"Palavra Maçónica"
O texto que hoje publico é um texto de minha autoria que viu a luz anteriormente noutro espaço em que debitava umas linhas sobre Maçonaria. Este texto pode ser consultado no seu original aqui.
E como considero que sua atualidade permanece, irei transcrever o mesmo texto nas linhas abaixo para Vosso conhecimento:
"Palavra
Maçónica"
A “palavra maçónica” é um compromisso de honra efectuado pelo neófito quando tem
contacto com os Mistérios da Arte Real. No qual ele se compromete a honrar e
dignificar a Maçonaria, bem como em guardar segredo do que vir ou tomar conhecimento em sessão
ritualista maçónica.
E como tal, nada mais é
importante para o maçom do que respeitar a sua palavra, a sua palavra dada, a
sua palavra de honra.
Sendo por isso, que uma
das suas obrigações é a de ser um homem
de bons costumes. Alguém que é honrado e vive sob bons preceitos morais.
Quando um maçom se
compromete com algo, ele o cumpre ou o faz por cumprir, porque é a sua palavra que
fica em questão. Se não o fizer, a sua credibilidade perante os seus irmãos e
porventura demais profanos, será posta em causa, correndo o sério risco de
ficar descredibilizado, e assim não poder viver da forma honrada como assim o
deve fazer.
Essa palavra, vale mais que “mil assinaturas”, pois jamais
poderá ser rasurada ou apagada. Quando ela é assumida, ela torna-se um
compromisso para a vida do maçom. Tanto que a sua palavra deverá ser “eterna e imutável”. Logo será sempre um dever a ser
cumprido!
Por isso, um maçom quando
assume um compromisso ou quando opina sobre determinado tema ou matéria, tem de
ter o cuidado e a parcimónia necessária. Pois com a sua opinião também pode
ele pôr em causa a Maçonaria na sua generalidade.
Normalmente quando alguém
opina publicamente, apenas essa opinião o vincula a ele próprio. Mas em
Maçonaria isso é diferente. E diferente porque, quando um maçom opina na via pública, as suas afirmações encontram um eco
desproporcionado por vezes em relação ao que afirma. E tudo fruto do que a sua
imagem enquanto maçom suscitar.
A curiosidade sobre o que se passa no interior
da Maçonaria é tão grande por parte dos profanos, que isso origina um excesso
de “ruído” que maioritariamente causa um impacto negativo na Ordem em si. E é por
isso que um maçom deve ser reservado quanto ao que opina, como opina e onde exerce a sua opinião.
Aliás, se existe alguém que falará pela
Obediência em si, serão apenas o Grão-Mestre e o Grande Orador, os restantes
Irmãos apenas poderão opinar, mas vinculando-se apenas a si próprios nas
afirmações proferidas.
Já na vida interna das
Obediências Maçónicas, as palavras dos irmãos são muito bem-vindas, isto é, cada um (excepto se em
sessão litúrgica, os Aprendizes e Companheiros se abstêm de falar) é livre de opinar sobre o que quiser, respeitando apenas as
regras impostas pela Obediência, seja no cumprimento dos Landmarks (no caso de
Obediências Regulares) seja no cumprimento do seu Regulamento Geral.
Resumindo, o segredo que
existe na palavra de um maçom, encontra-se à vista de todos. É apenas se tomar
atenção ao que diz e como o
diz.
Sem comentários:
Enviar um comentário