02 maio 2008

A tigela de madeira


Como tenho ultimamente feito à sexta-feira, deixo aqui hoje mais uma pequena história merecedora de reflexão. É mais uma das que recebi por correio electrónico e de que desconheço a autoria. Como habitualmente, o texto publicado é editado por mim. Hoje, a edição é significativa, já que lhe retiro todo o final, aparentemente feliz, em que os que erraram se arrependem, mudam de atitude e todos, a partir daí, vivem felizes para sempre. Para a reflexão que se pretende suscitar, é perfeitamente desnecessário. Como verão, é muito mais interessante parar na frase mais forte…


Um homem já de avançada idade e marcado pelo desgaste da vida foi viver com os seus filho, nora e neto, este de quatro anos de idade. A avançada idade do homem causava que as suas mãos fossem já muito trémulas, a sua visão cansada e limitada, os seus passos vacilantes.


Como é usual, a família comia reunida á mesa. Mas o tremor das mãos do avô e a sua dificuldade de visão tornavam-lhe difícil o manuseio dos talheres. Se o almoço eram ervilhas, elas caíam da colher para a toalha de mesa, a cadeira e o chão. Se bebia um pouco de leite, era certo e sabido que entornava parte dele. O filho e a nora depressa ficaram fartos de tanta confusão.


- Temos de fazer alguma coisa com o meu pai. Já não aguento mais tento leite entornado, tanto barulho de comer com a boca aberta, tanta comida espalhada pelo chão!


Então o filho e a nora decidiram colocar uma pequena mesa num canto da cozinha e que o velho passasse a ali fazer as suas refeições, enquanto o resto da família descansadamente comia, feliz e contente, na mesa de refeições.


Porque o idoso senhor já anteriormente quebrara um ou dois pratos, arranjaram-lhe uma tigela de madeira e passaram a pôr-lhe ali a comida.


E assim o velhote passou a comer ao canto da cozinha, de uma tigela de madeira. Por vezes, uma lágrima de desgosto e de humilhação humedecia o seu rosto. Mas ali continuava sozinho, procurando controlar o tremor das suas mãos o melhor que podia, pois, mesmo assim, sempre que deixava algo cair ao cão, ásperas palavras de censura lhe eram dirigidas.


O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Como todas as crianças daquela idade, observava e aprendia.


Um dia, o pai da criança encontrou-o concentrado a manusear um pedaço de madeira e perguntou-lhe o que estava a fazer. Então o menino. Com um cândido sorriso próprio da idade, respondeu-lhe, orgulhoso do que aprendera e da decisão que tomara:


- Estou a fazer uma tigela, para tu e a mãe comerem quando eu crescer e vocês forem mais velhos…!


Diz o povo, na sua ancestral sabedoria: Filho és, pai serás, como fizeres, assim acharás.


O ritmo acelerado da vida actual torna, por vezes, algumas pessoas impacientes para com as limitações dos mais idosos. Muitas vezes, há a tentação de optar pelo mais fácil, de afastar, de esconder. Mas, para além do respeito, carinho e consideração que os nossos ascendentes nos devem merecer, não nos devemos esquecer que um dia seremos nós os limitados, os doentes, os fracos e que quem cuidará de nós serão aqueles que hoje crescem aprendendo com o nosso exemplo e que, em silêncio vêem, absorvem e – que ninguém tenha disso dúvidas! – guardam na sua memória os gestos e atitudes e opções que nos vêem executar, ter e fazer.


Honrar os nossos ascendentes, tratá-los com consideração, amor e carinho é um dever básico. Como filhos e como pais. Porque o melhor ensinamento que damos aos nossos filhos é o nosso exemplo.


Rui Bandeira

01 maio 2008

Mais uma estória... velha.



Cá venho eu com uma estória velha.

Conheço-a há muitos anos.

Acho que ainda era míudo quando ma contaram (ou a li ?) e foi mais uma das "lendas" que me ficaram bem gravadas.
Há 2 dias um Amigo (também antigo, do tempo dos tiros) recordou-a e eu apanhei-a na "net".

Não pensei muito na relação, mas há qualquer coisa entre esta estória e este dia.
Cá a "posto", não para encher a data mas tão sómente porque, lenda ou não lenda, vale a pena mantê-la na mesa de cabeceira da vida para a irmos recordando de quando em quando, não a deixando cair no esquecimento total.

