03 julho 2008

Dialéctica

Às vezes perguntam-me como consigo arranjar tantas coisas para escrever no blogue. Normalmente, sorrio e respondo que lá se vai conseguindo qualquer coisa - o que é uma maneira de não responder... Pensando nisso, decidi que o melhor sítio para esclarecer coisas acerca deste blogue é... este blogue! Vou então procurar dar resposta a essa questão.

Em boa verdade, a pergunta não está correcta. Se pensarmos bem, eu escrevo sempre sobre a mesma meia dúzia de coisas, o mesmo punhado de ideias (aquelas poucas que consigo alinhavar...). O que consigo é escrever sobre a mesma meia dúzia de ideias... de uma imensidão de maneiras diferentes! Isto é, bem espremidinho este blogue, aqui diz-se sempre as mesmas coisas - e nem sequer são muitas. O que se vai fazendo é enroupar a mesma ideia com colecções de formas diferentes. Em resumo: não me considero um criador de ideias; apenas, e quando muito, um costureirinho de roupagens para as poucas que consegui alinhar. Presentemente, estou apresentando a colecção de Primavera - Verão de 2008...

É claro que tenho um plano geral sobre a evolução e apresentação dos textos que espero publicar. No fundo, é como se estivesse escrevendo o que eu penso que seja a Maçonaria... em fascículos, em pílulas, em bocadinhos. Porém, talvez por ser retorcido ou simplesmente por apreciar a variedade e abominar a monotonia, cada textozinho é um bocadinho do puzzle total, que apresento fora de ordem. O aspecto global está na minha cabeça. Mas não o quero, pelo menos por agora, nem pelos tempos mais próximos, mostrar a quem me lê, pela simples razão de que espero que este espaço seja apreciado como espaço de informação e de consulta por quem se interessa pelo tema da Maçonaria e que os interessados aqui voltem com alguma regularidade. Afinal de contas, não escrevo para meu deleite pessoal. Gosto que leiam aquilo que escrevo e, se possível, o apreciem. Este espaço é um blogue, não um livro. Num livro, é suposto apresentar-se a tese que se propõe ao leitor segundo uma certa ordem. Um blogue, pelo contrário, é um espaço dedicado a textos não demasiadamente grandes, tanto quanto possível apontando claramente a ideia que se tem sobre o que se está escrevendo, frequentemente actualizado com novos textos, acrescentos, comentários, respostas, etc.. É um espaço em que a dialéctica deve imperar, se for bem trabalhado por quem o edita e bem correspondido por quem o lê. E assim, nessa dialéctica, se constrói um blogue, se junta um acervo de textos e de ideias e de diferentes apresentações de ideias, que se deixa à disposição de quem o quiser ler e explorar. Aqui, já vamos em mais de dois anos de acumulação...

Pode não parecer, mas o arrevesado parágrafo anterior explica de onde vem a inspiração para os textos. Verifico que hoje estou virado para a complicação. Vou então simplificar. A inspiração para os textos que escrevo vem-me por duas vias. A primeira, como que o pano de fundo, é o projecto global que, às pinguinhas, vou escrevendo e que se resume num princípio muito simples: ao contrário do que para aí se proclama, a Maçonaria não tem nada de secreto e tem muito pouco de reservado; não existe, pelo contrário, nenhum inconveniente em divulgar, em colocar à disposição de quem nisso estiver interessado, o que é a Maçonaria, seus princípios, suas práticas, seus métodos, seus hábitos. A segunda surge através da dialéctica com quem me lê e com os demais autores de textos do blogue.

Quanto à primeira fonte de inspiração, estamos conversados. Pouco mais haverá a dizer. Ou, porventura, não me apetece agora nada mais acrescentar.

