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01 abril 2009

A língua


Temos por aqui alguns leitores, acompanhantes, comentaristas que mostram dificuldade, objeção, resistência às alterações trazidas pelo novo acordo, convénio, convenção estabelecida quanto à nova forma, maneira, configuração de escrever o "português de Portugal".

Pois dando satisfação, alegria, deleite a esses espíritos retrógrados, antiquados, ultrapassados trago aqui a este nosso cantinho, recanto, pedacinho um texto em estilo, feição, modo mais vernáculo, puro, genuíno desse mesmo português... portuguesíssimo.

Este texto é dos melhores registos de língua portuguesa que eu tenho lido sobre a nossa digníssima 'língua de Camões', a tal que tem fama de ser pérfida, infiel ou traiçoeira.

Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou o discurso:
- Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados, reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara deste Município...

De repente, uma pessoa do público pergunta:
- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?

E o candidato respondeu:
- Pois veja, meu senhor: a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui; A terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.

De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e 'atira':
- Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) o facto, circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico, alcoolizado ou mamado (hic), não implica, significa, ou quer dizer que o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca (hic). E com toda a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece (hic) pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic) os seus haveres, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho (hic) à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou à p... que o p.... (hic)!!

Disse, terminei, finei.
Por hoje !

JPSetúbal

15 dezembro 2008

A Língua portuguesa

Tenho para mim que entre as coisas que definem Portugal como Nação e os portugueses como povo do mundo, está a língua que todos falamos. Com maior ou menor cuidado, com vernáculo mais ou menos apurado, com aceitação do acordo ou sem ela, é no português falado que nos encontramos todos, na Europa, em África, na Ásia, na América do Sul, ...


Em boa verdade não é só a língua. É também o que ao longo dos séculos os portugueses construiram ou ajudaram a construir, nos pontos mais inesperados do globo, onde encontramos uma Igreja, uma Fortaleza, um Farol, um Arco brasonado, saltando à vista as 5 quinas do escudo português.
Mas no meio disto tudo continua a ser a língua que marca a geografia universal portuguesa.
No "fim do mundo", de repente, alguém solta uma expressão em português, ou chama um nome português.


E tão maltratado que é em Portugal... !


Neste cantinho do universo da informação temos tentado respeitar ao máximo o nosso "escrever", até chegarmos ao ponto do Rui ter postado aquilo que é verdadeiramente um curso do português corretamente escrito.
Há uma semana recebi uma mensagem na qual se dava conta de uma visão economicista da língua portuguesa.

Para mim constituiu uma surpresa a análise ali apresentada, mas interessante sem dúvida.

É essa mensagem que aqui vos deixo, na sequência do trabalho que o Rui fez, numa visão da importância económica que o português tem no mundo dos negócios.

Língua Portuguesa vale 17% do PIB
Os primeiros dados de um estudo sobre o valor económico da Língua Portuguesa apontam para um peso de 17% no PIB (Produto Interno Bruto), disse a directora dos serviços que promovem o ensino do português no estrangeiro, refere a Lusa.
Madalena Arroja disse que o Instituto Camões está a fazer um estudo, envolvendo uma equipa multidisciplinar do Instituto das Ciências do Trabalho e da Empresa, para determinar o valor económico da Língua Portuguesa.


Encomendado há um ano, o estudo vai, nos dois primeiros anos, debruçar-se sobre a realidade portuguesa, sendo objectivo encontrar apoios de grandes empresas para, no terceiro ano, ser alargado ao espaço de toda a Comunidade de Países de Língua Portuguesa.Num estudo similar, a Espanha concluiu, há dois anos, que o valor económico do castelhano no PIB era de 15%, enquanto o da língua portuguesa, segundo os primeiros dados, é de cerca de 17%, afirmou a responsável. Madalena Arroja frisou a importância da língua para o mundo dos negócios e para as empresas que querem entrar noutros mercados. Para a responsável do Instituto Camões, o facto de todos os funcionários do Banco Africano de Desenvolvimento em Tunes estarem a aprender português, no âmbito de um protocolo assinado com o Instituto Camões, e de no Senegal existirem 16.000 estudantes da nossa língua «são sinais», aos quais podemos atribuir um significado positivo.

Então, se esta análise estiver correta, vale a pena deixar um pedido, modestinho, que eu não sou tipo para luxos, nem para grandes ambições.
Aos políticos, aos governantes, aos jornalistas (na rádio, na televisão) façam um esforcinho, só um esforcinho se forem capazes, para dizerem só metade das asneiras que dizem sistematicamente (atenção que só me refiro à forma de expressão, porque quanto ao conteúdo... não cabe neste espaço qualquer pedido !).
Estou convencido que com um bocadinho de cuidado seriamos capazes de fazer subir aqueles 17% aí para 19 ou 20%.
Se calhar os interesses portugueses agradeceriam.