Exposição IN DEFINITION
O pintor Manuel do Carmo nasceu em 1958 em Lisboa. Estudou arte e pintura no Ar.Co. O seu estilo, absolutamente contemporâneo, não se inscreve em nenhuma escola.
O seu estilo de realismo fantástico está patente na sua arquitectura imaginária, que nos desvenda a história da Humanidade, seus valores e espiritualismo - algo também muito caro aos maçons.
Nos últimos vinte anos, Manuel do Carmo criou inúmeros trabalhos expostos em colecções privadas e públicas e em alguns museus nacionais e internacionais, encontrando-se ainda representado em diversas galerias e em esculturas de arte urbana de Lisboa.
Sobre ele disse a crítica de arte em New York Nancy di Benedetto: A maior homenagem que se lhe deve fazer é a de que o seu trabalho não se insere em escolas ou movimentos predeterminados, a sua obra artística desafia uma categorização e rompe novos territórios na Arte do século XXI.
A exposição IN DEFINITION encontra-se integrada na no programa da Presidência de Portugal da União Europeia. Será seguida por uma outra, do mesmo autor, THE CORRIDOR OF LIFE IN WATER, fazendo ambas parte do projecto IN DEFINITION, sobre a relação entre o ser humano e a água, buscando na inversão a força evolutiva dessa relação. Uma exposição sucede à outra, completando-se mutuamente e dando conceito global e unificado ao projecto.
A 3 de Julho, o público poderá ver a Mãe d'Água como raramente foi vista: a Mãe d'Água das Amoreiras inverte-se, pois, esvaziando o depósito de 5.500 m3 de água, possibilita-se a visita ao seu interior (possibilidade muito raramente disponibilizada ao público), numa simbólica viagem ao que existe preambular à Criação, debaixo do elemento Água - um Hino à Água.
No centro do reservatório, uma enorme esfera simboliza a semente inicial, da qual tudo nasceu.
No dia 12 de Julho, será apresentada a segunda exposição, a segunda parte do projecto. A Mãe d'Água das Amoreiras regressa ao seu posicionamento normal: água em baixo, no reservatório de novo cheio.
Tudo o que estava em baixo vai agora para cima: o terraço da Mãe d'Água enche-se com as fotografias gigantes até então ocultas na Arca de Água e, neste momento, projectadas para o Céu.
Deste modo se completa a alusão hermética, tornando a exposição visível do Céu, para fruição dos passageiros dos aviões que sobrevoam Lisboa!
Esta segunda parte do projecto permanecerá em exposição até 8 de Setembro.
Uma inauguração a não faltar, duas exposições a não perder, quer pelo valor intrínseco da arte de Manuel Carmo, quer pela simbologia que delas se extrai. Quem está em Lisboa, deve ir. Quem não está, pode aproveitar e viajar para Lisboa, de avião, entre 12 de Julho e 8 de Setembro e apreciar duplamente o trabalho de Manuel do Carmo: do ar, através da janela do avião, à chegada a Lisboa e depois no local!
(Este texto foi elaborado com base em elementos informativos fornecidos pela Directora do Museu da Água)
Rui Bandeira