“Reflexões Eleitorais”
A GLLP/GLRP encontra-se em época eleitoral
para o cargo de Muito Respeitável Grão-Mestre, cargo desempenhado hoje em dia
pelo Muito Respeitável Irmão Júlio Meirinhos e que terminará estas funções em Setembro
próximo, por altura do Equinócio de Outono.
Findo que está o período de “campanha”
de debate de ideias e projetos de ambos os candidatos ao cargo, entrámos agora
no período eleitoral.
Deste modo não farei qualquer comentário a qualquer
das candidaturas proponentes mas tão somente farei algumas reflexões sobre o
momento atual que se vive na Obediência na qual está filiada a Respeitável Loja
Mestre Affonso Domingues Nº5, Loja da qual fazem parte os autores deste blogue.
Em Maçonaria não existem candidaturas
“melhores” nem “piores”, existem ideias e projetos em questão. Cada uma das
candidaturas terá as suas qualidades e os seus “desméritos” face à sua
competidora.
Em Maçonaria não se deve importar para
o seu seio as “profanices” que são habituais noutros processos eleitorais no
mundo profano!
Na Maçonaria requer-se e deseja-se um debate elevado, tolerante e fraterno de ideias e propostas a serem honradas futuramente pelos candidatos
que se propuseram ao cargo, caso sejam eleitos.
Em Maçonaria ninguém – mas mesmo
ninguém! – se pode esquecer que se tratam de Irmãos que se candidatam ao cargo
mais difícil que existe numa Obediência. E como tal, sendo Irmãos, não são certamente “uns
quaisquer”…
Logo, tal como numa família “normal”, apesar de ser possível nem
sempre se concordar em tudo, temos de nos respeitar mutuamente, uma vez que estamos ligados por algo maior, e por isso
teremos sempre de suplantar qualquer divergência que possa existir na
fraternidade que diariamente vivenciamos.
Durante o período de “campanha” foi
possível a quem se candidatou informar, debater, demonstrar os seus projetos;
Agora é tempo de serem feitas as reflexões necessárias para a tomada de uma
decisão não tão fácil de ter como possa ser suposto o ser.
-É a vida e o futuro da Obediência
que está em causa e nada mais! –
O nosso voto deve recair sobre a
pessoa que consideremos mais apta e cujo projeto nos parece ser mais
consentâneo como as possibilidades de real execução e não em mirabolantes miragens
que se possam apresentar a curto prazo.
Temos de eleger o Irmão que consideremos que desempenhará o cargo com a diligência, disponibilidade e entrega necessária que tanto labor (a gestão de uma Potência Maçónica) obriga.
Temos de eleger o Irmão que consideremos que desempenhará o cargo com a diligência, disponibilidade e entrega necessária que tanto labor (a gestão de uma Potência Maçónica) obriga.
Somos cerca de 2500 maçons regulares
e ultrapassada que está a marca de 100 Respeitáveis Lojas pertencentes à Obediência! Por isso, gerir,
guiar, orientar, elucidar “isto tudo” é uma tarefa que considero hercúlea e
nada fácil para quem agora o faz e principalmente para aqueles que agora se o propõem
a o fazer.
Quem pensar o contrário está completamente enganado!
O Grão-Mestre para além de um Irmão,
terá de ser um “pai”, um “tio”, um “padrinho”, enfim, terá de ser o nosso “guia”,
a nossa “Luz”.
Aquele que nos apoiará, ensinará,representará, mas acima de tudo,
que saiba nos colocar no nosso lugar!
Como já disse, não é uma tarefa
fácil, e por vezes é mesmo ingrata em ser feita por não se compreenderem os
motivos que levam a determinadas decisões, mas temos de as respeitar, por isso
se diz que estamos numa “Obediência” apesar de sermos “livre-pensadores”.
Gerir pessoas nunca será fácil, pois
gerir egos e comportamentos humanos nunca será fácil de o fazer, por isso o
Grão-Mestre terá sempre de ser firme no seu pulso, sapiente nas suas decisões e
ter alguma beleza nas suas ações; caso contrário será apenas mais um entre
muitos e tal não pode suceder, ele é sempre o “Um”, o “Ele”, aquele a quem os
holofotes estarão em permanência apontados, logo a sua conduta deverá ser
imaculada e de um primor tal que não possa envergonhar nunca aqueles que ele
representa e dirige.
O cargo de Grão-Mestre implica uma
humildade pessoal que tem de ostracizar qualquer sentido individualista e egocêntrico
que possa subsistir na sua forma de estar e pensamento.
- O “todo”(a Obediência) será sempre o mais importante!-
O nosso Reconhecimento e Regularidade terão de ser impreterivelmente sempre, uma das bitolas que o guiarão.
- O “todo”(a Obediência) será sempre o mais importante!-
O nosso Reconhecimento e Regularidade terão de ser impreterivelmente sempre, uma das bitolas que o guiarão.
E concluindo, tal como fiz questão de salientar no início do texto, não abordei qualquer proposta de candidatura e nem fiz qualquer juízo de valor sobre nenhum dos atuais proponentes, mas isso não significa que não estive atento ao que foi traçado por qualquer uma das propostas para o futuro da Grande Loja.
No fim, ambos serão escrutinados e
sufragados. Um será eleito para representar os demais, o outro fará o seu
caminho nas “colunas”, desenvolvendo o seu trabalho maçónico tal como os
restantes irmãos.
O importante é que será eleito um
Irmão, um de “nós” e isso é que conta. O resto é pura conversa…
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