A nota de um dólar dos Estados Unidos e as teorias da conspiração (IV - conclusão)
Nos três textos anteriores, expliquei detalhadamente como a pirâmide de 13 degraus e o Olho da Providência foram incluídos no Grande Selo dos EUA e, ulteriormente, na nota de um dólar americano, demonstrando que essa inclusão nada tem a ver com Maçonaria e que a simbologia ali utilizada nada teve a ver com a mesma.
Mas afinal os ditos símbolos são maçónicos ou não?
O Olho da Providência é uma ancestral representação da Divindade. Na mitologia egípcia, encontramos o "Olho de Ra", também chamado de "Olho de Hórus".
No Budismo, Buda é frequentemente referido como o "olho do Mundo".
Na iconografia cristã medieval e da Renascença, o símbolo é representado através de um olho inscrito no interior de um triângulo e é utilizado como representação da Santíssima Trindade.
Na iconografia maçónica original, este símbolo não existia. A mesma resumia-se ao compasso, ao esquadro, a outras ferramentas da Arte da Construção e a pouco mais.
Mas não olvidemos que a Maçonaria nasce cristã. Só mais tarde, em resultado de todo um percurso de prática da Tolerância evolui para a presente configuração aberta que admite todos os crentes, qualquer que seja a sua religião ou crença particular, num sincretismo que balança entre o teísmo e o deísmo (no meu entender, sendo originariamente teísta e assim se mantendo, mas evoluindo para incluir também as conceções deístas).
Originariamente os maçons eram todos cristãos. Católicos, da Igreja de Inglaterra, luteranos, ou calvinistas, mas todos cristãos. Não admira, assim, que, seja por influência cultural, seja pela crença religiosa, todos os maçons conhecessem e interiorizassem os símbolos cristãos, incluindo o Olho da Providência, símbolo da Santíssima Trindade.
A primeira aparição do Olho da Providência na iconografia maçónica surge apenas em 1797 (já depois da criação do Grande Selo dos Estados Unidos), com a publicação do Freemasons Monitor por Thomas Smith Webb. Ali foi incluída a representação do Olho Que Tudo Vê ou Olho da Providência, como forma de recordar a todos os maçons que os seus pensamentos e atos são observados por Deus, o Grande Arquiteto do Universo. E, a partir daí, foi-se expandindo, também nos meios maçónicos, a utilização do Olho da Providência, como representação e símbolo da Divindade.
Resumindo: o Olho da Providência é ancestralmente um símbolo da Divindade. Desde a Idade Média e Renascença que foi utilizado como símbolo cristão da Santíssima Trindade e nessa aceção foi incluído no Grande Selo dos Estados Unidos e, por essa via, mais tarde, na nota de um dólar americano. Só posteriormente a essa inclusão no Grande Selo é que, pela primeira vez, foi utilizado em ambiente maçónico. Hoje, é correntemente utilizado como símbolo maçónico. Mas essa utilização atual corresponde a uma apropriação pela Maçonaria do símbolo cristão pré-existente.
Quanto à pirâmide de 13 degraus, não tem qualquer significado ou simbologia maçónicos. A iconografia maçónica baseia-se nas ferramentas do ofício da construção e no Antigo Testamento. Particularmente importante nessa iconografia é o Templo de Salomão e a Lenda associada à sua construção. Nada na Maçonaria remete para a Tradição egípcia ou suméria, nem para as pirâmides egípcias (bem vistas as coisas, meros jazigos de gente rica e poderosa...) ou sumérias (tidos como artefatos destinados a favorecer a observação astronómica).
Referências a pirâmides maçónicas? Só no romance de Dan Brown, O Símbolo Perdido! Mas essa não é, de modo algum, uma referência relevante! Por três razões: 1. Trata-se, assumidamente, de uma obra de ficção; 2. Trata-se de uma obra, assumidamente, escrita por alguém que não é maçom; 3. Trata-se de um romance escrito já no século XXI, insuscetível de criar qualquer tradição, e, obviamente, impossível de ter servido de fonte a um qualquer eventual símbolo maçónico existente no século XVIII nos Estados Unidos da América!
Resumindo e concluindo: os badalados símbolos maçónicos do Grande Selo dos Estados Unidos da América e da nota de um dólar americano nem sequer são... símbolos maçónicos! O mais perto que lá se chega é da verificação que, depois da inclusão do Olho da Providência no Grande Selo dos Estados Unidos da América, a Maçonaria apropriou-se e passou a usar também o símbolo, até aí essencialmente cristão do Olho da Providência.
Factos são factos!
Não que eu acredite que os teóricos da conspiração deixem os factos abalar os seus (pobres) argumentos...
Fontes das informações contidas neste texto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_da_Provid%C3%AAncia
http://en.wikipedia.org/wiki/Eye_of_Providence
http://www.masonicinfo.com/eye.htm
Rui Bandeira
Mas afinal os ditos símbolos são maçónicos ou não?
