29 setembro 2010

André Franco de Sousa, maçom nacionalista angolano

André Franco de Sousa passou ao Oriente Eterno em 17 de agosto de 2010.

Foi um dirigente nacionalista angolano, nos anos 50 do século passado, e um dos fundadores do MPLA.

Foi um dos envolvidos no "processo dos 50" e esteve preso no Tarrafal. Depois do 25 de Abril, com Aurora Verdades, fundou um partido político, que não vingou. Depois do Acordo do Alvor, assinado entre Portugal e os três movimentos de libertação reconhecidos, tomou posse o Governo de Transição e André Franco de Sousa partiu para Portugal.

Aqui escreveu e publicou, em 1998, o livro “Angola, o Apertado Caminho da Dignidade” onde explicou as razões pelas quais era um opositor ao partido que fundou, o MPLA.

Foi um dos fundadores da Mestre Affonso Domingues. Ainda me recordo de com ele ter estado em várias reuniões de Loja. Depois, fundou outra Loja, para onde se transferiu, e raramente o passei a ver, normalmente em assembleias de Grande Loja.

Conheci-o já idoso. Manteve sempre o seu apreço pela Democracia, que o levara a cortar com a organização que fundara. Dele guardo uma imagem de completa serenidade e enorme simpatia.

Contou-se, embora brevemente, entre os obreiros da Mestre Affonso Domingues. Foi um dos nossos e como um dos nossos é aqui recordado. Foi um dos veteranos que criaram as condições para a Loja ser o que ela é. Estamos-lhe gratos pelo seu contributo.

Há já alguns anos que a doença o afastara do nosso convívio e o André se encaminhava para o nicho das recordações. Das boas recordações. Agora ali encontrou, em definitivo, o seu lugar.

Rui Bandeira

5 comentários:

Fernando César disse...

Olá meu ir .`.
Sou do Brasil e estou aqui em angola e como faço para obter o endereço de uma loja maçônica aqui em Luanda - Angola
TFA

Fernando César

Fernando César disse...

Olá meu ir .`.
Sou do Brasil e estou aqui em angola e como faço para obter o endereço de uma loja maçônica aqui em Luanda - Angola
TFA

Fernando César

Fernando Chrystêllo disse...

Lembro-me com muito carinho o André Franco de Sousa. Quando ele estava no Tarrafal, foi o meu Pai "Amadeu Pinto Leite Chrystêllo, quem o apoiou e recolheu na sua Empresa em Luanda. Lembro-me da s/ figura sempre recta, de uma grande dignidade, e não fosse assim, não lhe teria arranjado um emprego que embora temporário, o ajudaria a sobreviver, como o foi o Grupo Anka. Deixo uma msg de respeito ao amigo que sempre considerei. Perdi o seu enedereço e agora fui confrontado com a notícia do seu desaparecimento. Bem Hajam pessoas e nacionalistas como o foi André Franco de Sousa.

António Duarte disse...

Recordo-me do Senhor Amadeu Chrystêllo. Era um homem muito afável, que via nas pessoas aquilo que elas tinham de bom. Durante muitos anos trabalhei na sua casa comercial em Luanda. Lembro-me que sempre se preocupou com os seus funcionários, mesmo quando acumulava cargos na administração de Angola, como o de administrador da Indústria Fosforeira Angolana. Sempre foi este homem muito trabalhador. Infelizmente, depois do 25 de abril, retornou a Portugal, como muitos de nós. Mesmo já em Portugal, procurou saber o destino dos seus empregados, alguns que ficaram em Angola, outros que voltaram para a Metrópole. Encontrei-o na década de 80 em Lisboa, travámos um pouco de conversa. Foi a última vez que o vi. Infelizmente não me pude deslocar ao seu funeral, mas fico para sempre com a recordação do seu carácter recto e honesto.

Unknown disse...

Olá meu Ir.:,
cheguei recentemente em Angola, vindo do Brasil. Gostaria de obter informações a respeito de lojas deste Oriente para possível realização de visita. Poderia fazer esta gentileza?

T.:F.:A.:
Gustavo Antunes