A CAVERNA E AS BARREIRAS do A.Jorge
Os variados acidentes com que tropecei ao longo dos últimos 3 meses não são de molde a desculpar a terrível “sornice” que me deu e que fez com que não tivesse dado qualquer ajuda ao “coitado” do Zé Ruah que arcou com a responsabilidade, por inteiro, de manter viva a chama diária do “A-Partir-Pedra” durante o mês de Agosto.
De facto, durante todo este tempo, até foram muito poucas as vezes que visitei o blog, umas vezes por não ter máquina disponível, outras porque a tinha para utilização muito “bate e foge”, outras ainda por “sornice”… pois, a mesma !
Agora regressado à base pude passar pelos textos entretanto “blogados” e, haja Deus, eis senão quando dou com um novo colaborante para as postagens (não é pastagens, é mesmo postagens ! O Rui que se entretenha a confirmar se cabe no acordo, acordado).
E fiquei muito feliz.
Primeiro porque é mais um que não promete, faz !
Segundo por ser quem é !
Terceiro porque, tal como diz o Zé R., soltaram o monstro… Agora aturem-no.
Grande texto, esta “iniciação” do A.Jorge !
Tocaste num ponto sensível do nosso dia a dia actual.
O facto é que não se pode reconhecer, e portanto desejar, o que se não sabe que existe.
Se apenas for mostrada a sombra, os homens não reconhecerão, nunca, a coisa razão da sombra e ficarão apenas com o conhecimento dessa imagem.
Certamente viram um filme sensacional (digo eu) que esteve nos cinemas há um ror de anos, mas que também já passou pela televisão mais de uma vez. Chama-se “Os Deuses devem estar loucos” e é um hino à interpretação do desconhecido.
No caso trata-se de uma garrafa de Coca-Cola vazia transformada em sinal divino, mas a circunstância é facilmente transponível para outro objecto qualquer.
Veja-se o conceito de “mar” das populações do interior que nunca tiveram oportunidade de se aproximar da costa.
Veja-se o que acontece com populações de milhões de pessoas que nunca viram um frigorífico ou uma máquina de lavar.
Passa na RPT1 uma série excelente, excelentemente realizada e interpretada, que dá pelo nome de “Conta-me como foi”.
Para quem viveu os anos 50 e 60 do século XX em Portugal, vê ali magistralmente retratado o percurso da tal subida ao cimo do monte, com a descoberta sucessiva das coisas escondidas que estavam para além das sombras que nos eram mostradas.
É como se tivéssemos vivido de verdade a estória do filme.
E até a piada da garrafa de Coca-Cola se aplica direitinha.
É que a Coca-Cola era proibida em Portugal, muito poucos sabiam da sua existência e menos ainda conheciam o feitio da embalagem.
Aquele filme poderia muito bem ter sido feito no Portugal daquela época.
E quando trago a questão para o nosso “dia a dia” estou apenas a apontar o que se passa com muitos milhões de seres humanos mantidos acorrentados de “pernas e pescoço” dentro de uma “caverna” que, por “força” da “força” das tecnologias da informação e da comunicação vão sendo forçadamente e esforçadamente abertas, os seus pescoços e pernas a pouco e pouco desacorrentados, e consequentemente também a pouco e pouco, mas cada vez mais depressa, vão enxergando luz, vão caminhando direitos ao cimo do monte, vão querendo ter a coisa, não se contentado já e apenas com a sombra da coisa.
É a vida, diria um.
É o progresso dirá outro.
E como sempre os extremos tocam-se, diz Óscar Wilde
– Vivemos uma época em que as coisas desnecessárias são as nossas únicas necessidades.
Como dizes, caríssimo A.Jorge, não sabes onde está o equilíbrio.
E alguém sabe ?
Provavelmente não.
Provavelmente se alguém soubesse calava-se e enchia-se de dinheiro.
Provavelmente não interessa que se saiba.
Provavelmente não é possível saber-se.
Provavelmente esse equilíbrio não existe.
Provavelmente… seria o fim da guerra.
Uma chatice !
