05 junho 2008

Exposições de Maria de Freitas

A artista plástica Maria de Freitas, cuja boa disposição alguns dos elementos da Loja Mestre Affonso Domingues conhecem, anda atarefadíssima. Inaugura duas exposições este mês!

Inaugurada hoje, permanece em exibição até 5 de Julho uma instalação / exposição de retratos a carvão da sua autoria, na Livraria Ler Devagar, a qual está integrada no espaço cultural denominado Fábrica de Braço de Prata, sito na Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº1, (em frente aos Correios do Poço do Bispo), em Lisboa.

No dia 21 de Junho, pelas 17 horas, Maria de Freitas inaugura uma exposição de pintura e desenho no Centro de Arte Contemporânea da Amadora, sito na rua Beatriz Costa, n.º 18, r/c, na Amadora, que estará patente ao público até 15 de Julho, de segunda a sexta-feira das 10 às 12,30 e das 14 às 18 horas e ainda no sábado, dia 5 de Julho, das 14 às 18 horas.

Maria de Freitas é uma pintora, desenhadora, criadora de azulejos, etc., com uma obra variada em que é possível reconhecer um interesse pelo feminino e pelo felino. Prova-o, designadamente, o conteúdo do blogue Arte & Maria Freitas, um dos dois blogues que a artista mantém para divulgação dos seus trabalhos - o outro é o blogue Desenhos de Maria de Freitas, com o sugestivo subtítulo Mulheres de papel em carvão e pastel.

Vale a pena ir visitar estas duas exposições!

Rui Bandeira

04 junho 2008

Ano 2 - balanço

Este é o primeiro texto do terceiro ano deste blogue. Parece-me adequado que, a exemplo do que fiz no primeiro aniversário, seja um texto de balanço do segundo ano do blogue, desde o dia 4 de Junho de 2007 a 3 de Junho de 2008.

365 dias passados, publicámos 270 textos. Desses, 171 (63 %; o ano anterior tinham sido 51 %) foram publicados por Rui Bandeira, 46 (17 %; o ano anterior tinham sido 25 %) por José Ruah, 53 (20 %, contra 22 % do ano anterior) por JPSetúbal, 1 por A. M. L: e 1 por Templuum Petrus.

O mês em que Rui Bandeira publicou mais textos foi o de Abril de 2008 (19) e aquele em que menos publicou foi em Agosto de 2006 (0). Quanto a José Ruah, teve o seu pico de produção em Agosto de 2007 (20 textos) e esteve falho de inspiração em Dezembro de 2007 e Fevereiro, Março e Abril de 2008 (nenhum texto em cada um desses meses). Finalmente, JPSetúbal teve a pena mais ocupada em Outubro e em Dezembro de 2007 (7 textos em cada um desses meses) e deu-lhe mais descanso em Junho, Agosto e Setembro de 2007 e Abril de 2008 (3 textos em cada um desses meses).

O mês em que foram publicados mais textos foi o de Julho de 2007 (27); aqueles em que menos textos foram publicados foram Dezembro de 2007 e Março de 2008 (19 em cada).

155 dos textos publicados receberam comentários (55 % do total - mais do que os 45 % do ano anterior). Até ao momento em que escrevo este texto, o texto que mais comentários mereceu foi o de 12 de Fevereiro intitulado "Do um" (12 comentários).

Até ao final do dia de ontem, recebemos 79.519 visitas, pelo que, descontando as 26.773 visitas recebidas no primeiro ano, registámos neste segundo ano de publicação do blogue, o interessante número de 52.746 visitas - quase o dobro do número referente ao ano anterior! -, com a particularidade de, tal como já sucedera nesse primeiro ano, o seu número ter aumentado a partir do mês de Março, no qual ultrapassámos, pela primeira vez, o marco das 5.000 visitas mensais, atingindo-se, até agora, o pico no mês de Maio (5.482).

No segundo ano do blogue, 67 % das visitas chegaram do Brasil. De Portugal registámos 26 % do total. 4 % das visitas foram oriundas dos Estados Unidos. Os restantes 3 % distribuíram-se pelos restantes países de onde recebemos visitas. O top -25 completa-se, por ordem descendente do número destas, com França, Suíça, Itália, Áustria (entrada directa para o 7.º lugar!), México, Bélgica, Argentina, Japão, Alemanha, Moçambique, Canadá, Holanda, Espanha, Polónia (outra entrada directa no top-25, certamente devido às visitas de um antigo Venerável Mestre da Loja Mestre Affonso Domingues que ali trabalha - um abraço sentido para ti, meu Irmão!), Uruguai, Chile, Austrália, Grécia (outra entrada no top-25), Luxemburgo, Grã-Bretanha, Chipre (quarta e última entrada no top-25) e Hungria. Saíram do grupo dos 25 países de onde recebemos mais visitas Angola, Colômbia, Peru e Roménia.

Os três textos directamente mais vezes acedidos continuam a ser O sítio das tatuagens maçónicas , Cinco motivos para NÃO SER maçon e Simon Bolívar, Revolucionário e Maçon .

Os três marcadores mais consultados foram maçonaria, Acácia e curiosidades.

As três palavras-chave que mais visitantes trouxeram ao blogue foram "partir pedra", "imagens de tatuagens" e "gomes freire de andrade".

Estes dados continuam a ser muito agradáveis. A todos os que nos lêem o nosso Bem Hajam. Procuraremos, no terceiro ano do blogue, continuar a merecer o vosso interesse.

Rui Bandeira

03 junho 2008

Como entrar na Maçonaria

Este é um tema recorrente nas mais variadas discussões internas.

as hipoteses são essencialmente duas:

Por autoproposta

Por escolha e proposta de Irmãos.