O Olho da Providência é uma ancestral representação da Divindade. Na mitologia egípcia, encontramos o "Olho de Ra", também chamado de "Olho de Hórus".
No Budismo, Buda é frequentemente referido como o "olho do Mundo".
Na iconografia cristã medieval e da Renascença, o símbolo é representado através de um olho inscrito no interior de um triângulo e é utilizado como representação da Santíssima Trindade.
Na iconografia maçónica original, este símbolo não existia. A mesma resumia-se ao compasso, ao esquadro, a outras ferramentas da Arte da Construção e a pouco mais.
Mas não olvidemos que a Maçonaria nasce cristã. Só mais tarde, em resultado de todo um percurso de prática da Tolerância evolui para a presente configuração aberta que admite todos os crentes, qualquer que seja a sua religião ou crença particular, num sincretismo que balança entre o teísmo e o deísmo (no meu entender, sendo originariamente teísta e assim se mantendo, mas evoluindo para incluir também as conceções deístas).
Originariamente os maçons eram todos cristãos. Católicos, da Igreja de Inglaterra, luteranos, ou calvinistas, mas todos cristãos. Não admira, assim, que, seja por influência cultural, seja pela crença religiosa, todos os maçons conhecessem e interiorizassem os símbolos cristãos, incluindo o Olho da Providência, símbolo da Santíssima Trindade.
A primeira aparição do Olho da Providência na iconografia maçónica surge apenas em 1797 (já depois da criação do Grande Selo dos Estados Unidos), com a publicação do Freemasons Monitor por Thomas Smith Webb. Ali foi incluída a representação do Olho Que Tudo Vê ou Olho da Providência, como forma de recordar a todos os maçons que os seus pensamentos e atos são observados por Deus, o Grande Arquiteto do Universo. E, a partir daí, foi-se expandindo, também nos meios maçónicos, a utilização do Olho da Providência, como representação e símbolo da Divindade.
Resumindo: o Olho da Providência é ancestralmente um símbolo da Divindade. Desde a Idade Média e Renascença que foi utilizado como símbolo cristão da Santíssima Trindade e nessa aceção foi incluído no Grande Selo dos Estados Unidos e, por essa via, mais tarde, na nota de um dólar americano. Só posteriormente a essa inclusão no Grande Selo é que, pela primeira vez, foi utilizado em ambiente maçónico. Hoje, é correntemente utilizado como símbolo maçónico. Mas essa utilização atual corresponde a uma apropriação pela Maçonaria do símbolo cristão pré-existente.
Quanto à pirâmide de 13 degraus, não tem qualquer significado ou simbologia maçónicos. A iconografia maçónica baseia-se nas ferramentas do ofício da construção e no Antigo Testamento. Particularmente importante nessa iconografia é o Templo de Salomão e a Lenda associada à sua construção. Nada na Maçonaria remete para a Tradição egípcia ou suméria, nem para as pirâmides egípcias (bem vistas as coisas, meros jazigos de gente rica e poderosa...) ou sumérias (tidos como artefatos destinados a favorecer a observação astronómica).
Referências a pirâmides maçónicas? Só no romance de Dan Brown, O Símbolo Perdido! Mas essa não é, de modo algum, uma referência relevante! Por três razões: 1. Trata-se, assumidamente, de uma obra de ficção; 2. Trata-se de uma obra, assumidamente, escrita por alguém que não é maçom; 3. Trata-se de um romance escrito já no século XXI, insuscetível de criar qualquer tradição, e, obviamente, impossível de ter servido de fonte a um qualquer eventual símbolo maçónico existente no século XVIII nos Estados Unidos da América!
Resumindo e concluindo: os badalados símbolos maçónicos do Grande Selo dos Estados Unidos da América e da nota de um dólar americano nem sequer são... símbolos maçónicos! O mais perto que lá se chega é da verificação que, depois da inclusão do Olho da Providência no Grande Selo dos Estados Unidos da América, a Maçonaria apropriou-se e passou a usar também o símbolo, até aí essencialmente cristão do Olho da Providência.
Factos são factos!
Não que eu acredite que os teóricos da conspiração deixem os factos abalar os seus (pobres) argumentos...
Fontes das informações contidas neste texto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olho_da_Provid%C3%AAncia
http://en.wikipedia.org/wiki/Eye_of_Providence
http://www.masonicinfo.com/eye.htm
Rui Bandeira
26 comentários:
Foi nuito interessante a leitura destes seus posts. Gostei.
Cordiais saudações.
