11 setembro 2009

Sorria... Você está a ser filmado !

Como de costume aproveito imagens que Amigos me fazem chegar para Vos deixar entretidos à sexta-feira.
Umas vezes mais pensantes outras certamente menos sérios. É essa a intenção.
Se a de hoje Vos deixa sérios ou sorridentes, será escolha Vossa.
Hoje ponho uma coleção de fotografias de um heroi, cuja história não conheço para além daquilo que possa ser imaginado a partir das imagens.
Mas HEROI, é com certeza !

Querem sorriso mais profundamente humano do que o deste miudo ?
Vejam só, e já agora comparem com as Vs. queixumes e desgostos...

Não tenho muito mais para escrever sobre o tema de hoje, porque de facto nem vale a pena, nem a minha imaginação dá para "literaturas" àcerca do caso.
As imagens dizem tudo. Não há nada para acrescentar.





























































E agora aproveitem bem o fim de semana.
Divirtam-se... e sorriam. Provavelmente têm menos razões do que julgam para se lamentarem.

JPSetúbal

18 comentários:

Diogo disse...

Foi por estas e por outras que me tornei ateu.

Nenhum Deus infinitamente bom toleraria este sofrimento a estas crianças.

BAG disse...

Perdoe-me Diogo, mas que disparate! Onde é que está a ver sofrimento???...Nesta criança ou será que nas crianças com vidas vazias que passam seus tempos livres em shoppings convertidos em "catedrais de consumo". Digo-lhe meu amigo que onde Vê sofrimento eu vejo esperança...Esperança que Deus infinitamente bondoso nos dá.

VILAR disse...

À seres, que com uma pequena luz iluminam o mundo com o seu brilho...aqui está um bom exemplo disso mesmo...

Um TAF

Ptah.'.

Diogo disse...

BAG,

Os sorrisos que aqui vemos são genuínos, mas estes meninos têm desvantagens físicas importantes em relação aos seus pares. Não acredito que eles não sintam essa diferença. Por cada sorriso quantas lágrimas se escondem?

Deus, se fosse infinitamente bondoso, nunca permitiria qu tal acontecesse.

Abraço

jpa disse...

É por estas e por outras que me tornei crênte.

Nenhum Deus infinitamente bom permitiria que todas as crianças fossem assim. Mas podiam ser!!!

Podemos pensar as situações de várias maneiras.

Deus permite a todos a felecidade, fazer uso dela, depende de nós.

Cumprimentos
JPA

Diogo disse...

JPA,

Deus é o criador de todas as coisas, sabe tudo, pode tudo e é infinitamente bom.

Diz você que «Deus permite a todos a felicidade, e que fazer uso dela, depende de nós».

Que felicidade permitiu Deus a uma criança que é violada e morta com dois anos de idade?

Jose Ruah disse...

@Diogo

Apenas para o relembrar que ja teve esta discussao e que nao ha necessidade de a ter de novo.

Apesar de afastado, continuo sempre presente, e com o meu mau feitio em plena forma.

jpa disse...

Sr. Diogo;

Esse é um problema do foro humano.

Cumprimentos
JPA

Diogo disse...

Jose Ruah,

O seu mau feitio é sempre bem vindo a um debate. Embora este tema já tenha sido aqui debatido, continua a haver comentadores que talvez não percebam a profundidade da questão.



JPA: «Esse é um problema do foro humano»

Mas se Deus sabia tudo o que ia acontecer quando criou o mundo, então Deus tinha antecipadamente conhecimento total de todos esses problemas do «foro humano». E mesmo assim criou o mundo! Com todas as desgraças, guerras, assassínios e sofrimento que têm afligido a humanidade.

E sendo infinitamente bom, não mexe uma palha para evitar ou aliviar esses sofrimentos.

Um tal Deus não pode existir.

Cumprimentos

Rui Bandeira disse...

@ Diogo:

O Diogo declara-se ateu, mas busca insistentemente troca de opiniões acerca dos atributos divinos. Dá a impressão que, declarando-se, pelo que a sua Razão adquiriu e entende, ateu, se sente insatisfeito, quiçá angustiado com isso, e busca encontrar razões ou argumentos que lhe permitam conseguir passar a ser crente...

