Mensagem do Grão-Mestre da GLLP/GLRP no Dia do Maçom 2015
O dia do Maçom decalca a sua celebração sobre a data de nascimento de George Washington, primeiro presidente dos EUA e I.: Maçom.
E quando penso em George Washington e outros Grandes da nossa espécie, ponho-me a cogitar sobre uma escala adjetival que ordene o valor dos Homens, todos os homens: os de bons costumes e os restantes. Frequentemente desenha-se-me a seguinte proposta: humanóides; homens; homens inteligentes; homens sábios; homens génios; homens profetas. E a riqueza ou a pobreza não contam para a minha escala. Quando digo inteligentes, não me restrinjo apenas aos aspetos enquadrados pela ciência, ou pelas artes, mas incluo antes os latos universos do cognitivo e do afetivo; quando digo sábio, não me restrinjo apenas ao saber livresco, mas antes alargo a todos os saberes e artes que emanam da vida e a sublimam; quando digo génios, não me refiro apenas a figuras que a história consagrou, mas também a muitos outros que viveram uma relação de humildade tal com a história que esta os esqueceu e ignorou e nem da lei da morte os deixou libertar; quando digo profetas, não me refiro apenas aos escolhidos e enviados, aos ditos profetas clássicos, tal Cristo ou Maomé, mas também a outros, que nascem no seio da humanidade apenas cada quinhentos, mil ou dois mil anos, e que concretizam profecias fantásticas e absolutas: para um país, para uma ciência, para um desporto, para uma arte, para a bondade e cidadania dos homens...
E penso nestas coisas que parecem tontices, porque também gosto de pensar nas centenas de grandes maçons com que gosto de encher a boca, professando o seu nome a rogo de exemplo, que fez com que a humanidade progredisse e ficasse melhor, e que tanto orgulham a Maçonaria Universal e a nossa Augusta Ordem. E a ditadura dos números não me deixa esquecer aquele número, grande, de homens que foram, ou são, maçons e que nunca souberam honrar, nem a humanidade, nem a maçonaria. E digo isto porque é verdade meus II.:. É verdade, porque não basta pertencer à Maçonaria, para ser-se Maçom: é sobretudo preciso que pratiquemos e incorporemos os Valores que a Maçonaria professa e defende há tantas centenas de anos. E quando defendemos e praticamos os Valores, não deixamos espaços vazios para desvarios e extremismos loucos que enchem todos os dias jornais e televisões.
E celebrar o dia do Maçom também deve ser isso: celebrar o dia do Homem, que pode até nem sequer ser inteligente, nem sábio, nem génio, nem profeta, mas é Homem de Valores, porque incorporou e pratica todos os dias os valores pelos quais a Maçonaria sempre lutou, e que fizeram com que a humanidade pulasse e avançasse no sentido certo: tudo o resto é pura vanidade e desperdício, e cedo o bom Maçom aprendeu, que meia palavra lhe bastaria...
E era esta a mensagem forte que hoje vos queria comunicar, e dela imbuídos, continuaremos o nosso caminho, fazendo o mundo mais feliz, e por contágio, sermos todos mais felizes, cumprindo os Princípios e os Valores, para consolidar a edificação da nossa Ordem, a bem da Humanidade, à Glória do Grande Arquiteto do Universo.
Júlio Meirinhos
Grão Mestre