Tenho para mim que entre as coisas que definem Portugal como Nação e os portugueses como povo do mundo, está a língua que todos falamos. Com maior ou menor cuidado, com vernáculo mais ou menos apurado, com aceitação do acordo ou sem ela, é no português falado que nos encontramos todos, na Europa, em África, na Ásia, na América do Sul, ...
Em boa verdade não é só a língua. É também o que ao longo dos séculos os portugueses construiram ou ajudaram a construir, nos pontos mais inesperados do globo, onde encontramos uma Igreja, uma Fortaleza, um Farol, um Arco brasonado, saltando à vista as 5 quinas do escudo português.
Mas no meio disto tudo continua a ser a língua que marca a geografia universal portuguesa.
No "fim do mundo", de repente, alguém solta uma expressão em português, ou chama um nome português.
E tão maltratado que é em Portugal... !
Neste cantinho do universo da informação temos tentado respeitar ao máximo o nosso "escrever", até chegarmos ao ponto do Rui ter postado aquilo que é verdadeiramente um curso do português corretamente escrito.
Há uma semana recebi uma mensagem na qual se dava conta de uma visão economicista da língua portuguesa.
Para mim constituiu uma surpresa a análise ali apresentada, mas interessante sem dúvida.
É essa mensagem que aqui vos deixo, na sequência do trabalho que o Rui fez, numa visão da importância económica que o português tem no mundo dos negócios.
Língua Portuguesa vale 17% do PIB
Os primeiros dados de um estudo sobre o valor económico da Língua Portuguesa apontam para um peso de 17% no PIB (Produto Interno Bruto), disse a directora dos serviços que promovem o ensino do português no estrangeiro, refere a Lusa.
Madalena Arroja disse que o Instituto Camões está a fazer um estudo, envolvendo uma equipa multidisciplinar do Instituto das Ciências do Trabalho e da Empresa, para determinar o valor económico da Língua Portuguesa.
Encomendado há um ano, o estudo vai, nos dois primeiros anos, debruçar-se sobre a realidade portuguesa, sendo objectivo encontrar apoios de grandes empresas para, no terceiro ano, ser alargado ao espaço de toda a Comunidade de Países de Língua Portuguesa.Num estudo similar, a Espanha concluiu, há dois anos, que o valor económico do castelhano no PIB era de 15%, enquanto o da língua portuguesa, segundo os primeiros dados, é de cerca de 17%, afirmou a responsável. Madalena Arroja frisou a importância da língua para o mundo dos negócios e para as empresas que querem entrar noutros mercados. Para a responsável do Instituto Camões, o facto de todos os funcionários do Banco Africano de Desenvolvimento em Tunes estarem a aprender português, no âmbito de um protocolo assinado com o Instituto Camões, e de no Senegal existirem 16.000 estudantes da nossa língua «são sinais», aos quais podemos atribuir um significado positivo.
Então, se esta análise estiver correta, vale a pena deixar um pedido, modestinho, que eu não sou tipo para luxos, nem para grandes ambições.
Aos políticos, aos governantes, aos jornalistas (na rádio, na televisão) façam um esforcinho, só um esforcinho se forem capazes, para dizerem só metade das asneiras que dizem sistematicamente (atenção que só me refiro à forma de expressão, porque quanto ao conteúdo... não cabe neste espaço qualquer pedido !).
Estou convencido que com um bocadinho de cuidado seriamos capazes de fazer subir aqueles 17% aí para 19 ou 20%.
Se calhar os interesses portugueses agradeceriam.