Como de costume... enquanto há vida, há esperança. Pode ser que os homens algum dia consigam fazer "a vida universal" que a Humanidade precisa.


"Mais uma estória... velha"
Ricardinho não aguentou o cheiro bom do pão e falou:
- Pai, tô com fome!!!
O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência...
- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!!
Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente. Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:
- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois saí cedo para buscar um emprego e nada encontrei. Eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino. Em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!
Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois se sentem junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo...
Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua...
Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá...
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...
A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e a lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...
Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho...
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório... Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos "biscates aqui e acolá", mas que há 2 meses não recebia nada...
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...
Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...
Ao chegar em casa com toda aquela "fartura", Agenor é um novo homem - sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso... Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores... No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho...
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando... Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa... E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres... Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trémula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...
Doze anos se passaram desde aquele primeiro dia de aula... Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro... Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o "antigo funcionário" tão elegante em seu primeiro terno...
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço... Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista...
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...
Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...
Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da "Casa do Caminho", que seu pai fundou com tanto carinho:
- "Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!"

Vejam só que há coisas tramadas.

Então não é que para além da relação com o dia, dá-me a ideia que também conheço este Agenor ?
Ou será que não se chama Agenor ?
Ummmm, bem, vou ficar a matutar a ver se me lembro do nome. Mas acho que conheço, sim...

Bom 1º de Maio para todos. Abração.

JPSetúbal

30 abril 2008

Experto

No Rito Escocês Antigo e Aceite - o rito praticado pela Loja Mestre Affonso Domingues -, o Experto é um Oficial de Loja que exerce uma função puramente ritual. Nas normais sessões de trabalho, essa função é relativamente secundária, limitando-se a seguir e auxiliar o Mestre de Cerimónias na execução dos rituais de abertura e encerramento dos trabalhos. Este ofício assume, porém, particular importância e relevo quando a Loja leva a cabo uma Cerimónia de Iniciação. Quase se poderia dizer que o ofício de Experto existe para essa cerimónia, sendo tudo o resto secundário, mero apêndice do papel que exerce nos trabalhos em que um homem livre e de bons costumes abandona a vida profana e renasce maçon.

É encargo do Experto, sempre que há lugar a uma iniciação, ser o elo de ligação entre o profano que busca a luz e a Loja. É o Oficial que a Loja disponibiliza ao candidato para o acompanhar e auxiliar nas suas provas de iniciação. É o Experto que prepara o profano antes de ele enfrentar essas suas provas. É o Experto que ordena ao profano o que ele deve fazer enquanto aguarda o início delas. É o Experto que conduz e acompanha o profano perante a Loja. É o Experto que acompanha e auxilia o profano na superação das provas. É o Experto que dá e retira a luz. É o Experto que acompanha aquele que se submeteu às provas de iniciação enquanto ele se recompõe dos trabalhos realizados. É o Experto que, recomposto quem se submeteu às provas, o conduz à sua plena integração na Loja. É o Experto quem executa e demonstra a primeira instrução do novo Aprendiz. Em resumo, o Experto é a mão amiga que ampara o profano no seu trajecto para a luz, o guia que lhe indica o caminho.

A designação do ofício é uma adaptação fonética - não propriamente feliz - do termo Expert, que, quer em francês, quer em inglês, significa Especialista. O Experto é, assim, o Oficial Especialista no acompanhamento do Candidato à iniciação.

Em rituais antigos, este Oficial de Loja era designado por Irmão Terrível. Esta designação, obviamente irónica, decorria da forma brusca como se preconizava que decorresse a primeira abordagem do Irmão Terrível ao candidato. Dupla ironia, se atentarmos que o Experto só é terrível no suporte e apoio a esse mesmo candidato, que lhe cumpre auxiliar ao longo de toda a Cerimónia de Iniciação...