Caro Diogo,
o senhor não vê que os maçons que argumentam com o Diogo em blogues como este, são maçons de baixo grau, que ainda não estão plenamente conscientes dos planos elaborados nos graus mais acima, nem tão pouco fazem idéia ainda da eugenia para que estão contribuindo? Maior parte deles são pessoas de bom coração, cidadãos que procuram realizar mudanças positivas em nossa sociedade: é preciso ter isto em conta!!!
Os maçons de grau mais elevado, os verdadeiramente esclarecidos quanto às verdadeiras intenções da maçonaria moderna, esses não vêm aqui defender nada, nem contra-argumentar coisa alguma. Quanto muito, podem enviar algum menssageiro mais bem informado para criar confusão com contra-informações.
É discussão inútil, então.
Quem quiser saber a verdade, é só estudar.
Por outro lado, é preciso lembrar que a maçonaria sempre foi algo de positivo desde Salomão, até à transição do século 17 para 18, quando começou a ser infiltrada pela Illuminati (tanto que os factos mencionados como conspiratórios em relação à maçonaria são posteriores a 1700).
Bem haja a todos.
Sr Daniel Simões.
Mas que conversa é esta? Está aqui para "escutar" ideias e opiniões ou precunseituar autores. Não lhe fica bem.
O cavalheiro Cândido enfiou a carapuça, foi?
Sr Daniel Simões "Mas que conversa é esta? Está aqui para "escutar" ideias e opiniões ou preconceituar autores. Não lhe fica bem".
Podia ter pegado no preconceito para corrigir a palavra, mas não, atirou-se ao comentário para denunciar...
O Diogo nunca foi por aì e tão pouco me parece que necessite deste tipo de ajudas.
Ajudas???
Parece-me um pouco baralhado, o cavalheiro... ou tem algo contra denúncias?
Defende por acaso distorções históricas?
Eu não... e quando com elas me deparo, procuro logo identificar-lhe as origens.
Ou teme o cavalheiro a exposição em praça pública?
Bem haja
Caro Rui, tenho de lhe pedir que me explique isto (sem recorrer ao expediente cómodo das “teorias da conspiração”):
From Wikipedia - Manly Palmer Hall
http://en.wikipedia.org/wiki/Manly_Palmer_Hall
Manly Palmer Hall (March 18, 1901 - August 29, 1990) was a Canadian-born author and mystic. He is perhaps most famous for his work The Secret Teachings of All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, published in 1928[1][2] when he was 27 years old.
It is claimed that Hall was made a knight patron of the Masonic Research Group of San Francisco in 1953, although he was not raised as a Mason until 22 November 1954 into Jewel Lodge No. 374 , San Francisco. He later received his 32° in the Valley of San Francisco AASR (SJ).[3] In 1973 (47 years after writing The Secret Teachings of All Ages),Hall was recognized as a 33° Mason (the highest honor conferred by the Supreme Council of the Scottish Rite), at a ceremony held at the Philosophical Research Society (PRS) on December 8,1973. [4][5]). The definitive Manly Palmer Hall Archive states that Hall received the 33°, "despite never being initiated into the physical craft."
Manly P. Hall, 33rd degree Mason and considered “the greatest masonic philosopher” wrote:
http://vigilantcitizen.com/?p=1021
“If any one doubts the presence of Masonic and occult influences at the time the Great Seal was designed, he should give due consideration to the comments of Professor Charles Eliot Norton of Harvard, who wrote concerning the unfinished pyramid and the All-Seeing Eye which adorned the reverse of the seal, as follows: “The device adopted by Congress is practically incapable of effective treatment; it can hardly (however artistically treated by the designer) look otherwise than as a dull emblem of a Masonic fraternity.”
Manly P. Hall continues on the subject.
“Not only were many of the founders of the United States Government Masons, but they received aid from a secret and august body existing in Europe, which helped them to establish this country for a peculiar and particular purpose known only to the initiated few. The Great Seal is the signature of this exalted body–unseen and for the most part unknown–and the unfinished pyramid upon its reverse side is a trestleboard setting forth symbolically the task to the accomplishment of which the United States Government was dedicated from the day of its inception.”
Manly P. Hall era uma maçon do 33º grau, ou seja, era um catedrático em simbologia maçónica. Ele sabia bem do que estava a falar.
E porque é que Manly Palmer Hall, um Maçom do 33º grau não é credível? Há muitos Maçons que cheguem ao 33º grau e que não sejam credíveis? Como é que um indivíduo não credível subiu ao topo da hierarquia maçónica?
Abraço
@Diogo: "Manly P. Hall era uma maçon do 33º grau, ou seja, era um catedrático em simbologia maçónica. Ele sabia bem do que estava a falar."
O seu argumento é aquilo que se chama um "non sequitur". Ou, como se diz em bom português, não tem nada a ver o... traseiro com as calças. Ser do Grau 33 não implica, de facto, que se seja "um catedrático em simbologia maçónica", nem que se saiba de todo do que se fala, mais ainda quando o livro que contém essas referências foi escrito por Hall décadas antes de ele ser iniciado maçon. Mas deixou-me (mais) um bom tema para um texto futuro.
