Refletindo sobre a frase "Não sabemos o que se passa e precisamente é isso o que se passa" de Ortega Y Gasset...
(imagem proveniente de Google Images)
Nesta
simples frase proferida pelo filósofo espanhol José Ortega Y Gasset (09/05/1883-18/10/1955) e que se
encontra na sua obra “ A Revolta das Massas” escrita em 1930, encontro um
paralelismo com a postura que o mundo profano tem em relação à Maçonaria.
O
atrás designado mundo profano, a sociedade em geral, pouco conhece ou entende dos segredos e mistérios maçónicos, podendo apenas especular sobre o que farão os
maçons nas suas reuniões e sessões de loja bem como qual a sua ação na sociedade
civil. E, uma vez que os profanos pouco ou nada conhecem, muitos porque nem
sequer se dão ao trabalho de tentar conhecer, especulam e especulam mal!
Várias
vezes foi dito neste blogue, que tanto na internet como nas livrarias e
bibliotecas espalhadas por esse mundo fora, existe um rol de informações
fidedignas efetuadas tanto por maçons como por autores não maçónicos credíveis,
tanto pela sua cultura como pela sua idoneidade,
que atestam a conduta da Maçonaria e o que ela representa nos vários países
onde está inserida.
Este
espaço tal como outros, é acessado por milhares de pessoas, sejam elas iniciadas ou não, que buscam
conhecimento ou mera informação, outras quiçá algo mais… Algumas inclusivé, por
mais que se lhes tente explicar o que é de facto a Maçonaria, para elas a sua
intenção é meramente desestabilizar e nada aprender com o que lhes é transmitido,
demonstrando apenas os seus preconceitos contra a Ordem Maçónica no geral,
repudiando qualquer explicação que lhes seja oferecida. Há de tudo como na
vida, “para todos os gostos e tamanhos”…
Todavia,
tal como se pode depreender do que Ortega Y Gasset afirma, o facto de não se ter conhecimento de algo,
não significa necessáriamente que tal não exista. E se é usual os maçons dizerem que a Maçonaria não é uma instituição
secreta, é porque efetivamente todo o mundo a conhece e dela fala! Aquilo
que é secreto nunca é abordado em lado algum. Quanto muito, esta Augusta
Ordem terá uma postura discreta no
que faz ou deixa fazer…
Mas
por muito confuso que aparente a afirmação que fiz anteriormente, não cabe à
Maçonaria fazer algo, caberá sim aos maçons o fazer!
Seja
através de uma visão mais ortodoxa , seja por uma vivência mais liberal, o
maçom tem o dever de intervir na sociedade, seja como alguém que vislumbrou a luz ou seja como uma individualidade
apenas. Uns (maçons) preferem fornecer as “ferramentas
sociais e filosóficas” para uma evolução e aprimoramento da Sociedade,
outros preferem serem eles mesmos, os “agentes
de transformação” em prol do progresso da generalidade dos povos.
Não
me compete a mim e nem me proponho a tal, decidir quem está mais certo ou menos
correto na sua postura maçónica de intervenção social, acredito que há espaço
para todos e isso para mim é de menor importância, porque acredito que um maçom
nunca deverá baixar os braços, pois se
ele é uma centelha de luz, tem a
obrigação de iluminar os demais…
E
é fundamentalmente por este tipo de atitude que se encontra no ADN de um maçom
que a Maçonaria não é aceite nem tolerada nos locais onde reine a anarquia ou a
ditadura, seja esta ao nível governamental (países ditatoriais ou
absolutistas), seja ao nível laboral (locais onde o “quero, posso e mando” são
a lei patronal) ou até mesmo em lugares onde a religião assim o assuma e
determine. Logo, a consequência mais direta de tais factos é a Maçonaria ser
anatemizada socialmente e os seus membros, alvos de constante estigmatização apenas por
serem maçons.
Por
isso deixo a seguinte reflexão:
Será
que quem constantemente ataca a Maçonaria, quem constantemente especula
negativamente sobre a Ordem Maçónica na sua generalidade, saberá o que se
passará no interior das lojas maçónicas?
Parece-me
que não! E tal como Ortega Y Gasset bem dizia e que eu transponho para a Maçonaria, é isso o que precisamente se
passa!
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