Se assim for, caro Diogo, temo que poucos frutos lhe tragam os diálogos e debates que tão persistentemente procura: o único diálogo que lhe possibilitará, se for caso disso, evoluir a sua posição racional, é o que trave de si para consigo mesmo!

Não obstante, e porque já por aí passei, há muito muito muito tempo, era eu uma criança (como canta uma cantiga, permita-me uma observação: não será tempo de ultrapassar essa conceção, ou visão, do "Deus da catequese", o dos três adjetivos (omnipotente, omnisciente, omnipresente), que comstantemente invoca?

Além do mais, essa do "Deus que sabe tudo o que houve, tudo o que há e tudo o que haverá", se pensar bem, nem sequer é uma descrição de um deus que se preze: é um TÉDIO, um eterno bocejo...

Além de que, como creio que o próprio Diogo já certa vez assinalou, é uma contradição nos seus próprios termos: se sabe tudo o que vai haver é porque não pode mudar e então não é omnipotente; se pode mudar, então não pode saber tudo o que vai haver, porque poderá, no último momento, decidir mudar, e então não é omnisciente.

Se pensar bem, caro Diogo, esta conceção de Deus mais não é do que o entendimento que um rapazinho de três anos tem do seu próprio pai. O rapazinho de três anos é que crê que o seu pai pode tudo, sabe tudo, está, aparece, emtodo olado...

Esta conceção que eu chamo do "Deus da catequese" é uma infantilização. Quem, crente ou não crente, procure conceber como será (para o crente), ou como seria, se existisse (para o não crente) Deus deve rejeitar esa infantilidade. Afinal de contas, trata-se de crescer...

Enquanto persistir nessa conceção do "Deus da catequese"não fará mais do que andar às voltas em seco. E não me admira que assim se declare ateu. Pois se nesse "Deus da catequese" nem eu, crente, acredito!

E não me pergunte por favor como é o Deus em que acredito. Já lho respondi, lembra-se certamente, em longo comentário, meses atrás...

Jose Ruah disse...

Continuando o comentário do Rui, eu juntaria a crença no

Pai Natal que sabe todos os desejos das crianças, distribui todas as prendas numa so noite ( em todo o mundo menos em Espanha que quem faz isso são os reis magos e a 6 de janeiro) e consegue embora entrando pelas chaminés manter-se sempre imaculadamente vermelho e com a barba alva.

Mas pronto cada um acredita no que acredita, e só muda de crença por si próprio e não por acção de terceiros.

O Santo Oficio tentou esta via impositiva, mas em ultima analise falhou, mas pronto isso sao outros assuntos.

Diogo disse...

Rui Bandeira,

Do debate que tivemos lembro-me que sentiu grande dificuldade em definir o seu Deus. Não quer fazer um esforço para me explicar? Às vezes, numa pequena frase pode-se dizer muito.

Abraço

Rui Bandeira disse...

@ Diogo:

O Diogo tem uma tendência para fazer exatamente o contrário do que se lhe pede! Terminei o meu último comentário desta maneira:

E não me pergunte por favor como é o Deus em que acredito. Já lho respondi, lembra-se certamente, em longo comentário, meses atrás...

Que faz então o Diogo?

Responde assim:

Do debate que tivemos lembro-me que sentiu grande dificuldade em definir o seu Deus. Não quer fazer um esforço para me explicar? Às vezes, numa pequena frase pode-se dizer muito.

Diogo, "Grande dificuldade???? Está mal recordado! Ora releia lá! Foi em comentário ao texto "Liberdade - um ponto de vista de um profano", publicado em 25 de março de 2009.

Quer-me parecer é que o Diogo usou este subterfúgio para não ter de acusar o toque ao meu comentário anterior...

Diogo disse...

Caro Rui, fui relembrar o debate de Março. A sua grande dificuldade em definir o Criador está lá bem expressa:


No seu comentário você tenta definir o Criador:

«Para mim, o Criador É Aquele que É.»

