A ORIGEM DA DESIGNAÇÃO “LISBOA”
Base: Livro “FOI ASSIM MESMO QUE ACONTECEU?
de Sérgio Luís de Carvalho, 2ª Edição.
Nota prévia (de esclarecimento): Em azul está o
que respiguei com rigor do livro referido
e a
preto os meus comentários
No
caminho da lenda de ULISSES
ULISSES,
rei de Ítaca, foi incorporado no exército grego quando estes desencadearam a
guerra contra Tróia. Esta
guerra durou 10 anos, acabando com a célebre artimanha do “Cavalo de Tróia”,
atribuída ao próprio Ulisses.
Nota: O dito ULISSES terá sido um bom
terrorista da época (a chamada artimanha do Cavalo tem todas as característica
dos actos terroristas actuais – entrada dissimulada numa zona defendida pelas
“legítimas autoridades governantes”, com a execução de actos de guerra
subversiva (morte dos habitantes e saque) executados durante a noite, mas como
“navegador” parece que deixava muito a desejar.
No seu regresso a Ítaca, numa viagem que se revelou atribulada e
perigosa, Ulisses demorou mais de 10 anos, tendo passado por vários perigos em
muitos e desvairados territórios.
Nota: Para ir de
Tróia a Ítaca, que era quase ali ao lado e era a ilha de onde saiu 10 anos
antes como rei, perdeu-se e acabou por navegar todo o Mediterrâneo oriental,
médio e ocidental, até chegar às colunas de Hércules, depois chamadas colunas
de Gibraltar, com a mudança temporal dos heróis, continuando para noroeste e
aportando a Lisboa.
Quem lhe terá dado
a carta de navegador? Como era rei, talvez se a tenha atribuído autonomamente.
Pois se era rei, sabia navegar. Os reis achavam que sabiam tudo, ou não fossem
reis por graça divina.
De acordo com um velho mito, no seu atribulado regresso a Ítaca,
ULISSES terá passado por Lisboa, onde encontrou um povo que falava uma língua
não muito deferente da grega.
Os habitantes do lugar chamavam a si mesmos “lusitanos”, pois se
consideravam descendentes de “Luso”, filho do deus Dionísio.
Nota: Descendentes
(netos directos) de um deus grego, falariam naturalmente uma coisa parecida com
“a língua grega”. Presumo que o próprio Ulisses falaria pelo menos grego, além
do itaquês.
Ulisses aportou
(não lisboou) num local que se veio a chamar Lisboa. Mais uma guerra para os
morcões.
Ulisses ergueu (ou mandou erguer ?) um templo em honra de Pallas
Ateneia, nele depositando muito do espólio trazido do saque de Tróia, e
baptizou o sítio como Ulisseia.
Este nome viria a originar a designação greco-latina de
Olissipo, génese do nome Lisboa.
A semelhança dos nomes Ulisses, Ulisseia e Olissipo, são
inquestionáveis.
Nota: O Ulisses
mandou erguer um templo num local que não conhecia, e chamou-lhe “Ulisseia”, o
que no mínimo revela uma pobre imaginação onomástica.
Quem terá sido o
ministro das finanças (ou da divida pública, que aqui se deveria dizer
portuguesa, para que não venha a ser exclusivamente paga pelos lisboetas), que
delapidou o saque de Tróia? Ou terá sido o engº Belmiro ?
Nas múltiplas variantes deste mito, uma diz que o herói grego
teria chamado a sua filha Boa, para terminar a sua obra no sítio à beira-Tejo
onde tinha aportado, uma vez que queria sobretudo regressar a Ítaca.
O nome da futura capital lusa seria assim uma conjugação dos
nomes de Ulisses e Boa.
Nota: A designação
de herói grego a um “rei de Ítaca” não sobreleva a questão do “mercenário” ?
Ainda bem que a
rapariga se chamava BOA. E como seria ? Imaginem que se chamava má ou péssima ?
O nome que teríamos como Capital poderia ser ligeiramente exótico.
Onde estava a Boa,
quando o pai a mandou chamar ? Que idade tinha ? Era mesmo boa (filha de rei …)
ou nem por isso. O que lhe aconteceu depois de acabar o tal templo ? Questiono
esta mania dos historiantes só falarem dos reis,
Ainda no mundo dos mitos, outra lenda refere que Ulisses teria
descoberto Achilles disfarçado de menina, nos arredores do estuário do Tejo,
onde mais tarde nasceria Lisboa. Em homenagem a Aquiles, deu-se a este lugar o
nome de Chelas.
Nota: Aquiles (ou Achilles, o tal do
calcanhar) disfarçado de menina? Que coisa esquisita para um herói. Seria
bichóide ?
Dizem mesmo alguns autores da antiguidade
que a sua amizade por Patrocle, seu companheiro de armas, morto por Hector, se
poderia considerar excessivo.
Nesta parte da lenda as incongruências são
demasiadas, uma vez que o Achilles morreu em Tróia, durante a guerra, quando
foi atingido por uma flecha, no único ponto vulnerável do seu corpo. O
disparador da tal flecha foi Páris, irmão de Hector, morto em combate por
Aquiles. Então se o Achilles morreu em Tróia, como chegou a Chelas ?
Conclusão: O Hector matou o Patrocle,
companheiro muito querido do Aquiles. O Aquiles matou o Hector, irmão do Páris.
O Páris matou o Aquiles. Tudo gente de alma leal e pura.
Esta história de Chelas, lembra-me uma
scooter recentemente tornada famosa, e cujo guiante tem um nome parecido com
Ulisses.
Falando de outra lenda relacionada com Lisboa, o nosso Padre
António Vieira acusou Ulisses de usurpador, uma vez que para Vieira, Lisboa
teria sido fundada por Elisa, bisneta de Noé, o que tornava a nossa capital 500
anos mais antiga que Roma.
Nota: Isto de ser
mercenário e usurpador, com amigos também heróis disfarçado de menina causa-me
muita estranheza.
Além do um ataque
de nacionalismo do Padre António Vieira …
É óbvio que estamos no campo do mito, nada contando para aqui a
realidade história. Ulisses é uma personagem mitológica e nem a Odisseia sugere
em momento algum que ele por aqui tenha passado. É verdade que se trata de uma
lenda bonita, como são sempre as lendas. Enfim, Ulisses nunca morou aqui. Mas é
uma bela história, mesmo assim …
Helder da Palma Veiga