30 maio 2007

A The Victorian Lodge of Research, n.º 218

Na Austrália, na região de Victoria, funciona, desde 30 de Outubro de 1911, data da sua Consagração, a Loja de Investigação The Victorian Lodge of Research, n.º 218.

Tal como a Loja de Investigação Britânica, a Quatuor Coronati, também esta Loja de Investigação australiana agrega a si um Círculo de Correspondentes a que se podem juntar os Mestres Maçons de todo o Mundo. A adesão ao Círculo de Correspondentes implica o pagamento de uma quota anual de 20,00 euros e dá direito a receber a publicação anual dos trabalhos apresentados em Loja e a assistir às reuniões da Loja, que reúne normalmente no Centro Maçónico de Victoria, situado em 300, Albert Street, East Melbourne, às quartas sextas-feiras dos meses de Fevereiro a Outubro.

São objectivos da Loja: a investigação maçónica, a difusão do conhecimento maçónico, o realce da grande Tradição da Ordem, a promoção do interesse em tudo o que constitua Maçonaria, sem quaisquer limites excepto o respeito pelos princípios maçónicos e o confronto com os problemas que se colocam à Maçonaria nos tempos actuais e com os desafios futuros, sendo seu entendimento que é do melhor interesse da Maçonaria que nenhuma opinião deixe de ser considerada, desde que apresentada com verdadeiro espírito maçónico.

No sítio da Loja estão disponíveis resumos de vários trabalhos apresentados em Loja, de que, a título de exemplo, destaco os intitulados Secrets and Freemasonry (Segredos e Maçonaria), Rites of Passage and Masonic Initiation (Ritos de Passagem e Iniciação Maçónica) e Symbolism and Design of the Masonic Apron (Simbolismo e Decoração do Avental Maçónico). Estão também disponíveis vários atalhos para sítios de outras Lojas de Investigação e outros sítios de formação maçónica.

O lema da Loja é SEQUENDO LAMPADA DISCO, que se pode traduzir por APRENDO SEGUINDO A LUZ.

A próxima reunião desta Loja de Investigação terá lugar no próximo dia 22 de Junho e nela o Irmão Paul Alexander, que já exerceu o ofício de Venerável Mestre da Loja, apresentará o trabalho intitulado Foi Napoleão Maçon? O terceiro Quartel do século XVIII.

Rui Bandeira

29 maio 2007

Uma História da Maçonaria Britânica (1425-1583)

Andrew Prescott é um historiador britânico especializado em História da Maçonaria. Foi director do Center for Research into Masonry (Centro para a Investigação da Maçonaria) da Universidade de Sheffield. Na página do Center for Research in Masonry existe um atalho para o texto da sua lição de despedida desse Centro para a Investigação da Maçonaria, proferida em 20 de Fevereiro de 2006, que se intitula A History of British Freemasonry: 1425-2000 (Uma História da Maçonaria Britânica: 1425-2000). Quem entender inglês, pode seguir esse atalho e ler essa notável lição.

O texto é interessantíssimo. É claramente um trabalho sério e objectivo de um académico competente. Não faz a apologia da Maçonaria Britânica, nem a critica ou ataca. Apresenta factos, interpreta-os e relaciona-os com os eventos, designadamente políticos, da respectiva época. Relata a evolução da Maçonaria tal como a mesma ocorreu, nos bons e nos maus aspectos e apresenta a sua interpretação das razões de ocorrência dos principais eventos. É uma peça imprescindível da cultura geral de um maçon e um texto esclarecedor para quem se interessa pelo fenónemo da Maçonaria.

Quer porque nem todos lêem fluentemente inglês, quer pelo interesse intrínseco das informações constantes desse trabalho, vou sumariá-lo aqui no blogue. Mesmo em sumário, a sua extensão é significativa. Opto assim por dividir o sumário em vários textos, que tenciono publicar alternadamente com textos de outros temas.

O Professor Prescott divide a História da Maçonaria Britânica em dez períodos: 1425-1583; 1583-1717; 1717-1736/7; 1737-1763; 1763-1797-8; 1798-1834; 1834-1855-6; 1856-1874; 1874-1967; e 1967-2000.

O resumo de hoje respeita ao primeiro desses períodos, 1425-1583.

