25 março 2007

O Dia Seguinte

Continuando o “post” anterior, do Rui, é altura para anunciar que hoje é o “dia seguinte” e assim sendo já podemos afirmar que tudo foi verdadeiramente JUSTO e PERFEITO (bem, exceptuando a treta do ar condicionado que acabou sendo condicionado demais).

O nosso querido Mário Martin Guia está instalado em sua Cadeira de Salomão, regularmente eleito e investido, com o testemunho de mais de 400 Irmãos Maçons e de muitas das obediências maçónicas regulares estrangeiras.

Com a pompa e circunstância bem merecidas estiveram presentes representações da G.L. Unida de Inglaterra (representada pelo respectivo Vice Grão-Mestre e como se sabe o Grão-Mestre é o Duque de Kent e a sua deslocação ao estrangeiro implica relações ao nível de Estado que complicam sistematicamente a sua presença nestes eventos), e das Grandes Lojas de Espanha, da Roménia, da Eslovénia, de Washington D.C., da Macedónia, Nacional Francesa, da Costa do Marfim, Grandes Orientes do Brasil e de Itália e do Supremo Conselho dos Estados Unidos.
A juntar a todos estas representações tivemos a presença, que nos toca especialmente, da Respeitável Loja Fraternidade Atlântica da G. L. Nacional Francesa, que tem connosco (Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues) uma convivência de geminação, única na nossa obediência.

A sessão teve a presença de mais de 400 Irmãos Maçons e pensamos ter sido a mais assistida jamais realizada no âmbito da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP (talvez por isso se sentiu tanto a fraqueza do ar condicionado…) e o jantar de gala cerca de 290 participantes.
Se estivéssemos no futebol teriam sido casas cheias !
Foi uma festa bonita, de alegria, de esperança, que a presença dos Grão-Mestres anteriores (Nandin de Carvalho, José Anes e o agora substituído Alberto Trovão do Rosário) e do candidato não ganhador (Fernando Ferrero) tornou num hino à verdadeira fraternidade maçónica.
JPSetúbal

23 março 2007

Investidura do Grão-Mestre da GLLP/GLRP

Vai ter lugar amanhã, dia 24 de Março de 2007, a partir das 17 horas, num hotel de Lisboa, a sessão da Primavera da Grande Loja /Legal de Portugal / Grande Loja Regular de Portugal.

O elemento central da ordem de trabalhos da sessão é a Investidura nas funções de Grão-Mestre do Muito Respeitável Irmão Mário Martin Guia, que foi eleito para o exercício desta missão no passado dia 16 de Dezembro, na sessão de Inverno da Grande Loja realizada em Tomar, em que se procedeu ao apuramento do resultado das votações ocorridas em todas as Lojas da Obediência.

Desde a data em que foi proclamada a sua eleição até à investidura que irá agora ocorrer, o Grão-Mestre eleito tomou mais profundamente conhecimento dos assuntos em andamento na Obediência, beneficiando da colaboração do Grão-Mestre em exercício, e seleccionou e escolheu os colaboradores que o irão auxiliar na condução dos destinos da Grande Loja durante o seu mandato, integrando o Quadro de Grandes Oficiais da GLLP/GLRP. O trimestre de transição entre a eleição e a investidura permitiu, assim, uma suave transição entre as duas equipas de direcção da Obediência, a que cessa as funções que frutuosamente exerceu e a que agora vai assumir a responsabilidade da gestão da GLLP/GLRP.

Na sessão de instalação estarão representadas todas as Lojas da GLLP/GLRP, os Corpos Rituais dos Altos Graus regularmente praticados em Portugal e as Grandes Lojas e Grandes Orientes internacionalmente reconhecidos como Regulares, convidados para a ocasião, e estarão presentes todos os maçons , de todos os graus e de todas as Lojas da GLLP/GLRP, que desejem fazê-lo.

Será manifestado o respeito pela Nação e seus símbolos, quer pela presença, no lugar proeminente que lhe compete, da Bandeira Nacional, quer pela, como sempre, sentida e respeitosa entoação do Hino Nacional. Seguidamente, efectuar-se-á a silenciosa homenagem à memória dos Irmãos que passaram ao Oriente Eterno.

Após a realização das operações de leitura e votação de aprovação da acta da sessão anterior, será apresentado o relatório do Grande Secretário e proceder-se-á à imposição de distinções honoríficas conferidas pela Obediência.

O final do exercício de funções do Grão-Mestre cessante, M:. R:. I:. Alberto Trovão do Rosário, será, muito simbolicamente, assinalado com a apresentação por este da sua última prancha de Grão-Mestre.

