28 julho 2010

A nota de um dólar dos Estados Unidos e as teorias da conspiração (III)


Nos textos anteriores, mostrei que as imagens do verso da nota de um dólar americano são, afinal, o verso e reverso do Grande Selo dos Estados Unidos e que os símbolos ali insertos nada têm a ver com a Maçonaria e tudo têm a ver com a independência daquele país. Nada que abale as "certezas" dos teóricos da conspiração, sei-o bem. Mas o meu propósito é esclarecer as dúvidas de quem as tem, não abalar "certezas" de iluminados por "verdades ocultas"... Os teóricos da conspiração, em síntese, clamam que, na nota de dólar, e no Grande Selo dos EUA, os maléficos maçons introduziram símbolos seus (não esclarecem para quê, mas isso são detalhes...). Não se comovem com as explicações demonstrativas de que os símbolos em causa não são maçónicos, sobretudo quando formuladas por um maçom - que, obviamente, faz parte da Grande Conspiração Maçónica e está a querer ocultar, disfarçar, esta ponta levantada do véu da Grande Conspiração Maçónica...

Não basta, portanto, a demonstração que já fiz. É preciso ir mais além. E ir mais além é divulgar o processo de criação do Grande Selo dos EUA - e deixar que cada um ajuíze, em função dessa informação e dos demais elementos fornecidos, a validade da teoria da conspiração!

Logo em 4 de julho de 1776, dia da Declaração de Independência, o então designado Congresso Continental nomeou a primeira comissão para desenhar o Grande Selo ou emblema da nova nação. Acabaram por ser necessários seis anos, três comissões e os contributos de catorze homens para que o Congresso finalmente viesse a aprovar tal símbolo dos Estados Unidos. O desenho aprovado incluía elementos das propostas de cada uma das três comissões sucessivamente designadas.

Compunham a primeira comissão Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e John Adams. Dos três, só o primeiro foi maçom. E a sua proposta não foi aceite!

Franklin escolheu uma cena alegórica do Êxodo, que descreveu como "Moisés de pé à beira-mar, estendendo a sua mão sobre este e causando o afogamento do exército do Faraó". A divisa que propôs foi: "A Rebelião Contra Os Tiranos É Obediência A Deus". Jefferson sugeriu uma representação dos Filhos de Israel perdidos, guiados de dia por uma nuvem e de noite por uma coluna de fogo, para o verso do Selo; para o reverso, propôs a efígie de Hengest e Horsa, os dois irmãos que foram os lendários líderes dos primeiros colonos anglossaxões na Bretanha. Adams escolheu uma pintura chamada " Julgamento de Hércules", na qual este tem de escolher entre o florido caminho da Facilidade ou o rude carreiro do Dever e da Honra. Não sendo versados em heráldica, pediram a ajuda de um artista plástico de Filadélfia, Pierre Eugene du Simitiere (não foi maçom), que veio a elaborar uma proposta com um brasão com seis secções, simbolizando os seis países de onde eram originários os habitantes das colónias independentistas (Inglaterra, Escócia, Irlanda, França, Alemanha e Holanda), rodeado pelas iniciais dos treze estados. Suportavam o brasão uma figura feminina, a Liberdade, e um soldado americano. Sobre o brasão, o "Olho da Providência" inscrito num Triângulo Radiante e a divisa E plurubus unum.

A Comissão apresentou o seu relatório com as quatro propostas ao Congresso. Este escolheu a proposta de Pierre du Simitiere, mas pretendendo alterações. Insatisfeito, não deu a sua aprovação final, vindo a ser nomeada uma segunda comissão. Do conjunto de propostas desta primeira comissão, foram incluídos no desenho final do Grande Selo a divisa, o "Olho da Providência" e a inclusão da data 1776.

