A propósito de três perguntas que já não existem...
Um leitor deste blogue deixou, num comentário que posteriormente ele próprio eliminou, três perguntas, a propósito do texto O maçom e a Religião. Ausente do país na última semana, li o comentário, mas não lhe respondi por duas razões: em primeiro lugar, a minha ausência e menor disponibilidade; em segundo, o facto de ter logo decidido que as pertinentes questões mereciam ser respondidas num texto autónomo e não em simples comentário.
Regressado, verifiquei que o autor do comentário o eliminara, não sei por que razão. Terá receado serem as três perguntas demasiado incómodas? Se foi esse o motivo, o receio foi infundado: neste espaço já várias vezes ficou patente que as perguntas pertinentes, cómodas ou incómodas, têm sempre a melhor resposta que somos capazes de lhes dar. Terá duvidado da pertinência das perguntas? Asseguro que as considero pertinentes - tanto que reservei um texto para lhes responder... Terá, relido o comentário, dele discordado ao ponto de ter achado melhor eliminá-lo? Ou simplesmente decidiu não gastar cera com este ruim defunto?
Não sei qual a motivação da retirada do comentário. Mas só me cabe acatar a decisão do seu autor.
Tenho arquivado o texto do comentário eliminado (maravilhas da tecnologia... e perigos dela, também... ) e poderia responder às perguntas, já que as conheço, as acho pertinentes e suficientemente interessantes para terem resposta no espaço principal do blogue. Mas não seria correto fazê-lo. Por muito que discorde da decisão de eliminação do comentário, por muito pertinente que o tenha achado, por muito interessante que eu ache a elaboração de um texto de resposta às tais ditas questões, se o autor do comentário entendeu por bem eliminá-lo, não tenho o direito de agir como se não o tivesse feito. As razões da sua decisão são dele e, convenha-me ou não a dita decisão, concorde ou não com ela, tenho de, sobretudo, a respeitar. Não o fazer seria defraudar tudo o que postulo neste espaço.
A Maçonaria é - tem de ser, só faz sentido sendo-o - também ética. E a ética manda que se faça o que se deve fazer, convenha-nos ou não.
Fiquei, porém, com a necessidade de resolver outro dilema: por um lado, entendo não dever responder a um comentário que o seu autor entendeu por bem eliminar - apesar de o ter achado pertinente e que seria interessante para os leitores deste blogue apreciarem as perguntas feitas e as respostas que julgo asado dar-lhes; por outro, não é justo privar os leitores do blogue de uma matéria que eu julguei que seria interessante ser objeto de um texto...
Nem de propósito, após ter publicado um texto sobre O maçom e o conflito, necessito de, "ao vivo e a cores", em frente de todos vós e de quem mais isto leia, gerir e, se possível, resolver ou atenuar este conflito entre o respeito pela decisão do comentador arrependido e o que eu considero ser do interesse dos leitores do blogue de serem aqui tratados os assuntos objeto das perguntas publicamente eliminadas. Vejamos então se e como aplico eu na prática a "receita" que tive o arrojo de proclamar...
Respeito a decisão do comentador arrependido. Esse é o ponto de partida reafirmado. Mas será que existe realmente conflito entre a decisão dele de apagar o comentário e a minha pretensão de às perguntas nele formuladas responder? Para o apurar, necessito de saber qual a razão, qual o motivo, da decisão de apagar o comentário e, designadamente, se a mesma resultou de (injustificado, já o afirmei) temor de ofender ou de ter formulado perguntas impertinentes. Se assim foi - ou situação similar - fica o comentador arrependido sabedor de que considero esse temor injustificado e que, não só nada me desagradou nas questões, como gostaria de a elas responder.
Importa, portanto, antes do mais, ouvir o interessado - se ele entender por bem esclarecer-me, é óbvio. Convido assim o comentador arrependido (sei quem é, mas obviamente que não julgo pertinente aqui designá-lo...) a, em comentário a este texto ou através de mensagem privada, esclarecer se, no seu juízo - que sem reserva será absolutamente respeitado - entende dever ficar definitivamente esquecido que alguma vez elaborou o comentário que apagou, ou se concorda em que eu divulgue as três perguntas que fez e a elas procure responder.
Consoante a existência ou ausência de resposta e, existindo, o teor da dita, assim definirei o texto da próxima semana.
