O Bicho Papão da IA - Inteligência Artificial
“Not doing bad is not the same as doing good.”
A IA devolve-nos apenas a qualidade daquilo que lhe damos, se dermos pouco, devolve pouco, se dermos profundidade, devolve profundidade.
Para tentar demonstrar isto de modo claro escolhi um símbolo a nós familiar: a Coluna B. Não para explicar o tema, mas para mostrar como a IA só funciona bem quando a nossa prompt é clara, intencional e contextualizada.
Ex:1. Quando não damos contexto (resultado irrelevante)
Prompt:
“Escreve sobre a Coluna B.”
Output:
"A Coluna B é a segunda coluna de uma tabela ou folha de cálculo, usada para organizar dados e complementar a coluna A."
Ex:2. Quando damos pouco contexto (resultado vago)
“Escreve um parágrafo sobre o significado simbólico da Coluna B em tradições históricas.”
"A Coluna B surge em algumas tradições como símbolo de sustentação e força, marcando entradas ou momentos cerimoniais."
- Já tem mais um pouco de "sumo", mas continua longe da dimensão que pretendemos.
Ex:3. Quando dizemos que é maçónico (resultado aceitável)
Prompt:
“Explica o significado da Coluna B na Maçonaria, focando-te na sua dimensão de força moral e sustentação do Aprendiz.”
Output:
"Na Maçonaria, a Coluna B representa a força moral que sustenta o Aprendiz no início da sua jornada. Marca a passagem do profano para o trabalho interior, lembrando a necessidade de disciplina e carácter."
Ex4. Quando damos contexto completo (resultado verdadeiramente útil)
Prompt:
“Escreve um parágrafo profundo, historicamente fundamentado e simbolicamente rigoroso sobre a Coluna B, ou Boaz, no Rito Escocês Antigo e Aceite praticado em Portugal. Explica a sua origem bíblica no Livro de Rute, a linhagem de Boaz, a ligação ao Templo de Salomão, o significado de ‘em vigor’, as razões pelas quais os Aprendizes se sentam na Coluna do Norte e a relação com fenómenos solsticiais. Evita exageros esotéricos e privilegia uma leitura ética, histórica e humana.”
Output:
"Na Maçonaria no Rito Escocês Antigo e Aceite, a Coluna B, ou Boaz, tem raízes profundas no Livro de Rute, onde Boaz se destaca como homem justo, generoso e fiel, cuja união com Rute originou a linhagem de Jessé, David e, por fim, Salomão. É por isso que, ao erguer o Templo, Salomão nomeia a coluna esquerda como Boaz, “em vigor”, homenageando a rectidão e coragem do seu bisavô. Os Aprendizes sentam-se na Coluna do Norte porque, nos tempos operativos, ali se alinhavam para receber instrução e salário, carregando as pedras imperfeitas que iniciavam o labor. A posição a Norte relaciona-se ainda com fenómenos solsticiais, simbolizando menor luz e maior necessidade de trabalho interior. Assim, Boaz torna-se símbolo de força moral, humildade e perseverança, fundamentos que sustentam o caminho iniciático desde a Antiguidade."
Resumindo. a IA é uma grande tool, e goste-se ou não se goste veio para ficar. Ela já cá está há muito tempo, os primeiros standards da IA são de 1955 (se não me engano), o que acontece é que ela agora tem a capacidade de ser bastante mais rápida e acessivel para o comum dos mortais.
Usem-na, explorem-na e principalmente, conduzam-na. O futuro é "Human-Led, AI Powered"
Não se esqueçam, que como o malho que desbasta a pedra bruta não trabalha sem mão que o segura e que o cinzel não corrige sem intenção, A IA não produz se nós não a orientarmos.
Quando usada com critério, rigor e propósito, pode elevar, mas nunca substituir, o trabalho do maçom.
Não se esqueçam que na IA, como em maçonaria, é a intenção que faz toda a diferença.
João B. M∴M∴


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