A segunda comissão nomeada foi constituída por James Lovell, John Morin Scott e William Churchill Houston. Tal como os anteriores nomeados, procuraram a ajuda de alguém mais versado em heráldica, Francis Hopkinson, que foi quem fez a maior parte do trabalho. Nenhum dos quatro foi maçom. Embora tal tenha sido alegado quanto a Hopkinson, não existe qualquer prova ou registo disso. Hopkinson, um dos signatários da Declaração de Independência, ajudara a desenhar a bandeira americana e foi autor dos Selos de vários Estados. Apresentou duas propostas, com temas de guerra e paz. A primeira continha um escudo com treze barras diagonais, alternadamente vermelhas e brancas, suportado num dos lados pela Paz, uma figura feminina com um ramo de oliveira, e no outro por um guerreiro índio, com arco e flechas. Por cima, uma constelação radiante de treze estrelas. A divisa era "Preparado Para A Guerra E Para A Paz". No verso, a Liberdade, sentada numa cadeira, segurando um ramo de oliveira, com a divisa "Perene pela virtude" e a data 1776. Na segunda proposta, o guerreiro índio foi substituído por um soldado segurando uma espada e a divisa foi encurtada para "Para A Guerra Ou Para A Paz". A Comissão escolheu a segunda proposta e apresentou-a ao Congresso. Mais uma vez, o Congresso não deu a sua aprovação, vindo a nomear uma terceira comissão. Da proposta desta segunda comissão, transitaram para o desenho final as treze listas no escudo e respetivas cores, a constelação de estrelas rodeada por nuvens, o ramo de oliveira e as flechas (da primeira proposta de Hopkinson).

A terceira Comissão nomeada foi constituída por John Rutledge, Arthur Middleton e Elias Boudinot. Rutledge veio a ser substituído por Arthur Lee, mas a nomeação deste nunca foi oficialmente formalizada. Tal como sucedera com as duas comissões anteriores, o grosso do trabalho foi delegado num especialista em heráldica, Willam Barton. Nenhum destes homens foi maçom. A proposta de Barton, que a Comissão veio a submeter ao Congresso, continha um escudo ladeado por uma jovem, representando o Génio Da República Americana Confederada" e por um soldado americano. Ao alto, uma águia. No escudo, um pilar com uma Fénix Em Chamas. As divisas eram "Em Defesa Da Liberdade" e "Só Virtude Invicta". No reverso, uma pirâmide de treze degraus encimada por um "Olho da Providência" radiante (da primeira comissão) e as divisas "Com O Favor De Deus" e "Perene". Ainda uma terceira vez, a proposta não mereceu a aprovação do Congresso. Da proposta da terceira comissão, transitou para o desenho final a pirâmide de treze degraus.

Em 13 de junho de 1782, o Congresso entregou ao seu Secretário, Charles Thomson (não foi maçom) os projetos das três comissões e encarregou-o de elaborar um novo desenho. Thomson, utilizando elementos das propostas das três comissões, elaborou o que veio a ser o projeto finalmente aprovado. De seu, as divisas Annuit Coeptis (Ele aprova o nosso empreendimento) e Novus ordo seclorum (Nova Ordem Dos Séculos). Antes da submissão final ao Congresso, solicitou a Barton que efetuasse uma revisão final, tendo este alterado o sentido das listas para vertical e a posição das asas da águia. O projeto final assim resultante foi submetido ao Congresso em 20 de junho de 1782 e nesse dia finalmente aprovado!

Como se vê, uma conceção detalhadamente analisada, feita, refeita e feita de novo, com a participação de catorze homens, dos quais apenas um maçom - e cuja proposta em nada contribuiu para o resultado final!

E é perante estes factos - comprovados, registados! - que os teóricos das conspirações brandem as suas "certezas"! Mais palavras para quê?

Fontes das informações contidas neste texto:

http://en.wikipedia.org/wiki/Great_Seal_of_the_United_States#History
http://en.wikipedia.org/wiki/Great_Seal_of_the_United_States#Speculation_and_conspiracy_theory

Rui Bandeira

13 comentários:

Nuno Raimundo disse...

Boas...

(brincando c o post)

Bem, se em 3 - 4 comissões de estudo, se mesmo no meio de tanta gente a supervisionar e a estudar os simbolos a utilizar no Grande Selo, se lá havia pelo menos um maçon... Então é caso para desconfiar... ( quais as intençoes da Maçonaria)

é que basta um apenas, para por em causa uma Fraternidade/Ordem em questão.


Pelo menos é o que pensam algumas mentes...
:)

abr...prof...

Diogo disse...

Caro Rui,

1 - A pirâmide com o olho que tudo vê é um símbolo maçónico.