Entretanto, sugiro que veja aqui o que é, de facto, o grau 33: um grau honorário. Pode, ainda, ver alguma informação sobre Manly Hall e como ninguém pode falar por toda a maçonaria, mas apenas por si mesmo.
Um abraço,
Paulo M.
E assim cá temos mais um ilumindado, que até sabe os graus que os Mestres possuem.
Peço ao caro Daniel Simões, que se contenha, pois as pessoas que por aqui param, já estam fartos desse tipo de dissertações, encontram-se num patamar mais acima, essa fase já lá vai.
Informe-se e disfrute do que aqui pode aprender.
Cumprimentos
JPA
Isso são tudo discussões inuteis,alguns de voçês andam em circulos e já não distinguem a parte da frente da parte de trás do comboio! O que é verdade é que o nosso mundo está organizado em forma piramidal e há decerto alguém no topo assim como há muitos de nós na base e nos niveis entre a base e o topo,agora se são azuis ou verdes é uma questão da cor da pilula que decidirmos tomar!
@Rick: Tem toda a razão. O mundo está, de facto, organizado em pirâmide. Essa "pirâmide secreta" vai ser o tema de um dos próximos textos, até porque, para se ser maçon, tem que se estar já num dos degraus superiores. Aguçada a curiosidade, para já mais não digo.
Um abraço,
Paulo M.
(Em férias)
@ daniel Simões:
Lamento desmentir o seu postulado, mas eu sou grau 32.º do REAA - e um outro dos que escrevem no blogue é grau 33.º!, e dois outros que escrevem no blogue integram os Altos Graus do Rito de York.
Como vê, a sua teoria dos bem intencionados "maçons de baixo grau" cai por terra...
@ Diogo:
Manly P. Hall foi, na minha opinião, um 2esotérico-biruta", 33.º ou não! Nada nem ninguém representou ou representa, a não ser a si próprio.
Sobre a pretensa "hierarquia" maçónica, esclarecerei o erro dos "Daniel Simões" deste mundo -e esclarecerei a sua dúvida quanto a M. P. Hall, em textos a publicar no próximo mês, o primeiro dos quais terá o título "33.º = 3.º".
@ jpa e candido:
Vêem como afinal era injusto exasperarem-se com o Diogo? Por aí há bem pior... O Diogo, esse, expressa as suas ideias, os seus acordos e desacordos com ênfase, mas com elevação. Por isso me mereceu sempre respostas abertas e diálogo aberto.
@ Paulo M:
Aguardo com interesse o teu texto.
@ Rick:
Bem-vindo ao espaço de comentários deste blogue.
Realmente, muita, mas muita falta de atenção minha: tão atento que sou e nem sequer reparei que estava num blogue de uma loja. Talvez porque estava concentrado em meu trabalho por aqui e não depositei a devida atenção no ambiente ao redor dos posts.
Com certeza que não tenho qualquer problema egótico em admitir a minha falta de postura, uma vez que, por censurável falta de atenção, pensei estar num blogue um pouco mais amador.
No entanto, caso os cavalheiros aceitem minha retificação de postura, estou aberto a examinar de forma mais madura as vossas exposições, no fim de esclarecer as minhas próprias visões sobre a posição maçónica na história.
Evidentemente, que eu sei que a maçonaria é feita de pessoas e que muitas são as lojas por este mundo fora. Eu tenho amigos/irmãos maçons que são pessoas de respeito, verdadeiros talhadores da pedra.
No entanto, como os senhores já repararam, a visão que possuo sobre a maçonaria mundial não é das mais positivas.
Irei ler com mais atenção posts mais antigos e atuais, procurando participar de modo tranquilo.
Bem haja a todos,
com Luz, Paz e Amor.
Viva Daniel Simões
Aceito a sua nova posição e acho justo que respeite os trabalhos que aqui são colocados. Será com respeito que passarei por aqui para saber o que tem de "substancia" para nos tornar mais esclarecididos. Abraço a todos
Realmente, cavalheiros, também não estou muito convencido com as explanações aqui feitas, mas estou aberto a que me façam mudar de idéias em relação à influência da maçonaria nos governos mundiais (principalmente os ocidentais), isto, se substituirem as ironias por explicações objetivas.
1º) Annuit - Consentir, aprovar
Coeptis - Começar
Novus ordo seclorum - Nova Ordem secular/temporal/terrena/assuntos mundanos
Quem está consentindo começar o quê? "Quem", vou deixar que me respondam, mas "o quê" está claro que é uma Nova Ordem Secular.
