O obstáculo no nosso caminho
De acordo com os meus queridos Manos entrei hoje... em tempo "extra" !
Não sei se é uma fina alusão ao futebol e ao período extra que os árbitros sempre dão após o tempo regulamentar significando que o meu "tempo de jogo já acabou", mas se é... tudo bem, eu tratarei de ir preparando o caldeirão para quando Vocês chegarem não ficarem à espera !!!
Entretanto chegou-me, sob a forma de lição (esta é uma de 5) mais um "continho" que Vos passo.
O obstáculo no nosso caminho
Em tempos antigos, um rei mandou colocar um enorme pedregulho num caminho. Depois escondeu-se e ficou a ver se alguém retirava a enorme pedra.
Alguns dos comerciantes mais ricos do Rei passaram e simplesmente se afastaram da pedra, contornando-a. Alguns culpavam em alta voz o Rei por não manter os caminhos limpos. Mas nenhum fez nada para afastar a pedra do caminho.
Apareceu então um camponês, carregando um molho de vegetais.
Ao aproximar-se do pedregulho, o camponês colocou o seu fardo no solo e tentou deslocar a pedra para a berma do caminho. Depois de muito empurrar, finalmente conseguiu.
O camponês voltou a colocar os vegetais ás costas e só depois reparou num porta-moedas no sitio onde antes estivera a enorme pedra.
O porta-moedas continha muitas moedas de ouro e uma nota a explicar que o ouro era para aquele que retirasse a pedra do caminho.
O camponês aprendeu aquilo que muitos de nós nunca compreendem!
Cada obstáculo apresenta uma oportunidade para melhorar a nossa situação.
Ora bem, para mim trata-se de uma lição bem interessante e que me deixa a pensar.
1 - Primeiro porque sendo gordo não sou propriamente um Obelix;
2 - Segundo porque nunca dei por um pedregulho destes. Uns calhauzitos de quando em vez e vá lá...
3 - Terceiro porque tenho a certeza que se encontrasse mesmo o tal pedregulho e o afastasse, acabava encontrando uma carteira de crise, ... sem chêta !
Ou então, o que não sei se seria mais inteligente, sentava-me e punha-me a lascar a pedra, ponto aqui, ponto acolá, até ela ficar ao meu jeito.
E depois, como ainda por cima sou republicano, concluiria que debaixo da pedra estava... nada.
Ou será que não é debaixo da pedra que devo procurar... ?
Pois se calhar é isso... não é debaixo da pedra não.
Talvez dentro de mim.
A ver vamos, "como diz o cego".
Tenho esperança que este tempo extra tenha a dimensão daqueles que os árbitros arranjam quando o Porto está a perder... aquilo dura até eles meterem o golito do empate !
E se fôr assim até pode ser que consiga mesmo encontrar ainda alguma coisa.
Mesmo que não seja uma carteira.
Cá vai. Vou apagar as velas.
Grande abraço e bom fim de semana.
JPSetúbal
5 comentários:
Haja pulmões para tantas velas, rs, quanto ao que encontrar sob ou dentro da pedra, você meu caro, pelo exposto nesse blog é uma pedra bem polida.
Parabéns!
Parabéns pelo aniversário.
Esta do pedregulho só pode ser para mim :)
Nos tempos que correm devolvia a carteira ao rei.
Certo dia, um cliente, experimenta um par, dois pares, três pares de calças e lá escolheu um. Guardava ele consigo uma carteira com 187 contos (moeda antiga) para um urgente pagamento, pois bem, sem saber como, as calças que tinham ficado para subir bainhas, tinham a tal carteira recheada.
Esse cliente tem um café, eu nada tenho de santo. Peguei na carteira e rumei ao café dele, quando cheguei diz ele com ar de matreiro todo sorridente: “então as calças já estão prontas?”
Não, respondi com o ar mais solene que arranjei, apeteceu-me tomar café e hoje sinto-me bondoso.
Sai um café, e logo pergunto quanto era, 60 escudos meu amigo respondeu, ao que eu abrindo a carteira dele mesmo frente dos seus olhos lhe disse: “pá, és um bom cliente, toma uma nota de dez contos e fica com o troco”
Dez contos para pagar um café, pagas depois quando trouxeres as calças, retorquiu.
Eu, no cimo de um gozo profundo respondi: “não te chega esse troco, toma lá mais uma nota de dez contos e de onde vieram essas tenho mais, não tenho problemas de te dar cinquenta contos de gorjeta. Tu mereces, és meu cliente”.
Foi nesta altura e depois de ele já ter mirado bem a carteira recheada que a reconheceu, metendo as mãos nos bolsos fazendo uma cara de pânico disse: “a minha carteira, o dinheiro da prestação”.
Explicação que deu, com a preocupação do dinheiro sempre que experimentava umas calças pegava na carteira e metia nas calças que experimentava.
Teve sorte de eu ser um pedregulho mal talhado na berma da estrada da vida.
Meu caro JPSetúbal:
Tu consegues sempre surpreender-me!
Eu todo contente porque tinha arranjado um título para o texto assinalando o teu aniversário com duplo sentido, e tu - toma lá, que já almoçaste! - descobrs logo um teceiro sentido...
Essa do tempo extra realmente só lembrava a quem aproveita bem o tempo regular e não se importa nada em dispor de um extra... É caso para se dizer, que o 69 (do aniversário...) te agrada...
Mas o "Extra! Extra!" procurava jogar com dois sentidos diferenes. um de quando ainda havia ardinas (deves-te lembrar...) e, quando havia notícias importantes que justificavam uma segunda edição do jornal, a apregoavam assim mesmo, sinalizando que era uma edição extra e que, portanto, tinha algo de interesse fora do comum - a última edição extra dos jornais de que agora me lembro, por sinal foi bem agradável: foi no dia 25 de abril de 1974 e recordo-me que o saudoso "Diário de Lisboa" inseria, orgulhosamente, na primeira página: ESTE JORNAL NÃO FOI VISADO PELA COMISSÃO DE CENSURA.
O segundo sentido que procurei pôr no título, era que aquele era um texto "extra", porque, como já devem ter reparado - espero... - eu agora ando a escrever no blogue apenas um texto por semana, que publico às quartas-feiras. E aquele texto realmente foi extra. Por uma única e excelente razão: Porque tu mereces!!!
Curiosamente os seguidores deste blogue são 69, Vou quebrar o enguiço :)
Tenho esperança que este tempo extra tenha a dimensão daqueles que os árbitros arranjam quando o Porto está a perder... aquilo dura até eles meterem o golito do empate !
Piada de mau gosto. Se assim é, prove o que acaba de dizer.
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