2 – Quanto aos indivíduos que indicou e que declarou taxativamente que não eram maçons, como pode ter a certeza disso? Os maçons, por norma, assumem a sua filiação?

Abraço

Marcos Amaro disse...

Estimado Rui Bandeira;

Antes de mais quero apenas manifestar a minha gratidão pelos extraordinários trabalhos (pranchas), com que tem brindado muitos dos leitores, como eu, que por aqui passam.

Caro Diogo;

A si, apenas quero dizer Obrigado.

Graças à sua extraordinária visão focada sobre um único ponto, preto, que não passa de isso mesmo, um ponto preto numa estrada de alcatrão, acabada de fazer, muitos dos respeitáveis Mestres da Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues, nos têm brindado com magníficos trabalhos (pranchas), na tentativa de demonstrar aquilo que, para mim claro, cada um com o seu direito de escolha e com a liberdade de opção e aceitação do que bem entender (democracia e liberdade), é bem claro e transparente.

Por isso, mais uma vez, Obrigado caro Diogo.

A todos os Respeitáveis Mestres da Respeitável Loja Mestre Affonso Domingues, que aqui se dispõem a apresentar os seus trabalhos (pranchas) tão secretos e base de terríveis conspirações, obrigado por os publicarem neste espaço aberto, publico, acessível a quem quer, com permissão de se poder comentar os mesmos, ou não, pois afinal este espaço, sendo elaborado por “Maçons” devia de apenas ser acessível a um pequeno grupo de pessoas, acessível apenas com código de acesso secreto, com comentários apenas acessíveis aqueles que pertencem a esse mesmo grupo secreto.

SERÁ que são verdadeiramente “Maçons” aqueles que aqui disponibilizam os seus trabalhos (pranchas)?

SERÃO estes Respeitáveis Mestres, verdadeiros Mestres “Maçons”, uma vez que tudo deveria de ser secreto?

Será, será, será???

Creio que todos sabem as respostas as estas perguntas.

Um abraço profano.

M.A.

Paulo M. disse...

@Diogo:

1.1 - O triângulo com o olho que tudo vê é, presentemente, um símbolo maçónico.
1.2 - O triângulo com o olho que tudo vê é não era um símbolo maçónico quando o Grande Selo dos Estados Unidos foi concebido.
1.3 - A este respeito, creio que está tudo dito, no sentido de que não há mais nada de novo a dizer-se.
1.4 - O Diogo tem todo o direito, que é respeitado, de acreditar no que quiser contra todas as evidências. Isso chama-se fé, ou convicção. Se quiser, mesmo, fundar uma religião em torno disso, força.

2.1 - Os maçons, nos EUA, costumam manifestar a sua filiação.
2.2 - Depois de passar ao Oriente Eterno - ou depois de morrer, se preferir - a condição de maçon deixa de ser secreta, sendo mesmo frequente que seja então revelada.
2.3 - Cada um, uma vesz mais, acredita no que quiser.

Acima de tudo, faz-me confusão ver uma pessoa que se diz inteligente e, pelo que tem indicado, de esquerda e ateu, a "papar" inteirinhas as patranhas criadas sobre a maçonaria por seitas cristãs fundamentalistas que recusam qualquer verdade que não a sua (delas), e consideram demoníaca qualquer alternativa ao seu próprio plano de salvação. Confesso-me perplexo - mas, uma vez mais, cada um acredita no que quer.

Um abraço,
Paulo M.

Diogo disse...

From Wikipedia - Manly Palmer Hall

Manly Palmer Hall (March 18, 1901 - August 29, 1990) was a Canadian-born author and mystic. He is perhaps most famous for his work The Secret Teachings of All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, published in 1928[1][2] when he was 27 years old.

It is claimed that Hall was made a knight patron of the Masonic Research Group of San Francisco in 1953, although he was not raised as a Mason until 22 November 1954 into Jewel Lodge No. 374 , San Francisco. He later received his 32° in the Valley of San Francisco AASR (SJ).[3] In 1973 (47 years after writing The Secret Teachings of All Ages),Hall was recognized as a 33° Mason (the highest honor conferred by the Supreme Council of the Scottish Rite), at a ceremony held at the Philosophical Research Society (PRS) on December 8,1973. [4][5]). The definitive Manly Palmer Hall Archive states that Hall received the 33°, "despite never being initiated into the physical craft."