2º) Em várias passagens os senhores afirmam que a maçonaria começou pós 1700... mas a maçonaria não começou com Hiran Abbif, no reinado de Salomão, quando a construção do Templo de Salomão?
3º)Porque é que, significativamente, se cruzam estes símbolos no Selo Oficial Americano:
- sobrepondo a estrela de David sobre o lado que possui a pirâmide, se obtém a palavra "mason"?
- as 13 estrelas por cima da cabeça da águia, representando as 13 colónias inglesas, formam a forma geométrica da Estrela dos Judeos?
- Porque é que o círculo ao redor das 13 estrelas por cima da cabeça da águia é o tão conhecido cordão formado pelas famosas folhas de acácia/oliveira/boloteira (não consigo identificar bem) que a maçonaria utiliza?
- Se os símbolos utilizados na nota não são maçons, porque é que existem ali tantos símbolos que não são comumente vistos, sendo que maior parte é utilizado pela maçonaria (pirâmide com olho, rama de oliveira, estrela dos judeos, raios do Sol Negro por trás do olho, etc.)? Não passa tudo de uma enorme coincidência?
@ Daniel Simões (1):
1. Annuit coeptis e Novus ordum seclorum: as suas questões estão respondidas em http://a-partir-pedra.blogspot.com/2010/07/nota-de-um-dolar-dos-estados-unidos-e_28.html.
2. Não, a Maçonaria não começou com Hiram Abiff, aquando da construção do Templo de Salomão. Historicamente, a a Maçonaria Especulativa nasceu no século XVIII, por transformação das Lojas operativas dos construtores em centros de debate e discussão filosóficos, subordinados aos princípios da Tolerância e na Crença num Criador, com apropriação da simbologia das Lojas operativas (as quais visavam unicamente a regulação do ofício de construção em pedra, fixação das regras e forma de acesso e aprendizagem do ofício e preservação dos segredos das técnicas da arte).
Hiram Abiff é referrido nó Antigo Testamento, designadamente no Livro dos Reis, como um arífice enviado pelo Rei de Tiro a Salomão, para colaborar na cosntrução do Templo, na sua especialidade, que era o trabalho dos metais (bronze, cobre, ouro e demais metais nobres) e, de forma geral, nas artes decorativas.
Esta referência foi utilizada pelo(s) criador(es) da Lenda do Terceiro Grau da Maçonaria para vriar o personagem a que foi dado o mesmo nome, que seria o Mestre Arquiteto e Diretor da Construção do Templo de Salomão. Mas esta é, assumidamente pelos maçons, uma lenda (dfestinada a ilustrar certos princípios morais e espirituais), não uma verdade histórica. O Hiram Abiff da Maçonaria é um personagem de ficção, criado a partir de uma referência bíblica. Tão só e tão simples como isso!
@ Daniel Simões (2):
"Cruzamentos de símbolos" que pretende "significativos":
1. A Maçonaria nada tem a ver com a religião judaica ou com os símbolos dessa religião. A Maçonaria nasceu cristã e só posteriormente se abriu aos crentes das religiões não cristãs. O primeiro judeu a ser admitido à iniciação na Maçonaria foi-o apenas decorridas algumas dezenas de anos após a sua criação.
A pretensão de associação da maçonaria à religião judaica - embora não ofenda os maçons, que aceitam os crentes de todas as religiões - é um manifesto e suspeito antissemitismo. Não navegue nessas águas, Daniel!
2. As refer~encias que faz não são sequer "coincidências". São criações de espíritos obcecados que suspeitam do próprio ar que respiram.
Qualquer pessoa pode pegar numa nota e desenhar e unir linhas até encontrar um "oculto significado.
Deixo-lhe aqui um exemplo significativo: consulte http://www.conspiracies.net/ e veja o que ali está escrito sobre a nota de 20 dólares. Dobrando-a de determinada maneira, "vêem-se" as Twin Towers em chamas e o nome de Osama (bin Laden)!!!!
Daniel, isto prova uma de três coisas, à sua escolha:
a) O criador da nota de 20 dólares tinha poderes adivinhatórios e "mostrou" (escondendo-o habilmente, de forma que só muitos anos depois e com os factos ocorridos alguém finalmente descobriu...) que ia haver o atentado do 11 de setembro, perpretado por seguidores de um Osama (bin Laden);
b) A "Grande Conspiração Maçónica Internacional" está também por trás do atentado do 11 de setembro e já o planeava há longo tempo, tanto que incluiu a referência nas notas - não sei bem para quê, mas os teóricos da conspiração hão de saber...
c) Qualquer pessoa, com tempo, vontade e imaginação suficientes consegue "descobrir" em (quaisquer) notas "excelsos significados ocultos".