Quanto à segunda, é, na minha opinião, o que confere brilho, vivacidade, cor, ao blogue. É por aqui que chega o inesperado. É por esta via que surgem as voltas imprevistas, os temas inesperados, as discussões interessantes, os desenvolvimentos propiciados. Se quem escreve um blogue se limitasse a seguir um plano pré-traçado, mais valia, na minha opinião, estar quieto: no mínimo, estar-se-ia perante um blogue monótono e cansativo, por muito interessante ou importante que fosse a mensagem. Há que ter em conta a diferença de suportes: um blogue não é um livro e não se destina a ser lido como um livro. Num livro busca-se o desenvolvimento coerente de uma ou várias ideias; num blogue, se bem vejo, procura-se o texto curto, a informação rápida, a consulta, a sequência. Um livro pode ler-se de seguida; um blogue destina-se a ser visto um bocadinho de cada vez e, quando apetece e se pode, por vezes, alguns bocados por mais algum tempo.

É por isso que dou muita importância, quer aos textos dos outros autores do blogue (que frequentemente me sugerem ideias para outros textos), quer aos comentários e perguntas de quem me lê e se dá ao trabalho de aqui deixar a sua opinião. Muito frequentemente, também, um comentário sugere-me um ou mais textos. Por vezes, não imediatamente publicados. Mas tenho o cuidado de iniciar um novo documento, ou novos documentos, com a ou as ideias propiciadas pelos comentários, para oportunamente serem desenvolvidas, ou simplesmente referidas, seja num texto mais sério, seja num tom mais ligeiro.

Para que tenham a noção, neste momento, tenho em carteira as seguintes ideias, fora do plano de fundo do blogue: um texto que terá talvez o título de Malhetes, em desenvolvimento do tema do exercício do poder na Loja (já não me recordo se em resultado de texto do José Ruah, se de algum comentário surgido sobre outras pinceladas sobre este tema); um texto que se intitulará Deixar os metais à porta do Templo, que resulta de um comentário deixado no blogue, salvo erro do nuno_r, em cuja resposta anunciei que haveria de desenvolver este tema (posso ser atrasado, mas não sou esquecido...); um texto que terá o título Simbolismo: da Loja à vida, que é o texto que resta fazer de um conjunto que anunciei em resposta a um comentário do simple (está muito, muito atrasado, eu sei; mas não me apeteceu ainda fazê-lo; e a experiência há muito que me ensinou que, quando não me apetece escrever algo, é porque esse algo ainda não está maduro e convém deixar o subconsciente acabar de o trabalhar; mas acho que está quase...); um texto sobre Tipos de ritualistas, inspirado em conversas com o José Ruah e num fabuloso texto que ele publicou aqui no blogue (seguramente um dos melhores textos alguma vez aqui publicados); um texto de resposta a um comentário muito recente do simple sobre os marcadores do blogue; e dois textos (um curto, mais ligeirinho e brincalhão; o outro, mais sério) em resultado de uma mensagem privada que recebi de um Companheiro Maçon de São Paulo: o ligeirinho comentará, brincando, uma passagem da sua mensagem que me caiu no goto; o outro tratará o tema Escada em Caracol.

Portanto, caros leitores, este blogue não é só feito pelos autores dos textos aqui publicados; também é feito por quem comenta, seja em aberto, seja em mensagens pessoais. É desta dialéctica que se faz um blogue que se deseja com um mínimo de qualidade. Espero que se vá conseguindo este objectivo.

Rui Bandeira

02 julho 2008

... e do resultado.

Respeitando o tempo, o modo e o lugar necessários para que o objectivo pretendido seja atingido, o maçon logrará atingir o resultado que busca. Que resultado é esse? Que busca o maçon? A que se destina a Maçonaria? Ao mais egoísta e, simultaneamente, altruísta, dos objectivos: o aperfeiçoamento pessoal!

A Maçonaria não respeita a melhorar o Mundo ou o outro. Respeita a melhorar a si mesmo. Cada um, para o fazer, precisa de tempo, precisa de achar o modo a si adequado para tal, precisa de trabalhar no lugar que lhe possibilite atingir seu objectivo.

Ser melhor enquanto pessoa, ser melhor em termos éticos. Mas não só. A interacção com seus Irmãos permite que o maçon seja melhor em aspectos muito práticos, na medida em que burila as suas deficiências.

O maçon deve estudar as artes e ciências - e assim melhora a sua cultura geral e a sua capacidade de agir social e profissionalmente. O maçon aprende, por exemplo, a falar em público - terror de muita gente! - e isso vai constituir porventura importante vantagem no seu desempenho profissional.

