Dia Internacional da Tolerância
16 de Novembro foi proclamado pela UNESCO o Dia Internacional da Tolerância.
Já o ano passado aqui o assinalei, procedendo até à publicação da Declaração de Princípios sobre a Tolerância aprovada no âmbito daquele organismo da ONU.
Esta efeméride e a referência a que ela procedi foi, aliás, ponto de partida para um interessante debate entre mim e o José Ruah, que se prolongou até Janeiro deste ano. Não pretendo reiniciá-lo, nem acho que se justifique. O assunto foi por nós debatido ainda recentemente, de forma esclarecedora e que nos orgulha: pudemos mostrar, para todos verem, como os maçons podem debater opiniões diferentes de forma franca e leal, com o propósito de se esclarecerem mutuamente e de procurarem os pontos de convergência, admitindo como naturais e saudáveis as divergências que porventura existam.
Para quem não leu na altura, ou já não se recorda, aconselho que use um pouco do seu tempo do fim de semana e leia o debate (dá para perceber que a estrutura de apresentação dos textos vai do mais recente para o mais antigo, pelo que, quem quiser reconstituir o debate por ordem cronológica, deve ler os textos "de baixo para cima").
Por mim, acho que hoje assinalo o Dia Internacional da Tolerância com um brevíssimo resumo do que eu retirei desse debate.
A Tolerância pode ser por alguns entendida como a faculdade de aceitar as crenças dos outros, apesar de considerarmos ser a nossa a "certa", daí se seguindo, como bem fez notar o José Ruah que o "tolerante" se coloca numa posição de superioridade perante o "tolerado".
Isso não pode ser entendido como Tolerância. É mero complexo de superioridade, o que, na língua inglesa, se designa de "patronising".
Pelo contrário, a verdadeira Tolerância implica o reconhecimento de que o Outro está ao mesmo nível que Eu, só que é diferente. Será melhor, será pior, ou nem será melhor nem pior. Mas simplesmente diferente. E tem o direito de o ser. Como contrapartida do meu direito à minha diferença...
E, mesmo quando o que é diferente no Outro é para mim um defeito, ainda assim lho tolero, porque eu próprio não sou isento de defeitos. Na substancialidade, não existem diferenças entre nós. Porventura essa diferença existirá nos nossos erros, nos nossos defeitos. cabe-me a mim tolerar os do Outro, para que possa pretender que o Outro tolere os meus.
Esta é a Tolerância que se assinala hoje. Esta é a Tolerância que é intrínseca aos maçons.
Rui Bandeira
Já o ano passado aqui o assinalei, procedendo até à publicação da Declaração de Princípios sobre a Tolerância aprovada no âmbito daquele organismo da ONU.
Esta efeméride e a referência a que ela procedi foi, aliás, ponto de partida para um interessante debate entre mim e o José Ruah, que se prolongou até Janeiro deste ano. Não pretendo reiniciá-lo, nem acho que se justifique. O assunto foi por nós debatido ainda recentemente, de forma esclarecedora e que nos orgulha: pudemos mostrar, para todos verem, como os maçons podem debater opiniões diferentes de forma franca e leal, com o propósito de se esclarecerem mutuamente e de procurarem os pontos de convergência, admitindo como naturais e saudáveis as divergências que porventura existam.
Para quem não leu na altura, ou já não se recorda, aconselho que use um pouco do seu tempo do fim de semana e leia o debate (dá para perceber que a estrutura de apresentação dos textos vai do mais recente para o mais antigo, pelo que, quem quiser reconstituir o debate por ordem cronológica, deve ler os textos "de baixo para cima").
Por mim, acho que hoje assinalo o Dia Internacional da Tolerância com um brevíssimo resumo do que eu retirei desse debate.
A Tolerância pode ser por alguns entendida como a faculdade de aceitar as crenças dos outros, apesar de considerarmos ser a nossa a "certa", daí se seguindo, como bem fez notar o José Ruah que o "tolerante" se coloca numa posição de superioridade perante o "tolerado".
Isso não pode ser entendido como Tolerância. É mero complexo de superioridade, o que, na língua inglesa, se designa de "patronising".
Pelo contrário, a verdadeira Tolerância implica o reconhecimento de que o Outro está ao mesmo nível que Eu, só que é diferente. Será melhor, será pior, ou nem será melhor nem pior. Mas simplesmente diferente. E tem o direito de o ser. Como contrapartida do meu direito à minha diferença...
E, mesmo quando o que é diferente no Outro é para mim um defeito, ainda assim lho tolero, porque eu próprio não sou isento de defeitos. Na substancialidade, não existem diferenças entre nós. Porventura essa diferença existirá nos nossos erros, nos nossos defeitos. cabe-me a mim tolerar os do Outro, para que possa pretender que o Outro tolere os meus.
Esta é a Tolerância que se assinala hoje. Esta é a Tolerância que é intrínseca aos maçons.
Rui Bandeira
1 comentário:
Tolerancia indica a mim que a pessoa tem intengimentos psicologas. Todos tenham razoes para crear e pensar. A maioria se pensa coreto e e raro alquim admitir quando esta errado. Nao sabia sobre a data e os Nacoes Unidos. E bom quando nacoes pode ser juntos como individuos.
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