A Iniciação (I)
Quando um profano pede para ser admitido maçon e a Loja que recebeu esse pedido acede a ele, a entrada do novo elemento para a Maçonaria e para a Loja processa-se mediante uma cerimónia, designada de Iniciação.
Um dos compromissos que os maçons assumem é o de não divulgar a profanos como se processa a cerimónia de Iniciação. Não por gosto do secretismo. Não porque algo de ilícito, ou perigoso, ou atentatório da dignidade, exista nessa cerimónia. Simplesmente porque o desconhecimento sobre como se processa e o que se passa nessa cerimónia é absolutamente essencial para que esta atinja os objectivos que com ela se procura prosseguir.
Dir-se-ia, assim sendo, que, nesse caso, não poderia ou deveria eu aqui escrever sobre a Iniciação. Tudo depende do que se escreve e como se escreve. Obviamente que não vou descrever a cerimónia, dizer o que nela se passa, como se processa. Assumi o compromisso de tal não fazer publicamente ou em privado perante profanos. E concordo e entendo as razões que subjazem a esse compromisso. Mas, sendo política e objectivo deste blogue desmistificar o pretenso secretismo da maçonaria e divulgar os princípios e objectivos desta, não seria entendível que aqui se não fizesse referência a um dos mais importantes actos e cerimónias da vida de qualquer maçon, a uma cerimónia que o terá indelevelmente marcado quando por ela passou e que continua e continuará a a influenciá-lo positivamente sempre que participa na iniciação de um novo maçon. Seria como descrever o futebol sem falar do golo, como discretear sobre Leonardo da Vinci sem mencionar a Mona Lisa!
Mesmo sem divulgar o que não deve ser divulgado, entendo que algo de interessante pode e deve ser dito sobre a Iniciação, permitindo que a generalidade dos interessados - ou até simples curiosos - entendam que objectivos se procuram prosseguir com essa Cerimónia e, mesmo, a razão da necessidade de detalhes sobre ela não serem conhecidos por quem por ela não passou.
A Cerimónia de Iniciação mais não é do que, no fundo, um rito de passagem! Desde a mais remota Antiguidade e em diversas Civilizações que a Humanidade executa ritos de passagem - o mais frequente deles porventura o que assinala a passagem da infância para a idade adulta.
A Cerimónia de Iniciação é, assim, e antes do mais, um rito de passagem da vida profana para a vida maçónica. Mas não é um mero marco dessa passagem, desse início. O traço distintivo da Cerimónia de Iniciação em relação à generalidade dos ritos de passagem é o de que aquela, mais do que assinalar, festejar, marcar a passagem da vida profana para a vida maçónica, tem um papel efectivamente constituinte dessa transição.
Não se pode ser maçon sem VIVER a cerimónia de iniciação. Pode-se tê-la estudado, lido sobre ela, até porventura lido o respectivo guião. Nada disso faz diferença: para que a nossa mente e o nosso espírito apreendam em toda a sua complexidade e riqueza o que é ser maçon, é essencial VIVER a Iniciação. Porque a transformação ética e espiritual que o método maçónico propicia depende, não apenas do Intelecto, mas da integralidade do Homem. O que vale por dizer que não basta conhecer intelectualmente os princípios, os ensinamentos, os propósitos, a moral. É necessário SENTIR esses princípios, esses ensinamentos, esses propósitos, essa moral.
E a impressão que a Cerimónia de Iniciação deixará naquele que a ela é submetido será tanto mais forte quanto menos ele souber do que se vai passar. Quanto mais souber (ou julgar que sabe...) sobre o que vai ocorrer, mais distraído estará, aguardando o que espera, ou julga, que vai acontecer, ou interrogando-se porque não aconteceu o que sabe (ou pensa que sabe...) que vai acontecer. E quanto mais concentrado no que sabe (ou imagina que sabe...) estiver, menos atenção dedica àquilo que efectivamente se passa, de menos detalhes se aperceberá, mais sensações perderá.
