A um Irmão em dificuldade
Sua mulher, companheira de muitos anos, teve um súbito e agudo problema de saúde, que originou a necessidade de uma rápida intervenção cirúrgica. Quando, há pouco mais de uma semana, guiámos os nossos Irmãos da Fraternidade Atlântica no passeio pela Lisboa Pombalina que para eles organizámos, tínhamos a nuvem de preocupação sobre o estado de saúde da nossa cunhada pairando sobre nossas cabeças. Tal nuvem desvaneceu-se, estávamos nós em frente à casa onde nasceu Fernando Pessoa, quando recebemos mensagem de que a intervenção cirúrgica correra bem.
Ontem, soube que a convalescença não decorreu como o previsto e que nova intervenção cirúrgica foi necessária. Já sei que também correu bem e que se espera que, agora, tudo entre finalmente nos eixos e seja apenas questão de tempo e de algum desconforte até que a recuperação total advenha.
Assim o espero, assim o desejo, assim todos o desejamos.
À natural preocupação da afecção de saúde, junta-se o facto de a doença ter ocorrido estando a doente longe de casa. Ela e seu marido, nosso Irmão, suportam ainda o incómodo de estarem distantes de casa e do resto de sua família.
Meu Irmão: sabes que partilhamos a tua preocupação e a tua esperança no breve resolver da situação. Sabes que eu e qualquer de nós estamos à simples distância de um toque de telefone para fazermos tudo o que pudermos e que tu nos informes que necessitas. Sabes que esperamos poder ter-te connosco na nossa próxima reunião. Mas, se tal não for possível, estarás connosco em espírito e a ti e à tua mulher será dedicada a Cadeia de União.
Aqui, neste espaço que também é teu, te deixo uma palavra de conforto e encorajamento. Tudo há-de correr bem. E brevemente tudo estará passado e resolvido a contento.
Um abraço de todos os teus Irmãos. E, porque sou egoísta e aproveitador, um outro especialmente meu. E um beijo da tua cunhada, minha mulher, que junta os seus votos de rápida recuperação aos meus. Ela não me perdoaria se aqui não o referisse expressamente! Aliás, para ser justo, ela disse: "já que gostas tanto de escrever no teu blogue, vê lá se escreves uma mensagem de apoio ao teu amigo..." E eu, que até tinha pensado respeitar a tua privacidade e aqui nada dizer, vi que ela tinha razão: eu seria capaz de, sem beliscar a tua privacidade, aqui te mandar uma mensagem de incentivo. Em nome dela, em meu nome, em nome de todos os demais da Loja e respectivas famílias. Todos gostam de ti. Todos estão contigo!|
Sabemos que só desejarás regressar a tua casa acompanhado da tua mulher, já restabelecida. Portanto, do nosso brinde ritual, relembro e aqui te desejo: "que tenhas um rápido regresso a tua casa, se for esse o teu desejo".
Rui Bandeira
Querido cunhado,
Aceito com humildade as tuas correcções, mas julgo
serem necessárias algumas explicações...
Em primeiro lugar, e no que
respeita à pontualidade, devo então um pedido de desculpas - julguei-vos todos,
meus queridos cunhados, pelo comportamento do meu muito amado marido... pelo que
sei (ou julgo saber!!!) ele costuma ser pontual às sessões!
Feita a
primeira exlicação passo então à segunda...
Nada a comentar...tens razão!
Somos umas sortudas! Só não agradeço novamente porque disseste para não o
fazer!!!...
Terceira e última explicação... o cacto do nosso deserto...
Oh meu muito querido cunhado, devias envergonhar-te de, numa primeira
análise, teres interpretado tão injustamente as minhas palavras.
Senti-me
verdadeiramente aliviada, por perceber no parágrafo seguinte que tinhas
percebido, finalmente, o verdadeiro significado da imagem que quis transmitir.
Até porque nós, vossas dedicadas esposas, gostamos de tudo em vós, até do
“escanhoado” de vossa barba!!!
Por último, agradeço os teus rasgados
elogios e retribo em dose dobrada... óh Mestre dos Mestres da Ironia!
Beijos