Sê bem vindo. É preciso é continuação.
Primeiro estranha-se, depois…
(Olha, gostei das palavras do Sócrates ! Tens mesmo a certeza que foi ele ?)
Grande abraço.
De facto, durante todo este tempo, até foram muito poucas as vezes que visitei o blog, umas vezes por não ter máquina disponível, outras porque a tinha para utilização muito “bate e foge”, outras ainda por “sornice”… pois, a mesma !
Agora regressado à base pude passar pelos textos entretanto “blogados” e, haja Deus, eis senão quando dou com um novo colaborante para as postagens (não é pastagens, é mesmo postagens ! O Rui que se entretenha a confirmar se cabe no acordo, acordado).
E fiquei muito feliz.
Primeiro porque é mais um que não promete, faz !
Segundo por ser quem é !
Terceiro porque, tal como diz o Zé R., soltaram o monstro… Agora aturem-no.
Grande texto, esta “iniciação” do A.Jorge !
Tocaste num ponto sensível do nosso dia a dia actual.
O facto é que não se pode reconhecer, e portanto desejar, o que se não sabe que existe.
Se apenas for mostrada a sombra, os homens não reconhecerão, nunca, a coisa razão da sombra e ficarão apenas com o conhecimento dessa imagem.
Certamente viram um filme sensacional (digo eu) que esteve nos cinemas há um ror de anos, mas que também já passou pela televisão mais de uma vez. Chama-se “Os Deuses devem estar loucos” e é um hino à interpretação do desconhecido.
No caso trata-se de uma garrafa de Coca-Cola vazia transformada em sinal divino, mas a circunstância é facilmente transponível para outro objecto qualquer.
Veja-se o conceito de “mar” das populações do interior que nunca tiveram oportunidade de se aproximar da costa.
Veja-se o que acontece com populações de milhões de pessoas que nunca viram um frigorífico ou uma máquina de lavar.
Passa na RPT1 uma série excelente, excelentemente realizada e interpretada, que dá pelo nome de “Conta-me como foi”.
Para quem viveu os anos 50 e 60 do século XX em Portugal, vê ali magistralmente retratado o percurso da tal subida ao cimo do monte, com a descoberta sucessiva das coisas escondidas que estavam para além das sombras que nos eram mostradas.
É como se tivéssemos vivido de verdade a estória do filme.
E até a piada da garrafa de Coca-Cola se aplica direitinha.
É que a Coca-Cola era proibida em Portugal, muito poucos sabiam da sua existência e menos ainda conheciam o feitio da embalagem.
Aquele filme poderia muito bem ter sido feito no Portugal daquela época.
E quando trago a questão para o nosso “dia a dia” estou apenas a apontar o que se passa com muitos milhões de seres humanos mantidos acorrentados de “pernas e pescoço” dentro de uma “caverna” que, por “força” da “força” das tecnologias da informação e da comunicação vão sendo forçadamente e esforçadamente abertas, os seus pescoços e pernas a pouco e pouco desacorrentados, e consequentemente também a pouco e pouco, mas cada vez mais depressa, vão enxergando luz, vão caminhando direitos ao cimo do monte, vão querendo ter a coisa, não se contentado já e apenas com a sombra da coisa.
É a vida, diria um.
É o progresso dirá outro.
E como sempre os extremos tocam-se, diz Óscar Wilde
– Vivemos uma época em que as coisas desnecessárias são as nossas únicas necessidades.
Como dizes, caríssimo A.Jorge, não sabes onde está o equilíbrio.
E alguém sabe ?
Provavelmente não.
Provavelmente se alguém soubesse calava-se e enchia-se de dinheiro.
Provavelmente não interessa que se saiba.
Provavelmente não é possível saber-se.
Provavelmente esse equilíbrio não existe.
Provavelmente… seria o fim da guerra.
Uma chatice !
Sê bem vindo. É preciso é continuação.
Primeiro estranha-se, depois…
(Olha, gostei das palavras do Sócrates ! Tens mesmo a certeza que foi ele ?)
Grande abraço.
JPSetúbal
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