03 setembro 2007

Organização do jogo

Uma das minhas frases favoritas é a que menciona que O cemitério está cheio de insubstituíveis. Este blogue, no mês passado, ilustrou-a na perfeição. Como anunciei, cumpri o meu dever de tirar férias e não escrevi uma linha. Mas a minha falta não se fez sentir, muito graças ao esforço do José Ruah, que assegurou 21 dos 23 textos publicados em Agosto (os outros dois foram publicados pelo JPSetúbal, também fresquinho após o regresso das suas férias nórdicas), mantendo assim a média de um texto por dia útil.

Muito obrigado pela referência ao meu aniversário e antecipado pedido de desculpas pelo meu mais do que provável esquecimento de referenciar os aniversários dos outros autores de textos do blogue...

Quanto à simpática referência à minha dita condição de "médio organizador de jogo" deste blogue, não posso deixar de rectificar: infelizmente nasci com dois pés esquerdos, quer para o futebol, quer para a dança, e qualquer deles é (ainda) pior do que o pé direito do Óscar Cardozo (e nada têm a ver com o fabuloso pé esquerdo dele...); quanto às minhas supostas capacidades de organização do blogue, a prova está nos quinze meses anteriores: revelei-me muito mais adepto da táctica do "todos ao molho e fé em Deus" e na manutenção de um espaço de criatividade e liberdade do que da organização...

Quanto ao futuro, antes do mais uma novidade e um desejo. A novidade é que, se se confirmar o anúncio que directamente me foi feito por um Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues, já este mês este blogue vai passar a ter mais um autor de textos a publicar com frequência. O desejo é que, graças a este "reforço" (a custo zero!!!) e ao que espero seja uma cadência de produtividade de cada autor frequente de... digamos... não quero exagerar... nem ser irrealista... pelo menos um texto por semana, espero este ano poder escrever uma média de apenas dois textos por semana, ou seja, cerca de 100 textos até ao final de Julho.

Se assim for, tenho o plano de trabalho para todo este ano praticamente feito: vou continuar, à cadência tendencial de um texto semanal, a série Memória da Loja, até a conduzir até ao Venerável Mestre que exerceu funções no ano maçónico de 2005 - 2006. Depois disso, a actualização será anual, deixando de fora os mandatos do ex-Venerável Mestre e do Venerável Mestre em exercício. Memória não é história, mas pressupõe algum distanciamento e o mínimo dos mínimos é um ano...; tendo no ano transacto publicado uma série de textos sobre o percurso de um profano enquanto candidato, tenciono este ano publicar uma outra série de textos relativo ao percurso de um maçon desde a sua iniciação até ser Mestre, porventura Mestre Instalado, de uma Loja azul; continuarei, embora talvez com menos regularidade, a publicar textos sobre maçons ilustres, sítios maçónicos, outros blogues maçónicos, Lojas de Investigação e curiosidades maçónicas; publicarei, é claro, sempre que tal se justifique, notícias ou referências de actualidade; tenciono descaradamente aproveitar a boa ideia que o José Ruah teve de lançar o seu estival Desafio e escrever alguns textos desenvolvendo pelo menos alguns dos temas colocados pelos leitores deste blogue; finalmente, é claro que sempre acabarei por escrever alguma coisa sobre coisas de que agora não faço a mínima ideia e que, oportunamente, me dará na bolha de escrever...

Como vêem, neste blogue a "organização do jogo" é simples. Agora basta resguardar a baliza, meter velocidade nas alas e ser eficiente na área para termos uma época em que o nosso desempenho agrade ao nosso público. Esse o nosso objectivo!

Rui Bandeira

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro Rui, permita-me discordar completamente da sua frase inicial. Todos, sem excepção, somos insubstituiveis. Porque não existem dois homens iguais, não existem duas formas iguais de fazer as coisas, duas formas de pensar iguais. O quão diferente seria hoje o mundo se o inquilino da Casa Branca desde 2000 fosse Al Gore...Ou se Rabin não tivesse sido assassinado...Enfim, claro que o mundo não parou por causa destes dois infortunios, apenas andou por outro trilho, na minha opinião, mais tortuoso. É por isso que lhe digo caro Rui que, para mim, não existem é substituiveis...

Abraço e bem hajam

Rui Bandeira disse...

@ escriba:

Meu caro, a frase inicial do texto e o seu entendimento são manifestamente complementares: o meu amigo entende que todos são insubstituíveis porque cada um é único (e, nesse sentido, só posso concordar...). Mas então não há a mínima dúvida de que... "o cemitério está cheio de insubstituíveis" - porque todos são únicos, mas ninguém é imortal...
Quanto ao que eu pretendia ilustrar com a frase, também estou certo que não discordará: ninguém, por muito capaz, ou brilhante, ou especial que seja (e eu não passo da mediania em qualquer destas categorias...) é insubstituível, pela simples razão de que, mais tarde ou mais cedo, temporária ou definitivamente, pela mais comezinha das razões ou pela máxima inevitabilidade (a morte física)será substituído. E reconhecê-lo em relação a nós próprios é um conveniente e saudável acto de humildade.
Um abraço.

Jose Ruah disse...

ISto as ferias fazem bem a qualquer mortal !!!

Aí vem ele cheiro de força, beleza(qb) e seguramente mais Sábio.

COm um plano de actividades destes, até fico intimidado.

Nem sei sobre o que escrever... durnate este ano.

Abraço e até sabado se nao for antes

Anónimo disse...

Caro Rui, bem sei que o assunto do tópico a comentar não é este, mas as conversas são como as cerejas, utilizando mais um ditado popular...Não concordo com a questao de que alguem é substituido quando morre. Morre-se e pronto, ninguem nos vem substituir, porque cada um é uno, não se troca um pelo outro e tudo continua como até ai. Nada continua como até ai, a vida, o Mundo, são dinamicos, ninguem é substituido porque não existe troca, mas mesmo que existisse, trocar algo por algo completamente diferente, por mais parecido que pareça, é uma impossibilidade. Para mim, claro está. Tá me a dar para filosofar, peço-lhe que perdoe este meu atrevimento. Mas creio mesmo (e a crença é isso mesmo, uma crença) que nao há insubstituiveis, porque algo como um ser humano não se substitui, é de uma tal complexidade e as variaveis que comandam a sua interacção com o mundo são tantas e tão diversas, que jamais um homem pode ser substituido por outro, sem que algo se altere...

Grande abraço