Grão-Mestre. A partir de 1997, continuou a integrar a Grande Loja Legal de Portugal/GLRP - potência regular internacionalmente reconhecida pela Maçonaria Universal - de que foi, a partir dos começos de 2001, Grão Mestre, até Março de 2004.

Foi de 1995 a 2000, Grão Prior do Grande Priorado Independente da Lusitânia da Ordem dos CBCS (Altos Graus do Rito Escocês Retificado).

É CBCS-Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa (armado na Prefeitura de Genève do Grande Priorado Independente da Helvécia, de que é Membro de Honra), Cavaleiro maçónico de Malta - KM (armado no Grande Priorado da Gálias, em Paris), do Grande Priorado de Inglaterra e Gales) e 33º., Grau honorário do Rito Escocês Antigo e Aceite (Supremo Conselho para Portugal).

É membro do Supremo Grande Capítulo do Arco Real de Portugal e do Conselho Críptico para Portugal (Mestres Reais e Escolhidos) - altos graus do Rito de York. É ainda Cavaleiro do Conclave "Henrique de Borgonha" do Grande Conclave Imperial para a França da Ordem Maçónica e Militar da Cruz Vermelha de Constantino e das Ordens do Santo Sepulcro e de S. João Evangelista. É IXº. Grau e membro honorário do Colégio dos "Supreme Magus" da Sociedade Rosacruciana dos EUA ("Societas Rosacruciana in Civitatibus Foederatis" e ainda membro da "Societas Rosacruciana in Lusitania (SRIL).

É membro de honra da Loja "Oldest Ally" da Grande Loja Unida de Inglaterra, Companheiro do Arco Real inglês (Capítulo "Benaventa" de Northamptomshire), Cavaleiro Templário - KT de Honra (Capítulo "Holy Cross" de Northamptonshire, "Supreme Ruler" da Ordem inglesa do "Secret Monitor" e do Conclave "Olissipus Fidelis" (a Oriente de Lisboa) da OSM, Cavaleiro Rosa Cruz da Ordem Real da Escócia (Grande Loja de Edimburgo), Maçon de Marca e do "Royal Ark Mariner" da Loja "Rose and Lilly" de Londres e membro (em Inglaterra, do Conselho do Grão-Mestre) dos 5 Ordens que constituem os Allied Masonic Degrees: St. Laurence the Martyr, Knight of Constantinople, Grand Tiler of Salomon, Red Cross of Babilon e Grand High Priest. É Knight Templar Priest do Tabernáculo «London Freemen» e membro da Sociedade «Operatives».

É detentor das mais altas distinções do Grande Oriente do Brasil - GOB, entre as quais, a Condecoração da "Estrela da Distinção Maçónica" (Conferida pelo Grão Mestre Geral do GOB), Diploma e Medalha de Honra ao Mérito "Gonçalves Ledo" (Conferida pelo Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de São Paulo, federado ao GOB), Medalha do Mérito "Presidente Ivo Ramos de Mattos" (Conferida pela Assembleia Estadual Legislativa do Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro, federado ao GOB) e Medalha "Jubileu de Prata do GOERJ- 2003" (Conferida pelo Grão Mestre do Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro, federado ao GOB). É ainda detentor da Medalha do "Mérito Montezuma" do Supremo Conselho para o Brasil do Supremo Conselho do Grau 33 do REAA (atribuída pelo Soberano Grande Comendador).

É Grande Representante da Grande Loja do Estado de Nova Jersey (EUA) , junto da GLLP/GLRP, da Grande Loja da Suécia junto do Grande Priorado Independente da Lusitânia e Grande Oficial de Honra da GL Real de Marrocos.

É membro correspondente das seguintes sociedades de investigação maçónica: «Ars Quotur Coronati» (Inglaterra), «Villart de Honnecourt» (França) e «Scottish Rite Research Society» (EUA).

Rui Bandeira

14 comentários:

Diogo disse...

«Exerceu essas funções entre 2001 e 2004. Coube-lhe assumir a tarefa da retomada da normalidade, após o tumultuoso mandato do seu antecessor. Garantida que fora por este a continuação do reconhecimento internacional da GLLP/GLRP como a única Potência Maçónica Regular em Portugal, José Manuel Anes, na frente internacional consolidou a normalização das relações»


Houve chatices dentro da ordem iniciática e ritualistica, universal e fraterna, filosófica e progressista, baseada no livre-pensamento e na tolerância, que tem por objectivo o desenvolvimento espiritual do homem com vista á edificação de uma sociedade mais livre, justa e igualitária?