A todos aqueles que desejem vir a ser iniciados maçons, deixo aqui, portanto, um sincero conselho: informem-se o mais que puderem sobre a maçonaria, mas não busquem informar-se sobre a Cerimónia de Iniciação. Quanto mais dela souberem, menos esta vos marcará. Quanto mais dela conhecerem, menos a VIVERÃO. A maçonaria preza e incentiva o Conhecimento. Mas uma das coisas que se aprende na Maçonaria é que o verdadeiro Conhecimento adquire-se ordenadamente, quando se está preparado para adquirir cada pedaço dele.
Rui Bandeira
Um dos compromissos que os maçons assumem é o de não divulgar a profanos como se processa a cerimónia de Iniciação. Não por gosto do secretismo. Não porque algo de ilícito, ou perigoso, ou atentatório da dignidade, exista nessa cerimónia. Simplesmente porque o desconhecimento sobre como se processa e o que se passa nessa cerimónia é absolutamente essencial para que esta atinja os objectivos que com ela se procura prosseguir.
Dir-se-ia, assim sendo, que, nesse caso, não poderia ou deveria eu aqui escrever sobre a Iniciação. Tudo depende do que se escreve e como se escreve. Obviamente que não vou descrever a cerimónia, dizer o que nela se passa, como se processa. Assumi o compromisso de tal não fazer publicamente ou em privado perante profanos. E concordo e entendo as razões que subjazem a esse compromisso. Mas, sendo política e objectivo deste blogue desmistificar o pretenso secretismo da maçonaria e divulgar os princípios e objectivos desta, não seria entendível que aqui se não fizesse referência a um dos mais importantes actos e cerimónias da vida de qualquer maçon, a uma cerimónia que o terá indelevelmente marcado quando por ela passou e que continua e continuará a a influenciá-lo positivamente sempre que participa na iniciação de um novo maçon. Seria como descrever o futebol sem falar do golo, como discretear sobre Leonardo da Vinci sem mencionar a Mona Lisa!
Mesmo sem divulgar o que não deve ser divulgado, entendo que algo de interessante pode e deve ser dito sobre a Iniciação, permitindo que a generalidade dos interessados - ou até simples curiosos - entendam que objectivos se procuram prosseguir com essa Cerimónia e, mesmo, a razão da necessidade de detalhes sobre ela não serem conhecidos por quem por ela não passou.
A Cerimónia de Iniciação mais não é do que, no fundo, um rito de passagem! Desde a mais remota Antiguidade e em diversas Civilizações que a Humanidade executa ritos de passagem - o mais frequente deles porventura o que assinala a passagem da infância para a idade adulta.
A Cerimónia de Iniciação é, assim, e antes do mais, um rito de passagem da vida profana para a vida maçónica. Mas não é um mero marco dessa passagem, desse início. O traço distintivo da Cerimónia de Iniciação em relação à generalidade dos ritos de passagem é o de que aquela, mais do que assinalar, festejar, marcar a passagem da vida profana para a vida maçónica, tem um papel efectivamente constituinte dessa transição.
Não se pode ser maçon sem VIVER a cerimónia de iniciação. Pode-se tê-la estudado, lido sobre ela, até porventura lido o respectivo guião. Nada disso faz diferença: para que a nossa mente e o nosso espírito apreendam em toda a sua complexidade e riqueza o que é ser maçon, é essencial VIVER a Iniciação. Porque a transformação ética e espiritual que o método maçónico propicia depende, não apenas do Intelecto, mas da integralidade do Homem. O que vale por dizer que não basta conhecer intelectualmente os princípios, os ensinamentos, os propósitos, a moral. É necessário SENTIR esses princípios, esses ensinamentos, esses propósitos, essa moral.
E a impressão que a Cerimónia de Iniciação deixará naquele que a ela é submetido será tanto mais forte quanto menos ele souber do que se vai passar. Quanto mais souber (ou julgar que sabe...) sobre o que vai ocorrer, mais distraído estará, aguardando o que espera, ou julga, que vai acontecer, ou interrogando-se porque não aconteceu o que sabe (ou pensa que sabe...) que vai acontecer. E quanto mais concentrado no que sabe (ou imagina que sabe...) estiver, menos atenção dedica àquilo que efectivamente se passa, de menos detalhes se aperceberá, mais sensações perderá.