As origens da moderna maçonaria como um movimento social encontram-se nas fraternidades religiosas que floresceram particularmente após a peste negra de 1349. Essas fraternidades existiram primeiramente para encomendar e pagar orações pelas almas dos seus membros, mas começaram a ser utilizadas por determinados grupos dos artesãos para assumirem a responsabilidade pela regulamentação das respectivas actividades. A peste negra tinha causado uma falta de artesãos hábeis e o governo esforçou-se por tentar manter os salários baixos. A tensão inflaccionista era particularmente aguda nas profissões ligadas à construção. Em 1425, foi publicada legislação proibindo os trabalhadores da construção de se organizarem para exigir salários mais elevados. É neste evento que nós podemos encontrar a causa para o início dos mitos da maçonaria. Os grupos de construtores em pedra desenvolveram uma lenda de que lhes tinham sido dadas cartas-patentes antigas, permitindo que se organizassem. Reagiram também contra a estratificação crescente da sua profissão, desenvolvendo lendas que procuraram demonstrar que todos os trabalhadores de construção (maçons) eram irmãos com estatuto igual. Os dois manuscritos que registam estas lendas, preservados na Biblioteca Britânica e conhecidos como os manuscritos de Regius e de Cooke, foram usados aparentemente para ultrapassar a proibição de organização. As lendas constantess dos manuscritos Regius e Cooke, e em especial a reivindicação de que os maçons tinham recebido uma carta-patente do (inexistente) príncipe Edwin, um alegado filho do rei anglo-saxão Athelstan, permanecem de importância fundamental para o entendimento da moderna Maçonaria. Estas lendas obtiveram um novo impulso em meados do século XVI, quando nova inflação conduziu a novas tentativas de restringir os salários dos artesãos. Em 1552, os líderes de uma greve de trabalhadores da construção em York foram presos. Em resposta, ocorreu uma mais substancial elaboração das lendas que constavam em Regius e Cooke, com a concessão por Edwin de uma carta-patente especificamente aos trabalhadores da construção (maçons) de York, um detalhe novo que pretendeu aparentemente reforçar a posição destes. Esta primeira fase da história da Maçonaria poderá ser chamada a fase do sindicalismo.

Rui Bandeira

28 maio 2007

A eleição do Terceiro Venerável Mestre

O terceiro Venerável Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues foi José C. C.. Todas as circunstâncias apontavam para que o seu mandato fosse difícil, e foi-o. Mas José C. C. cumpriu o que se espera de um Venerável Mestre: recebeu o malhete, símbolo do seu poder de direcção da Loja, do seu antecessor e transmitiu-o, não pior do que o recebera, ao seu sucessor.

Naquele início de Verão de 1992, a Loja Mestre Affonso Domingues ia proceder à eleição do sucessor de José M. M.. A contra-gosto! Era praticamente unânime a opinião de que ele deveria assegurar um novo mandato. Mas José M. M. não concordava. Tinha mesmo tido o cuidado de ter providenciado pela aprovação, pela Loja, do seu Regulamento Interno, nele tendo incluído uma disposição que previa que o Venerável Mestre só podia exercer o máximo de dois mandatos consecutivos. Apesar da argumentação dos demais membros de que ele só tinha sido eleito uma vez (o seu primeiro mandato ocorrera por designação mediante decreto do Grão-Mestre), a sua posição era definitiva: já tinha cumprido dois mandatos, chegara a hora de transmitir o malhete de Venerável Mestre a outrem.

José C. C. fora fundador da Loja. Na carta-patente desta figurava como 2.º Vigilante fundador. O Venerável Mestre fundador não chegara a assumir efectivamente o ofício, por razões de saúde, tendo sido, então, substituído por José M. M., por decreto do Grão-Mestre. O 1.º Vigilante fundador, Hélder V. entretanto fora encarregado de dirigir uma outra Loja, em acumulação com o seu ofício de Grande Oficial e teve, por isso, de abandonar a Loja. José C. C. passou, assim, a exercer o ofício de 1.º Vigilante e era o sucessor natural de José M. M..

O problema era que as suas características pessoais não o tinham feito particularmente popular entre os demais obreiros. A Loja ansiava pela continuação da liderança de José M. M. e, confrontada com essa impossibilidade, queria alguém do mesmo estilo: interveniente, popular, bom condutor de homens, extrovertido e emotivo. José C. C. era precisamente o oposto: tímido, era algo desajeitado no relacionamento com todos aqueles que não pertenciam ao seu núcleo restrito de amizades; retraído, não demonstrava um décimo da emotividade de José M. M.; monárquico e politicamente conservador, e ainda por cima sofrendo os efeitos de ser sempre acompanhado por seu pai, um truculento ultra-conservador que não raras vezes não se coibia de infringir a regra que excluía a política da Maçonaria, não conseguira granjear o apoio dos demais membros da Loja para ocupar a Cadeira de Salomão, isto é, o lugar de Venerável Mestre; embora tendo sido um fiel lugar-tenente de José M. M., deixara-se ofuscar e, mesmo, anular pelo brilho da liderança deste e ninguém o via como Venerável Mestre.