Efectuar-se-á então a cerimónia de investidura do M:. R:. Grão-Mestre Mário Martin Guia, após o que este procederá à nomeação e ajuramentação do corpo de Grandes Oficiais, que o acompanhará no exercício do seu mandato.

Está prevista seguidamente a habitual concessão da palavra a Bem da Ordem, que será certamente utilizada pelos representantes das várias Lojas para saudarem o novo Grão-Mestre e manifestarem a disponibilidade das mesmas para a cooperação e colaboração nas tarefas que se perfilam no horizonte, bem como a concessão da palavra aos Muito Ilustres Visitantes.

Proferirá depois o Grão-Mestre recém-investido a sua primeira alocução nessa qualidade.

Após a apresentação da prancha do Grande Orador, circulará o Saco da Beneficência, na habitual recolha de fundos para as obras de beneficência auxiliadas pela Grande Loja, e executar-se-ão as operações de encerramento dos trabalhos.

Pelas 20 horas, no mesmo hotel, terá lugar um jantar de convívio, em honra das senhoras.

É um simples acto da mais elementar justiça, que neste blogue gostosamente se pratica, reconhecer o frutífero desempenho do Grão-Mestre cessante, M:. R:. I:. Alberto Trovão do Rosário, e da equipa de Grandes Oficiais que o auxiliou, e manifestar a todos eles a gratidão pelos esforços que desenvolveram a bem da nossa Ordem.

É um simples acto de natural confiança declarar que todos depositam as maiores e mais optimistas expectativas no bom desempenho de funções pelo novo Grão-Mestre, M:. R:. I:. Mário Martin Guia, e da equipa que o acompanhará.

É um simples acto de natural satisfação consignar a naturalidade com que ocorre a transição entre dois ciclos.

Rui Bandeira

22 março 2007

Polémica ?... coisa nenhuma. Viva a Primavera

Meu Caro José, sê bem aparecido !
O "A-Partir-Pedra" sentia a Tua falta. Sei que andas muito atarefado, mas vai mandando uns palpites dos teus, para alegria e ensinamento de todos nós.

Meu Caro Rui, pois cá para mim os indianos tomaram a atitude inteligente.
Chegaram à mesma conclusão que eu, há duas componentes, Conteúdo e Título, que não batiam uma com a outra.
Não podendo alterar a primeira resolveram adaptar a segunda ! É inteligente, pois claro.
"Maçons em Julgamento" é bem achado, tanto mais que a Maçonaria sai "absolvida" daquele "tribunal".
Já pensaste o que responderias quando alguém se chegasse ao pé de Ti, logo pela manhã :

- Então, quantos é que a maçonaria já matou hoje ?

Não tem piada nenhuma !

Bom, mas há coisas igualmente importantes, e uma Amiga minha não perdoa estas coisas e não me deixa esquecer datas importantes.
Hoje mandou-me uma mensagem que só posso mesmo "blogar" para todos. Aqui vai.


alô alô a teresa primavera chegou
de mãos dadas com o vento e corada de tanto correr.
parece-me que trás cerejas no seu chapéu de palha
e um recado para quem gosta de cheirinhos e de plantar...:


época de sementeira

abóbora abril/junho
alface janeiro/junho
beterraba março/maio
cebola fevereiro/maio
couve março/setembro
hortelã março/junho
rabanetes abril/junho
tomate fevereiro/maio


aqui deixo um sorriso para o tempo novo que aí vem
e espreitem este filme...............

http://www.dailymotion.com/video/xp7vr_verdi-traviata-choeur-bohemiens

um beijo-hortelã.marina

JPSetúbal

Polemica

Até que enfim uma polémica em que eu nao entro !!!!.

Tenho andado arredado da escrita, mas nao ando longe do blog.

Nao vi o documentario, tentarei ve-lo no domingo ( se me lembrar).

No entanto de tudo o que li há uma coisa que nao posso concordar. Se bem que a versão oficial é que o Papa João Paulo I morreu de causas naturais, nada foi provado até agora que essas causas naturais nao tenham sido induzidas.

Tudo o que li até hoje aponta para aí.

Mas isso sao outros 500 !!

JoséSR

National Geographic - 4


Tinha decidido dar o tema por encerrado com o último texto do JPSetúbal. Juro!

A única dúvida sobre o assunto que me restava, e que teria oportunidade de pessoalmente esclarecer com o JPSetúbal, era a aferição de em que medida é que o título do documentário ("Dentro da Maçonaria" não contribuiu para o desencanto de quem o viu. Isto é, se ao documentário tivesse sido dado outro título, mais consistente com o seu conteúdo, se a reacção de desagrado seria a mesma e no mesmo grau.