«É por isso que é SUPREMO!!!!»

«Mais do que ser omnipresente, omnisciente, omnipotente, Ele é - muito para além de qualquer concebível conceito de omnipresença, de omnisciência, de omnipotência.»



Depois afirma que é impossível defini-lO:

«[O Criador] Existe num plano e dimensão para mim e para toda a Humanidade incompreensíveis, inconcebíveis, incaracterizáveis.»

«Para mim, mais do que não saber as suas características, confesso-me incapaz de as conceber.»

«A única concepção que sou capaz de ter do Ente Supremo é que Ele é, para mim, Inconcebível.»

«A única caracterização que logro é que é Incaracterizável.»

«A dimensão e o plano do seu Saber são-me inapreensíveis.»



Mas, se Ele é incompreensível, inapreensível e incaracterizável, como podemos afirmar que Ele É (que existe), que é Supremo, e que está muito para além de qualquer concebível conceito de omnipresença, de omnisciência, de omnipotência?

Não há aqui um enorme paradoxo? Como se pode venerar algo que não sabemos o que é? Será bom? Será mau? Será que existe?



Rui: «Porque, deísta que sou, creio que nenhum homem necessita de intermediários para aspirar a chegar tão perto do Criador quanto seja possível. Mais uma acha para a fogueira... »

É, de facto, uma acha para a fogueira:

Se não são necessários intermediários para nos aproximar do Criador, então porquê as igrejas, as fraternidades, as maçonarias? Porquê as missas, os ensinamentos, os métodos e os rituais?

Lembra-se?
Abraço

Rui Bandeira disse...

@ Diogo:
O mal de se selecionar à lupa excertos de textos é que se deixa de ver o que está fora do alcance da lupa e se perde a visão de conjunto. O texto de que selecionou os excertos, lido e pensado no seu conjunto, sem se perder em minudências de partes de frases, é perfeitamente esclarecedor.
O facto de qualquer uma dos milhões de bactérias que o seu corpo abriga ser completamente incapaz de o compreender, apreender ou caracterizar não significa que o Diogo não exista.Significa que o Diogo existe num plano, numa dimensão de tal forma diferente delas, que torna impossível essa compreensão, apreensão, caracterização.
O mesmo se passa na diferença de plano e dimensão entre o Homem e o Criador.
Mas esta deriva, caro Diogo, não me faz esquecer a frase com que eu iniciei este nosso diálogo e que o Diogo cuidadosa - e significativamente... - evitou. Repito-lha:
O Diogo declara-se ateu, mas busca insistentemente troca de opiniões acerca dos atributos divinos. Dá a impressão que, declarando-se, pelo que a sua Razão adquiriu e entende, ateu, se sente insatisfeito, quiçá angustiado com isso, e busca encontrar razões ou argumentos que lhe permitam conseguir passar a ser crente...
Não há nenhum mal ou menor merecimento nem no que pensa, nem nas suas perplexidades. Sobre isso não faço, porque não devo fazer, qualquer juízo de valor. Como também referi, nestas matérias, decisões, conclusões, interrogações, só se resolvem em diálogo de si para consigo próprio.

Rui Bandeira disse...

Permito-me só acrescentar algo mais, em jeito de pano de fundo.

Pese embora o perigo das generalizações (e as exceções existem, e, por vezes, são significativas), tenho para mim que o padrão do Homem em relação à sua atitude perante a Crença se processa mais ou menos assim:

1) Numa primeira fase, ainda na infância, adquire uma religiosidade e crença simples e infantil. Deus é o pai. Deus é concebido à imagem do pai. E pode ser benévolo como o pai, mas terrível e castigador como o pai.

Alguns nunca mais deixam esta fase e a sua relação com o Divino caracteriza-se sempre por esta primária simplicidade. Toda a sua relação com o Divino se processará guiada pelos ministros ou sacerdotes da igreja da sua religião. São, continuarão a ser e nem sequer porão a hipótese de assim não ser,teístas. A sua religiosidade é simples. Mas lá diz o Sermão da Montanha que "bem-aventurados os simples, que deles será o reino dos Céus...".