Daniel, a cabeça não serve só para usdar os cabelos, pelo que lhe proponho que medite sobre estas duas questões:
1) Admitindo, para efeits de raciocínio, que existe uma Grande e Oculta Conspiração maçónica ara Dominar o Mundo, qual a vantagem, qual o interesse, qual o bemefício, de que forma contribuia para a execução do plano incluir os tais alegados símbolos na nota de dólar, assim apenas conseguindo "desocultar2 o que seria supostamente oculto?
2) SE existe, desde o século XVIII a tal Grande Conspiração Maçónica Oculta para Dominar o Mundo e se ela é tão poderosa e maneja tão bem os cordelinhos por detrás das cortinas, como é que - é manifesto! - trezentos anos decorridos, não domina nada?
Daniel: que mentes obcecadas vejam significados niríficos onde não existem, que construam tenebrosos catelos no ar, ainda aceito - há gente para tudo! Mas que pessoas inteligentes não tenham o espírito crítico suficiente para ver que são invenções paranoicas e que não sejam capazes de se colocar as simples e óbvias questões que acima coloquei, isso surpreende-me!
Caro Sr. Rui Bandeira,
dispensando as ironias - uma vez que estou visitando o blogue para obter esclarecimento - informo o senhor que não possuo qualquer preconceito racial, ou religioso e que logo, antissemitismo está fora do meu caráter. Compreendo que os cavalheiros já devam estar um pouco aborrecidos com conspiracionistas baratos, mas frases como “a cabeça não serve só para usar os cabelos” não servem o propósito de evidenciar uma educação mais elevada por parte dos irmãos que frequentam as lojas.
Com isto, peço que continuem com paciência no esclarecimento que aqui busco.
1º) Annuit Coeptis, quando investigado em dicionários Latim/Português, resultam em Começar e Consentir/Aprovar. De onde vem a tradução “Ele aprova o nosso empreendimento” apresentada no post “A nota de um dólar dos Estados Unidos e as teorias da conspiração(III)”? O mais plausível será Ele aprova o começo da Nova Ordem Mundial. Quem aprova? O G.A.D.U.? E que tipo de Nova Ordem é esta? A que os EUA estão disseminando pelo mundo desde há tantos governos?
2º) Reafirmando o meu despreconceito religioso, racial, social, etc., faço notar que a Estrela de David, sobreposta sobre o Selo Americano, significativamente, com a mesma proporção geométrica da pirâmide, toca com as suas pontas as letras que formam a palavra “maçon”. Isto não me parece uma mera espremedura conspiratória de quem quer ver o que não existe, mas algo perfeitamente estudado a nível gráfico antes de ser concebido.
3º) Dizer que a maçonaria (ou pelo menos, os maçons) não domina nada, é minimalista. Apesar de ser português, moro no Brasil, no estado de Ceará, há 5 anos. Como aqui não existe o esconde-esconde maçon que acontece na Europa (mas esta está, gradualmente, mudando de postura), facilmente podemos comprovar nas comemorações do dia do maçon realizadas dentro da Assembleia Legislativa do Ceará, que cerca de 90% dos deputados que constituem aquela casa, são maçons devidamente identificados com as indumentárias com que se revestem. Ora, o mesmo acontece em outras Assembleias Legislativas brasileiras. Se isto não quer dizer que o poder está nas mãos da maçonaria, significa o quê? Porque não se vê uma miscelânea de crenças religiosas e sim, uma percentagem tão grande dos deputados maçons?
No Senado brasileiro é a mesma história, porém, de um modo mais discreto.
O mesmo acontece em Portugal quando, desde a pacífica revolução dos cravos de 25 de Abril de 1974, somente dois partidos políticos se revezam no poder: o PSD (Partido Social Democrata) e o PS (Partido Socialista). Ora, estes são partidos políticos pertencentes às duas principais lojas portuguesas, sendo que os seus líderes e classe dominante, são maçons. Como explicar isto? Ora, a participação maçon na vida pública seria natural, não fosse a predominância de seus membros nos mais altos escalões políticos, sociais e econômicos do mundo. Se isto não é estar quase dominando o mundo, então não sei o que será!
Bem haja a todos!
Que a Luz, a Paz e o Amor do Grande Arquiteto do Universo seja em todos!
@Daniel Simões:
"Seclorum" não é "secular", no sentido de "não religioso", mas referente aos séculos (tempo). Queriam eles dizer que a constituição dos Estados Unidos era um acontecimento tão importante que seria passível de estabelecer um novo "ano zero", uma nova ordenação, um novo referencial de contagem dos séculos que passam. Mais aqui.
Quanto ao ponto dois, permita-me apontar-lhe este link.
Por fim, espero responder ao terceiro ponto numa série de artigos que tenho estado a preparar acerca de outra pirâmide.
Um abraço,
Paulo M.
@ Daniel Simões.
Registo, com agrado, a sua declaração de rejeição do qantissemitismo.
