Vamos poupar energia...
Entretanto aqui, no A-Partir-Pedra, o tema foi base de um encontro, mais um, de textos esclarecidos e esclarecedores e ao qual quero dar uma achega, isto é, não resisto a meter a colherada.
- É da maior importância a discussão sobre o ambiente e a sua manutenção;
- É muito importante trazer a ‘campo descoberto’ o relacionamento, ou o possível relacionamento, com a atitude maçónica;
- É da discussão que nasce a luz (?) já diziam os meus avós, e eu posso constatar que da discussão nascem as ideias, as coisas novas, as melhores e mais importantes descobertas.
Então se é assim só posso apoiar esta “discussão” !
O consumo de energia e respectiva produção estão directamente relacionados com o equilíbrio do sistema ecológico, mas também a forma como essa energia é consumida e é produzida.
Isto é, o problema não está apenas nos actos do consumo e da produção, mas está também na maneira como se faz esse consumo e essa produção, porque é possível fazer a produção de forma menos agressiva, tal como é possível fazer o consumo mais criterioso, obtendo melhor rendimento daquilo que se gasta.
E, de facto, não há produção de energia sem transformação de matéria.
Diz o nosso Caro “Simple” (a partir de Lavoisier) “… que tudo se transforma” !
Muito bem, é ainda uma quase verdade na época em que estamos.
É que a transformação da energia em matéria, que significaria a sua reciclagem (m = c2/e) exigiria o controlo do “c”, e aí estamos tramados, por enquanto.
Algum dia será, mas agora ainda não.
Algumas teorias dizem que algum dia foi assim, o “big bang” teria sido isso mesmo, mas por agora está fora do nosso controlo.
O homem ainda não conseguiu o seu “bang”, nem grande nem pequeno.
No dia em que isso for conseguido acabam as companhias aéreas e passamos a movimentar-mo-nos por transmutação da matéria.
A questão é que a transformação da matéria em energia (o nosso querido corpinho a ir-se num sopro) já se faz de forma… assim, assim, ali vai ele num fio de cobre ou numa radiação electro-magnética qualquer.
A inversa é que… (a tal equação com a incógnita trocada m = c2 / e )
Entramos numa “espécie de cabine telefónica” e vamos parar, num momento, numa outra “espécie de cabine telefónica” do outro lado do mundo !
Já pensaram o que se vai poupar em transporte ?
Vejam o IC19 sem filas de automóveis… O pessoal passa todo a deslocar-se por transmutação ! Vai ser sensacional !
Só um aspecto me preocupa. O que acontecerá quando no meio da minha viagem houver um apagão ?
Do outro lado, na tal “espécie de cabine telefónica” de chegada irá sair assim como que uma espécie de JPS.
Por acaso esta ideia não me entusiasma !
Mas regressando à conservação do Ambiente…
Diz o Rui que relacionar Maçonaria e Ambiente é como que fazer a quadratura do círculo…
Mas então a Maçonaria não tem o Homem como preocupação central ?
E o objectivo não é a sua melhoria, espiritual (claramente) mas física também ?
E como melhorar a condição humana deixando degradar o ambiente de vida ?
Correndo o risco do “impossível” que é “quadratar” o círculo, afirmo que a Maçonaria se relaciona com o ambiente, sim !
Ao Maçon compete-lhe, também, preservar o sistema ecológico sem o qual o animal humano ficará em risco de sobrevivência.
A questão poderá mesmo chegar ao ponto em que o Homem tenha de escolher entre o sobreviver e o continuar a viver com as suas comodidades (o que poderá significar acabar com a espécie).
E se… qual vai ser a decisão ?
Se o leitor decide manter o seu status-quo actual… é bom que encomende já a urna porque na altura poderá não haver madeira para tal !
Se o leitor decide sobreviver, então comece já a poupar. Talvez consiga ainda evitar a dispensa de algumas das mordomias que tem e que terá de abandonar.
E a Maçonaria tem a ver com isso, tem mesmo !