10 outubro 2006

A MALAPOSTA

À entrada de Odivelas, quem entra pelo lado do Carriche ou da Póvoa Sto. Adrião, díficilmente deixa de reparar na Malaposta, agora Teatro (ou melhor, Casa de Cultura de todas as artes), antes local de recolha das Mala-Postas, das mudas de cavalos, rápidas porque a carga da carruagem não podia esperar ou mais sossegadas porque os ocupantes, cansados de jornada longa, resolviam ali descansar, comendo e muitas vezes pernoitando, aproveitando alguma companhia garrida que por ali estivesse disponivel.

É um belo espaço, orgulho dos "Odivelenses", no qual muita história (e muitas estórias) se mostra, e se conta, e se dança, e se canta...
Em exposição que estará disponível a partir do próximo dia 17, serão os próprios funcionários e colaboradores da casa a mostrarem as Suas habilidades, eles também artistas de corpo inteiro, e pelo que se verá, artistas de grande mérito, aos quais só falta mesmo o reconhecimento do público ou talvez melhor, o conhecimento do público.
Em boa verdade não se pode reconhecer (avaliar) o que não é conhecido !
Pois a partir de 17 p.f. (15 horas) venham até Odivelas, à Malaposta, ver uma exposição diferente, porque constituida pelos trabalhos dos que, habitualmente, só trabalham nos bastidores.

MALAPOSTA

A voz dos artistas toma o lugar na viagem que o destino lhe comete.

Viaja, essa voz, através da voz das actrizes e dos actores,
ou das telas pintadas
ou através das melodias cantadas
e dos palcos pisados ao sabor da palavra e da literatura
ou ao sabor do voo dos corpos
dançantes.

Num edifício feito de três casas unidas por um delta
morou desde sempre a alma
de quem entrega a mensagem. De quem sabe fazer
chegar a carta onde mora o sonho e a vertigem da vida.

Esqueceremos o tempo em que foi de morte o cheiro destas pedras
que pisamos. Destes palcos que admiramos e pisamos. E
destas cadeiras onde nos sentamos. A alma do holocausto dos
animais perdoará a fraqueza do homem não artista.

Lembraremos para todo o sempre o longínquo passado das
Mala-Postas correndo pelas estradas dos campos,
entre as árvores, levando de terra em terra, de cidade
em cidade, a mensagem que tem de ser lavada e entregue.

E lembraremos o presente erigido pelos amantes da arte.
Pelos artistas que servem a arte apenas porque por ela
apaixonados desde o berço.

O futuro da Malaposta (sem hífen, agora) é o sorriso das estrelas e a
harmonia de cada coração. É D. Dinis a entrar pelos portões
e a perguntar onde fica o auditório onde irá fazer o seu recital
de cantigas de amor e de amigo.

O futuro deste edifício de três casas unidas por um delta
assenta nos poetas
e nos músicos. Nos bailarinos e nos pintores. Naqueles que
esculpem a pedra e em todas as actrizes e actores
que pisam os palcos
para levarem a mensagem ao público
como antigamente o correio-mor levava as cartas dos amantes e
dos sonhadores.

A voz de um artista é a voz do coração da sua arte.
E a junção de todas as artes dá forma e substância
ao grande coração da vida: onde cantam as vozes sublimes
de cada modo de ser artista e arte.

As Mala-Postas de outros tempos são a herança antiga
que queremos receber,
a memória que gostamos de contar.

A Malaposta dos nossos dias,
dias de todas as artes dentro de uma casa com arte,
é a memória, como herança, que queremos deixar ao futuro.

MÁRIO MÁXIMO

Por antecipação aqui Vos deixo um "cheirinho" do que encontrarão os que forem até à Malaposta a partir de dia 17.