No entanto, não compreendi a sua insistência na estrela de David e letras obtidas através do prolongamento das suas linhas, depois de eu ter esclarecido que a Estrela de david não é um símbolo maçónico, pelo que essq operação nada podia significar em relação à maçonaria...
Estava até quase a escrever uma resposta assinalando que a Estrela de Davisd tem seis pontas e a palavra "masons" 5 letras, pelo que algo ficava de fora nessa laboriosa construção... Estava até tentado a prosseguir lembrando que cada ponta da estrela é um ângulo constituído por 2 segmentos de reta, pelo que, tendo a Estrela de David 6 pontas, há 12 segmentos de reta a prolongar, pelo que encontrar em 5 (de 12) prolongamentos umas letras que inspirem uma teoria da conspiração não me parecia empresa de grande vulto...
Entretanto, umdos atalhos fornecidos, no comentário anterior, pelo Paulo M, mostra que a sua laboriosa construção parte de um pressuposto errado: o desenho que leva às 5 míticas letras nada rem a ver com a Estrela de David e, mais e pior, até leva a 5 letras que, SE DISPOOSTAS POR ORDEM DIFERENTE DA ENCONTRADA, permitem formar a mirífiica palavra...
Penso que nada mais preciso de argumentar para ter como demonstrada a invencionice de obcecados...
Qiuanto às pçor si afirmadas ligações de po´líticos brasileiros à maçonaria, tenho de confessar a minha ignorância da sua existência ou inexistência. Só posso afirmar não ser verdade o que afirma quanto a Portugal - meras atoardas mentirosas criadas não sei bem se com propósito antimaçónico, se com propósito antipolíticos, se com ambos os propósitos...
Mas registo finalmente que, quanto às 2 questões que lhe coloquei (e não acho ajustado que se tenha abespinhado com a referência à cabeça que não serve só para usar os cabelos, já que, ao colocar-lhe essas questões, lhe reconheci a capacidade de pensar pela sua cabeça) não respondeu á primeira e reduz o pretendso alegado domínio do Mundo da pretensa Grande Conspiração Maçónica, ao fim de 300 anos... a uns quantos obscuros políticos brasileiros e alegadamente (mas não realmente) a outros não menos obscvuros políticos portugueses... É então essa a Mirífica Conspiração denunciada na nota de dólar? Pequeno rato pariu a sua montanha...
Sabe, Daniel, o problema das crendices nestas construções rebuscadas é que têm o desagradável fardo de serem contrariadas pelos factos, desde que nos queiramos informar, analisar e pensar . sobretudo exercer a nobre função de pensar...
Exorto o daniel a deixar de crer tão cegamente em absurdas construções e a exercer o espírito crítico que o Criador, como a todos nós, lhe deu.
Caro Rui Bandeira,
grato pela forma educada como está tratando do assunto. Deixando então de parte o assunto da Estrela de David, uma vez que se trata de algo especulativo e completamente subjectivo, podemos nos debruçar com mais precisão e objectividade ao assunto da política.
Se o senhor ligar a televisão no dia do maçon (penso que seja dia 20 de Agosto, ou seja, já bem próximo) e sintonizar no canal da Assembleia Legislativa, poderá comprovar por si mesmo que praticamente todos os políticos que constituem a casa estão vestidos com as idumentáris maçons, ou seja, que eles maior parte deles é maçon.
A minha pergunta continua a ser a mesma: porque é que sendo o Brasil um país laico, existe uma predominância tão grande de maçons em orgãos de poder?
Em relação a Portugal, são cada vez mais os portugueses que estão despertando para a realidade do poder da maçonaria. A revista "Sábado" publicou o seguinte trabalho com lista de alguns maçons e suas posições na sociedade portugesa; isto não teria nada demais se a maçonaria fosse uma instituição de portas abertas, ou, simplesmente, discreta. Mas não! A maçonaria age secretamente e é isto que está incorreto quando os seus constituintes ocupam tantos cargos de notório poder. Afinal, o povo quer saber: o que é a maçonaria, quem são os maçons, no que acreditam eles e que fazem eles em reuniões secretas? Se nada têm a esconder, porque fecham as portas ao esclarecimento?
O Trabalho da revista "Sábado" enviarei em outro post
Bem haja a todos
Caro Daniel Simões;
Peço imensa desculpa, mas já estou farto dessas perguntas tolas.
Tudo isso já aqui foi abordado.
A reportagem da "SABADO" já foi mais do que estudada, acabando com uma mão cheia de nada.
Sinceramente caro Daniel Simões, penso que o seu lugar não é aqui, não se quer questionar, levanta situações que sinceramente a grande maioria dos seguidores já esqueceu, pois já há muito se infomou quanto a isso.
