Refletindo sobre a frase "Sei que só há uma liberdade: a do pensamento" dita por Antoine de Saint-Exupery...
(imagem proveniente de Google Images)
Na minha opinião (tendo ela a relevância que lhe
quiserem atribuir), Antoine de Saint-Exupery
(29/06/1900 – 31/07/1944) disse uma verdade
suprema. Não a classificando como paragdigmática ou um dogma até, a sua frase
“Sei que só há uma liberdade: a do pensamento” envolve tudo aquilo que é para mim a faculdade mais importante que o
Ser Humano poderá ter, a capacidade de pensar e refletir; bem como aborda também para mim, a forma de como nos devemos sentir na sociedade, sentirmo-nos livres, libertos de preconceitos e ideias que são repisadas por outros sem que nos preocupemos em aferir a sua veracidade e a sua causalidade, e assim manter a "mente aberta", limpa e disponível à aprendizagem que é inerente ao nosso processo de crescimento pessoal e às vivências próprias deste trilho em que caminhamos, a nossa Vida.
Há que discutir, há que debater, há que pensar... E só estando livres e nos sentindo livres, tal será exequível.
Tanto que a possibilidade de pensarmos por nós próprios e sermos nós
mesmos é o que nos separa dos restantes seres vivos, pois temos a hípotese
de refletir antes de agir e nada tem de acontecer apenas por instinto ou por
impulsividade própria e isso torna-nos diretamente responsáveis pelas nossas ações.
E esta liberdade que nos é concedida pela Natureza ou pelo Grande
Arquiteto do Universo - cada um assumirá o que melhor lhe convier - pode-nos
levar a lugares que de outra forma
não os alcançaríamos.
Antoine
de Saint-Exupery foi o autor do conto infantil “O
Pequeno Príncipe”, estória essa que aborda a vida de um rapazinho
noutro local fora do planeta Terra (o nosso mundo) e que contém algumas lições
de vida encapotadas no seu enredo.
Se não fosse a sua liberdade em pensar e em escrever,
para além de não nos ser possível conhecer esta obra literária, o autor nunca
nos levaria a “viajar” para fora do nosso mundo como o fez e da forma que o
fez.
O acto de pensar, liberta!
Torna-nos livres, pois também nos possibilita criar “novos mundos” ou alcançar mundos que não visitaríamos ou
conheceríamos. E esta viagem através dos nossos pensamentos, a criatividade que
pode surgir por o fazermos pode originar também ela outras obras, sejam elas
mundanas ou do “pensamento” que nos impelem para mais longe, que nos fazem
progredir como seres humanos..
Esta liberdade
de pensar possibilitou a criação de um género literário e cinematográfico
designado de “Ficção Científica”, género este baseado em algo que por norma não
é nosso contemporâneo e que se acredita que se concretize num futuro próximo,
bem como de realidades, mundos e “dimensões” que não existem fatualmente, mas
que mesmo assim podem existir e persistir na nossa mente. E este género/categoria tem imensos seguidores
por este mundo fora; logo existe gente que também imagina e que gosta de viver
algo fora daquilo que é existente, libertando
a sua mente para outras coisas que não vislumbra no seu quotidiano e práticas
habituais, mesmo que tal não seja necessáriamente normal e aceite pela
generalidade das pessoas, dou como exemplos as séries que abordam o vampirismo,
zombies, seres alienígenas, possessões demoníacas e outros afins....
De facto, a
frase “Sei que só há uma liberdade: a do pensamento” supera-se a ela
mesmo, pois também ela me possibilitou a reflexão que fiz quando tive o meu
primeiro contato com a mesma. E ela obrigou-me
a pensar… E pensar pode-se tornar perigoso para quem o faz ou para alguém
que não pense no mesmo que o status quo
determine que se pense… Mas essa reflexão fica para um texto futuro, por agora
prefiro pensar na liberdade que tenho apenas por pensar, e com isso viajar
através do mundo e do tempo.
Quem nunca viajou
nos seus pensamentos ou através deles?
Quem nunca andou por vales ou cidades onde nunca passeou
e com a simples observação de algumas imagens de paisagens, os conseguiu “visitar”?!
Quem nunca alcançou algo nos seus sonhos e/ou devaneios?
Para bem da Humanidade, foi graças a alguns pensadores que através dos seus sonhos e
da sua imaginação que provenieram as ideias que nos tornaram naquilo que hoje
somos e vivemos. Por isso estou grato a esta liberdade que me foi imposta pelo Criador, a de pensar.
Houvessem outras “liberdades” que fossem assim tão
fáceis de alcançar e este mundo seria tão menos complicado…
As questões que deixo para vossa reflexão são:
·
O que fazer com esta liberdade que nos é garantida?
·
Teremos a coragem necessária para pensar e não querermos ser “carneiros”
como alguns o preferem ser, apenas por facilitismo?!
·
Desejaremos assumir as responsabilidades
e as consequências que provêm do acto de pensar?
· Será que temos a consciência plena das nossas
ações e das suas repercurssões à nossa volta e mesmo assim preferir agir impulsivamente ?
E
outras tantas questões se me impunham fazer e que as poderia ter feito apenas pelo simples facto de me ser possível pensar e com isso ter a liberdade de as poder propor e debater...
Por isso acredito que pensar não é tão fácil como o aparenta ser e
pode até mesmo ser um processo “doloroso” para quem o faz, mas se temos esta
capacidade, este enorme poder, convinha para o bem de todos não o desperdiçarmos.
Temos é de ter a sabedoria e a inteligência suficiente para a usar, porque de
que outra forma haveria de ser concedida pelo Criador /Natureza esta
potencialidade a uma espécie se ela não fosse merecedora de tal?!