Paulo M. disse...

@Diogo: Saberá, por certo, que as instituições não se sustentam no vácuo; que são constituídas por pessoas; que as pessoas são todas diferentes; que, especialmente quando a liberdade individual é um valor protegido e acarinhado, essas diferenças têm consequências práticas; e, por fim, que errare humanum est.

A Maçonaria é um método de aperfeiçoamento de perssoas imperfeitas; quem já for perfeito não tem lugar entre nós: não estaria cá a fazer nada. Não é senão natural (apesar de evidentemente indesejável) que haja "chatices", para usar a sua expressão.

Mas não me parece que lhe tenha dito nada que o Diogo não soubesse já. Mais: parece-me ter sido esta apenas mais uma das "provocaçõezinhas" que, infelizmente, têm recrudescido com renovado ímpeto daí do seu lado. Diga-me lá: preza assim tanto o gosto pela ferroada que não o importa a baixa opinião que, por causa dele, os demais vão formando a seu respeito?

Um abraço,
Paulo M.

Diogo disse...

Caro Paulo M,

Já li bastantes artigos sobre maçons metidos em golpes de estado, sobre maçons metidos em lutas pelo poder político e económico, e sobre maçons metidos em negócios menos claros.

Por outro lado, tenho tido, neste site, excelentes diálogos com o que tenho a certeza de serem excelentes pessoas (o seu caso, o do Rui Bandeira e outros).

Ou seja, para mim e para muita gente, há maçons bons e há maçons que nem por isso. As minhas "provocaçõezinhas" destinam-se essencialmente a procurar saber como encaram essa dualidade dentro da maçonaria.

Abraço

candido disse...

Viva Diogo
Acho a sua posição pertinente, mas também acho que não deverá causar grande preocupação enquanto se está a falar de pessoas e de excepções. É normal que as pessoas melhores e mais bem preparadas tenham sucesso na sociedade, seja no mundo dos negócios, da política ou no plano filosófico. Se junta as melhores pessoas numa organização ela terá o maior sucesso no objecto social a que se destina.
Depois vem o que será expectável, uns contra outros a favor. Até aqui ainda bem. O pior de tudo são os ideólogos que logo vêm dizer que os judeus e os maçons suportaram guerras… e isto e aquilo e até vale a pena ver o seu blog onde se induz que os nazis não foram assim tão maus, que afinal as forças “tais” criaram esta ideia dos rapazitos, etc. e tal.
Cuidado Diogo, o mundo está a mudar em altíssima rotação, os ideólogos andam aos papéis, e estão a entrar por atalhos que não devem. Não sou filósofo, nem pouco mais ou menos, mas a minha formação permite-me pensar com a minha cabeça e digo-lhe que o povo desta minha ruralidade, diz: que quem se mete por atalhos mete-se em trabalhos.
Abraço e vá passando.

Diogo disse...

Olá Cândido,

Cândido - «É normal que as pessoas melhores e mais bem preparadas tenham sucesso na sociedade, seja no mundo dos negócios, da política ou no plano filosófico»

Diogo – Exceptuando, por ora, o plano filosófico, não é certo que sejam as pessoas melhores e mais bem preparadas a ter sucesso no mundo dos negócios e da política. Creio que a grande maioria da população portuguesa estará de acordo comigo. Então na política nem é bom falar.


Cândido - «O pior de tudo são os ideólogos que logo vêm dizer que os judeus e os maçons suportaram guerras… e isto e aquilo e até vale a pena ver o seu blog onde se induz que os nazis não foram assim tão maus, que afinal as forças "tais" criaram esta ideia dos rapazitos, etc. e tal»

Diogo – Você leu o meu blogue. Não sou nazi e voto habitualmente no Bloco de Esquerda. Só cito fontes judaicas. As contradições que aponto no Holocausto são de fácil verificação. Nunca falei em maçons. Onde foi você buscar "que afinal as forças "tais" criaram esta ideia dos rapazitos, etc. e tal"? Que forças tais são essas e que rapazitos são esses, que você refere?