JPSetúbal

Um olhar para a "concorrência"


Aqui no A Partir Pedra procuramos estar atentos a tudo o que se relacione com a Maçonaria.
E obviamente que vamos estando atentos à "concorrência".
Também com assento no blogspot.com, mas oriundo do Brasil, é interessante ir dando uma olhada no Blog do Maçom.
Não tem tanta frequência de actualização como o nosso A Partir Pedra ( na altura em que escrevo, o seu último texto é de 28 de Setembro, o anterior de 17 de Setembro e o anterior a este de 8 do mesmo mês), mas trata-se de um blogue de evidente interesse, tanto mais que permite fazer o contraponto sobre como se vê esta coisa de um blogue sobre temas maçónicos em ambos os lados do Atlântico.
Tem textos deliciosos de humor (o do churrasco do ponto de vista feminino eu já conhecia; a "carta de um profano a outro" é de gargalhadas) e textos que procuram tratar com seriedade temas que são caros aos maçons.
Para aguçar a curiosidade, eis os títulos dos últimos textos:

"O que é um Churrasco ?"
"Um Poema de Chaplin"
"Carta de um Profano a Outro"
"O Palácio e o Templo"
"A Marca que Deixamos nas Pessoas"
"Carta de um Maçom a seu Filho"
"Prece de um Maçom"
"E Afinal o que é Ser Maçom"
"A Sabedoria do Fogo"
"As Sete Lágrimas de um Maçom"
Este blogue merece indubitavelmenyte a nossa atenção e, atento o ritmo de actualização, uma espreitadela uma ou duas vezes por mês.
Rui Bandeira

09 outubro 2006

Maçonaria e Religião - 2

Reforçando o Post do Rui Bandeira aqui fica a transcrição do que está escrito na Pagina da Grande Loja Unida de Inglaterra, tida como o referencial máximo da Maçonaria Regular Mundial.


Freemasonry: Your Questions Answered
Q
Aren't you a religion or a rival to religion?
A
Emphatically not. Freemasonry requires a belief in God and its principles are common to many of the world's great religions. Freemasonry does not try to replace religion or substitute for it. Every candidate is exhorted to practise his religion and to regard its holy book as the unerring standard of truth. Freemasonry does not instruct its members in what their religious beliefs should be, nor does it offer sacrements. Freemasonry deals in relations between men; religion deals in a man's relationship with his God.

Q
Why do you call it the VSL and not the Bible?
A
To the majority of Freemasons the Volume of the sacred Law is the Bible. There are many in Freemasonry, however, who are not Christian and to them the Bible is not their sacred book and they will make their promises on the book which is regarded as sacred to their religion. The Bible will always be present in an English lodge but as the organisation welcomes men of many different faiths, it is called the Volume of the Sacred Law. Thus, when the Volume of the Sacred Law is referred to in ceremonies, to a non-Christian it will be the holy book of his religion and to a Christian it will be the Bible.

Q
Why do you call God the Great Architect?
A
Freemasonry embraces all men who believe in God. Its membership includes Christians, Jews, Hindus, Sikhs, Muslims, Parsees and others. The use of descriptions such as the Great Architect prevents disharmony. The Great Architect is not a specific Masonic god or an attempt to combine all gods into one. Thus, men of differing religions pray together without offense being given to any of them.

Q
Why don't some churches like Freemasonry?
A
There are elements within certain churches who misunderstand Freemasonry and confuse secular rituals with religious liturgy. Although the Methodist Conference and the General Synod of the Anglican Church have occasionally criticised Freemasonry, in both Churches there are many Masons and indeed others who are dismayed that the Churches should attack Freemasonry, an organisation which has always encouraged its members to be active in their own religion.

Q
Why will Freemasonry not accept Roman Catholics as members?
A
It does. The prime qualification for admission into Freemasonry has always been a belief in God. How that belief is expressed is entirely up to the individual. Four Grand Masters of English Freemasonry have been Roman Catholics. There are many Roman Catholic Freemasons.