O maçon aprende a dar valor à perfeição, a esforçar-se por dela se aproximar tanto quanto possível. E habitua-se a assim agir no seu dia a dia. Consequentemente, faz melhor, é mais cuidadoso, mais pormenorizado, mais atento. Naturalmente que melhorará o seu desempenho.

O maçon aprende a ouvir e a respeitar quem fala. A argumentar segundo a valia dos argumentos e não segundo a pessoa com quem porventura se defronte. Melhora o seu sentido de lógica. E, portanto, está mais bem armado para obter vencimento sempre que necessita de argumentar.

O maçon habitua-se a trabalhar quando é para trabalhar e a confraternizar, quando é hora de confraternizar. Sabe, assim, frutuosamente integrar-se no seu meio social.

O maçon desperta para a Emoção e integra-a com a Razão. É, assim, um homem mais completo.

O maçon habitua-se a interpretar e a lidar com o sentido da Vida e da Morte, da Criação e do Criador, do Universo e do Detalhe. Elabora assim a sua concepção do Universo, da Vida e do seu sentido e do seu próprio lugar na Vida e no Mundo. E, com isso, fica em Paz!

O maçon, com tempo, trabalho a seu modo e no lugar adequado, logra atingir algo que é muito básico e de importância conhecida desde a Antiguidade. No entanto, pelos vistos tão difícil de atingir. Logra atingir um enorme tesouro. CONHECER-SE A SI MESMO. E, ao consegui-lo, tem - então e só então! - as portas do infinito conhecimento abertas de par em par diante de si. Se, como e em que direcção as franqueia, é consigo e só consigo.

O maçon julga sê-lo quando foi iniciado. Depois de muito tempo e trabalho a seu modo, executado no lugar correcto, conclui que só muito depois começa a sê-lo. E que só continua a sê-lo se persistir no trabalho, até à hora em que que for hora de pousar suas ferramentas.

O prémio do maçon é não ter prémio. E entender que dele não precisa. Porque está - estava! - dentro de si desde o início. Ele é que não sabia!

O resultado é - finalmente! - tão só ser verdadeiramente maçon.

Tão simples como isto! E não deve ser mau, já que tantos em tantos lugares persistem fazendo o mesmo por tanto tempo...

Rui Bandeira

01 julho 2008

... do lugar ...

Já falei do tempo e do modo como se faz um maçon. É agora altura de falar do lugar.

Parecerá óbvio dizer que, para um maçon se fazer e crescer, o lugar próprio e indispensável é a Loja. Só comparecendo em Loja, só participando nas reuniões desta, o maçon reúne o acervo de informações de que necessita. Note-se que - já muitas vezes aqui o referi - o processo de construção do maçon, do seu templo interior, não é passível de ser ensinado. Tem que ser apreendido pelo próprio e assim por ele aprendido. Através do contacto com seus Irmãos; mediante a execução e progressiva familiarização com o ritual e consequente aquisição, compreensão e interiorização das lições e princípios morais que o mesmo encerra; pela observação dos variados símbolos em que o espaço da Loja é fértil e progressiva compreensão do significado de cada um, individualmente adquirida; com a interiorização de tudo o que o impressiona e consequente transformação pela integração no seu eu do resultado dela; porque o processo de formação de um maçon, mais do que uma aprendizagem clássica, é o resultado de um acumular perceptivo, tão direccionado à Emoção como à Razão.

Mas será porventura menos óbvia a afirmação que inicia o parágrafo anterior, se se atentar que logo a frase seguinte aplica dois sentidos diferentes de Loja: Loja enquanto espaço físico de reunião de maçons, como sinónimo de Templo ou, talvez melhor, do local onde fisicamente as reuniões maçónicas se efectuam; Loja enquanto conjunto de maçons agrupados na unidade básica e essencial da Maçonaria. Direccionada a nossa atenção para esta dicotomia, será possível atentar, então, na menos evidente noção de que o lugar de formação de um maçon é tanto o lugar de reunião dos maçons como o acto de estar entre e com os seus Irmãos. Não apenas por com eles estar; não só por com eles conviver; mas por ser no meio deles e com eles que obtém e afina as ferramentas que moldarão e aperfeiçoarão o seu carácter, permitindo que venha a efectivamente construir-se maçon.