Cândido - «Cuidado Diogo, o mundo está a mudar em altíssima rotação, os ideólogos andam aos papéis, e estão a entrar por atalhos que não devem. Não sou filósofo, nem pouco mais ou menos, mas a minha formação permite-me pensar com a minha cabeça e digo-lhe que o povo desta minha ruralidade, diz: que quem se mete por atalhos mete-se em trabalhos»

Diogo – Considero bastante curiosa esta sua última afirmação: "Cuidado Diogo", "os ideólogos estão a entrar por atalhos que não devem", "quem se mete por atalhos mete-se em trabalhos".

Devo considerá-la uma ameaça provinda de uma ordem iniciática e ritualista, universal e fraterna, filosófica e progressista, baseada no livre-pensamento e na tolerância?

Abraço

candido disse...

Viva Diogo
Então na política nem é bom falar.
Diogo, não quero ir por aí. Apenas reafirmar que a sociedade só tem a ganhar com as pessoas melhor preparadas e dizer-lhe que sempre foram as elites a comandar o mundo. Sempre foram, agora está menos claro! Não sei se não é o fanatismo, mas isso é outra história.
Você leu o meu blogue.
Diogo, se lhe disser que o que se passa no seu blog não permite cataloga-lo politicamente desse lado. Mto pelo contrario.
Esta história do holocausto judeu está atulhada de mentiras.
O Judaísmo é o maior inimigo do cristianimos pois promove o ateísmo/satanismo/materialismo através da franco-maçonaria.
Sabe que os judeus também foram responsáveis quando havia pestes.
Quanto ao holocausto, não refere os ciganos e os eslavos que são em maior número do que judeus!
Expus assim os pontos que formataram o meu pensamento sobre as suas ideias. Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele, meu caro!
Devo considerá-la uma ameaça provinda de uma ordem iniciática.
Diogo: quem sou eu para ameaçar? O que eu penso dos “ideólogos” é que na actualidade, com o incremento das lutas religiosas e da religiosidade, a abertura da China e a alteração da estrutura da economia – passamos de uma economia de procura para uma economia de oferta - alterou as premissas e os fundamentos dos ideólogos. É impossível ter emprego como havia e os ideólogos ainda não perceberam o que está a acontecer, pois até os operários começam a não fazer falta! Isto é um problema mto sério que deve ser agarrado com humildade e sem preconceitos!
Ou será que vamos escutar que isto é obra de grandes manigâncias judaico- maçónicas, como no tempo das pestes?
Desculpe este meu atrevimento de tirada filosófica de quem não percebe nada disto.
Abraço.

Diogo disse...

Olá Cândido,

Cândido: «Diogo, não quero ir por aí. Apenas reafirmar que a sociedade só tem a ganhar com as pessoas melhor preparadas e dizer-lhe que sempre foram as elites a comandar o mundo. Sempre foram, agora está menos claro! Não sei se não é o fanatismo, mas isso é outra história.»

Diogo: Isso é verdade (que foram sempre as elites a comandar o mundo), mas terá sido muito raro que o interesse dessas elites fosse o mesmo das populações «comandadas». A História tem demonstrado que as elites, para se beneficiarem, nunca tiveram qualquer pejo em sacrificar os «governados». Basta olhar à nossa volta.


Cândido: «Diogo, se lhe disser que o que se passa no seu blog não permite cataloga-lo politicamente desse lado [Bloco de Esquerda]. Mto pelo contrario.»

Diogo: Tenho tentado desmontar o poder dos bancos – o poder que controla todos os outros poderes. Acha pouco?


Cândido: «Esta história do holocausto judeu está atulhada de mentiras.»

Diogo: Não está? Leu os posts com atenção?

- O prisioneiro de Auschwitz e Prémio Nobel, Elie Wiesel, que no seu 1º livro não refere uma única de vez as câmaras de gás do campo.

- Ou o rabino Israel Rosenfeld, que, numa entrevista em 2005 afirmou: «... o trabalho duro, combinado com tudo o resto, conjugaram-se para fazer de Rosenfeld um jovem muito doente. Uma bolha não tratada no pé cresceu e piorou até que se tornou numa infecção debilitante na parte de trás da perna. Na altura, a meio do Inverno de 1944-45, foi colocado na enfermaria de Auschwitz, incapaz de trabalhar. Isto provavelmente salvou-lhe a jovem vida.» Numa entrevista posterior, em 2007, «O rabino Rosenfeld contou como sobreviveu miraculosamente ao campo de concentração, embora tenha depois passado três meses num hospital incapaz de estar de pé ou caminhar, porque as pernas tinham sofrido cortes fruto das experiências médicas a que os nazis o submeteram.»

