18 setembro 2013
11 setembro 2013
A Ordem DeMolay
A Ordem DeMolay é uma organização de princípios filosóficos, fraternais, iniciáticos e filantrópicos para jovens do sexo masculino com idade entre os 12 e os 21 anos. Não existe (ainda?) em Portugal, mas está já bem implantada no Brasil. Foi fundada nos Estados Unidos, em Kansas City, em 24 de março de 1919, pelo maçom Frank Sherman Land, então Diretor do Departamento de Serviço Social do Riro Escocês (Scottish Rite) naquela cidade. O primeiro Capítulo DeMolay iniciou-se com 33 jovens da referida cidade.
O nome da organização homenageia Jacques de Molay, 23.º e último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, morto na fogueira em 18 de março de 1314, aoós o golpe de Filipe, o Belo, e do Papa Clemente V que aprisionou (quase) todos os cavaleiros templários e originou o fim desta lendária ordem de cavalaria.
Para ser admitido na Ordem DeMolay, o jovem compromete-se a ser melhor filho e homem, honrar os seus pais, amar e servir o Criador, o seu País e todos os homens de bem, proteger as escolas públicas, não difamar ninguém e a respeitar as opiniões dos outros. São baluartes da Ordem DeMolay a defesa da liberdade religiosa (representada pelo Livro Sagrado), da liberdade cívica (representada pela Bandeira Nacional) e da liberdade intelectual (representada pelos livros escolares).
Os princípios essenciais do comportamento do jovem DeMolay podem ser resumidos nas seguintes regras éticas:
Um DeMolay respeita o Criador acima de tudo;
Um DeMolay honra todas as mulheres;
Um DeMolay ama e honra os seus pais;
Um DeMolay é honesto;
Um DeMolay é leal aos seus ideiais e aos seus amigos;
Um DeMolay executa trabalhos honestos;
Um DeMolay sempre permanece inabalável na defesa das escolas públicas;
Um DeMolay é o orgulho da sua Pátria, dos seus pais, da sua família e dos seus amigos;
A palavra de um DeMolay é sagrada e sempre cumprida.
As sete virtudes cardeais de um DeMolay são: amor filial, reverência pelas coisas sagradas, cortesia, companheirismo, fidelidade, pureza e patriotismo.
Em suma, a Ordem DeMolay destina-se a orientar crianças e adoslecentes sobre os princípios corretos de vida.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_DeMolay
http://www.cavaleirosdaluz.org/index.php?option=com_content&view=article&id=9&Itemid=10
Rui Bandeira
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Marcadores: DeMolay
04 setembro 2013
Irmãos em campos diferentes
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31 agosto 2013
O MAÇOM MATA ?
Mais uma vez com recurso ao que me cai na caixa do correio (não a dos CTT, mas a da "net") trago ao "A-Partir-Pedra" um textozinho que tem tanto de curto como de simples.
Como diria alguém, "curto e grosso".
Neste caso será "curto e simples".
Dá para facilitar o nosso contacto em tempo de fim de semana e de fim de férias (para os que as tiveram...).
Aqui fica, de autor que desconheço:
Esta semana fui procurado por um jornal institucional,
visando descobrir “os segredos” e se realmente o demónio faz parte da
Maçonaria. Veio a pergunta final:
Respirei fundo e respondi:
- SIM, É VERDADE, O LEGÍTIMO MAÇOM MATA!
Vocês precisavam ver o brilho nos olhos e o movimento de acomodação nas cadeiras dos interlocutores. Continuei:
- O Maçom Alexander Fleming ao descobrir a penicilina matou e ainda mata milhões de bactérias, mas permite que a vida continue para muitos seres humanos;
- O Maçom Charles Chaplin com a poderosa arma da interpretação e sem ser ouvido, matou tanta tristeza, fez e ainda faz, nascer o sorriso desde criança ao idoso;
- O Maçom Henri Dunant ao fundar a Cruz Vermelha matou muito abandono nos campos de guerra;
- O Maçom Wolfgang Amadeus Mozart com as suas mais de 600 obras louvou a vida.- O Maçom Antonio Bento foi um grande abolicionista que junto com outros maçons, além da liberdade, permitiram a continuidade da vida a muitos escravos;
- O Padre Feijó, o Frade Carmelita Arruda Câmara e o Bispo Azeredo Coutinho, baseados nas Sagradas Escrituras e como legítimos maçons, desenvolveram o trabalho sério de evangelização e quem sabe assim mataram muitos demônios;
- O Maçom Baden Powell ao fundar o Escotismo pregava a morte da deslealdade, da irresponsabilidade e da falta de respeito;
- O Maçom Billy Graham foi o maior pregador Batista norte-americano e com o seu trabalho matou muita aflição e desespero;
- O legítimo Maçom não é o homem que entrou para a Maçonaria, mas aquele que em a Maçonaria entrou dentro dele.
Houve e há Maçons em todos os segmentos da sociedade e todos com o mesmo propósito:
Fazer nascer uma nova sociedade, mais justa e perfeita, lógico sem esquecer que o
MAÇOM MATA, principalmente o preconceito.