Queiram desculpar por ser em Inglês, mas o nosso Governo tem como plano por todos a falar inglês e por isso aqui fica a minha modesta contribuição.
JoseSR

Maçonaria e Religião


A Maçonaria NÃO É uma religião.
A Maçonaria não aconselha, ou impõe, ou favorece, a prática de qualquer religião em particular.
A Maçonaria Regular nem sequer pretende que os seus membros pratiquem qualquer religião. Basta-lhe que os seus membros sejam crentes num Criador, qualquer que seja a forma como se corporiza tal crença (ver artigo "O processo iniciático maçónico, de 3 de Outubro).
A Maçonaria não pretende substituir-se à religião.
A Maçonaria Regular convive com todas as religiões e todas as respectivas estruturas de enquadramento e a todas aceita e respeita.
A Maçonaria Regular promove o convívio, a aceitação e o respeito mútuo de crentes de todas as religiões, incluindo os simplesmente crentes no Criador, ainda que não se revejam em nenhuma religião estabelecida.
As Lojas da Maçonaria Regular reunem sempre na presença do Livro Sagrado ou dos Livros Sagrados das religiões professadas pelos seus membros (por exemplo: presentemente são membros da Loja Mestre Affonso Domingues, para além de crentes não ligados a religião em particular, crentes da religião católica, crentes de igrejas cristãs nascidas da Reforma e crentes da religião judaica; consequentemente, a Loja reune na presença da Bíblia, Livro Sagrado para os católicos e demais cristãos, e da Torah, Livro Sagrado do Judaísmo).
A Maçonaria viabiliza um processo de aperfeiçoamento e evolução espiritual dos seus membros, tendo como base de partida a crença de cada um.
Sendo assim, porque é a Maçonaria por vezes diabolizada, atacada, por Igrejas religiosas?
Porque a religião organizada exclui onde a Maçonaria inclui. Isto é: para algumas religiões, a salvação é exclusiva para os seus crentes; para as respectivas igrejas, tal salvação só pode ocorrer em relação aos que se acolhem no seu seio; os demais são "infiéis", insusceptíveis de salvação. Não admira, assim, que essas estruturas não vejam com bons olhos uma organização que entende que TODOS os crentes são dignos, são iguais e são igualmente aptos a crescerem espiritualmente.
Para a Maçonaria, nenhuma religião ou Igreja é um problema. Pelo contrário, a crença religiosa, organizada ou não, é a base do trabalho que o maçon deve realizar para se aperfeiçoar.
A Religião baseia-se na Fé. A Maçonaria aceita qualquer Fé e trabalha-a com a Razão.
A Maçonaria Regular considera-se assim complementar e não conflitual com a religião.
Rui Bandeira

07 outubro 2006

Templo maçónico em marfim e osso


Esta imagem, como outras que o mostram de outro ângulo ou focam diversos detalhes, é a da reprodução, em marfim e osso, da representação de um templo maçónico.

Descobri-a no sítio http://www.lecurieux.com, onde está à venda.

A peça representada é definida como uma "excepcional interpretação de um templo maçónico em marfim e osso muito finamente esculpida, à maneira dos templos de amor muito em voga na viragem do século XVIII para o século XIX" e referida como estando em muito bom estado, com uma ligeira falha numa das frisas da base.

A altura total da peça são 30 cm e a sua base mede 16,7 cm por 12,5 cm.

Aponta-se a sua confecção como originária de Inglaterra, cerca de 1810.

No sítio não é mencionado o preço de venda.

O vendedor é o antiquário parisiense Serge Davoudian. No sítio mencionado estão referenciados o seu endereço e contactos telefónicos e de correio electrónico.

Rui Bandeira

04 outubro 2006

Sítio de fotografias de temática maçónica


Jean-Luc Adde é um fotógrafo parisiense que, como muitos outros profissionais da fotografia, tem o seu sítio pessoal na Net, onde exibe alguns dos seus trabalhos. Até aqui, nada de especial. Quem tiver a curiosidade de visitar o seu sítio, aqui, terá a possibilidade de visualizar vários trabalhos do fotógrafo de indesmentível - e esperada! - qualidade. Poderá mesmo baixar para o seu disco rígido as imagens que pretender. Mas atenção ao aviso expresso de que as imagens estão sujeitas ao regime legal de protecção dos direitos de autor. Podem vê-las, podem guardá-las para as ver quando quiserem. Não podem utilizá-las sem autorização do seu autor. Daí que tenha escolhido para ilustrar este texto, não uma das fotografias de Jean-Luc Adde, mas uma imagem de promoção de uma sua exposição em Bruxelas, que razoavelmente entendo ser de presumir de utilização autorizada em menções de divulgação do sítio e do trabalho deste fotógrafo.