Manly P. Hall, 33rd degree Mason and considered “the greatest masonic philosopher” wrote:

“If any one doubts the presence of Masonic and occult influences at the time the Great Seal was designed, he should give due consideration to the comments of Professor Charles Eliot Norton of Harvard, who wrote concerning the unfinished pyramid and the All-Seeing Eye which adorned the reverse of the seal, as follows: “The device adopted by Congress is practically incapable of effective treatment; it can hardly (however artistically treated by the designer) look otherwise than as a dull emblem of a Masonic fraternity.”

Manly P. Hall continues on the subject.

“Not only were many of the founders of the United States Government Masons, but they received aid from a secret and august body existing in Europe, which helped them to establish this country for a peculiar and particular purpose known only to the initiated few. The Great Seal is the signature of this exalted body–unseen and for the most part unknown–and the unfinished pyramid upon its reverse side is a trestleboard setting forth symbolically the task to the accomplishment of which the United States Government was dedicated from the day of its inception.”

jpa disse...

Carissimos

Vamos acreditar que esta teimosia do Diogo passe com a idade (acho que de outra maneira não vai passar)

Cumprimentos
JPA

José Restolho disse...

Caro Rui e demais leitores:

Eu tenho acompanhado as 3 partes da prancha sobre a note de dólar e os respectivos comentários e como tal, não posso deixar de partilhar a minha opinião.

@Rui Bandeira: Parabéns por esta maravilhosa e elucidativa prancha. Aproveito também para felicitá-lo pelo livro. Aquando do lançamento deste tive apenas o prazer de conhecer pessoalmente o José Ruah. Tive pena de não o ter conhecido a si.

@Diogo: Em relação ao triângulo com o olho que tudo vê, convido-o a visitar algumas igrejas de norte a sul do nosso país, onde nos altares se pode encontrar esse mesmo símbolo (que neste contexto representa a santíssima trindade). Parece-me um pouco abusivo pensar que nós os maçons "profanamos" estas igrejas todas (sendo que algumas delas foram construídas na época medieval), não acha???
TAF

Diogo disse...

Caro José Restolho, que igrejas em Portugal têm o símbolo do “triângulo com o olho que tudo vê”. Onde estão elas?

Ninguém respondeu a Manly Palmer Hall, um Maçon do 33º grau. Why?

Nuno Raimundo disse...

Boas Diogo...

Quanto ao Manly P.Hall,
Apesar de ser um maçon de renome, e vou generalizar agora,
não pode um apenas criar doutrina sobre os restantes.
O que Manly P. Hall fez foi expor as suas (dele) ideias quanto à simbologia maçónica existente.
E é normal que quando se trata de decifrar signos/simbolos cada um puxar a "brasa à sua sardinha".

E cada um quando olha para qualquer simbolo, que por sua vez não conheça ou que esteje pouco explicado pela generalidade, tem por hábito atribuir-lhe um significado pessoal.

Eu enquanto cristão, quando olho para um crescente e uma estrela, vejo apenas isso mesmo. Mas um muçulmano vê e encara tal simbolo como um simbolo da sua religião.
Para mim, uma Estrela de David é apenas uma figura geométrica, enquanto para os Judeus é um simbolo especial.
E ( no meu caso pessoal, como cristão que sou), quando olho para uma cruz , vejo um simbolo de sofrimento, e que não deveria ser usado para simbolizar uma Religião que se diz de Amor. Talvez uma Pomba ( também simbolo de Cristo) fosse melhor para simbolizar a Paz e o Amor Fraternal Cristão.
Mas esta é apenas a minha opinião.
Que talvez a maioria dos Cristão ache absurda, mas é a minha opinião.
O que faço é apenas expo-la e não impingi-la aos demais cristãos.
:)


abr...prof...

Paulo M. disse...

@Diogo: Ninguém respondeu a Manly Palmer Hall, um Maçon do 33º grau. Why?
Porque:
1 - Nunca tinha ouvido falar dele - e não me parece ter ficado muito enriquecido pelo facto de o ter passado a conhecer.
2 - Depois de ler a página sobre ele que consta na Wikipedia, não me pareceu que tivesse mais credibilidade do que as outras fontes referidas sobre este assunto.
3 - Nem sempre é fácil distinguir esoterismo de "eso-histerismo" e, mesmo, de "enoterismo".
4 - Cada um pode, se quiser, ver ratos na Lua, que não me incomoda nada. Por mim, gosto dos meus dois pés assentes na terra.