Por outro lado, deve-se ter ainda presente que a Loja espaço físico simboliza todo o Universo (um dia destes desenvolverei este conceito) e a Loja grupo de maçons simboliza a Sociedade que se pretende ideal. Então trabalhar no espaço físico da Loja deve ser tido como símbolo de trabalhar no espaço de todo o Universo. Ou seja, o maçon constrói-se no espaço físico da Loja mas, na medida em que esse espaço físico da Loja simboliza todo o Universo, o maçon em construção deve apreender que essa auto-construção, esse seu aperfeiçoamento, deve ocorrer em todo e qualquer local onde se encontre. E, na medida em que a Loja grupo de maçons simboliza a ideal Sociedade em construção, o maçon constrói-se no contacto e mergulhado no grupo de seus Irmãos mas deve também apreender que essa auto-construção, esse seu aperfeiçoamento, é um esforço e um acto e um desígnio que constantemente deve efectuar, realizar, prosseguir, esteja junto de quem esteja, maçon ou profano.

Concluindo: o trabalho de construção de um maçon começa e decorre necessariamente em Loja e com a Loja. Mas prossegue e afirma-se, também necessariamente, no local e junto de quem a Loja, em ambas as suas noções, simboliza, isto é, em todo e qualquer lugar onde se encontre o maçon, junto de toda e qualquer pessoa com quem o maçon interaja.

Do lugar restrito e a coberto dos profanos para todos os lugares; de entre seus Irmãos, assegurando-se que o são pelos modos de reconhecimento que são próprios dos maçons, para junto de toda e qualquer pessoa, maçon ou profano, justo ou pecador. Porque o lugar onde se faz um maçon é um ponto de partida e logo um percurso. Com um único lugar de chegada, definido por uma hora, a da sua meia-noite. Nesse lugar, do recôndito ao imenso, nesse percurso, o maçon deve prosseguir sempre e incansavelmente seu trabalho de se fazer maçon - sem direito a horas extraordinárias nem a subsídio de deslocação...

Rui Bandeira

30 junho 2008

Solsticio de Verão - Aniversário



Decorreu no passado Sábado a sessão de Grande Loja correspondente ao Solsticio de Verão e consequentemente o aniversário da constituição da Grande Loja.

E vão 17 anos desde a consagração pela Grande Loge Nationale Française, e vão dias bons e dias maus e outros assim assim.

O de sábado foi dia bom. Sala absolutamente cheia estando cerca de 250 Irmãos presentes.

A GLLP/GLRP foi honrada com a presença de várias potências estrangeiras a saber:

Moldova, Marrocos, Roménia, Itália, França, Espanha, Brasil e a mais importante de todas a Inglaterra. A Grande Loja Unida de Inglaterra fez-se representar pelo seu Pró Grão Mestre o Marquês de Northampton, 2ª figura da hierarquia da UGLE.

A sessão decorreu ligeira e rapidamente, sendo respeitados todos os procedimentos e protocolos.

Mas a melhor noticia foi que o Grão Mestre da GLLP/GLRP o Muito Respeitável Irmão Mário Martin Guia se apresentou de saúde e com toda a sua força e jovialidade, já recuperado das maleitas que lhe atormentaram a saúde nos primeiros meses deste ano.

O Jantar decorreu em ambiente agradável (segundo me disseram que eu não pude estar presente pois obrigações familiares mais importantes assim o determinaram) e de grande fraternidade.

Evidentemente que, e como sempre, a prestimosa colaboração da Milu e da Sandra foi de importância vital para que a logística do evento decorresse sem sobressaltos.

Mais um marco na história da GLLP/GLRP.



José Ruah

Comentario dos Editores - Mapa de Origem de visitantes

Foi retirado por se ter verificado que o site de origem foi infectado por adware e spyware.

