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13 abril 2015

Introdução a uma merecida exceção



(O texto que se segue foi proferido em sessão da Loja Mestre Affonso Domingues. Creio que fala por si. Quanto à identidade do homenageado, nós, os seus Irmãos, conhecemo-la - e isso basta, para ele e para nós...)


Muito Respeitável Vice Grão-Mestre,
Respeitáveis Grande Oficiais,
Venerável Mestre da Respeitável Loja Lusitânia,
Venerável Mestre,
Meus Irmãos, em todos os vossos graus e qualidades,

A Loja Mestre Affonso Domingues vai fazer algo que nunca fez em vinte e cinco anos, algo que, precisamente para conferir valor e significado ao que vai ocorrer, tenciona que, nos próximos vinte e cinco anos, em muito raras e escolhidas ocasiões, se é que em alguma, volte a fazer: homenagear um dos nossos!

Fazemo-lo pela primeira vez em vinte e cinco anos, e tencionamos muito parcamente voltar a fazê-lo nos próximos vinte e cinco anos, não porque tenhamos algum problema em relação a homenagens, mas simplesmente porque na cultura, na matriz, da nossa Loja está profundamente impresso que aqui cada um de nós está para procurar ser melhor, para buscar fazer melhor, com o auxílio dos seus Irmãos e auxiliando os seus Irmãos a igualmente todos os dias melhorarem mais um pouco. Nesta Loja, desde sempre que os mais antigos instilam nos mais novos a noção de que o simplesmente bom não chega, sendo corrente, mesmo até rotineiro, que trabalhos dos nossos obreiros sejam áspera e por vezes impiedosamente criticados... porque são apenas bons! 

Nesta Loja, o mínimo que exigimos de nós próprios é ser melhores, porque, no nosso padrão, o Ótimo não é nunca o objetivo final, é apenas um necessário degrau para se atingir a Excelência, aquele patamar em que por vezes - ainda que sempre fora do alcance da nossa mão, por mais que estiquemos o braço - se consegue vislumbrar a humanamente inatingível Perfeição. 

Porque esta é a nossa cultura, a nossa matriz, não somos muito dados a homenagens aos nossos, porque aqui ser melhor do que bom é um simples cumprimento do dever, sem direito a especial menção, ser ótimo é um ponto de passagem que confere apenas direito a um breve e discreto louvor, atingir a Excelência é o objetivo.

No entanto, hoje, aqui e agora a Loja entendeu ser imperativo da justiça prestar fraterna homenagem a um dos nossos, porque lhe reconhece a Excelência. Excelência enquanto cidadão, homem de família, profissional e maçom. Aquele que hoje gostosamente vamos homenagear é um maçom que é muitíssimo mais que um homem bom,  muito mais do que um homem que se tornou melhor – afinal de contas, não fazendo mais do que a sua obrigação ao estar entre nós - é bem mais do que um ótimo homem e maçom.  Aquele que hoje vamos homenagear pertence ao muito restrito número daqueles que se impõe que reconheçamos como um Excelente homem e Excelente maçom, alguém que faz com que cada um de nós pense, de si para consigo, que “quando eu for grande gostava de ser como ele”.

Todos nós, os que aqui estamos reunidos, buscamos entender o sentido da vida e procuramos que a nossa vida tenha significado. Sobre o sentido da vida, cada um saberá a que conclusões chegou. Sobre o significado da vida do Irmão que hoje está no centro das nossas atenções, a homenagem que agora se inicia pretende precisamente assegurar-lhe que a sua vida, o seu caráter, a sua postura, a sua fraternidade, a sua disponibilidade, representaram e representam um profundo significado para todos e cada um de nós, que é apenas justo hoje demonstrar-lhe.

Quis – e bem – toda a Loja envolver-se neste reconhecimento ao nosso Irmão. Assim, seguidamente serão apresentadas três pranchas dedicadas a ele, à sua figura, à sua ação, ao que ele representa para todos nós, uma apresentada em representação da Coluna dos Aprendizes, uma outra em nome da Coluna dos Companheiros, a terceira pronunciada por mandato dos demais Mestres da Loja. Seguir-se-á ainda uma pequena e despretensiosa surpresa que esperamos agrade ao nosso Irmão e, naturalmente, no que toca à Loja, a voz de quem toda a Loja representa, a do Venerável Mestre. 

Muito Respeitável Vice Grão-Mestre,
Respeitáveis Grande Oficiais,
Venerável Mestre da Respeitável Loja Lusitânia
Venerável Mestre,
Meus Irmão, em todos os vossos graus e qualidades,

É com um enorme sentido de privilégio e de honra que declaro aberta a merecida homenagem ao nosso muito prezado Irmão ...

Rui Bandeira

25 fevereiro 2007

Homens de bons costumes !


Tenho estado afastado do "A Partir Pedra" por causa do tempo.
Não tem a ver com a chuva... não, tem a ver com uns diazitos fora do sítio (Carnaval) em que andei com o Rui por aí... e depois uma quantidade de coisas que estavam por fazer e era necessário dar-lhes solução.
Sei que tem sido um intervalo muito util, porque assim dei oportunidades ao Rui e ao José de abrilhantarem este espaço, mas não me parece bem deixá-Los sózinhos e hoje, que é Domingo, está a chover e o Benfica não joga, cá estou a chutar umas bolas para canto...
Já "postei" o Zeca e agora pego noutro assunto, assaz importante para todos nós... bem, pelo menos para 6 milhões de nós !

Uma das razões dos nossos, chamados, bons costumes está relacionada, sem dúvida, com o facto de sermos os 3 (eu, o Rui e o José) indefectiveis do Benfica (é, òbviamente, um bom costume !)
Pois ontem aconteceu algo importante que quero partilhar com todos.
O meu sogro, simpático velhote com 91 anos de idade, recebeu o anel dos 75 anos de sócio dos "lampiões".

E isto é caso para festejo (!) familiar, mas também dos que (eu estou aí) não acreditando nem um bocadinho neste "restling" vêm que ainda resta uma migalhinha de atenção para quem passou 75 anos a pagar quotas, mas muito mais do que isso, a viver um ideal que desapareceu, vendido a patacos e nem sequer a quem desse mais.

Como nada é completamente bom, este festejado acabou sentado lado a lado com "uma espécie de personagem importante", Manuel Damásio de seu nome, e que segundo parece mereceu também ser homenageado.

Parece-me bem.

Poucos como ele fizeram tanto mal em tão pouco tempo, coitado, vivendo com o ordenado mínimo nacional e desfazendo o Benfica tão desinteressadamente.

Mereceu ser homenageado, claro.

Como dizem os Felinos Fedurentos, foi... "uma espécie de homenagem" a "uma espécie de gajo importante", mas foi uma cerimónia fedurenta !

Valha-me o meu Velhote com os Seus 75 anos de esperança (91 de idade) e teimosia em tornar o mundo melhor e mais limpo, e se o Benfica pudesse ser incluido seria bom ! Mas é crer demais.

JPSetúbal