18 janeiro 2008

O saldo


Ontem, as circunstâncias impediram-me de publicar aqui no blogue. Parti de madrugada para o Algarve, para um julgamento, que durou até ao final da tarde, só cheguei a Lisboa noite dentro e tive de ir de imediato para uma reunião com clientes que se prolongou até de madrugada. Enfim, um dia totalmente preenchido. E, a propósito de dia bem preenchido, eis mais um texto inspirado numa mensagem de correio electrónico que recebi, cuja origem desconheço e que eu adaptei.

Imagine que havia um Banco que todas as manhãs adicionava à sua conta 86.400 euros.

Esse estranho Banco, porém, não transfere o saldo de um dia para o outro: todas as noites apaga da conta o saldo que não foi gasto.

Que faria? Calculo que retiraria todos os dias a quantidade de dinheiro que não tinha gasto, não?

Pois bem, esse Banco existe mesmo: é o TEMPO!

Todas as manhãs, esse Banco adiciona à conta pessoal de cada um 86.400 segundos.

Todas as noites, esse Banco retira da conta de cada um, e dá como perdida, qualquer quantidade desse saldo que não foi transformada em algo de proveitoso.

Esse Banco não transfere saldos de um dia para o outro. Não permite acumulações.

Todos os dias abre a cada um uma nova conta. Todas as noites elimina o saldo do dia que findou.

Quem não utilizar o seu saldo diário, fica a perder: não tem uma segunda hipótese de utilizar o que sobra.

Não existe reforço do saldo diário. Cada um deve viver o presente com o saldo de hoje!

Cada um deve utilizar o seu tempo da melhor forma possível. O que não utilizar, ou utilizar mal, está perdido ou gasto para sempre.

Para se entender o valor de um ano, pergunte-se a um estudante que reprovou e tem de repetir o ano escolar...

Para se entender o valor de um mês, pergunte-se a uma mãe que olha para o seu bebé prematuro...

Para se entender o valor de uma semana, pergunte-se ao editor de um semanário...

Para se entender o valor de uma hora, pergunte-se ao enamorado que espera pela sua amada...

Para se entender o valor de um minuto, pergunte-se ao viajante que perdeu o comboio...

Para se entender o valor de um segundo, pergunte-se a uma pessoa que esteve à beira de ter um acidente...

E, para se entender o valor de um milésimo de segundo, pergunte-se ao atleta que recebeu a medalha de prata dos 100 metros planos dos últimos Jogos Olímpicos...!

Devemos dar valor a todos os momentos que vivemos. O tempo não espera por ninguém.

Eu aproveitei algum do meu saldo de hoje a escrever e publicar este texto.

Espero que achem que aproveitei bem o saldo que usei e que dêem por bem empregue o saldo que gastaram a lê-lo!

Rui Bandeira

2 comentários:

Nuno Raimundo disse...

boAS...

Ao ler este post, somente posso dizer: Carpe Diem... ;)


ABR...PROF...

Radcliffe disse...

Tem um som muito agradavel, irmao.