Alexis Botkine - O Maçom que veio de longe
Começou a sua vida maçónica já tarde na idade, mas ainda a
tempo de ser maçon há mais de 40 anos! Foi por 1970 que na sua Suíça
natal, mas ainda assim terra de acolhimento, porque Alexis era russo e
descendente da família do médico do ultimo Tzar, foi iniciado.
O seu labor maçónico de grande importância e relevância para
a regularidade portuguesa fica melhor contado, embora em francês, porque
na primeira pessoa - aqui.
Alexis foi um marco incontornável na obtenção da
regularidade maçónica para Portugal.
Alexis tinha muitas facetas, era Engenheiro, Matemático e
Músico. Foi Maestro compositor, e era intérprete de violino e balalaika. Teve o
seu Grupo de Folclore Russo e poderão ser ouvidas algumas das suas
interpretações aqui
Alexis era membro da RL Mestre Affonso Domingues, n.º 5, desde
1991, e se nos primeiros anos apenas vinha esporadicamente porque ainda vivia
na Suíça, mal se radicou em Lisboa passou a ser dos mais assíduos,
assumindo durante tantos anos quantos na verdade quis e pôde o cargo de Mestre
da Coluna da Harmonia. E durante esses anos todos, sempre com escolhas de
qualidade e apropriadas, lançou os fundamentos daquilo que é hoje o modelo
usado para musicar toda e qualquer sessão da Loja.
Há uns anos Alexis recebeu públicas homenagens, quer
prestadas pelo Grão-Mestre da altura, ao conferir-lhe em plena sessão de Grande
Loja e no dia do seu 83º aniversário, um diploma de mérito maçónico e
de Persona Grata à GLLP/GLRP, quer na Loja, ao ser instalado Past Master
Honorário, sendo o primeiro (e único até à data) a receber esta honra.
Nos últimos dois anos, incapacitado de conduzir,
apareceu um pouco menos, mas nunca esteve ausente. No início de julho chega-nos
informação que se encontra muito doente.
O Grande Arquiteto chamou-o no ultimo dia de julho. Alexis,
Maçom diligente, ciente que o seu trabalho por aqui estava terminado, foi.
Aqui entre nós fica a saudade, do nosso Irmão Alexis que sempre
nos falou em Francês, porque lhe era mais fácil a ele, que veio de longe, para
nos ensinar o muito que nos ensinou. E por isso mesmo esta pequena homenagem
não ficaria completa se não ficasse dela memória em francês.
Écrire un In
Memoriam du au passage à L’Orient Eternel de Alexis n’est pas simple. Alexis était
le plus vieux, le plus ancien, le plus savant de nous tous, et peut-être le
plus optimiste et joyeux de tous
Sa vie maçonnique
commence tard, mais suffisamment tôt pour qu’il puisse être Franc Maçon depuis
plus de 40 ans ! Il a été initié en 1970, en Suisse pays de naissance,
mais toutefois terre de d’accueil, car Alexis était russe et descendant du médecin
du dernier Tzar.
Sa labeur
maçonnique a eu grande importance pour la régularité maçonnique portugaise et
on pourra mieux la comprendre ici .
Alexis était Ingénieur, Mathématicien et Musicien. Chef d’orchestre,
compositeur, il jouait le violon et la balalaika. Il dirigea un groupe de folklore
russe et une partie de ses interprétations musicales peuvent être écoutées ici
Alexis est devenu
membre en 1991 de la RL Mestre Affonso
Domingues, n.º 5. Les premières années il venait rarement, car il habitait encore
en Suisse, mais aussitôt qu’il vint habiter à Lisbonne il reprit les tenues
avec assiduité. Il assuma la Colonne D’Harmonie pour autant d’années quil l’a
voulu et put. Toutes ces années´, avec des choix de grande qualité et très adéquat, il lança les fondements du modèle actuellement utilisé pour la musique de Loge.
Il y a quelques
années Alexis a reçu des hommages publics. En tenue de Grande Loge et le jour
de son 83ème anniversaire, le Grand Maitre lui remet un diplôme de Mérite
Maçonnique et de Persona Grata à la Grande Loge Legal du Portugal / GLRP.
En Loge il fut
installé Passé Vénérable d’Honneur, étant le premier ( et le seul jusqu´`a ce jour) a
recevoir la distinction.
Les derniers deux
ans, incapable de conduire il apparait un peu moins en Loge, mais il n’est pas
absent. Début juillet l’information qu’il est très malade nous arrive.
Le Grand
Architecte l’appela le dernier jour de juillet. Alexis, Franc Maçon diligent,
sachant que son travail ici était terminé, est parti.
Pour nous la “
saudade” de notre frère Alexis qui nous a toujours parlé en français car c’était
plus facile pour lui, qui vint de loin, nous apprendre tout ce qu’il nous a
enseigné.
José Ruah