No futuro se o site ficar operacional decidiremos se voltamos a instalar ou nao esta funcionalidade.

As nossas desculpas.


A Partir Pedra

27 junho 2008

O anúncio


O poeta brasileiro Olavo Bilac, que viveu entre 1865 e 1918, foi membro fundador da Academia Brasileira de letras. Tal como Pessoa escreveu que a minha Pátria é a língua portuguesa, Olavo Bilac, que foi proclamado no seu tempo o Príncipe dos Poetas Brasileiros, afirmou: A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo.

Autor anónimo atribuiu Olavo Bilac participação na situação que constitui a historieta que hoje serve de pretexto para alguma meditação:

O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua:


- Sr. Bilac, vou vender a minha quinta, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal?

Olavo Bilac pegou num papel e escreveu:

" Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda".

Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se já tinha vendido a quinta.

- Nem penso mais nisso -disse o homem- quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!


Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos connosco e vamos atrás de miragens e falsos tesouros. Valorizemos o que temos, as pessoas que estão ao nosso lado, os nossos amigos, o nosso emprego ou o nosso modo de ganhar a vida
, os conhecimentos que adquirimos, a saúde de que dispomos enquanto dela dispomos, o sorriso dos nossos filhos ou simplesmente das crianças com que privamos. Querer sempre mais ou sempre diferente é meio caminho andado - senão mesmo o caminho completo... - para andarmos perpetuamente insatisfeitos. Não quer isto dizer que se não deva ter objectivos, que devamos renunciar a prossegui-los e a lutar por eles. Ter objectivos, anseios, faz parte da vida e é positivo. Mas a valorização do que se tem, do que se conseguiu é algo que não devemos negligenciar. Além do mais, porque é também uma forma de darmos o devido valor ao trabalho que fizemos e ao esforço que desenvolvemos, ao longo de todo o nosso passado, para termos aquilo que temos, os amigos com que privamos, as boas coisas da vida que atingimos.

Façam o favor de ser felizes!

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Segunda-feira estarei de novo ausente, na defesa do meu brigantino inocente, pelo que não publicarei.

Rui Bandeira

26 junho 2008

Inovações


De tempos a tempos, apetece-nos fazer umas modificações no aspecto do blogue, aproveitando as possibilidades técnicas que o serviço de alojamento nos vai proporcionando e as que vamos encontrando em vários serviços que disponibilizam alguns elementos que consideramos de interesse.

Há dias, o José Ruah proporcionou um alargamento do sistema de identificação para quem quiser efectuar comentários.

Hoje, e após uma breve conferência que tivemos oportunidade de ontem ter sobre o assunto, aqui deixamos mais duas novas melhorias, através das quais os nossos leitores têm a possibilidade de melhor avaliar a difusão quantitativa e geográfica deste blogue.

Quase desde o início que temos visível o contador de visitas. Em cerca de dois anos, já ultrapassou as 83.000 visitas, o que nos enche de satisfação. Para um blogue temático, e dedicado ao tema da Maçonaria, é um êxito! O José Ruah deu-se ao trabalho de fazer a comparação e informou-me que alguns dos mais populares blogues maçónicos dos Estados Unidos, com uma antiguidade não inferior à nossa, têm um número total de visitas menor do que o A Partir Pedra! E notem que lá nos States vivem cerca de trezentos milhões de pessoas. É claro que nós, sendo só cerca de dez milhões em Portugal, contamos com os quase cento e noventa milhões de brasileiros! Com os demais falantes de português espalhados pelo Mundo equilibramos as contas! Mais ou menos... Bom, há que reconhecer que há mais falantes de inglês do que de português. Mas nós somos melhores, pronto!

