O Volume da Lei Sagrada
Nota de Abertura: Neste Blog de vez em quando convidamos um Maçon de outra Loja ou de outro Oriente ou País a publicar textos de sua autoria, tal como acontece com o que agora aqui se publica e que vai devidamente assinado.
21º Landmark da lista
de Albert Gallatin Mackey- é indispensável a existência, no Altar, de um Livro
da Lei, o Livro que, conforme a crença, se supõe conter a Verdade revelada
pelo Grande Arquitecto do Universo. Não cuidando a Maçonaria de intervir nas
peculiaridades de fé religiosa dos seus membros, esses Livros podem variar de
acordo com os credos. Exige, por isso, este landmark, que um "Livro da
Lei" seja parte indispensável dos utensílios da Loja.
Como se infere do
landmark citado, não há um livro da lei recomendado ou que tenha preponderância
sobre os outros. Porque para o maçon do R\E\A\A\,
que é o nosso, nenhuma religião é melhor que outra ou mais digna de respeito
que outra. Todas são dignas de respeito, todas são de igual importância. Porque
para um homem se tornar maçon no R\E\A\A\
apenas lhe é perguntado se é crente. Qual a sua confissão religiosa, se
professando alguma, não é assunto nosso. Ao R\E\A\A\
basta que o homem seja crente e entenda o conceito do G\A\D\U\.
O que isso significa no coração de cada um de nós, não interessa nem é para
aqui chamado. Nós aqui abordamos todas as questões, sejam elas de que índole
for, quando nos encontramos na linha em que todos somos irmãos, sitio esse onde
podemos abordar todos os assuntos sem colocar em perigo a harmonia entre os II\.
Essa linha existe, um dia chegarão lá todos os que aqui estão se trabalharem
para isso e tem um nome, chama-se Nível, e é a Jóia que identifica o I\1º V\.
E é o emblema da Igualdade. O Nível maçónico é formado por um Esquadro de
hastes iguais, de cujo ângulo desce uma Perpendicular. O Nível simboliza a
Igualdade, base do Direito Natural e a Perpendicular significa que o maçom deve
e precisa possuir uma rectidão de julgamento que nenhuma afeição – de interesse
ou de família – deve impedir. O que pode distinguir os maçons e conduzi-los ao
seu lugar na comunidade é o mérito e também as virtudes e o talento. O Nível
lembra ao maçom que todas as coisas devem ser consideradas com serenidade igual
e que o seu simbolismo tem como corolário noções de Medida, Imparcialidade,
Tolerância e Igualdade, bem como o correto emprego dos conhecimentos.
Partindo desta
premissa, não há assunto que não possa ser discutido entre nós, pois será
sempre uma discussão leal e iluminada.
Assim, concluo que
nenhum maçon do R\E\A\A\
se pode ofender com um símbolo religioso, pois entende que todas as opções de
crença são legítimas e são escolhas pessoais, que a ninguém dizem respeito. Nós
trabalhamos A\G\D\G\A\D\U\
e chega. Esse é o nome que lhe damos e não outro, apesar de existirem sempre
tentativas de forças estranhas de introduzir na nossa Augusta Ordem formas de
colocar em perigo a Harmonia entre os maçons, minando a Ordem e a sua Força
progressista e humanista. Tenho até para mim que a Maçonaria existe hoje muito
mais influenciada pelo Renascimento, a descoberta do Mundo e do Homem do século
XVI em diante e o Humanismo deísta do século XVIII, do que às confederações de pedreiros-livres
medievais. O nosso ideal é a Verdade, sendo a sua indagação um Dever para todos
os maçons.
O R\E\A\A\
respeita todas as religiões, todos os símbolos religiosos, sem nunca se
identificar ou se opor a qualquer uma delas, ou mesmo a qualquer governo ou
escola filosófica, mantendo sempre como base dos seus ensinamentos a Liberdade
de Pensamento, a indagação da Verdade e a busca, constante e pacifica, de uma
vida melhor.
A introspecção
espiritual potenciada pelo ritual não conduz num determinado sentido religioso,
dá espaço a que todos, independentemente do seu credo, confessional ou não, se
sintam integrados nesta comunhão espiritual em que a Verdade e a Fraternidade
são o cimento que une todas as pedras que fazem parte deste Templo que é a R\L\
Alengarbe.
Disse.
6014 A\L\