21 julho 2006

Encerrando a polémica.

Honestamente, não pensava ter que voltar a escrever sobre este tema.

Na minha intervenção, quis apenas sublinhar que o texto do JoséSR era partidário, que a acção de Tsahal no Líbano estava errada e que não é massacrando as populações civis que se resolverá a questão do terrorismo em geral e do Hezbollah, em particular. Pelo menos, do meu ponto de vista. Ponto final.

Mas como o JoséSR está a qualificar o meu texto de “foram apenas atiradas para a discussão algumas ideias na generalidade generalistas e imprecisas numa tentativa de criar uma polémica” vou acrescentar o seguinte:

Já que não tenho entendido que a posição do JoséSR não é a favor da guerra, antes a de condenação da "hipocrisia dos Media e de alguns Governantes e Senhores importantes deste mundo" (JoséSR dixit), vou citar duas frases ditas nos últimos dias e que me parecem elucidativas:

1 - “Estamos a nos defender depois ter sido atacados. É importante sublinhar que se trata de legítima defesa »
Palavras do Vice Primeiro Ministro Shimon Peres ao micro da rádio militar Israelita.

Relembro que a acção de Israel foi justificada pelo rapto de dois soldados. “Atacados”?

2 - “A operação estava preparada de longa data, baseada em informações recolhidas ao longo dos últimos anos”. “O objectivo é de enfraquecer o Irão que utiliza o Hezbollah por procuração na sua confrontação com o Estado de Israel”
Citando o Olivier Rafowicz, porta palavra do exército Israelita.

A ouvir o Shimon Peres, tratava-se de legítima defesa no seguimento daquele rapto. “Legitima defesa”?

Hipocrisia, sim, mas essa hipocrisia não tem fronteiras!

Considero, por minha parte, este assunto como encerrado.

Erato

1 comentário:

Jose Ruah disse...

Creio que de facto a hipocrisia nao tem fronteiras, mas a interpretaçao das declaraçoes fora do contexto é ainda pior.

A legitima defesa não é contra um rapto, é contra milhares de rockets que têm caido sobre todo o Norte de Israel. E têm caido regularmente nos ultimos anos.Tendo começado quando Israel saiu unilateralmente do Libano em 2000.

E mesmo que fosse por causa do rapto, estou seguro que qualquer de nós se lhe raptassem o filho iria até onde pudesse ir com todos os meios que dispussese.

Para a cultura judaica, um filho do país é um filho de todos. E se para reaver cadaveres de soldados caídos em batalha Israel tem feito tudo o que é possivel, poderemos perceber que recuperar um Filho tambem o fará.

Apenas alguns exercitos aplicam à letra a determinaçao de não deixar para trás nenhum dos seus esteja ele ferido ou morto, e o Tsahal aplica este principio ao limite do possivel e mesmo para além desse limite.

Quanto ao que o porta voz do Exercito disse, não é contraditorio, pois um exercito organizado tem pessoas competentes a estudar cenários de actuaçao. E esses estudos estão constantemente a ser feitos, e neste caso devem ter começado ainda antes da saida do Libano em 2000.

O rapto, foi a forma que o Hezbollah encontrou para accionar o " trigger", numa accçao que tem como principal objectivo desviar as atençoes mundiais do Irão e da sua busca pelo Nuclear.

É um facto que não busquei polémicas e quando citei o que alguns disseram, citei-os no contexto e com indicaçao de fontes.
Mas esta é a minha forma de fazer.

E para quem quiser ler o artigo de Olivier Rafowicz
http://today.reuters.com/business/newsarticle.aspx?type=tnBusinessNews&storyID=nL19387481

aqui fica o link, onde lendo o artigo até ao fim e no contexto se poderá entender exactamente o que foi dito.

Junto tambem o que encontrei mais proximo com a declaraçao de Shimom Peres sobre auto defesa.
http://www.dose.ca/toronto/news/story.html?s_id=oME28W3LpfgdKtTJvOoHg35%2FKh5zBNd5l0igF1wVHh4xfC3PPejCqw%3D%3D

Espero que com isto as coisas fiquem bem mais claras