Até que José M. M. voltou a sacar da sua cartola mais um passe da sua liderança: num convívio informal - em que, convenientemente, José C. C. não estava presente... (isto só foi percebido depois, e apenas pelos mais atentos) -, José M. M. convence todos de que a Loja devia, desde o princípio, prevenir o perigo de lutas intestinas pelo efémero "poder" do ofício de Venerável Mestre - todos concordaram; que a melhor forma de o fazer era instituir um critério transparente e lógico, logo, aceite por todos ao longo dos tempos, de escolha do Venerável Mestre - todos deram o seu acordo; esse critério era o da eleição do sucessor natural do Venerável Mestre em exercício, o seu primeiro Vigilante - breve instante de silêncio enquanto cada um percebia como fora habilmente conduzido a esta conclusão, seguido de um coro de discordância, não pelo princípio, mas em função do concreto 1.º Vigilante que seria então eleito Venerável Mestre; José M. M. deixou que os protestos fossem desabafados, fluir os argumentos, pairar os desacordos quanto à figura do sucessor e, pacientemente, fez ressaltar as vantagens de evitar lutas pelo poder na Loja, demonstrou que o Venerável Mestre só tinha o poder que a Loja lhe desse, que só conseguia fazer o que a Loja deixasse - muitos, mas já não todos, mantinham a discordância; argumentou que o facto de a Loja seguir o critério da sucessão natural, mesmo que muitos não apreciassem que em concreto determinada pessoa fosse o eleito, só fortaleceria o espírito de corpo da Loja, que, afinal de contas, um ano passava depressa e que, no final, a Loja sairia reforçada com a experiência, que a qualidade dos seus obreiros sempre compensaria eventuais deficiências do Venerável Mestre... - e, a pouco e pouco, foi vencendo as resistências e, no final, obteve a unânime, embora resignada, aprovação de todos para a eleição de José C. C.. E, de passagem, criou um paradigma (correcto) que ainda hoje perdura: qualquer Mestre da Loja pode ser Venerável Mestre; com mandatos anuais, qualquer Mestre minimamente interessado terá a oportunidade de vir a ser Venerável Mestre; em termos de normalidade, não faz sentido, assim, a pugna eleitoral (embora se mantenha sempre o sistema de eleição), por regra elege-se o 1.º Vigilante para exercer o ofício de Venerável Mestre no ano seguinte.

Obtido o acordo da Loja para a eleição de José C. C., havia ainda um outro problema: a José C. C. não passara despercebida a contestação à sua eleição - como poderia passar despercebida?- e isso magoava-o, talvez até ao ponto de ele vir a não estar disposto a assumir o ofício. José M. M. tem então um segundo golpe de asa: combina pessoalmente com cada um dos Mestres presentes na sessão de Loja de apresentação de candidaturas que, quando circulasse o Saco das Propostas, cada um introduzisse nele a proposta de candidatura de José C. C.. Obtém de todos o acordo para tal. E, após ter circulado o Saco das Propostas, José C. C. viu que o seu nome fora proposto por todos os demais Mestres presentes. Melhor declaração de apoio não podia ter - sobretudo ocorrida após contestação aberta... E claro que aceitou a candidatura. Até hoje, assim se continua a proceder na Loja Mestre Affonso Domingues: na sessão de apresentação de candidaturas, todos os Mestres colocam no Saco das Propostas a proposta de candidatura ao ofício de Venerável Mestre do 1.º Vigilante em funções. É a demonstração simbólica que toda a Loja dá do seu apoio incondicional ao Irmão que irá exercer o ofício de a dirigir por um ano.

E, na sessão seguinte, José C. C. foi tranquilamente eleito Venerável Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues, para o período de Setembro de 1992 a Setembro de 1993!

Os símbolos também se criam! E as boas tradições estabelecem-se naturalmente quando se procura actuar, de forma transparente e coerente, pelos bons motivos, em benefício de todos!

Rui Bandeira

25 maio 2007

Diálogo (VII - e último)

- Na próxima sessão da Loja vais ser iniciado. É altura de tirar as últimas dúvidas.

- Não sei se serão as últimas, ou apenas as que sobram das primeiras, mas são três.

- Vamos lá, então.

- Primeira: sei que vou entrar numa Loja onde tu estás. E se não gostar? Fico amarrado a essa Loja para sempre?