Nota: Informa o próprio que este texto é da autoria de Sèrgio Quirino Guimarães, em 2018 Grande Primeiro Vigilante da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais.
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Marcadores: preconceito
28 agosto 2013
Mitos (republicação)
Muitos mitos originam religiões. A mitologia grega do Olimpo e dos seus deuses era a base da crença religiosa dos gregos da Antiguidade. Da mitologia grega deriva a mitologia romana e os seus deuses. Mito e lenda casaram-se e tiveram como fruto da sua união clássicos da Literatura, o maior exemplo dos quais é a Ilíada, o poema épico em que se narra a guerra e a queda de Tróia, quer no plano (lendário) das lutas entre os homens, Aquiles e Heitor acima de todos, quer no plano (mítico) da confrontação entre os deuses, uns defendendo Tróia, outros ao lado dos gregos.
O mito é produto da imaginação. É grandioso. Épico. Maravilhoso.
Mitifica-se o que se desconhece e nos parece importante.
Também na Maçonaria o plano mítico teve e tem o seu lugar. Desconhecendo-se a origem da Maçonaria, e não se dispondo dos meios científicos que a modernidade colocou ao alcance do historiador, também em relação a essa origem nasceram e subsistem mitos. De alguns sabemos hoje a origem. Como surgiram outros, só podemos tentar adivinhar - mas esse é terreno perigoso, não vá a adivinhação originar mito sobre a origem do mito...
Surgiram mitos de que a Maçonaria seria herdeira dos Mistérios de Elêusis, ou dos Mistérios Esotéricos Egípcios, ou do Culto Mitraico, ou ainda continuadora da Escola Filosófica Pitagórica. Sem esquecer várias vertentes da Tradição Oriental (afinal de contas, os maçons buscam a Luz no Oriente...). Enfim, à míngua de certezas, as mais variadas e mirabolantes hipóteses são afirmadas como se certezas fossem, esquecendo-se que a busca da Humanidade pela compreensão dos mistérios da Vida e da Criação vem dos primórdios da sua existência, de todas as civilizações, do norte, do sul, do oriente e do ocidente e que é inevitável que interrogações comuns originem tentativas de explicação essencialmente semelhantes, em várias épocas e lugares. Poder-se-á sempre descobrir pontos de contacto entre a Maçonaria e as mais diversas Tradições. Isto não implica que a Maçonaria descenda ou suceda a esta, àquela ou aqueloutra Tradição. Prova apenas que a Interrogação Fundamental é a mesma, em todos os tempos e todos os lugares.
Mas talvez o mais famoso e persistente mito sobre a origem da Maçonaria seja aquele que a declara herdeira dos Templários, através dos sobreviventes do massacre de Filipe, o Belo, que lograram fugir para a Escócia e aí reconverter a sua Ordem de cavalaria na Ordem Maçónica. Este mito é ainda hoje muito disseminado, havendo maçons que piamente creem nas raízes templárias da Maçonaria. Também o mundo profano á sensível a este mito, como abundantemente foi demonstrado com as sequelas da obra de ficção O Código da Vinci, do autor americano Dan Brown e das variantes associadas àRosslyn Chapel. Porém, este é um mito cuja origem é perfeitamente conhecida. Mais, sabe-se inclusivamente quem o criou e lançou e os motivos por que o fez.
O mito da origem templária da Maçonaria deve-se a Andrew Michael Ramsay, também conhecido por Chevalier Ramsay, um intelectual da pequena nobreza escocesa do século XVIII, que viveu grande parte da sua vida adulta em França. Ramsay foi maçon - é sabido. Menos conhecido é o facto de que foi também consagrado Cavaleiro da Ordem de S. Lázaro de Jerusalém, originalmente uma Ordem Militar das Cruzadas, criada para proteger os peregrinos cristãos a Jerusalém.
Em Inglaterra, a Maçonaria, originariamente oriunda de uma classe profissional, com a sua evolução para a moderna Maçonaria Especulativa, rapidamente ganhara o apreço da classe nobre. Se o primeiro Grão-Mestre da Premier Grand Lodge foi um desconhecido e vulgar Anthony Sayer, de quem muito pouco se sabe e, entre isso, que, após o seu mandato de Grão-Mestre, por duas vezes recebeu ajuda financeira, o que revela que não dispunha de meios de fortuna e passou, mesmo, por dificuldades, logo em 1721 assumiu o ofício de Grão-Mestre Lord Montagu, o primeiro de uma longa linhagem de nobres ingleses (e, a partir de certas altura, nobres da Casa Real) que, até aos dias de hoje, detêm o mais alto ofício da hoje Grande Loja Unida de Inglaterra.
A Maçonaria foi introduzida em França em 1725-1726. A sua expansão neste país dependia de uma similar adesão da classe nobre. Porém, os nobres franceses dificilmente se deixariam seduzir por uma organização resultante da associação de operários construtores... Um dos grandes divulgadores da Maçonaria em França, nesta época inicial foi precisamente Ramsay. Em 1737, Ramsay escreveu um discurso, destinado a ser proferido perante uma assistência de nobres, que veio a ficar célebre, no qual associava a Maçonaria às Cruzadas e proclamava residir a origem da Maçonaria nas Ordens de Cavalaria criadas para conquistar e defender a Terra Santa, designadamente os Templários. Estava criado o mito... e garantida a adesão da nobreza francesa a uma organização com tão ilustre pedigree...