A menção deste sítio neste blogue não se fundamenta, porém, no exclusivo interesse de divulgação do mesmo (pese embora a sua evidente qualidade). Em bom rigor, se aqui fosse dar conta de todos os interessantes sítios na Net de todos os fotógrafos, à razão de um por dia, levaria vários anos a fazê-lo - e possivelmente este seria um forte candidato ao blogue mais monótono do mundo...

A referência a este sítio justifica-se por outra razão: é que Jean-Luc Adde, para além do seu interessante sítio profissional tem ainda um outro sítio, bem mais discreto, no qual disponibiliza um conjunto de notáveis fotografias de temática maçónica. Esta é a imagem de abertura desse sítio:


Ao contrário do seu sítio profissional, as fotos aqui disponibilizadas, quando se clica para as copiar para o nosso disco rígido, não apresentam a advertência de que estão protegidas por copyright. Presumo, aaim, que Jean-Luc Adde permite a livre utilização das mesmas, designadamente para ilustrar pranchas maçónicas. A qualidade das imagens rivaliza com a das do seu sítio profissional. A sua temática é, para os maçons, mais interessante.

Este é um bom exemplo de como um profissional sabe separar a sua actividade profissional da sua vida maçónica, distinguindo bem os diferentes planos de uma e de outra.

Uma última chamada de atenção para as ligações que o sítio proporciona a diferentes sítios de temática maçónica. Entre as mais de 100 imagens e estas ligações, este sítio ganhou o direito à entrada na minha lista de favoritos - e talvez também de quem ler este texto...

Rui Bandeira

03 outubro 2006

O processo iniciático maçónico

Os maçons não discutem Religião em Loja. No entanto, na Maçonaria Regular, apenas são admitidos maçons homens livres e de bons costumes, sendo um desses, obrigatoriamente, a crença num Criador.

Para a Maçonaria e para os maçons, é absolutamente indiferente que nome cada um dá à Divindade em que crê: Deus, Jeovah, Alá (aliás, consabidamente, três nomes para a mesma Entidade), Brahma ou Tao. O que importa é a real existência da crença, porquanto só a partir dela e com ela se pode percorrer o caminho esotérico que leva ao aperfeiçoamento espiritual individual, segundo o método maçónico de confrontação, percepção e estudo dos símbolos e utilização da sua compreensão como bases ou patamares sucessivos para a comprensão de realidades e conceitos sucessivamente mais complexos, na busca da Luz, ou seja, a compreensão do Divino e, assim, do significado da Vida e da Morte física, do nosso papel no Mundo e na Criação, da nossa relação com o Criador.

O processo iniciático maçónico aglutina, assim, a Crença e a Razão, o Conhecimento Empírico e a Experimentação, a Observação e a Especulação, e é um processo sempre individualmente realizado, pelos caminhos e pela forma de cada um, segundo as suas capacidades, necessidades e disponibilidade, mas também sempre com o auxílio, a força, a cumplicidade, a disponibilidade do grupo em que se insere, a Loja.

Trata-se, assim, de um processo simultaneamente baseado na Crença e na Razão, no individual e no colectivo, que conduz ao aperfeiçoamento espiritual e, por via dele, ao aperfeiçoamento moral e social.

Pela sua natureza e pela complexidade dos conceitos a intuir, muitas vezes mais do que compreender, é um processo demorado e, sobretudo, em que não é realmente possível queimar etapas. Cada passo é essencial para pisar terreno que permita o passo seguinte. Pretender saltar ou efectuar acrobacias, ainda que vistosas, só tem como resultado a queda no abismo do Erro, conducente ao vale da Ignorância.

