O doce aroma do café
Mais um texto, da autoria original de R. P. Arturo Vargas, que recebi por correio electrónico e que adaptei para aqui publicar, pois parece-me ser mais uma boa alegoria, demonstrativa de princípios e posturas de vida que devemos ter.
Uma filha queixou-se ao seu pai da sua vida e de como tudo estava difícil para ela. Já não sabia o que fazer. Estava cansada de lutar, sem obter resultados. Apetecia-lhe desistir. Parecia que, mal resolvia um problema, logo outro lhe aparecia, numa sucessão sem fim e sem descanso.
O pai, cozinheiro de alta cozinha em restaurante de luxo, levou-a até à cozinha do restaurante onde trabalhava. Ali, encheu três panelas com água e colocou cada uma delas sobre lume alto. Na primeira, colocou ainda cenouras. Na segunda, deitou ovos. E, na terceira, despejou café em pó. Sem dizer uma palavra, deixou que tudo fervesse.
Cerca de vinte minutos depois, apagou o lume. Retirou as cenouras da primeira panela e colocou-as num prato. Retirou os ovos da segunda panela e colocou-os num recipiente. Finalmente, com uma concha, retirou o café e colocou-o numa tigela.
Virando-se para a filha, perguntou-lhe o que via.
- Cenouras, ovos e café - respondeu ela.
O pai pediu-lhe para se aproximar e experimentar as cenouras. Ela assim fez e reparou que as cenouras, cozidas, estavam macias. O pai disse-lhe então para pegar num ovo e descascá-lo. Ela assim fez e verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, o pai disse-lhe que bebesse um pouco de café. Ela assim fez, sorrindo ao notar o seu aroma delicioso.
Mas a filha estava confusa e perguntou ao pai onde queria ele chegar.
Então o pai explicou-lhe que os três diferentes géneros tinham sido submetidos à mesma adversidade: água a ferver. Mas tinham reagido de maneira diferente.
A cenoura entrara na água, forte, firme e dura. Mas depois de submetida aos efeitos da água fervente, amolecera e tornara-se frágil.
Já os ovos eram frágeis quando entraram na água, com o seu interior líquido apenas protegido por uma fina casca. Mas, depois de terem sido fervidos na água, o seu interior endurecera.
Porém, o pó de café era incomparável: uma vez colocado na água a ferver... mudara a água!!!
As pessoas, em face da adversidade, podem comportar-se como estes três elementos. Uns, como a cenoura, podem parecer fortes mas, submetidos à adversidade e à dor, murcham, tornam-se frágeis e perdem a sua força. Outros, como o ovo, começam com o coração maleável e o espírito fluido mas, submetidos às adversidades da vida, tornam-se duros e inflexíveis. A sua casca exterior parece a mesma, mas estão mais amargos e obstinados, com o coração e o espírito inflexíveis.
Finalmente, há aqueles que são como o pó de café. Este muda a água fervente, o elemento que lhe causa dor. Quando a água chega ao ponto máximo da sua fervura, o café atinge o máximo do seu aroma e sabor.
Procura, minha filha, ser como o café, que, quando as coisas se tornam difíceis, consigas reagir de forma positiva, tornando-te cada vez melhor, sem te deixares vencer pelas circunstâncias, e fazendo com que tudo à tua volta se torne cada vez melhor!
Uma boa lição de vida, para nós seguirmos e para ensinarmos aos nossos filhos!
Rui Bandeira
Uma filha queixou-se ao seu pai da sua vida e de como tudo estava difícil para ela. Já não sabia o que fazer. Estava cansada de lutar, sem obter resultados. Apetecia-lhe desistir. Parecia que, mal resolvia um problema, logo outro lhe aparecia, numa sucessão sem fim e sem descanso.
O pai, cozinheiro de alta cozinha em restaurante de luxo, levou-a até à cozinha do restaurante onde trabalhava. Ali, encheu três panelas com água e colocou cada uma delas sobre lume alto. Na primeira, colocou ainda cenouras. Na segunda, deitou ovos. E, na terceira, despejou café em pó. Sem dizer uma palavra, deixou que tudo fervesse.
Cerca de vinte minutos depois, apagou o lume. Retirou as cenouras da primeira panela e colocou-as num prato. Retirou os ovos da segunda panela e colocou-os num recipiente. Finalmente, com uma concha, retirou o café e colocou-o numa tigela.
Virando-se para a filha, perguntou-lhe o que via.
- Cenouras, ovos e café - respondeu ela.
O pai pediu-lhe para se aproximar e experimentar as cenouras. Ela assim fez e reparou que as cenouras, cozidas, estavam macias. O pai disse-lhe então para pegar num ovo e descascá-lo. Ela assim fez e verificou que o ovo endurecera com a fervura. Finalmente, o pai disse-lhe que bebesse um pouco de café. Ela assim fez, sorrindo ao notar o seu aroma delicioso.
Mas a filha estava confusa e perguntou ao pai onde queria ele chegar.
Então o pai explicou-lhe que os três diferentes géneros tinham sido submetidos à mesma adversidade: água a ferver. Mas tinham reagido de maneira diferente.
A cenoura entrara na água, forte, firme e dura. Mas depois de submetida aos efeitos da água fervente, amolecera e tornara-se frágil.
Já os ovos eram frágeis quando entraram na água, com o seu interior líquido apenas protegido por uma fina casca. Mas, depois de terem sido fervidos na água, o seu interior endurecera.
Porém, o pó de café era incomparável: uma vez colocado na água a ferver... mudara a água!!!
As pessoas, em face da adversidade, podem comportar-se como estes três elementos. Uns, como a cenoura, podem parecer fortes mas, submetidos à adversidade e à dor, murcham, tornam-se frágeis e perdem a sua força. Outros, como o ovo, começam com o coração maleável e o espírito fluido mas, submetidos às adversidades da vida, tornam-se duros e inflexíveis. A sua casca exterior parece a mesma, mas estão mais amargos e obstinados, com o coração e o espírito inflexíveis.
Finalmente, há aqueles que são como o pó de café. Este muda a água fervente, o elemento que lhe causa dor. Quando a água chega ao ponto máximo da sua fervura, o café atinge o máximo do seu aroma e sabor.
Procura, minha filha, ser como o café, que, quando as coisas se tornam difíceis, consigas reagir de forma positiva, tornando-te cada vez melhor, sem te deixares vencer pelas circunstâncias, e fazendo com que tudo à tua volta se torne cada vez melhor!
Uma boa lição de vida, para nós seguirmos e para ensinarmos aos nossos filhos!
Rui Bandeira
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