Um abraço,
Paulo M.

José Restolho disse...

Caro Diogo:

Convido-o a visitar as igrejas de Braga (não me recordo se a do Bom Jesus tem), Barcelos, Amarante, Atalaia (Montijo), Igreja que fica à saída de Óbidos, Viseu... Penso que chegam. Não lhe consigo precisar se a Sé Catedral de Lisboa tem ou não. Normalmente aparecem nos altares Barrocos.

Diogo disse...

JPA – Não é teimosia. Quando, sobre determinado assunto, não considero satisfatórias as respostas que me dão, continuo a pesquisar e a questionar.


Nuno Raimundo - a simbologia maçónica significa o mesmo para todos os maçons, tal com os termos de um língua significam o mesmo para todos os falantes dessa língua (senão, não se entendiam). Manly P. Hall era uma maçon do 33º grau, ou seja, era um catedrático em simbologia maçanica. Ele sabia bem do que estava a falar.


Paulo M. - e porque é que Manly Palmer Hall, um Maçon do 33º grau não é credível? Há muitos Maçons que cheguem ao 33º grau e que não sejam credíveis? Como é que um indivíduo não credível subiu ao topo da hierarquia maçónica?


José Restolho – Por acaso, não tem fotografias que me possa enviar dessas igrejas que citou com a imagem do “triângulo com o olho que tudo vê”?

diogoarsousa@gmail.com

Abraços profanos a todos.

Diogo disse...

Caro Rui, tenho de lhe pedir que me explique isto (sem recorrer às "teorias da conspiração"):


From Wikipedia - Manly Palmer Hall

Manly Palmer Hall (March 18, 1901 - August 29, 1990) was a Canadian-born author and mystic. He is perhaps most famous for his work The Secret Teachings of All Ages: An Encyclopedic Outline of Masonic, Hermetic, Qabbalistic and Rosicrucian Symbolical Philosophy, published in 1928[1][2] when he was 27 years old.

It is claimed that Hall was made a knight patron of the Masonic Research Group of San Francisco in 1953, although he was not raised as a Mason until 22 November 1954 into Jewel Lodge No. 374 , San Francisco. He later received his 32° in the Valley of San Francisco AASR (SJ).[3] In 1973 (47 years after writing The Secret Teachings of All Ages),Hall was recognized as a 33° Mason (the highest honor conferred by the Supreme Council of the Scottish Rite), at a ceremony held at the Philosophical Research Society (PRS) on December 8,1973. [4][5]). The definitive Manly Palmer Hall Archive states that Hall received the 33°, "despite never being initiated into the physical craft."


Manly P. Hall, 33rd degree Mason and considered “the greatest masonic philosopher” wrote:

“If any one doubts the presence of Masonic and occult influences at the time the Great Seal was designed, he should give due consideration to the comments of Professor Charles Eliot Norton of Harvard, who wrote concerning the unfinished pyramid and the All-Seeing Eye which adorned the reverse of the seal, as follows: “The device adopted by Congress is practically incapable of effective treatment; it can hardly (however artistically treated by the designer) look otherwise than as a dull emblem of a Masonic fraternity.”

Manly P. Hall continues on the subject.

“Not only were many of the founders of the United States Government Masons, but they received aid from a secret and august body existing in Europe, which helped them to establish this country for a peculiar and particular purpose known only to the initiated few. The Great Seal is the signature of this exalted body–unseen and for the most part unknown–and the unfinished pyramid upon its reverse side is a trestleboard setting forth symbolically the task to the accomplishment of which the United States Government was dedicated from the day of its inception.”


Manly P. Hall era uma maçon do 33º grau, ou seja, era um catedrático em simbologia maçanica. Ele sabia bem do que estava a falar.

E porque é que Manly Palmer Hall, um Maçom do 33º grau não é credível? Há muitos Maçons que cheguem ao 33º grau e que não sejam credíveis? Como é que um indivíduo não credível subiu ao topo da hierarquia maçónica?