-
Salvo circunstâncias excepcionais, o candidato é dirigido para a Loja do seu primeiro proponente. As razões disso são evidentes: o proponente é o elemento de ligação entre o candidato e o grupo onde se vai inserir e facilitará a sua integração nele; por outro lado, essa foi a Loja que procedeu às inquirições, que avaliou o candidato e recolheu os elementos que lhe possibilitarão providenciar pela harmoniosa integração do novo elemento. Mas o maçon não está preso à Loja em que foi iniciado, a sua Loja-mãe. Uma vez que tenha sido elevado a Mestre, poderá mudar de Loja ou filiar-se em mais do que uma Loja.

- E antes disso?

- Normalmente, o Aprendiz e o Companheiro não mudam de Loja, quer porque estão em plena formação, que deve decorrer sem sobressaltos, quer porque nem sequer tem o suficiente conhecimento da da Obediência para conscientemente optar. Mas esta não é uma regra absoluta: já houve vários casos, por diferentes razões (mudança de localidade de residência, por exemplo) em que ocorreu a mudança de Loja de Aprendiz ou de Companheiro. Evidentemente que, nesses casos, deve formar-se uma conjunção de vontades, do próprio, dos Veneráveis Mestres da Loja de origem e da Loja de destino e não haver objecção da Grande Loja.

- Segunda questão: como faço o pagamento da jóia de iniciação?

- No próprio dia, antes de eu te conduzir às instalações onde vais ser iniciado, entregas-me o cheque. Eu tratarei de o entregar ao Tesoureiro da Loja e depois de te dar o respectivo recibo...

- Dá para descontar no IRS?

- Querias... Vai sonhando... Mas, continuando com o assunto do pagamento da jóia, isso é tratado antes de seres conduzido ao Templo para que, uma vez lá, nenhum assunto de natureza profana te distraia do que vais viver. A propósito, aconselho-te a, nesse dia, não usares pulseira ou fio.

- Porquê?

- Vais ser iniciado. Deves deixar os metais à porta do Templo. Isso simboliza que a materialidade profana deve estar afastada da espiritualidade maçónica. Se não levares pulseira ou fio, não será necessário que tos retiremos... Quanto ao resto, já sabes: fatinho escuro, sapatinho preto, camisinha brança, gravata preta... Ou seja, por uma vez na vida vais-te vestir decentemente..

-Conversa sem piadinha não é conversa, já vi.. Nem te respondo. Prefiro colocar a terceira questão...

- Força!

- Como vai ser a Iniciação?

- A essa não te respondo! A Iniciação é para ser vivida, não é para ser contada!

Rui Bandeira

24 maio 2007

A carta-patente da Loja

Ontem foi um grande dia para a Loja Mestre Affonso Domingues. Ontem regressou à Loja a sua carta-patente!

A carta-patente é o documento que proclama e certifica a criação, pela forma tradicional e regularmente reconhecida, de uma Loja maçónica. É, obviamente, um documento importantíssimo para qualquer Loja maçónica, em termos históricos, mas também em termos rituais, pois uma Loja maçónica Regular deve, salvo motivos imponderáveis, reunir na presença da sua carta-patente, como testemunho directo da sua criação dentro dos limites e princípios da Regularidade.

A imagem que ilustra este texto é a de uma carta-patente respeitante à criação de uma Loja Regular chilena, a Loja Pentalpha, em 16 de Setembro de 1965, ao Oriente de Santiago do Chile e sob os auspícios da Grande Logia de Chile. Não é, por ora, possível publicar a carta-patente da Loja Mestre Affonso Domingues, não tanto por não estar ainda digitalizada (isso resolvia-se em alguns minutos...), mas porque a mesma contém nomes de maçons vivos e que não declararam publicamente essa condição, pelo que, no respeito de uma essencial regra maçónica, tem de se respeitar a reserva de sua identidade.

A carta-patente da Loja foi emitida, pelo então Grão Mestre da Grande Loge Nationale Française (GLNF), André Roux, em 30 de Junho de 1990, ainda no âmbito do Distrito de Portugal daquela Grande Loja. 30 de Junho é, assim, a data de aniversário da Loja. Recorde-se que a reinstituição da Regularidade Maçónica em Portugal processou-se através de criação de várias Lojas sob os auspícios da GLNF, que constituiram o Distrito de Portugal daquela Obediência Regular e que, ulteriormente, obtiveram a consagração da Grande Loja Regular de Portugal, hoje Grande Loja Legal de Portugal/GLRP.

Foram designados para exercer, em primeiro lugar, os ofícios de Venerável Mestre, 1.º Vigilante e 2.º Vigilante, respectivamente, os Irmãos Eduardo M., Hélder V. e José Cunha C.. Em documento anexo, figura também a lista dos Maçons fundadores da Loja, entre os quais, nada mais, nada menos, os que vieram a ser os três primeiros Grão-Mestres da GLLP/GLRP: Fernando Teixeira, Luís Nandin de Carvalho e José Anes!