Mas quis a deusa da Fortuna (que, aliás, não existe...) que, na minha busca de informação que pudesse ser interessante colocar neste blogue, deparasse - nem de propósito! - com notícia, que manifestamente respeita ao mesmíssimo documentário, SÓ QUE COM OUTRO TÍTULO, na edição na Rede de hoje, 22 de Março, do jornal indiano The Hindu, que traduzo:

Descobrindo o interior da Maçonaria para espectadores do pequeno écran

Madhur Tankha (autor do texto)

“Maçons em julgamento” programado para ser emitido

“MASONS EM JULGAMENTO”: O programa estreia no canal National Geographic este domingo.

NOVA DELI: “Maçons em julgamento”, que estreia no canal National Geographic no póximo domingo, examina detalhadamente os Maçons. Analisando boatos sobre Maçons, o programa de duas horas ajuda a distinguir factos e ficção acerca deste grupo enigmático com milhões dos membros em todo o Mundo.

Pela primeira vez, os templos Maçónicos em todo o Mundo abrem as suas portas e fornecem a cobertura exclusiva para “Maçons em julgamento”.

Uma característica especial do programa é que uma Loja da Maçonaria em Halifax, Canadá, permitiu mesmo a filmagem de um ritual Maçónico, que ocorre em templos Maçónicos desde o início do século XVIII.

Complementado por entrevistas com Maçons proeminentes da América do Norte e da Grã- Bretanha, tal como de não maçons e peritos da Maçonaria, o programa especial fornece um acesso sem paralelo, que lança nova luz sobre a história e as tradições da Maçonaria.

O programa providencia um olhar crítico sobre o significado oculto de alguns dos símbolos mais comuns da Maçonaria e dos possíveis códigos encontrados em lugares como uma igreja escocesa medieval e mesmo numa nota de dólar dos Estados Unidos.

Joy Bhattacharjya, vice-presidente sénior (programação) do canal National Geographic da Índia, disse que o programa leva os espectadores para dentro da Ordem para revelar a verdade atrás desta organização enigmática.

“Esta película promete fazer com que os espectadores repensem a sua opinião, levando-os para ao interior da Maçonaria, não para revelar os rituais, mas para descobrir o pensamento Maçónico. Passando através da ficção, a película responderá à pergunta -- O que significa realmente ser Maçon?”

Como se intui facilmente, o documentário é o mesmo, o título é diferente - porventura mais ajustado.

Enfim, bom ou mau, goste-se ou não, esclarecedor ou fraquinho, o certo é que este documentário é exibido em todo o Mundo. E, se nós achamos que a Maçonaria merece um documentário melhor, a solução é simples: produzi-lo e realizá-lo!

Rui Bandeira

21 março 2007

NATIONAL GEOGRAPHIC - 3

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National Geographic - 2

Li com atenção o texto de JPSerúbal a propósito do documentário "Dentro da Maçonaria" que o canal National Geographic transmitiu no passado Domingo e retransmitiu na madrugada de segunda-feira. Li também interessadamente os comentários que tal texto suscitou, genericamente concordando com a postura de crítica e de lamento de que tal documentário não tenha sido mais esclarecedor e, sobretudo, menos sensacionalista.

Manifesto-me contra a corrente, pois a minha opinião diverge das que foram expostas. E, como é apanágio dos maçons, exprimo serenamente a minha opinião divergente, sem prejuízo do integral respeito pelas que já foram apresentadas.

Penso que as críticas expostas por JPSetúbal e que mereceram a concordância de o marreta, escriba e o profano (a patbr não viu ainda o documentário) sofrem de um duplo erro de perspectiva: resultam da análise de (1) quem é maçon ou, não o sendo, se interessa pela Maçonaria e dela conhece os elementos essenciais) e (2) de quem viu o documentário na perspectiva europeia.

Se procurarmos - tanto quanto tal seja possível - despirmo-nos destas perspectivas e, pelo contrário, atendermos a que o documentário foi produzido por quem está de fora da Maçonaria, destinado a ser visto essencialmente por quem está de fora dela (daí, aliás, o título "Dentro da Maçonaria", que só é apelativo para quem está "de fora" e tem curiosidade em saber como é "cá dentro"), foi pensado e realizado por quem vive , é oriundo e tem a cultura da América do Norte (e aqui incluo os Estados Unidos e o Canadá - o México é de outra galáxia...) e destinado a ser visto por quem vive e tem os traços culturais americanos e canadianos, facilmente concluiremos que, dentro da perspectiva de quem o fez e para quem foi feito, o documentário procura e consegue desmistificar algumas das teorias da conspiração envolvendo a Maçonaria e procura e consegue repôr alguma verdade sobre o que é e quais são os objectivos desta.