2) Outros, no seu processo de crescimento, vão mais longe e questionam, discutem, analisam, racionalizam. E, normalmente,essa racionalização, na falta de evidentes respostas em contrário, leva-os a evoluírem para a descrença. E declaram-se então ateus ou, quando muito, agnósticos.

É uma evolução natural e respeitável, tanto mais que, em regra, comum a todos aqueles que vão adiante da crença simples adquirida na sua infância. Todos (ou quase) os que vão além dela passam por aí. Eu também. O Diogo, pelos vistos, também.

Depois, uns ficam por aí, por falta de vontade de continuar a questionar assunto que têm por resolvido.

3) Mas outros não deixam de sentir a inquietação resultante de intuírem que a sua Razão talvez não chegue. A sua Razão continua a impeli-los para a Descrença, mas algo, difusamente, não lhes parece bater certo, não sabem bem o quê, nem como, nem porquê.

4) Alguns destes não conseguirão mais ultrapassar este patamar, da racional Descrença incomodada por uma inexplicável sensação de erro que, tolhidos pela fidelidade à sua Razão e pelo peso desta, nunca conseguirão devidamente explicar. Inquietos, interrogam-se e continuam a interrogar outros, mas não conseguem ir mais além, que o peso da Razão torna-se-lhes demasiado forte. Ou não realizam o diálogo consigo próprios ou não conseguem dele extrair elementos para obter evolução, qualquer que ela seja.

5) Outros, finalmente,no diálogo consigo próprios conseguem interiorizar os limites da sua Razão (sem, no entanto, deixarem de a considerar muito valiosa)e, sobretudo, conseguem ultrapassar a conceção infantilizante e massificada da Divindade. Compreendem que o antropomorfismo de Deus é uma criação da mente humana. Apercebem-se de que a solução do seu enigma está na diferença de planos e dimensões. Reconhecem sem pudor as limitações das pseudo-explicações científicas da Criação do Universo e da sua Organização e brilhante Ordem que ele manifesta (sim, houve o Big Bang; mas o que o criou, o que o despoletou; então algo existia antes de tudo existir...).

E evoluem de novo para a Crença. Não já no "Deus da catequese" da sua infância, mas num Criador muito mais complexo e multipolar, simultaneamente muito mais distante e muito mais presente.

6) Destes, uns chegam à conclusão de que, apesar de tudo, continuam a necessitar da mediação de Revelações de Livros Sagrados, Profetas, Igrejas e são teístas. Com um pensamento mais complexo e, aqui e ali, com tendência para a heterodoxia, mas teístas.

7) Outros dispensando essa mediação e afirmando-se deístas.

Eu integro-me neste último grupo, depois de ter passado por todos os outros (menos o sexto).

E o Diogo? Nesta classificação, em que grupo se integra? Não me responda! Essa resposta busque-a e tenha-a de si para si mesmo!

Diogo disse...

Portanto, caro Rui, a questão é «razoavelmente» simples.

Existem, segundo o Rui, essencialmente três posturas num processo evolucionário:

1: A crença infantil num Deus papá. Os tais idiotas bem-aventurados, os simples, que deles será o reino dos Céus...".

2: Depois há os que, pela razão, evoluem para a descrença, tornando-se ateus ou agnósticos. (Eu, na minha singeleza, não consegui ir mais longe).

3: Finalmente os iluminados. Aqueles para quem a razão não é suficiente. Aqueles que, no diálogo consigo próprios, conseguem ultrapassar a concepção infantilizante e massificada da Divindade. Os que se apercebem de que a solução do seu enigma está na diferença de planos e dimensões. De novo a crença na forma evoluída deísta.


E pronto! Fiquei-me pelo grau 2. No diálogo comigo próprio não me apercebi que Deus está noutro plano e noutra dimensão. Mea culpa.

Abraço

Rui Bandeira disse...

@ Diogo:

Assim é, com ressalva da ironia Mas não desespere nem se culpe. É sempre possível evoluir. O Diogo não é um caso perdido... Prova-o a sua fuga à questão central que coloquei... Atrás de tempo, tempo, vem!