Portanto, e para quem se deu ao trabalho de reler o texto sobre o maçom e o conflito, minimizo ou anulo o conflito acima exposto, procurando reduzi-lo à sua real dimensão (não está em causa todo o comentário, mas apenas as três perguntas a que desejo responder) e inquiro se, com esta menor dimensão, o conflito persiste.
Se souber que não persiste, o texto da próxima semana conterá as ditas perguntas e as respostas que for capaz de lhe dar. Se persistir, procurarei harmonizar os interesses em tempos e planos diversos: por um lado, não mais me referirei ao comentário apagado; por outro, oportunamente arranjarei maneira de escrever um ou mais textos em que o tema será o correspondente às tais perguntas, mas obviamente sem que quem o(s) ler (exceto o comentador arrependido e eu) se aperceba da origem desse(s) tema(s).
Os problemas, pequenos ou grandes, existem para serem resolvidos...
Rui Bandeira
Não sei qual a motivação da retirada do comentário. Mas só me cabe acatar a decisão do seu autor.
Tenho arquivado o texto do comentário eliminado (maravilhas da tecnologia... e perigos dela, também... ) e poderia responder às perguntas, já que as conheço, as acho pertinentes e suficientemente interessantes para terem resposta no espaço principal do blogue. Mas não seria correto fazê-lo. Por muito que discorde da decisão de eliminação do comentário, por muito pertinente que o tenha achado, por muito interessante que eu ache a elaboração de um texto de resposta às tais ditas questões, se o autor do comentário entendeu por bem eliminá-lo, não tenho o direito de agir como se não o tivesse feito. As razões da sua decisão são dele e, convenha-me ou não a dita decisão, concorde ou não com ela, tenho de, sobretudo, a respeitar. Não o fazer seria defraudar tudo o que postulo neste espaço.
A Maçonaria é - tem de ser, só faz sentido sendo-o - também ética. E a ética manda que se faça o que se deve fazer, convenha-nos ou não.
Fiquei, porém, com a necessidade de resolver outro dilema: por um lado, entendo não dever responder a um comentário que o seu autor entendeu por bem eliminar - apesar de o ter achado pertinente e que seria interessante para os leitores deste blogue apreciarem as perguntas feitas e as respostas que julgo asado dar-lhes; por outro, não é justo privar os leitores do blogue de uma matéria que eu julguei que seria interessante ser objeto de um texto...
Nem de propósito, após ter publicado um texto sobre O maçom e o conflito, necessito de, "ao vivo e a cores", em frente de todos vós e de quem mais isto leia, gerir e, se possível, resolver ou atenuar este conflito entre o respeito pela decisão do comentador arrependido e o que eu considero ser do interesse dos leitores do blogue de serem aqui tratados os assuntos objeto das perguntas publicamente eliminadas. Vejamos então se e como aplico eu na prática a "receita" que tive o arrojo de proclamar...
Respeito a decisão do comentador arrependido. Esse é o ponto de partida reafirmado. Mas será que existe realmente conflito entre a decisão dele de apagar o comentário e a minha pretensão de às perguntas nele formuladas responder? Para o apurar, necessito de saber qual a razão, qual o motivo, da decisão de apagar o comentário e, designadamente, se a mesma resultou de (injustificado, já o afirmei) temor de ofender ou de ter formulado perguntas impertinentes. Se assim foi - ou situação similar - fica o comentador arrependido sabedor de que considero esse temor injustificado e que, não só nada me desagradou nas questões, como gostaria de a elas responder.
Importa, portanto, antes do mais, ouvir o interessado - se ele entender por bem esclarecer-me, é óbvio. Convido assim o comentador arrependido (sei quem é, mas obviamente que não julgo pertinente aqui designá-lo...) a, em comentário a este texto ou através de mensagem privada, esclarecer se, no seu juízo - que sem reserva será absolutamente respeitado - entende dever ficar definitivamente esquecido que alguma vez elaborou o comentário que apagou, ou se concorda em que eu divulgue as três perguntas que fez e a elas procure responder.
Consoante a existência ou ausência de resposta e, existindo, o teor da dita, assim definirei o texto da próxima semana.
Portanto, e para quem se deu ao trabalho de reler o texto sobre o maçom e o conflito, minimizo ou anulo o conflito acima exposto, procurando reduzi-lo à sua real dimensão (não está em causa todo o comentário, mas apenas as três perguntas a que desejo responder) e inquiro se, com esta menor dimensão, o conflito persiste.