- Ou a produção de sabão humano a partir dos corpos de prisioneiros judeus (como ficou provado em Nuremberga), e que hoje todos reconhecem ser falso.


Cândido: «O Judaísmo é o maior inimigo do cristianismo pois promove o ateísmo/satanismo/materialismo através da franco-maçonaria. Sabe que os judeus também foram responsáveis quando havia pestes. Quanto ao holocausto, não refere os ciganos e os eslavos que são em maior número do que judeus! Expus assim os pontos que formataram o meu pensamento sobre as suas ideias. Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele, meu caro!»

Diogo: Onde é que eu disse isso?


Cândido: «quem sou eu para ameaçar? O que eu penso dos “ideólogos” é que na actualidade, com o incremento das lutas religiosas e da religiosidade, a abertura da China e a alteração da estrutura da economia – passamos de uma economia de procura para uma economia de oferta - alterou as premissas e os fundamentos dos ideólogos. É impossível ter emprego como havia e os ideólogos ainda não perceberam o que está a acontecer, pois até os operários começam a não fazer falta! Isto é um problema mto sério que deve ser agarrado com humildade e sem preconceitos!»

Diogo: Sem falsas modéstias, julgo que tenho escrito bastante sobre a mudança de paradigma relativamente à economia e ao emprego. Estou convencido que o avanço tecnológico exponencial vai acabar paulatinamente com todos os empregos. E sem empregos não há salários, sem estes nãos há vendas, sem estas não há lucros e sem estes não há capitalismo.


Cândido: «Ou será que vamos escutar que isto é obra de grandes manigâncias judaico-maçónicas, como no tempo das pestes?»

Diogo: Não, é fruto do avanço tecnológico exponencial.


Abraço

jpa disse...

Caros comentadores (Diogo e candido)

Como leitor e comentador aqui no "A Partir Pedra" fico triste em ver evocar outros blogues que não este.
O que se passa nos vossos blogues a Vós diz respeito e não deve para aqui ser chamado.
Gostaria que não dissesem mal de Maçons e de Judeus, porque tal como em tudo há Exelentes, bons, razoaveis e menos bons.

Cumprimentos
JPA

Candido disse...

Viva jpa
Obrigado pelo reparo, mas creia que vou ser curto, mas não deixarei de responder ao Diogo. Peço-lhe um pouco da sua Tolerancia.
Abraço

Candido disse...

Viva Diogo:
A História tem demonstrado que as elites, para se beneficiarem, nunca tiveram qualquer pejo em sacrificar os governados. Basta olhar à nossa volta.