Em Maçonaria nada se diz, nada se ensina, tudo se sugere, tudo se simboliza, assim tudo se aprende, cada um segundo a sua real necessidade e através das suas capacidades. E assim cada um segue o seu caminho, este intuindo isto, aquele algo de diverso, como peregrinos que vão fazendo cada um o seu caminho, embora todos desejando chegar ao mesmo santuário. O grupo, a Loja, fornece a cada um a escolha dos meios de transporte, aponta a direcção, ajuda a organizar a jornada, mas é exclusivamente a cada um que cabe escolher o seu caminho - se é que porventura não será o Caminho que se abre a cada um...

Cada um estará no seu estágio de aperfeiçoamento e seguirá no seu ritmo. Simbolicamente (cá está, em Maçonaria o símbolo é - quase - tudo!), cada um se situa em graus de evolução diferentes, uns ainda Aprendizes, outros Companheiros, outros já Mestres. Os Aprendizes ainda dependem, quase totalmente, do apoio e suporte da Loja, pois ainda estão a procurar reconhecer o mapa, a procurar descobrir a direcção, a aprender a ler os sinais indicadores e a reconhecer os enganos. Os Companheiros já sabem para onde querem ir, que direcção seguir, mas dependem do auxílio dos mais experientes para decidir quais os percursos que mais lhes convêm e como os percorrer. Os Mestres, esses, já conseguem saber, por si, como e quando e por onde devem prosseguir sua caminhada, já conseguirão corrigir erro na determinação da via e têm capacidade para retomar sua orientação. Mas sempre verão com satisfação o auxílio de seus Irmãos na busca que realizam, ao mesmo tempo que cumprem seu dever de auxiliar e orientar todos os seus Irmãos, qualquer que seja o seu Grau ou Qualidade.

Não nos enganemos, porém: o grau "administrativo" que cada Loja atribui a cada um de seus Obreiros é apenas simbólico, ilustrativo. Por se ser Mestre de uma Loja, não se quer dizer que se seja realmente Mestre no Caminho Iniciático Maçónico. E alguns Aprendizes ou Companheiros de Loja sinto que percorrem bem mais seguramente seu caminho do que alguns Mestres como tal definidos na Loja...

Grande erro seria confundir o Grau que ao maçon é "administrativamente" atribuído em Loja (afinal dependendo do decurso do tempo, temperado com alguma assiduidade e a execução de alguns trabalhos não demasiadamente exigentes...) com o grau de evolução que realmente esse maçon apresenta: afinal seria cometer o erro mais básico que o mais jovem Aprendiz pode cometer (e que, naturalmente, é normal e expectável que cometa), o de confundir o Símbolo com a Realidade que esse símbolo simultaneamente oculta e revela!

Resumindo: ser maçon não é só reunir em Loja, usar avental e luvas brancas, ter preocupações sociais e tratar os demais como e por Irmãos; é, claro, também tudo isso, mas é muito mais do que isso, é percorrer o tal caminho, buscar, pelo seu modo e a seu jeito, a sua Luz, assim, a pouco e pouco, se reconciliando com a Vida e, sobretudo, com a inevitabilidade da Morte física. Não será exactamente, como escreveu Camões, se ir "das leis da Morte libertando", mas talvez esse percurso permita, em paz connosco e com tudo o que nos rodeia, libertarmo-nos do medo da dita.

A cada um que foi iniciado maçon foi reconhecido por uma Loja maçónica a capacidade, a virtualidade, a potencialidade, para seguir esta via iniciática, através do método maçónico.

Se o fará ou não, é com cada um. Se o quiser fazer, quando o fará, ainda é com cada qual. Uma Loja maçónica é, antes do mais, um espaço de liberdade ("um Maçon livre, numa Loja livre" é um inalienável princípio básico na Maçonaria) e apenas disponibiliza o seu auxílio, nada impõe, a ninguém critica.

Mas, pelo menos, vai sempre lembrando, para que cada um possa ouvir quando quiser ouvir, entender quando puder entender, aceitar quando lhe apetecer aceitar, que (sempre!) o Caminho faz-se caminhando.

Rui Bandeira