Li no jornal electrónico A Tribuna on line, do litoral Estado de São Paulo, Brasil, que a estrutura da região litoral de São Paulo da Ordem DeMolay, organização juvenil apoiada pela Maçonaria, tem em curso, de hoje até domingo, uma campanha de angariação e registo de potenciais dadores de medula óssea, nos municípios de Santos, Praia Grande e São Vicente.
Na Praia Grande, funcionarão dois postos de registo, um na Praia do Boqueirão, que funcionará entre as 9 e as 17 horas, e o outro no Litoral Plaza Shopping, aberto entre as 10 e as 18 horas. Neste último ponto de registo, estará presente, no sábado, a partir das 12 horas, o saxofonista Caio Mesquita, disponível para dar autógrafos... mas apenas a quem se registar como dador de medula!
Em Santos, o posto de recolha funcionará, das 9 às 17 horas, na Praça das Bandeiras: ao lado do Bonde Turístico, na Praia do Gonzaga.
Em São Vicente, o centro de recolha funcionará, no mesmo horário, no Ilha Porchat Clube, sito na Alameda Paulo Gonçalves, n.º 61.
Com o nome Procuram-se Anjos da Guarda, a campanha é organizada em parceria com o Hospital de Câncer (HC) de Barretos. Mais de 60 médicos e enfermeiros, da Fundação Pio XII, gestora do HC, vão cadastrar o tipo sanguíneo de quem quiser ajudar, destinando-se os elementos recolhidos a integrar o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), do Brasil. As amostras de sangue são encaminhadas para o Instituto Nacional do Câncer (Inca), localizado no Rio de Janeiro, onde serão submetidas a testes de compatibilidade. Os dados permanecerão à disposição num banco de dados e o doador só será chamado quando houver necessidade.
Refere-se na notícia do Tribuna on line que, actualmente, no Brasil, as probabilidades de se encontrar um doador compatível com os pacientes são de uma em 100 mil. Nos casos mais graves, essa probabilidade diminui e passa para uma num milhão.
Segundo o organizador da campanha na região, o DeMolay Reynaldo de Faria Júnior, a expectativa é atrair 6 mil pessoas nos quatro postos.
Para se registar no Redome, o interessado deve ter entre 18 e 55 anos de idade e estar de boa saúde. As únicas restrições são para os portadores de doenças infecciosas, SIDA (AIDS) e cancro (câncer).
Para efectuar o registo, os técnicos colhem pequena quantidade de sangue e preenchem uma ficha com os dados pessoais do doador, num procedimento simples que dura, no máximo, 20 minutos.
Vindo a ocorrer compatibilidade entre um dador de medula óssea e um doente necessitado de transplante da mesma, a colheita da medula para transplante é um procedimento que não causa danos à saúde, uma vez que a medula se regenera, permitindo, inclusive, novas doações. O transplante é uma forma de tratamento para doenças malignas que afectam as células do sangue, designadamente leucemias.
O A Partir Pedra tem todo o gosto em aqui divulgar esta iniciativa e apela aos nossos leitores da zona litoral do Estado de São Paulo, que estejam em condições de saúde para o efeito, que gastem muito bem gastos vinte minutos do vosso tempo a efectuar o registo como dadores de medula óssea. Todos ganham. Quanto mais dadores houver registados, maiores são as probabilidades de ser encontrado dador compatível para quem só com um transplante de medula óssea pode ser salvo da morte. Um dia, pode ser um parente vosso a ser salvo, graças à solidariedade de um qualquer desconhecido!
E esta campanha no litoral do Estado de São Paulo bem pode servir de pretexto e lembrança também para quem reside noutros pontos do globo. Leitores de outras regiões do Brasil: aproveitem, por favor, a lembrança e vão ao sítio do REDOME e vejam aí onde se podem registar como dadores de medula óssea. Leitores de Portugal, para vós é ainda mais fácil: olhem para o lado direito do blogue, na secção de Atalhos e sigam o atalho Banco de Medula / Centro de Transplantes que nós temos permanentemente à vossa disposição. O primeiro passo está dado. Façam o favor de dar o seguinte... Leitores de outras zonas do globo: informem-se onde e como podem, na vossa região, inscrever-se como dadores de medula.
Solidariedade não é apenas uma palavra. É, sobretudo, acto. E nem sequer precisa de ser muito difícil ou grandioso. O pequeno gesto, o leve incómodo, da inscrição como dador de medula é fácil, é barato e insere-o numa cadeia de solidariedade que, quantos mais milhões de elos tiver, mais vidas salvará.
Rui Bandeira