Diogo, você è que sabe filosofia. Eu estudei-a no 7º ano por obrigação, mas fiquei a saber que havia classes e que sempre houve classe dominante. Mandaram nobres, padres, burgueses e até ditos operários, mais recentemente. Todavia, penso que também essa gente exerce o que lhe permitem. Politicamente tolero todas as ideias, por curiosidade intelectual, mas não pratico, nem exerço actos que beneficiem seja quem for. Sou atento por militância se quiser.
Já agora e para não ficar com pensamentos enviesados digo-lhe que essa militância advém do facto do que vivi na descolonização. Tinha vida constituída em Angola onde trabalhava em engenharia numa multinacional, mulher professora e 3 filhos também nascidos lá. Vida de cidadão normal do Mundo que até achava que Angola deveria ser independente e que teria lá o meu espaço porque o lugar de cada pessoa não pertence a mais ninguém. Politicamente ou por causa dela, tive que constatar que África é dos “pretos”, e que o meu lugar não era aquele. Desiludiu-me muito!
Também vivi a economia de guerra, sem bancos e nem governantes, funcionando naturalmente e razoavelmente para o contexto.
Mas Diogo, nunca tive rancores. Lamento apenas o quanto sonhador e ignorante eu era. Ou talvez ainda seja! Mas ganhei perspicácia e conhecimento da pessoa humana. Aulas práticas da vida, meu caro! Coisas que só se aprendem em laboratório.
(desculpem esta minha tirada do foro pessoal, que não tendo importância para quem acompanha este blog, justifica a minha postura ao ser menos tolerante com o anti….)
Sobre o que tem escrito acerca das relações de trabalho/emprego/ nova economia, nunca li nada seu, mas estou curioso, pelo que agradeço uma dica para lá chegar, pois também eu tenho ideias que pretendo consolidar. Tem que desafiar o Paulo ou o Rui Bandeira a exporem este tema. Poderemos aí falar dos bancos e do capitalismo, do trabalho e do Agostinho da Silva se quiser.
Quanto a anti-semitismo, franco-maçonaria e holocausto, para alem do que escrevi, apenas refiro a ideia com que se fica ao passar no seu blog , no qual o Diogo tem responsabilidade editorial. Eu tenho lido passagens e comentários que me impressionam pelo sectarismo e obsessão que evidenciam, o que não é nada saudável para mentes tolas ou menos esclarecidas. Não querendo repetir/publicitar o que se escreve, digo-lhe o que penso:
A insistência na tramóia do holocausto, ressalta uma evidente tentativa de branquear atitudes nazis. “Como não havia câmaras de gás, logo os nazis não mataram ninguém, judeus, ciganos, opositores e eslavos. Morrem simplesmente”. (isto é um silogismo anedótico!)
A insistência na tramóia dos anti- … . Os posts com transcrições de artigos e textos que podem ser interpretados á luz do detalhe e não do todo. Geram posições de uns tantos Sábios de Sião! Sabe bem o que isto significado e onde nos levou.
Peça a opinião de alguém que tenha algum distanciamento intelectual para lhe dar opinião.
Veja o se conclui a propósito do seu post de sábado por ser o ultimo.
Porque um accionista duma Tv dá dinheiro para a uma mesquita, isto é … .
Um bom tema que podia ter sido agarrado por outro lado (por exemplo, porque os players são sempre os mesmos ). Mas a mensagem que passou, ( que captei) sabe qual foi? Mesquita dos Turras e Guerra ao comunismo, perdão ao Islão.
Acho que fico por aqui.
Espero a tolerância dos responsáveis deste Blog para que não fiquem com a ideia de estar a fazer política na pretensa condição de anti-politico.
Um Abraço para si Diogo

Candido disse...

Viva JPA:
Pensei melhor e decidi responder em privado ao Diogo, isto apesar de não ter sido notificado pelos responsáveis do blog por falta de ETICA. O Diogo e eu procuramos defender pontos de vista sobre matérias que eu pensei que lhe diriam respeito(a teoria da Conspiração). Tive o cuidado de ler textos deste blog que defendem pontos de vista concordantes com os meus. Para não ultrapassar os níveis da sua tolerância, procedi assim. Não tenho blog, sou apenas um militante atento ás ideias das “gentes”.
Um abraço para si.

jpa disse...

Obrigado Candido pela atenção.

Quando a discussão passa para uma plataforma individual deixa de ter o interesse geral.

Cumprimentos
JPA

Rui Bandeira disse...

@ Candido:

O seu comentário de 30/8/10, 14,47 h por uma anomalia qualquer foi enviado 18(!) vezes, o que fez com que o sistema automático anti-SPAM que o Blogger pôs recentemente em funcionamento bloqueasse a publicação das 18 mensagens. Só hoje dei conta da situação e desbloqueei para publicação uma das mensagens e eliminei as 17 restantes.

Espero que este percalço não tenha afetado ireeversivelmente o debate entre si e o Diogo - que julgo ter prosseguido em privado.

Abraço.

Candido disse...

viva Rui:
Obg pela sua intervenção, pois não sabendo do que se estava a passar e não querendo usar o email da minha empresa.Até criei outro para dialogar convosco, ou ver se por qualquer inconveniencia não teria sido bloqueado!
Curiosamente foi depois da intervenção de jpa que não consegui mais intervir.
"Dialoguei" com Diogo em privado a quem aproveito para cumprimentar e não deixarei de em privado clarificar com ele diferenças de pontos de vista na altura em que sentir que sou inconveniente neste blog para o fazer! São temas universais e será sempre nesta optica que irei intervir.
Um Abraço para si Rui