Sobre o "Método Maçónico"...
(imagem proveniente de Google Images)
Muito se fala e especula sobre o que é e o que será o tão propalado “método maçónico”.
Muito se fala e especula sobre o que é e o que será o tão propalado “método maçónico”.
Ele não é mais que um método de busca, estudo e
aprendizagem que auxilia o maçom ao longo da sua vida.
Tal como outros métodos de estudo ou de vida, ele
não é melhor nem pior, mas é o que o maçom utiliza.
O maçom através da sua busca incessante de
informação/conhecimento, a procura da dita “Luz”,
o leva a questionar os motivos, as razões, os porquês….
“O que é?”, “O que será?”,“O porquê?” e “Para que
serve?” são para os maçons, tal como para os profanos, a base do caminho de
suplantação das suas dúvidas, sejam elas mundanas ou mais elevadas.
Ele nunca se irá prender a sofismas e dogmas irrisíveis
ou inclusive a cepticismos vãos que o levarão a um caminho de busca sem fim ou
qualquer retorno palpável.
Ele mesmo, através do seu empenho e trabalho,
combate os dogmas instalados sem que tenham razão aparente para existirem. Ele
debate, questiona, aprende, e principalmente procura as razões para tal… Nunca se ficando com “é assim
porque tem de ser…”. Tal afirmação e suas semelhantes não lhe servem como
respostas para as suas dúvidas. Ele quer mais…
E por isso procura! E faz!
Tal como as três afirmações bíblicas, muito usadas
por várias correntes esotéricas (a Maçonaria é uma delas) “ Bate e ela se abrirá… Procura e acharás…
Pede e receberás…”, é através dessa busca e desejo de conhecimento que o
maçom até ao fim dos seus dias será impelido a trabalhar e estudar de forma
empenhada, nunca ficando contente ou satisfeito com o que vai obtendo. Ele quer
mais e procura/faz por isso! E é essa atitude de não resignação, de “nunca baixar os braços”, que é fundamental para
o método maçónico.
“Se tens dúvidas, trabalha para as combater”… Este
podia ser um mote de incentivo ao maçom, tal como tantos outros que existem e
que guiam ou incentivam o maçom ao longo da sua vida.
-Por isso, sempre que alguém ouvir falar de um
eventual método maçónico, saberá à
partida que se trata de um método de trabalho e não algo de conspirativo como
algumas mentes mais “conspurcadas” ou menores
como eu as considero, tentam fazer acreditar.-
O maçom ao longo da sua caminhada, tem uma atitude pró-ativa. Isto é, ele não é uma pessoa
de se encolher, de ficar de braços cruzados sem nada fazer.
Ele estuda, trabalha, debate, ensina. Nunca se ficando pelo que obtém nem o
tomando como garantido.
Tudo na vida é transitório, uma espécie de devir. E como tal, apenas tendo atitudes
que visem obter evolução pessoal, progressão cultural, entre outras…, é que o
maçom se poderá afirmar entre os demais.
Hoje em dia já não basta ao maçom ser reconhecido pelos seus irmãos como tal,
ele deve ser reconhecido pelos outros como tal. Um Homem Livre e de Bons
Costumes!
E para se ser um Homem Livre e de Bons Costumes, ao
maçom não lhe servirá apenas ser alguém com uma moralidade acima da média, ou
que apenas pratique a caridade e a solidariedade com o próximo.
É através do
conjunto destas e de outras qualidades, que o maçom desenvolve o seu método
pessoal de vida. O Método Maçónico é também isso. Uma forma de viver.
E é também partilhando essa forma de estar com os
demais, que ele aprende, se cultiva e se informa. Tudo o que ele adquirir no
percurso dessa caminhada, não será apenas dele, será também de quem o rodeia.
Pois apesar de o maçom trabalhar a sua
pedra bruta, ele não o faz de forma solitária. Ao seu lado estarão sempre
os seus irmãos, que lhe servirão de amparo e o conduzirão no rumo certo, e
que ele por sua vez, também ensinará e amparará quando assim tiver de o
fazer.
Por isso, não só na sua Loja Maçónica, no seu
Templo, deve o maçom trabalhar tanto para ele bem como para os demais, mas
acima de tudo, deve ele no mundo profano manter essa conduta. Pois os ganhos adquiridos,
os tão profanos “lucros” serão para a
comunidade, porque o Maçom não busca distinções no que faz. Faz e assim continua a fazer… Para o
bem comum!
E quanto mais rápido ele interiorizar essa ideia na
sua mente, mais facilmente progredirá como pessoa, o tal “aperfeiçoamento moral”, tão caro à filosofia maçónica.
E se o Homem não deseja progredir, anda cá na Terra
a fazer o quê, realmente?
A ver os dias a passar?!
E porque não tornar esses dias mais agradáveis para
a generalidade?
Essa é também uma das obrigações do maçons; e para
tal, como pode alguém contribuir para um mundo melhor, se não partir de si, a
vontade de se tornar em algo melhor…
O método maçónico serve para isso, exclusivamente!
PS: Este texto foi escrito e publicado originalmente por mim aqui em duas partes, mas dada a sua relevância e contemporaneidade, decidi que deveria ser republicado novamente e neste espaço em particular.
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