Atentemos no seguinte: o americano médio, de uma pequena povoação do Ohio ou do Wisconsin, ou o canadiano isolado nos confins do Yukon, qualquer deles bombardeado desde há dezenas de anos por uma imprensa que faz os tablóides britânicos parecerem meninos de coro e por dezenas de canais televisivos que fazem da TVI e da TV Record expoentes máximos da suma qualidade televisiva, provavelmente as únicas coisas que ouviram falar da Maçonaria é que é um grupo esquisito de gente que faz coisas secretas, de forma secreta, em locais secretos - e se tudo isto é secreto é porque não deve ser boa coisa, porque se fosse faziam-no às claras... - e que só se ouve falar dela em ligação a escândalos ou crimes: a morte esquisita do Papa dos católicos, a morte de um tipo rico pendurado, com tijolos nos bolsos, a morte de um desgraçado a tiro durante um ritual maçónico. Enfim, tudo coisas tenebrosas, que bem fazem emparceirar estes maçons com a Máfia, os adoradores do Diabo e os conspiradores do assassínio de Kennedy (e, vai-se a ver, se calhar, eles também estão metidos nisso...).

Se tivermos esta noção, percebemos então que um documentário que se limitasse a revelar um pouco dos nossos princípios, das nossas práticas, dos nossos propósitos teria como resultado que, logo no primeiro intervalo (e, na televisão americana, os intervalos são de dez em dez minutos - isso é, aliás, claramente visível na estrutura do documentário, organizado em blocos de dez minutos), o povão, farto dessas intelectualices bacocas e sem interesse nenhum, rapava do telecomando e mudava para o reality show mais próximo...

Para ser visto (e, para não ser visto, só filma o Manoel de Oliveira...), o documentário tinha de ter algum sensacionalismo. Procurou, assim, prender o público com a análise das teses que implicavam a Maçonaria nas mortes de João Paulo I, do banqueiro do Banco Ambrosiano e do candidato morto em cerimínia maçónica. É sensacionalismo? É! Seria possível ser feito de outra maneira e ser visto pelo público a que se dirigia? Não! (Agora, pareço o Ricardo Araújo Pereira a imitar o Prof. Marcelo...)

Mas, se repararmos bem, resultou dessa análise a inequívoca conclusão de que a morte de João Paulo I se deveu a causas naturais e que, se conspiração tivesse havido, o lógico é que ocorresse no interior dos altos interesses da Igreja Católica, não da Maçonaria. Resulta dessa análise evidente a conclusão de que o banqueiro pendurado em Londres foi assassinado pela Máfia, prejudicada pelas malfeitorias financeiras feitas pelo Banco Ambrosiano, que os tijolos nos bolsos mais não foram do que uma canhestra tentativa de desviar a atenção para a Maçonaria (e canhetra, porque, ao menos, o inculto do mafioso podia ter posto pedras, brutas ou cúbicas, tanto fazia, e não tijolos...) e que a P2 de maçonaria tinha o aspecto, mas nada mais era do que um antro de conjurados de extrema-direita sedentos de Poder (e nós recordamo-nos, mesmo na Europa, as confusões que houve com aquela P2 e a Maçonaria...). E resulta claro que a morte a tiro na cerimónia maçónica (os americanos gostam muito de brincar com armas de fogo...) foi acidental e que, mesmo assim, o causador do acidente, porque condenado por homicídio por negligência, foi expulso da Maçonaria.

Tudo isto foi dito e esclarecido no documentário. Só não vê quem não quiser ver - e não duvido também que os nossos "inimigos de estimação" não viram ou duvidaram de tudo o que excluia a Maçonaria desses episódios...

E, de caminho, ainda conseguiu o documentário, divulgar algo de rituais (rituais americanos, claro...), algo do nosso ideário, algo das nossas posições.

É claro que não é ópera, mas não foi um espectáculo indecente. É claro que não são pérolas, mas será que os destinatários as apreciariam?

Em resumo: se analisarmos a questão deste ponto de vista, o documentário até foi sério e bem feito, atento o público a que se destinava.

Para a patbr e mais quem não viu o documentário: o National Geographic vai retransmiti-lo domingo, 25, às 14 horas.

Rui Bandeira