26 agosto 2007

Entrevista do MRGM


Esta semana o “Sol” publicou uma entrevista com o Muito Respeitável Grão-Mestre da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP, Irmão Mário Martin Guia.
É um documento importante que, sugerimos, seja lido atentamente por todos quantos estão interessados nos “segredos” da Maçonaria regular.
Ali o MRGM define políticas, indica caminhos, esclarece as dúvidas mais imediatas relativas às politiquices que, com grande frequência, têm servido de pretexto para “julgamentos definitivos” sobre a Maçonaria e os Maçons.

Como ele diz ainda há muita gente que considera os Maçons como “mata-padres”, particularmente no que se refere à Igreja Católica Apostólica Romana, cujo obscurantismo divulgado não deixa o seu povo sequer, olhar para o lado, não vá descobrir alguma verdade diferente da de Roma, ou pior do que isso, descobrir que a igreja de Roma tem sido ao longo dos séculos, essa sim, mata-maçons.

Temas como a Universidade Moderna, a admissão na Maçonaria, as relações com outras obediências e finalmente o contrato de arrendamento de instalações condignas ficam ali abordados e suficientemente esclarecidos.

Claro que não evitará que as ideias fantasiosas sobre os “mistérios”da maçonaria continuem a ser cultivadas pelos que não querem ver e/ou por todos os que publicitando toda a tolerância do mundo acabam por, com a sua actuação diária, acertar machadadas mortais no que é de facto tolerância, igualdade, ecumenismo.

JPSetúbal

3 comentários:

Anónimo disse...

Li a entrevista e na ultima pergunta é afirmado que o ramos Horta é membro da GLLP. É possivel estrangeiros fazerem parte de uma Grande Loja noutro país?

Jose Ruah disse...

@escriba

Correçao. O Jornalista afirma/ pergunta.
O Grao Mestre nao responde.

Quanto à segunda parte da pergunta.

É perfeitamente possivel. Estrangeiros não só se podem filiar, se ja tiverem sido iniciados em potencia maçonica reconhecida, como se forem residentes podem ser iniciados.

Quanto ao facto que esta subjacente à sua pergunta, se podem ser iniciados estrangeiros para depois irem para os seus paises constituir lojas.

Pode. Alias ao nao existir estrutura num pais tem que ser um outro a constituir-se como Constituinte.

Nesse caso sao iniciados nacionais do pais de destino, sendo criado aquilo que se chama um DIstrito, que tem autonomia restrita.

Uma vez criadas as estruturas no Distrito, nomeadamente numero de irmaos suficiente, estruturas administrativas e fisicas , etc, entao o distrito solicita a consagraçao enquanto Grande Loja .
A Grande Loja constituinte, decide entao conceder essa autonomia, e preparara a cerimonia ritual de consagraçao de uma grande loja independente, reunindo-se com pelo menos mais 2 outras Grandes Lojas.

J.Paiva Setúbal disse...

À explicação do Zé quero apenas acrescentar que, como exemplo do que ficou explicado, temos tido na nossa Loja Mestre Affonso Domingues vários Irmãos de nacionalidades diferentes, que nos dão o prazer de connosco participarem dos trabalhos da Loja durante os períodos, maiores ou menores, em que permanecem em Portugal.
Apenas se pede que sejam portadores do elemento de identificação regularmente aceite e que entre nós é, fundamentalmente, o passaporte maçónico emitido pela Grande Loja da origem do maçon.
Digamos que a Maçonaria se constitui numa organização supranacional,com a sua organização interna, ainda que absolutamente obediente às leis e ao respeito de todas as Nações, sem excepção.