Na Loja Mestre Affonso Domingues, este ofício não está integrado na informal "linha de sucessão" para o ofício de Venerável Mestre e é usualmente confiado a um Mestre jovem. É um ofício que, por ser de reduzida dificuldade de execução, na maior parte das sessões, permite uma calma e progressiva integração nas responsabilidades de Oficial de Loja aos Mestres mais jovens, enquanto aguardam oportunidade para assumirem mais exigentes responsabilidades. Mas, sendo também um ofício fundamental num momento tão importante para qualquer maçon, como é a sua iniciação, confiá-lo a um jovem Mestre (note-se: jovem, em termos de antiguidade, não de idade; um septuagenário pode, neste sentido, ser um "jovem Mestre"...) é uma prova de confiança nas suas capacidades e na sua contribuição para a Loja.
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Por falar em contribuição... Estamos no último dia da campanha de solidariedade para com a Inês. A sua contribuição, não importa se pequena, será muito bem-vinda e uma demonstração da sua sensibilidade e solidariedade. Recorde aqui como a pode prestar.

Rui Bandeira

29 abril 2008

Variação sobre o silêncio


Já aqui no blogue publiquei um texto onde explanei o meu entendimento sobre o alcance, interesse e virtualidades do silêncio do Aprendiz e um outro texto dedicado ao silêncio do Companheiro.

Não tencionava voltar ao tema tão cedo. Mas o homem põe e a fortuna (acaso, circunstâncias, conjunção astral, divina providência, simples mudança de opinião - cada um escolha e tome o que quiser, em cada situação...) dispõe. O Venerável Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues teve a gentileza de me pedir a opinião sobre uma determinada questão relativa à administração dos trabalhos da Loja e a análise e meditação sobre a mesma, em ordem a poder transmitir-lhe uma opinião fundamentada, conduziu-me, quase que por associação livre, a um diferente reflexo do tema silêncio do aprendiz e do Companheira de que me não tinha ainda, ao menos, conscientemente, dado conta.

O silêncio do Aprendiz e do Companheiro significam que, salvo para apresentação das respectivas pranchas de proficiência no grau, os Aprendizes e Companheiros não têm o direito ao uso da palavra em sessão ritual. Mas significa ainda uma outra coisa. Ter a palavra é ter o poder de ENSINAR. E, nesse sentido, só os Mestres ensinam, só os Mestres detêm a palavra. Numa Loja maçónica, toda a formação de Aprendizes, de Companheiros e também dos Mestres está exclusivamente a cargo dos Mestres, só é encargo dos Mestres.

Nesse sentido, a asserção de que os Aprendizes e Companheiros não têm direito à palavra significa também - quiçá essencialmente, bem vistas as coisas - que estes não ensinam. Compreende-se: a fase em que se encontram é a da sua formação. Estão a aprender, não estão a ensinar. Devem concentrar-se no seu próprio crescimento, não em transmitir aquilo que apreenderam para formação dos demais. Tempo virá em que essa tarefa também repousará sobre os seus ombros. Mas quando esse tempo vier, serão já Mestres maçons.

Sob este ponto de vista, assume inteira lógica a verificação de que o silêncio dos Aprendizes e Companheiros é quebrado para a apresentação das respectivas pranchas de proficiência. Porque, ao fazê-lo, não estão a ensinar, estão a prestar provas, a dar testemunho, a mostrar a sua evolução.

Portanto, o silêncio dos Aprendizes e Companheiros significa também, se é que não principalmente, que estes não ensinam, só aprendem. E por isso não tomam a palavra. Porque esta deve servir para ensinar, para transmitir algo de útil aos demais e não para discutir, tergiversar, ou simplesmente exprimir palavras volúveis e sem valia.

Corolário desta asserção é que os Mestres têm a palavra para ensinar, para serem úteis aos seus irmãos. Só devem, portanto, usá-la com esse propósito e utilidade. O direito à palavra dos Mestres não é um privilégio, é uma responsabilidade acrescida.

Isto foi algo que aprendi agora, após dezoito anos de maçonaria, e que logo decidi partilhar convosco. Maçonaria aprende-se todos os dias. E cada conclusão nova, ou diferente, ou mais aprofundada, a que o Mestre maçon chega só deve, afinal, confirmar no seu espírito uma verdade que ele não deve nunca esquecer: pode ser Mestre entre os maçons, mas não deixa nunca de ser um eterno Aprendiz. Porque, se deixar de o ser, deixará de ser Mestre...
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Maçonaria aprende-se todos os dias. A solidariedade deve estar sempre no nosso pensamento, sejamos ou não maçons. De certeza que se sensibilizou com a situação da Inês. Porque espera para ajudar? Veja aqui como. E ajude!

