Um auspicioso começo
Cardeal Gianfranco Ravasi
No seu texto, o Cardeal Ravasi invoca os valores comuns entre as duas instituições, a dimensão comunitária, a beneficência, a dignidade humana e a luta contra o materialismo, e invoca mesmo a necessidade de "superar a atitude de certos setores integristas católicos que - para atacar alguns representantes hierárquicos da Igreja de que eles não gostam - recorrem à arma da acusação de uma sua apodítica filiação maçónica" (tradução minha).
No primeiro parágrafo, está o atalho para o texto original, em italiano. Pode também ler-se o referido texto numa tradução para castelhano, efetuada por um elemento da Loja espanhola Manuel Iradier, da cidade de Vitoria - Gasteiz, que aqui fica disponível através do atalho https://logiamanueliradier.wordpress.com/2016/02/24/queridos-hermanos-masones/
No primeiro parágrafo, está o atalho para o texto original, em italiano. Pode também ler-se o referido texto numa tradução para castelhano, efetuada por um elemento da Loja espanhola Manuel Iradier, da cidade de Vitoria - Gasteiz, que aqui fica disponível através do atalho https://logiamanueliradier.wordpress.com/2016/02/24/queridos-hermanos-masones/
Esta posição pública do Cardeal Ravasi certamente terá uma adequada e ponderada resposta por parte dos responsáveis da Maçonaria, no sentido da correspondência ao convite efetuado. Para já, o Grão-Mestre do Grande Oriente de Itália, Irmão Stefano Bisi, logo no dia imediato enviou uma carta ao Il Sole 24 Ore, manifestando o seu apreço pela iniciativa e confirmando a disponibilidade para o diálogo também por parte da Maçonaria.
Designadamente, refere o Grão-Mestre do Grande Oriente de Itália que ficou "satisfeito ao saber que, sem preconceito e com a ampla visão cultural que o distingue, (o Cardeal Ravasi) falou sem ideias preconcebidas da Maçonaria indo para além dos esclarecimentos e posições oficiais e escritos da Igreja, amplamente conhecidos, e reconhecido que entre as duas instituições existem também valores comuns que as unem, sem que isso anule as visões diversas e a demarcação das claras diferenças" (tradução minha).
A terminar, frisou que "a Maçonaria não é inimiga da Igreja, de nenhuma igreja, e tem sido sempre a casa do diálogo e da tolerância. Não se opõe a qualquer religião e deixa os irmãos livres de seguir a sua fé. Mas os tempos mudam e a Humanidade está ameaçada por grandes perigos, como o terrorismo fundamentalista, a decadência de valores, a globalização desenfreada. A grandeza das instituições seculares, espirituais e religiosas a que o homem adere, procurando vias pessoais de melhoria e elevação, está em saber lidar com estes desafios delicados, participando na e partilhando a resolução das necessidades e dos problemas que surgem. E igualmente em ter a coragem de ir além de "hostilidade, insultos, preconceitos recíprocos", como no caso da Igreja e Maçonaria" (tradução minha).
Pode ler-se o texto original da resposta em http://www.grandeoriente.it/wp-content/uploads/2016/02/Agenparl-22.06.2016.pdf .
Toda a longa viagem começa com um primeiro e, por vezes pequeno, passo. Espero que o passo dado pelo Cardeal Ravasi, e logo acompanhado pelo Grão-Mestre do Grande Oriente de Itália seja efetivamente o início da longa viagem que ponha termo às mencionadas "hostilidade, insultos, preconceitos recíprocos" e permita inaugurar uma era de cooperação entre as duas instituições, não especialmente em benefício de nenhuma delas, mas a bem da Humanidade.
Rui Bandeira
Designadamente, refere o Grão-Mestre do Grande Oriente de Itália que ficou "satisfeito ao saber que, sem preconceito e com a ampla visão cultural que o distingue, (o Cardeal Ravasi) falou sem ideias preconcebidas da Maçonaria indo para além dos esclarecimentos e posições oficiais e escritos da Igreja, amplamente conhecidos, e reconhecido que entre as duas instituições existem também valores comuns que as unem, sem que isso anule as visões diversas e a demarcação das claras diferenças" (tradução minha).
A terminar, frisou que "a Maçonaria não é inimiga da Igreja, de nenhuma igreja, e tem sido sempre a casa do diálogo e da tolerância. Não se opõe a qualquer religião e deixa os irmãos livres de seguir a sua fé. Mas os tempos mudam e a Humanidade está ameaçada por grandes perigos, como o terrorismo fundamentalista, a decadência de valores, a globalização desenfreada. A grandeza das instituições seculares, espirituais e religiosas a que o homem adere, procurando vias pessoais de melhoria e elevação, está em saber lidar com estes desafios delicados, participando na e partilhando a resolução das necessidades e dos problemas que surgem. E igualmente em ter a coragem de ir além de "hostilidade, insultos, preconceitos recíprocos", como no caso da Igreja e Maçonaria" (tradução minha).
Pode ler-se o texto original da resposta em http://www.grandeoriente.it/wp-content/uploads/2016/02/Agenparl-22.06.2016.pdf .
Toda a longa viagem começa com um primeiro e, por vezes pequeno, passo. Espero que o passo dado pelo Cardeal Ravasi, e logo acompanhado pelo Grão-Mestre do Grande Oriente de Itália seja efetivamente o início da longa viagem que ponha termo às mencionadas "hostilidade, insultos, preconceitos recíprocos" e permita inaugurar uma era de cooperação entre as duas instituições, não especialmente em benefício de nenhuma delas, mas a bem da Humanidade.
Rui Bandeira
3 comentários:
Documento em português
http://www.snpcultura.org/igreja_e_maconaria_o_dialogo_para_alem_da_incompatibilidade.html
"...permita inaugurar uma era de cooperação entre as duas instituições, não especialmente em benefício de nenhuma delas, mas a bem da Humanidade."
Caro Rui, a partir deste excerto me vem a seguinte questão: se faz necessário um acordo institucionalizado de cooperação entre as instituições para que se faça o bem para a Humanidade? Cada uma, a seu modo, já não age em prol deste objetivo?
Desde já agradeço vossa atenção.
@ Jocelino Neto:
Cada uma das duas Instituições, a seu modo, age em prol da Humanidade.
Mas agindo em cooperação, podem exponenciar a sua ação.
Um abraço.
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