Centro Cultural Malaposta
Como alguns sabem vivo em Odivelas, e já lá vão 40 anos que fiz esta emigração, o que explica o carinho com que vejo a evolução destas "terras do fim do mundo" (há 40 anos, eram...).
Acontece que "cultura" não é própriamente uma filha estimada do Estado ou das entidades governamentais, nem pelo exemplo dos interesses pessoais e muito menos pelo interesse público demonstrado.
Ora Odivelas escapa a este vazio de interesse.
Ora Odivelas escapa a este vazio de interesse.
O Centro Cultural Malaposta ("A Malaposta"...) trata de corrigir, cá pelo burgo, as faltas culturais nacionais, mantendo tempos de programação com 2 anos de distância, uma actividade permanente, variada e, por vezes, ultrapassando em muito a sua área de actuação específica como foi exemplo a "BIENAL DE CULTURA LUSÓFONA" que transformou Odivelas na Capital da Lusofonia Universal durante um mês.
Ontem foi inaugurada mais uma exposição para cuja visita deixo aqui um convite.
É Victor Belém com os seus projectos, objectos e instalações ou, por outras palavras, é pôr à vista desarmada de todos, estados de espírito de alguns momentos do pós 25/Abril/74.
A exposição não é grande (o espaço é o que há... e não estica !) mas vale a pena.
"Pedra no Sapato" de 1985, "Pátria Prisioneira" de 1996 ou o "Porão B" de 2006 (já exposto durante a Bienal da Lusofonia) são alguns trabalhos para serem vistos e revistos atentamente.
Deixo-Vos aqui alguns "rebuçados" para incentivar o Vosso entusiasmo.
Pedra no Sapato- 1985
Natureza Morta - 1994 Impressão Digital - 1975/89
Filho da Pátria Cortado ao Meio - 1985 Porão B - 2006
Aqui fica o desafio.
Entre todos confesso a minha predilecção pelo "Porão B", estória da história dos portugueses que andaram de barco entre a Europa e as colónias.
JPSetúbal
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