O que os nossos leitores não tinham a noção é de que o número dos nossos leitores registado pelo contador de visitas peca por defeito, desde há cerca de um ano. É que desde então adicionámos ao blogue uma outras funcionalidade que altera os números: a possibilidade de quem estiver nisso interessado subscrever gratuitamente um serviço através do qual recebe por correio electrónico, entre as 21 e as 23 horas de cada dia (hora oficial de Portugal), o texto ou textos que nas últimas vinte e quatro horas tenham sido publicados no blogue. O aspecto gráfico é atractivo - inclui as imagens publicadas - e quem recebe a mensagem de correio electrónico não precisa de aceder ao blogue para ter acesso aos textos publicados. Actualmente, este serviço está subscrito por 57 pessoas. Certamente que a esmagadora maioria delas não acede, porque não precisa, ao blogue: lê directamente os textos publicados nas mensagens que vai recebendo. Isto faz com que a real difusão do blogue seja muito superior ao que o contador de visitas regista. Façam-se as contas: normalmente publicam-se textos aqui no blogue cinco dias por semana (às vezes seis). Admitindo que 50 dos que recebem esses textos por correio electrónico leiam esses textos por essa via e nunca acedam ao blogue, em cada semana, temos uma difusão de mais 300 leituras, não registadas pelo contador do blogue. Isto por si só significa mais de 15.000 leituras anuais. Se atentarmos que, no último ano, o blogue teve cerca de 50.000 visitas registadas, estas 15.000 leituras em acréscimo são importantes!

Por aqui nós prezamos a transparência! Decidimos, assim, passar a disponibilizar, na coluna da direita do blogue (só visualizada por quem acede ao blogue; quem lê os textos por correio electrónico não tem acesso aos elementos desta zona; não se pode ter tudo...) um novo elemento gráfico pelo qual, abaixo do título Assinantes via correio electrónico, publicamos o número daqueles que, em cada momento, subscrevem o serviço. No momento em que escrevo este texto são 57. Espero que vá paulatinamente aumentando este número - até porque é realmente cómodo este serviço gratuito!

Por outro lado, o José Ruah teve a ideia - e eu aplaudi; e ele logo a executou - de adicionar, também na coluna da direita do blogue, um mapa indicando a localização dos visitantes do blogue. É uma curiosidade interessante, mas é muito mais do que isso. Possibilita ao leitor o acesso a informação a que, até agora, só os editores do blogue, através do contador de visitas, dispunham. Façam o favor de clicar no mapa e verão que ele é aumentado e pode movimentar-se a sua visão, utilizando uma ferramenta no canto superior esquerdo (ao estilo do Google Maps; aliás, é essa a tecnologia que é utilizada neste serviço). Pode assim ver-se, especificamente na região do globo que nos interessa, a localização dos visitantes do blogue no último dia. Mas ainda mais: na janela na parte inferior, é indicada, para a região do globo visualizada, quais os textos do A Partir Pedra que os visitantes dessa região consultaram nesse dia e a percentagem de acessos de cada texto indicado em relação ao total. Pode-se assim comparar, por exemplo, os interesses dos leitores de Portugal com os do Brasil.. Mas, mais ainda: a indicação de cada texto na referida janela é um atalho para o mesmo. Assim, se um leitor verifica que em determinada zona do globo foi lido um determinado texto cujo título lhe suscita o interesse, basta clicar no atalho para aceder de imediato ao texto em causa!

Clicando na bandeira que indica a localização de cada visitante, surge a informação da localidade oriunda do acesso e do último texto acedido por esse visitante. De novo, esta última indicação surge sob a forma de atalho para esse texto. Quando aparece apenas a indicação A Partir Pedra, tal significa que esse visitante específico acedeu à página mais recente do blogue, que contém os textos dos últimos sete dias.

Clicando, na parte superior direita, no atalho Popular Links, abre-se uma página que apresenta, por ordem decrescente, os atalhos dos textos mais lidos no último dia. Dentro desta página, pode-se ainda seleccionar diversas variantes: todos os atalhos, os atalhos dos textos acedidos do exterior do blogue (isto é, directamente de um apontador de texto), atalhos dos textos acedidos a partir do blogue (isto é, utilizando os atalhos da coluna da direita o blogue), etc.. Utilizando-se o atalho Popular Pages, acede-se à indicação, por ordem decrescente das páginas, textos e marcadores acedidos no último dia, com indicação do local de onde proveio o último acesso.

Enfim, procuramos melhorar o blogue. Esperamos que estas inovações vos agradem!

Rui Bandeira