Deixe que lhe diga mais uma coisa caro Daniel Simões. Depois de ter encontrado este blogue, fiquei com a certeza de que existe gente com elevação, gente com mais valia, gente diferente. Pessoas que vale a pena ouvir (lêr). Convido-o a isso. A lê-los.
Cumprimentos
JPA
Cavalheiro JPA,
cheguei há pouco a este blogue, logo, não li tudo.
Se as perguntas são tolas, refletem a minha ignorância sobre o assunto.
Se sou ignorante sobre o assunto e faço perguntas, é porque estou procurando esclarecimento.
Se estou procurando esclarecimento, não existem, então, perguntas tolas.
No entanto, se o cavalheiro estudar um pouco mais, descobrirá que a paciência é o primeiro degrau na evolução espiritual.
Com isto, talvez seja melhor olhar um pouco mais no espelho de sua evolução e deixar o diálogo para quem ainda possui alguma educação.
Por outro lado, quero agradecer aos coordenadores deste blogue a atenção e a paciência para elucidar alguém que, como eu, verdadeiramente procura compreender o que é a maçonaria e qual o papel desta na sociedade.
Uma ordem que tem estado tão oculta há tanto tempo, manifestando-se, é natural que seja confrontada com os mais dispares comentários e questionamentos.
Louvo o trabalho pelos senhores aqui executado, o qual, contribui de sobremaneira para a clareza daqueles que buscam esclarecimento.
Bem haja a todos.
Este blogue pretende, precisamente, explicar o que fazem, o que pretendem e como pensam os maçons - pelo menos, os que aqui escrevem.
Infelizmente, o preconceito a respeito da maçonaria é enorme - como pode ser constatado pelos primeiros comentários de várias pessoas que descobriram este blogue. Esses comentários - muitos deles, verdadeiros ataques - não contribuem, de facto, para a serenidade que se pretende aqui no blogue. Contudo, fico contente por constatar que, um após outro, os autores desses comentários têm vindo a alterara sua posição - ou, pelo menos, o modo de a exprimir. Bem hajam por isso.
Entendo, contudo, que seja desagradável para os leitores habituais terem que ler vezes sem conta os mesmos argumentos, as mesmas respostas, as mesmas mistificações. Tenham paciência; este blogue é para todos os que nele quiserem intervir com urbanidade e, acima de tudo, sem ataques pessoais. Mesmo a liberdade absoluta está limitada pelos direitos dos outros e pelo respeito que lhes é devido.
E por fim, Daniel Simões, se de facto tem curiosidade de saber mais, e antes de fazer tantas perguntas, convido-o a começar pelos primeiros artigos deste blogue e lê-los como se lesse um livro. Encontrará certamente muitas respostas, mesmo sem ter que perguntar. Quanto às dúvidas que, no fim, lhe restarem, cá estaremos para lhas responder na medida do que saibamos e possamos.
Um abraço,
Paulo M.
O trabalho de esclarecimento feito por este Blog é notável. O que é ainda mais notável é a necessidade que muitas pessoas têm de inventar monstros, conspirações de mão invisível e instituições dominatrix que justifiquem o facto de elas não encontrarem na sociedade o eco aos seus anseios mais íntimos. É mais eficaz para o Daniel Simões sondar o seu interior e perceber - na sua vida prática do dia a dia - onde estão as forças que lhe bloqueiam o progresso a que legitimamente aspira e lutar contra esses inimigos com a mesma tenacidade com que pretende manter vivo o fantoche da conspiração judaico-maçónica.
É que, caro Daniel, o seu interesse em compreender e desmascarar o inimigo externo que fantasia e corporiza na Maçonaria é um reflexo claro de inimigos internos que evita como o diabo evita a cruz. Nessa ânsia - que não é só sua - acaba por admitir como verdadeiras todas as fantasias que o desresponsabilizem pelo estado das coisas. Você, Daniel, não pode fazer nada... Tudo é controlado por forças ocultas... Os governos são corruptos... Os empresários só pensam no lucro... A Gripe A é culpa das farmacêuticas.. O 11 de Setembro do Bush... Desde que haja alguém inalcançável e longínquo a quem culpar, podemos levar a nossa vida complacente e sem poder real de mudança resignados na nossa pequenez. Pois se no governo eles são 90% maçons! Ainda bem que há revistas como a Sábado e cada vez mais sites que nos apresentam a "verdade das coisas" de tal modo confortável que já nem temos de pensar.
Factos, caro Rui Bandeira? Factos não são nada ao pé da mais opressora crença dos homens que se resignam a ver a vida passar.
Luis
Faz alguns anos, mas acredito que deva ser comentado. As referencias do artigo, wikipedia, tira um pouco da credibilidade, já que pode ser modificado (e acredito que foi, pois em 2015 o artigo já faz referencia as 13 familias e diz, ao contrario da conclusão, que o simbolo já estava "integrado" a fraternidade antes de ser concebido.
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