Na sequência dos acontecimentos que vieram a ser conhecidos como cisão da Casa do Sino, estes documentos ficaram extraviados. Durante anos, a Loja Mestre Affonso Domingues trabalhou na presença de uma nova carta-patente, emitida pelo Grão-Mestre da GLLP/GLRP. Ontem, um Grande Oficial muito querido de todos nós visitou a nossa Loja e deu-nos a grata surpresa de nos trazer os documentos. A partir de agora, a Loja Mestre Affonso Domingues pode exibir duas cartas-patentes: a da sua criação, ainda no âmbito do Distrito de Portugal da GLNF e a emitida já pela GLLP/GLRP, de que foi Loja fundadora!

Rui Bandeira

23 maio 2007

O desejo de Shane

A solidariedade também se faz com pequenos e simples gestos.

O rapaz da foto é Shane Bernier. Vive em Lancaster, Ontario, Canadá. Sofre de leucemia linfoblástica aguda. Após 130 semanas de tratamento, a doença ressurgiu. Tem sete anos de idade. Completa oito anos no próximo dia 30 de Maio. Sabedor da gravidade do seu estado, mantém um espírito positivo. E tem um desejo: superar o número de cartões de aniversário que alguém alguma vez recebeu, relativamente a um único aniversário.

Esse desejo é uma forma de manter o seu optimismo na luta contra a doença que o mina. Por cada cartão recebido, o seu sorriso aumenta (e que bom é poder manter o sorriso na face de uma criança sofrendo de uma doença terrível!), a sua coragem cresce.

Ser solidário é também ter pequenos gestos. Enviar um cartão de aniversário (se não encontrar um na papelaria da esquina, um simples postal ilustrado também serve...), com uma pequena nota (HAPPY BIRTHDAY, SHANE é o suficiente...), porventura não alterará o curso da sua doença. Mas aumentará a sua felicidade. E fazer um rapazinho feliz com um simples e fácil gesto também é ser solidário. E também nos aquece o coração...

O aniversário de Shane Bernier é já no próximo dia 30. Ajude a inundar os serviços postais de Lancaster, Ontario, de cartões de aniversário para ele. Só lhe custa o preço do cartão e do selo. É barato o preço da felicidade. Sobretudo porque um pouco dessa felicidade ficará também no seu coração!

Os cartões devem ser enviados para

Shane Bernier
PO Box 484
Lancaster, Ontario
K0C 1N0
Canada

Trate disso JÁ! Se deixa para depois, ainda se esquece e o dia 30 está já aí!

E, já agora, ajude a divulgar este desejo. Não envie 385 mensagens de correio electrónico, basta apenas uma: No fim deste texto, está um ícone com a imagem de um sobrescrito. Clique no ícone. Na janela que se abre, ponha o seu endereço de correio electrónico no remetente, o endereço de correio electrónico da pessoa a quem decidir enviar a mensagem e, no campo de texto, basta escrever: MANDA UM AGORA! E clique no enviar. Já está!

E ainda, se me permite que abuse e se tem 18 e 45 anos, aproveite este pretexto e, depois de mandar o cartão, trate de se ir registar como dador de medula óssea. Se não puder tratar disso já, agende, para não se esquecer. Nada como um pequeno gesto de solidariedade para nos abalançarmos a um gesto um pouco maior...

Rui Bandeira

22 maio 2007

A Freemason Inn

Já anteriormente aqui dei conta da existência, na Nova Zelândia, do Masonic Hotel.

Agora dou conta da existência, nos Estados Unidos, da Freemason Inn, situada em Norfolk, Virgínia.

Tanto quanto é possível verificar através do seu sítio na Rede, trata-se um estabelecimento que se integrará na categoria do "hotel de charme", especialmente adequado para umas férias a dois...

A diária de um quarto duplo varia entre 145 e 245 dólares (107,50 - 181,63 euros, ao câmbio de hoje).

Atenção a um detalhe: a entrada no hotel deve ser feita entre as 15 e as 19 horas. Depois desta hora, só com prévia combinação e, se ocorrer depois das 22 horas, obriga a um pagamento adicional de 25 dólares (18,53 euros). Já a saída deve ocorrer até às 11 horas.

Minhas caras cunhadas: quando o vosso mais-que-tudo, meu Irmão, for aos States, se for para a Costa Leste, aproveitem para o lembrar que é uma boa altura para uma segunda lua-de-mel! Afinal de contas, como pode ele recusar uma estada na... Freemason Inn?

Rui Bandeira