"Páscoas"...
Depois
de findo este tempo de “passagem” pela Páscoa, não importando tanto qual, se a
Pessach, a Páscoa Cristã ou inclusive a “Páscoa” pagã, o que me importa reter
é a reflexão que nos pode ser proporcionada pela vivência desta dita quadra
festiva.
Tanto judeus como cristãos e
pagãos celebraram por estes dias, algo que nas suas praxis religiosas convida à partilha.
Nos povos judaicos e cristãos é hábito as
famílias se juntarem à mesa e repartir o pão – a “comida”- numa ceia que para
cada um destes povos tem um significado especial.
Os judeus partilhando o pão
ázimo é lhes relembrado não só o tempo de exílio pelo deserto do Sinai após a
sua “fuga” do Egipto, mas principalmente e também, a passagem do anjo que “condenou” os
primogénitos egípcios, após a “maldição divina”.
Por
sua vez, os povos que baseiam a sua religião no Cristianismo, habitualmente na
quinta-feira de Endoenças (mais vulgarmente conhecida por quinta-feira santa),
também costumam partilhar uma refeição que tem origem na Eucarístia Crística,
quando Jesus, o Cristo, partilhou a sua última refeição com os seus apóstolos.
- Até
mesmo na Maçonaria em determinado grau, nesta mesma data, é usual existir uma
refeição eucarística baseada nesta mesma “refeição” e também na ceia mitraica, o que torna esta refeição em algo de especial e muito diferente do usual
ágape fraternal que se costuma efetuar após as reuniões maçónicas-.
Já da
celebração feita pelos povos ditos pagãos encontramos nos dias de hoje algumas
reminiscências de outras épocas em que se celebrava a Ostara. Festividade esta, em que para além de se celebrar o Equinócio da Primavera, se festejava também a fertilidade e o "renascimento" da natureza. E desses cultos pagãos, encontramos não a partilha de pão, mas sim de ovos.
Hoje
em dia é costume em quase todos os “países ocidentalizados” serem ofertados ovos, mas principalmente serem oferecidos ovos de
chocolate, estes últimos mais ao gosto das crianças.
-No nosso país, é também habitual nesta altura do ano se oferecer o conhecido " folar pascal", uma espécie de bolo que contém no seu interior ovos cozidos-.
No
fundo e de forma transversal a estas religiões, encontramos nesta quadra uma
ideia generalizada de partilha, da dádiva de algo.
O que poderia se supor que existisse
apenas na celebração do Natal cristão ou nas festividades do Dia dos Reis (festas de tradição cristã), tornando
essa quadra festiva um pouco mais comercial do que deveria o ser, viemos encontrar um paralelismo interessante entre estas religiões no que toca à partilha de alguma coisa nesta época em que vivemos.
Neste caso em concreto e que no fundo motivou a escrita deste texto, existe a partilha de algo substancial ao ser humano, algo que é a base
da sua vida, a Alimentação.
Queiramos
nós todos também nas nossas vidas, nas nossas práticas, sejam elas religiosas ou de cariz mais profano, partilhar
também algo de importante ou que seja considerado como tal, com quem mais o necessite, tendo sempre em mente que a vida não é apenas "vida" em determinadas épocas ou quadras festivas, mas que o é durante o decorrer de todo o ano. Não esperemos nós pelas "Páscoas" da nossa vida para fazer e partilhar o Bem...
Esta
foi a reflexão que esta Páscoa me deixou e que muito abertamente partilhei com todos Vocês…
2 comentários:
Me ajuda a ser um maçon? Eu quero ser um maçon por que quero ser uma pessoa melhor.
Certamente que perto da sua área de residência encontrará uma Loja que o possa acolher se demonstrar que poderá ser um membro valioso para a mesma.
Quanto ao facto de querer ser maçom para ser uma pessoa melhor, de facto posso-lhe dizer que para ser uma pessoa melhor, não necessita de ser maçom. Basta ser uma pessoa honrada que cumpras com as regras, usos e costumes da sociedade em que se insira.
A Maçonaria apenas é mais um caminho que pode ser trilhado no âmbito da procura pelo auto-aperfeiçoamento.
Por isso, primeiro procure ser uma boa pessoa, depois em ser maçom...
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