Rui Bandeira
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Marcadores: maçonaria
27 agosto 2013
Vá lá, vê se te decides...
J.PaivaSetúbal
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21 agosto 2013
Lenda (republicação)
Na lenda parte-se da realidade e vai-se para além desta. Parte-se do que foi e chega-se ao que se gostaria que tivesse sido. Vai-se do real para o surreal (mais do que o real; para além do real). A lenda é sempre mais interessante, mais bela, mais apelativa à nossa imaginação e à nossa afetividade do que a realidade. A lenda é melhor do que a realidade. Só assim se justifica. Só assim existe. Só assim persiste.
A lenda é a melhor homenagem que a mente humana pode prestar à realidade. Um personagem valoroso, fora do comum, que se destaca, pode tornar-se um personagem lendário. Um acontecimento, porventura banal, quiçá trivial, mas que impressiona o intelecto, emociona a mente, desperta a imaginação, pode, com o passar do tempo, assumir uma dimensão lendária.
Porque a lenda vai para além da realidade, e portanto é melhor do que a realidade, mais bela, mais apelativa, mais memorável, facilmente a lenda perdura mais do que o real. E representa melhor os mais nobres ideais do homem. Todas as organizações humanas da maior relevância, mais tarde ou mais cedo assumem uma dimensão lendária, umas vezes coexistindo com a realidade, outras vezes apropriando-se desta e substituindo-a. Também a Maçonaria tem a sua dimensão lendária, com especial relevância e particular importância no seu ideário.
A moderna Maçonaria Especulativa baseia o seu simbolismo fundamental na Lenda de Hiram. Não vou aqui revelá-la, embora ela esteja profusamente publicada. A Lenda de Hiram tem a sua origem no episódio da construção do Templo de Salomão, relatado na Bíblia, no Livro dos Reis e também referenciado nas Crónicas. Conforme se pode ler num interessante trabalho de Ethiel Omar Cartes González, maçon da Loja Guatimozín 66, da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo (Brasil), publicado na reconhecidaPietre-Stones, Revue of Freemasonry, na Bíblia é mencionado Hiram como Hirão de Tiro, (Reis 7, 13) ou Hurão Abiú sendo Hurão, meu pai, (Crônicas 2,13) filho de uma mulher viúva, filha de Dã e que, junto com ser um homem sábio de grande entendimento, sabia lavrar todos os materiais. Mas a Bíblia não credita a Hiram Abif o cargo de diretor dos trabalhos de construção do Templo e sim como um artífice encarregado de criar as obras de arte que iriam a causar admiração aos visitantes. (De passagem: é esta referência bíblica a origem da expressão filhos da viúva, com que os maçons se autodenominam.)
A Lenda de Hiram, trave-mestra dos ensinamentos transmitidos num dos graus da Maçonaria Azul e pretexto de desenvolvimentos em vários dos Altos Graus, sejam do Rito de York, sejam do Rito Escocês Antigo e Aceite, é indubitavelmente uma peça central do ideário maçónico. Apesar de todos lhe reconhecerem a natureza de lenda, a mesma é pretexto e instrumento e ferramenta para extrair e trabalhar muitos símbolos fundamentais da maçonaria, muitos ensinamentos a obter e desenvolver. Um maçon, após lhe ser transmitida a Lenda de Hiram, pode - e deve! - levar muitos anos a estudá-la, a analisá-la, a compreender os significados dos símbolos por ela mostrados ou sugeridos, e disso tirar grande proveito pessoal, moral e espiritual. A Maçonaria não é só - longe disso! - a Lenda de Hiram. Mas a Lenda de Hiram, e os ensinamentos que possibilita e proporciona, é muito, muitíssimo, na Maçonaria.
A propósito de lenda: também a Loja Mestre Affonso Domingues tem como trave-mestra da sua existência uma lenda: a lenda da Abóbada, incluída pelo grande Alexandre Herculano nas suas Lendas e Narrativas, na qual o escritor nos apresenta o personagem de Mestre Affonso Domingues (que historicamente é certo que foi um dos arquitetos do Mosteiro da Batalha), elevando-o à imortalidade lendária, com o episódio do fecho da abóbada da Batalha e a subsequente morte do velho Mestre, após três dias de isolamento sob esta, como prova de confiança de que a mesma não derrocaria e a emblemática tirada de que a abóbada não caiu; a abóbada não cairá. Também nós, esforçados maçons da Loja Mestre Affonso Domingues nos honramos muito do nosso patrono e da sua dimensão lendária e, confiantemente, declaramos que, em relação à nossa querida Loja, nem a abóbada cairá, nem as suas colunas abaterão, enquanto existirem, pelo menos, sete membros da Loja à face da Terra.
Rui Bandeira
Publicado por Rui Bandeira às 12:00 1 comments
Marcadores: maçonaria