1º de Maio, Dia do Trabalhador ( e do maçom, digo eu!)...
Depois de ter publicado no texto
anterior uma reflexão sobre o 25 de Abril, hoje venho publicar outro texto mas
desta vez motivado pelo “1º de Maio”.
O que poderá aparentar que transformei este espaço de
liberdade com politiquices e afins… Mas nada de mais errado!
Quem não leu o texto anterior e
apenas viu as letras do título poderia supor tal, aceito isso.
Mas quem leu o
texto anterior na integra e se for ler este texto também, no final constatará
que “politiquismos” não existem, mesmo que a Política seja um conceito
necessário para a vida das civilizações e seu progresso.
Mas o que me importa abordar neste
texto é o contexto de trabalho que se pode assacar da celebração do feriado do “ 1º
de Maio”.
Festeja-se esse dia por este mundo
fora para celebrar o Dia do Trabalhador, logo de todos nós.
Mas num sentido mais estrito da
palavra “trabalhador”, também aqui os
maçons podem considerar esse dia com um dia seu. E passo a explicar.
O maçom considera-se alguém que
labora o seu interior – o seu íntimo – para o bem da sociedade em geral. Logo utiliza geralmente como metáfora ou
alegoria do seu trabalho pessoal a construção de um templo em si mesmo, lapidando
e burilando a “pedra bruta” que é ele
próprio.
E este trabalho não é nada fácil por sinal.
Posso até afirmar que para
algumas pessoas é uma tarefa bastante árdua e com algum sacrifício pelo meio.
Moldarmos o nosso carácter, a nosso
postura, o nosso comportamento e os nosso pontos de vista habituais, que
geralmente apenas estão visados para nós próprios e raramente para os outros, é
bastante difícil. Talvez seja uma tarefa tão hercúlea como a construção das
pirâmides do Egipto ou a Grande Muralha da China…
Pois nunca foi fácil para
ninguém perceber que poderá estar errado em relação a algo ou que tem se “mudar”
a si próprio se quiser evoluir como ser pensante.
Evoluir nunca foi fácil para o Homem,
logo ele teve de trabalhar para isso suceder.
Instruíu-se, educou-se, formou-se,
fez múltiplas coisas para que lhe fosse possível alcançar o que hoje em dia tem
e experencia. Mas neste conjunto de ações que fez, algo é aceitável por todos,
o Homem “trabalhou”; umas vezes com maior proveito outras vezes nem tanto, mas
aprendeu com isso e soube ultrapassar esses momentos que aconteceram pelo meio.
O Homem unicamente pelo seu trabalho, prosperou…
- E é isso que deve ser também
festejado num dia como este.-
E o maçom sendo ele também um
trabalhador no mundo profano e principalmente no meio maçónico, deve ele sentir
também a homenagem em causa efetuada neste dia, nesta celebração.
No interior das suas Respeitáveis Lojas, os maçons trabalham nas suas Pranchas, trazendo alguma "luz" aos seus irmãos, debatem as suas ideias e aprendem - neste caso, reitera - um conjunto de princípios que deverão empregar no mundo profano, por forma a que possam ser válidos cidadãos no local onde vivam ou para o país que os acolham.
Pode a generalidade da população
desconhecer o trabalho maçónico que se faz em prol da sociedade, mas o maçom não
o descura porque o conhece e sabe que muitas vezes o que foi conquistado pela
sociedade deve-se ou deveu-se ao trabalho dos seus irmãos. E por isso mesmo
compete ao maçom preservar esse trabalho feito e se possível levá-lo a uma
fasquia superior, caso tenha condições para isso.
Pode a sociedade (dependendo dos
países em questão) não conhecer o que fazemos, mas temos de o continuar a
fazer, nem que seja por nós próprios e pelos outros que pensam e vivem tal como nós…
O que nos espera será sempre:
trabalhar, trabalhar e trabalhar…
PS: Texto escrito
ao fim da tarde do “primeiro de Maio” e publicado hoje por opção editorial
minha.