Rui Bandeira

28 abril 2008

Iniciativa social da Maçonaria de Cuiabá

Li em O documento, jornal electrónico de Mato Grosso, Brasil, que ontem, dia 27 de Abril, a Maçonaria de Cuiabá, cidade capital do Estado brasileiro de Mato Grosso, efectuou, na Escola Estadual de 1ºGrau Malik Didier Namer Zahafi, no bairro Pedra 90, das 8 às 12 horas, uma iniciativa que designou por 1.ª Acção Social Perseverança pela Paz.

Esta iniciativa providenciou à população local diversos serviços, gratuitamente prestados: cortes de cabelo, higienização dental, exame preventivo dos diabetes e da tensão arterial e consultas médicas na especialidade de dermatologia.


Foram também realizadas palestras de prevenção contra as drogas e doenças sexualmente transmissíveis, com psicólogos especializados, e um curso sobre educação rodoviária.

A iniciativa teve ainda o apoio da Justiça Eleitoral, que destacou elementos para efectuarem actos de recenseamento eleitoral.

Para a Maçonaria de Cuiabá, o objectivo da acção foi a melhoria da qualidade de vida da comunidade, proporcionando acesso a variados benefícios.

Acorrer à satisfação de necessidades básicas é uma forma de a Maçonaria ajudar. Este é mais um bom exemplo de como acções simples podem auxiliar e fazer a diferença. É bom poder registá-lo e dele aqui dar conta!
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A propósito de ajudar! Não se esqueça de ajudar, na medida do que puder e quiser, a Inês. Recorde aqui como o pode fazer.

Rui Bandeira

24 abril 2008

A lógica segundo Einstein

À beira de um fim de semana prolongado, feriado comemorativo do 25 de Abril incluído, mais uma historieta que nos ensina algo.

Acho-a adequada para esta ocasião de comemoração do 25 de Abril. Também há 34 anos houve alguns que fizeram o que muitos pensavam não ser possível fazer...

A historieta chegou-me por correio electrónico, atribuída a Albert Einstein. Não posso jurar que a autoria esteja correcta, nem incorrecta. Como habitualmente, o seu texto foi editado por mim.

Conta certa lenda que estavam duas crianças a patinar num lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadas. De repente, o gelo quebrou-se e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou. A outra, vendo o seu amiguinho preso, e a congelar, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo, por fim, quebrá- lo e libertar o amigo.

Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:

- Como conseguiste fazer isso? É impossível que tenhas conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!

Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:

- Eu sei como ele conseguiu.

Todos perguntaram:

- Pode dizer-nos como?

- É simples! - respondeu o velho. - Não havia ninguém à sua volta para lhe dizer que não seria capaz!


Muitos dos erros, das omissões, dos fracassos, das oportunidades perdidas que temos na vida decorrem de nos auto-limitarmos, de nos convencermos ou deixarmo-nos convencer que não somos capazes. Desde uma coisa tão simples, mas tão limitadora para tantos, como falar em público, à mais complexa empresa, somos nós que temos de decidir se somos capazes, que condições temos de reunir para o ser, que precauções devemos seguir, enfim, como tentar. Mas cabe-nos a nós fazê-lo, não deixar que os outros nos influenciem com derrotistas avaliações de que não somos capazes.

Muitos interrogam-se sobre como se forja o elo de fraternidade entre os maçons. Uma das formas é, não só não dizer a nenhum de nós que ele não é capaz, mas auxiliá-lo, assisti-lo, nas iniciativas a que se propõe. Mesmo que, no íntimo, se tema que ele não seja capaz... E, se for caso disso, auxiliá-lo a superar as consequências de um inêxito.

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Também apelo a que o caro leitor seja capaz de ficar tocado pela situação da Inês, seja capaz de se decidir a contribuir com um auxílio monetário para a sua família (nenhum auxílio é demasiado pequeno; a junção dos pequenos, de todas as proveniências, fará, espera-se, o suficiente), seja capaz de não ser indiferente...