A todos aqueles que desejem vir a ser iniciados maçons, deixo aqui, portanto, um sincero conselho: informem-se o mais que puderem sobre a maçonaria, mas não busquem informar-se sobre a Cerimónia de Iniciação. Quanto mais dela souberem, menos esta vos marcará. Quanto mais dela conhecerem, menos a VIVERÃO. A maçonaria preza e incentiva o Conhecimento. Mas uma das coisas que se aprende na Maçonaria é que o verdadeiro Conhecimento adquire-se ordenadamente, quando se está preparado para adquirir cada pedaço dele.
Rui Bandeira
9 comentários:
Eu sou muito curiosa para saber o que há nesse rituais de iniciação, mas confesso que tenho até medo de saber, imagino que deve ser algo místico, especial, violento,prazeroso, sei lá... mil coisas na minha imaginação, eu sempre que tenho a oportunidade busco informações a respeito, mas so sendo digno de ser iniciado é que se pode VIVER essa experiência...
Vc fica em uma sala com mestres cerimoniais e um bode preto. Eles pegam o seu sangue com uma seringa, injetam no bode e depois injetam o sando do bode em vc, ai vc desmaia. Quando acorda o bode está meio homem, meio bode, como se fosse satanás e te diz para amaldiçoar o seu antigo deus e fazer um juramento de servir à ele. Você tem que se virar para um boneco que parece Cristo e amaldiçoa-lo e jurar servir aquele demônio.
@blablabla
Este é um espaço serio.
Se quiser participar faça-o civilizadamente.
Se nao quer participar pode, por exemplo, optar por não visitar este espaço.
caríssimos e ao ir.'. RESPONSÁVEL saudações do oriente, em pleono sol do meio dia ..exalto minha contribuição, e em pé e a ORDEM:: a qual PERTENÇO E SOU V:.M:. CAV:. DA LUX:. deixo aqui minhas sinceras homenagens e agradecimentos.
é nobre ler suas máximas e justas tábuas de conhecimento, e em meu coraçãoestendo o CONVITE DE VISITAR O blog da:
http://ordemtemplolux.blogspot.com/2009/10/abrindo-mente-lux-da-verdade-o-templo.htmlRDEM:
"VIRTUS IUNXIT MORS NON SEPARABIT".
TAF
MLS:.
stou honrado .por fazer parte desta maravilhosa familia.fui iniciado no dia 15 -09 -2012.Na renovaçaõ da luz n;6.RAMOS;A INICIAÇAÕ .E O MOMENTO MAS SUBLIME QUE EXISTE DENTRO DA MAÇONARIA.:SO MESMO QUEM PASSOU POR ELA .E QUEM SABE O QUE SENTIU. NAÕ TEM COMO EXPRESSAR.COM PALAVRAS.UM T.:F.:A.: PARA TODOS OS IRMAÕS.:
@ blablabla
ta assistindo muito video de 'crente bitolado' no youtube heim
Kkkk, eu tenho é pena de sua ignorância.
Gostava de saber qual a ligação (significado) da figura com o texto:
Quando um profano pede para ser admitido maçon e a Loja que recebeu esse pedido acede a ele, a entrada do novo elemento para a Maçonaria e para a Loja processa-se mediante uma cerimónia, designada de Iniciação.
@ Tadeu Santamarinha:
O que eu procurei ilustrar com a imagem que escolhi para acompanhar o texto é que o elemento que se integra em algo modifica esse algo. Assim também quando uma Loja aceita iniciar um novo elemento sabe que, para além da marca que isso vai representar para esse novo elemento, também se vai modificar a ela própria, pelo efeito da integração no grupo de alguém com caraterísticas e indivualidade próprias, que necessariamente modificarão a pré-existente dinâmica do grupo.
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