Se souber que não persiste, o texto da próxima semana conterá as ditas perguntas e as respostas que for capaz de lhe dar. Se persistir, procurarei harmonizar os interesses em tempos e planos diversos: por um lado, não mais me referirei ao comentário apagado; por outro, oportunamente arranjarei maneira de escrever um ou mais textos em que o tema será o correspondente às tais perguntas, mas obviamente sem que quem o(s) ler (exceto o comentador arrependido e eu) se aperceba da origem desse(s) tema(s).
Os problemas, pequenos ou grandes, existem para serem resolvidos...
Rui Bandeira
4 comentários:
Aguardo curioso.
Abraço
Estimado e respeitável Rui Bandeira;
Antes de mais quero deixar registado o meu, profundo, pedido de desculpa pelo facto de ter eliminado o texto a que se refere, mas verdade é que essa eliminação se deveu a uma decisão minha, que tinha como principio corrigir uma imprecisão, que era a identificação da fonte do mesmo, com a informação do respectivo link de origem.
Facto é que nessa mesma tentativa de correcção edição, acabei por apagar o mesmo e depois de ter tentado por várias vezes recuperar o mesmo, sem que para isso fosse necessário emitir um novo comentário, tal não o consegui e decidi, não por desrespeito e ou que as minhas questões perdessem o seu sentido não o voltar a fazer a fim de evitar aquilo, que eu achei na altura, de parecer "tolo", ou seja:
“ este tipo publica um comentário, depois apaga e depois volta a por exactamente o mesmo comentário???”.
Foi devido a este meu pensamento que não o voltei a publicar.
Garanto que a retirada desse comentário em nada teve a haver com qualquer tipo de comodismo pessoal em evitar criar incómodos fosse a quem fosse e ou tão pouco, passo a citar “não gastar cera com este ruim defunto?”
Se tal fosse jamais participaria neste Blogue e ou mesmo se não procurasse o esclarecimento de algumas daquelas questões que, para além de minhas, penso poderem ser também a de outros muitos "profanos", apesar de aqui, em todas as minhas intervenções, apenas o fazer em meu nome.
Tenho por este espaço e pelos autores dos mais diversos textos / trabalhos / pranchas, aqui apresentadas o maior respeito e agradecimento, pois provenientes desses mesmos textos / trabalhos / pranchas, e dos mais diversos comentários / respostas, tenho vindo a conseguir obter muito daquilo que busco nesta minha caminhada terrena, à qual muitos chamam de vida, eu gosto mais do termo caminhada.
Tenho todo o prazer e aguardo com uma grande curiosidade pelas suas respostas ao texto por mim publicado e eliminado.
Assim e para evitar poder criar problemas, por falta de identificação das fontes, bem como dos caminhos para sua confirmação, tomo a liberdade de após este meu comentário, voltar ao texto “O maçom e a Religião.”, afim de voltar a publicar o meu comentário original, agora que já me expliquei, e agora sim com todos os preceitos legais de identificação das fontes afim de evitar qualquer problema e ou conflito com essas mesmas fontes.
Nunca fugi de uma crítica e ou receio a opinião dos outros naquilo que faço, alias a crítica e a opinião de quem nos rodeia, seja ela construtiva e ou destrutiva, o que não considero que tenha alguma vez sido aqui o caso, são as ferramentas e armas que nos permitem talhar e moldar o nosso caminho, bem como aperfeiçoar a escultura, da imagem, que pretendemos deixar como legado (O Rui sabe ao que me refiro, quando menciono o aperfeiçoar da escultura, é algo que advêm de deformação familiar, a pedra, o talhar da pedra e o uso de ferramentas para tal efeito).
Um abraço a todos e mais uma vez um formal pedido de desculpa pela situação causada, devido a uma incapacidade operacional e técnica (leia-se: aselhice), minha.
M.A.
Depois desta clara exposição do excelente leitor M.A., vamos paulatinamente esperar pelas respostas.
As perguntas encontram-se nos comentários do texto "O Maçom e a Relegião"?
Cumprimentos
JPA
@ Diogo e M.A.:
Está então combinado o tema do texto da próxima semana.
Abraço a ambos.
@ jpa:
Sim, as perguntas encontram-se no comentário ao texto "O Maçom e a Religião, que o M.A. já repôs, com a indicação da fonte corrigida.
De qualquer forma, serão incluídas no texto a publicar na próxima semana.
Abraço.
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