Rui Bandeira

23 abril 2008

Escoteiros da Pontinha comemoram 40 anos

O Grupo 19 da Pontinha, da Associação dos Escoteiros de Portugal celebra hoje, dia 23 de Abril (que é também o Dia do Escoteiro), o seu 40º aniversário.Actualmente com mais de 60 elementos, o Grupo 19 é o maior Grupo do concelho de Odivelas e tem, nos últimos anos, integrado uma parceria com a Loja Mestre Affonso Domingues em iniciativas, promovidas por uns e por outros, de acções de doação de sangue.

Apesar dos poucos recursos existentes, os Escoteiros da Pontinha têm dado um importante contributo ao nível social, não só através da participação em actividades organizadas por outras entidades, com é o caso do Banco Alimentar contra a Fome, Jantar dos sem Abrigo, Campanha Jovem Solidário, mas também através de projectos seus, como por exemplo a parceria realizada com o Instituto de Apoio à Criança instalado no bairro do Olival do Pancas, ou as já mencionadas campanhas de recolha de sangue, que cada vez têm tido maior adesão da população.


Todas as semanas, os Escoteiros da Pontinha reúnem na sua sede para definirem os seus objectivos, planearem as suas actividades, realizarem os seus jogos e aprenderem os Valores e os Princípios em que se fundamenta o Escotismo.
Mantêm também um interessante blogue, o Abracadabra.

A ideia generalizada de que o Escotismo é pouco mais do que “vender calendários” ou “ajudar a velhinha a atravessar a estrada”, esconde a verdadeiro trabalho desenvolvido em cada Grupo e o quanto ele contribui para a educação e formação dos jovens.


No âmbito das comemorações do 40º aniversário, no próximo fim de semana, dia 27 de Abril irão para o Pinhal da Paiã, onde farão algumas actividades, segundo o seguinte programa:


10h00 – Concentração e montagem do Içar da Bandeira
10h30 – Formatura e Içar da Bandeira
10h45 – GPS dinamizado pela Alcateia (G)rupo (P)ara a (S)ede - foi o nome que arranjaram para o fim de semana em que todas as Divisões do Grupo estão juntas e que normalmente se realiza no último fim de semana de cada mês.
11h45 – Lanche (pequeno reforço a meio da manhã)
12h20 – Cerimónias (em formatura)
- "Traz um Amigo" - Divulgação do resultado dos Jogos da actividade "Traz um amigo" e entrega de Prémios e Certificado de Participação a escoteiros e não escoteiros
- Insígnia de Escoteiro da Pátria - Entrega da Insígnia de Escoteiro da Pátria por parte de um elemento da Chefia Nacional a um elemento do Grupo que atingiu o grau máximo de formação a que qualquer escoteiro pode aspirar
12h55 – Arrear da Bandeira
13h00 – Encerramento

No dia 3 de Maio, irão organizar um Café Concerto, a partir das 19h00 no Quartel dos Bombeiros. O programa ainda é provisório, de qualquer das formas aqui fica um primeiro alinhamento:

19h00 – Abertura ao público
19h00 – Tempo livre
20h00 – Bingo 1
20h15 – Música Ambiente e Karaoke 1
21h00 – Bingo 2
21h30 – Música ao Vivo “LEVEL FM”
23h00 – Partir o bolo e cantar de Parabéns
23h20 – Sorteio das Rifas
23h35 – Música Ambiente e Karaoke 2
24h00 – Encerramento

No dia 4 de Maio, irão assegurar a recolha de alimentos para a Campanha do Banco Alimentar Contra a Fome no Odivelas Parque, durante o período de funcionamento do Feira Nova (das 9h00 às 14h00)

É com todo o gosto que saudamos o 40.º aniversário do Grupo 19 da Associação d
os Escoteiros de Portugal, da Pontinha, e que a elas nos associamos, publicando aqui no A Partir Pedra o programa previsto para a sua comemoração. Este Grupo de Escoteiros é um exemplo de juventude solidária, que muito nos sensibiliza quando se junta a nós nas nossas acções de recolha de sangue e muito nos honra quando aceita gentilmente a nossa muito modesta retribuição, quando nos juntamos às acções que eles próprios organizam. Bem hajam e que tenham um futuro radioso!
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Aproveite este exemplo de actividade solidária e seja também solidário com a Inês. Veja aqui como.

Rui Bandeira