Antes de continuar ( aliás estou hoje com pouco tempo) gostaria de ter comentários com opiniões. Uma especie de sondagem.

Com base nos comentários ( assim os haja) e nas minhas pesquisas, continuarei o tema em post futuro

José Ruah

30 maio 2008

Galileu e o tempo

Do muito material que me vai chegando, seleccionei para hoje uma pequeníssima historieta, de autor desconhecido, que atribui a Galileu uma sábia resposta, que nos ajuda a perspectivar o sentido da vida e da nossa forma de por ela passar.

Em certa ocasião alguém perguntou a Galileu:

- Quantos anos tens?


- Oito ou dez. - respondeu Galileu, em evidente contradição com as suas barbas brancas.


E logo explicou:

- Tenho, na verdade, os anos que me restam de vida
, porque os já vividos já os não tenho, como já não temos as moedas que já gastámos.

Crescemos em sabedoria se valorizarmos o tempo como nesta historieta alegadamente faz Galileu. Quantas vezes exclamamos, espantados: - Como o tempo passa! Mas, na realidade, não é o tempo que passa por nós, somos nós que por ele passamos!

Somos peregrinos e é bom pensar na meta que nos espera... A certeza de que o nosso caminhar terreno tem um final é o melhor meio para valorizarmos mais cada minuto que percorremos.

Mas essa certeza também nos deve motivar para aproveitarmos bem o que realmente temos: o presente!

Aprendamos a viver cada dia como se fosse o último: o ontem já se foi e o amanhã ainda não chegou.

Portanto, não nos deixemos tolher pelos fracassos, desgostos ou insuficiências do passado. Tal como é estulto repousar sobre os êxitos, as alegrias ou os louros de que porventura alguma vez desfrutámos. O que devemos fazer é dar o melhor de nós AGORA.

Também de muito pouco nos vale sonhar com grandezas ou desafogos futuros, como forma de ultrapassar as nossas limitações de hoje. É HOJE, AQUI E AGORA que vivemos. Preparemos o nosso futuro, mas vivamos o presente. É do nosso trabalho de agora, da nossa relação de agora com aqueles que nos são queridos, do aproveitamento que hoje soubermos fazer dos momentos de lazer que também merecemos e que certamente hoje também teremos, do tempo para aprender, para reflectir, em suma do que VIVERMOS hoje que resultará o nosso futuro.

Mas lembremo-nos sempre que há algo que (felizmente!) todos ignoramos: a duração do futuro de que ainda dispomos. Algum dia será o nosso último. E não sabemos qual. Não percamos o nosso presente a troco de um possível futuro que não sabemos se e em que medida teremos. Mas também não hipotequemos o futuro que tivermos por esbanjarmos sem préstimo o presente de que dispomos...

Como em tudo na vida, o segredo é o equilíbrio: aprender com o passado, mas não deixar que o passado nos tolha, para melhor vivermos o presente; não deixar de preparar o futuro de que ainda dispusermos, porque não sabemos de quanto vamos dispor, mas sem sacrificar ao hipotético futuro o presente, porque não sabemos se o vamos ter e em que medida o vamos ter.

A vida é para ser vivida e aproveitada, não desperdiçada. Momento a momento. Recordando, aprendendo e aproveitando os momentos já passados e preparando os que ainda não vivemos. Mas sempre vivendo e aproveitando e desfrutando e tornando úteis todos e cada um dos momentos que para nós são o presente.

Bom fim de semana!

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Segunda-feira vou a Bragança defender um inocente (aqueles que eu defendo são sempre inocentes! E quando algum é condenado, trata-se de um monstruoso erro judiciário!). Não sei se regresso a Lisboa ainda a tempo de publicar aqui um texto. Logo se verá!

Rui Bandeira

29 maio 2008

Inês: balanço (actualização)

Recebi ontem a informação, dada pelo Tesoureiro da Loja Mestre Affonso Domingues, que ocorreram na conta indicada para receber os donativos destinados à Inês, mais dois depósitos, um efectuado por uma senhora e outro por um cavalheiro.

As boas almas que efectuaram estes donativos optaram pela máxima discrição, nem sequer informando a efectivação do seu acto de solidariedade para o endereço de correio electrónico disponibilizado para o efeito. Isso impede-me de lhes agradecer directa e pessoalmente.

Deixo aqui, pois, o meu muito emocionado agradecimento. Bem-hajam!

Através do apelo efectuado neste blogue, recolheu-se 370,00 euros, quantia que, conjuntamente com a decorrente dos donativos expressamente recolhidos para o efeito no seio da Loja Mestre Affonso Domingues, vai agora ser entregue à família da Inês.

Hoje, acho que o tempo está menos chuvoso e que o Sol brilha um pouco mais! Porventura será impressão minha...

Rui Bandeira

28 maio 2008

Orador


Nos Ritos de York e de Emulação existe um ofício, designado por Capelão, cuja função é dirigir a Loja na invocação do Grande Arquitecto do Universo, em oração colectiva que realça a espiritualidade da Maçonaria e reforça os laços entre os seus membros.

No Rito Escocês Antigo e Aceite, o ofício de Orador é aquele cujo titular pode exercer a mesma função, mas que vai muito mais para além dela. O Orador não se limita à invocação do Grande Arquitecto do Universo. Aliás, em bom rigor, nem sequer é esse o principal escopo deste ofício. O Orador é o oficial da Loja encarregue de tirar as conclusões de qualquer debate. A discussão de qualquer assunto é levada a cabo segundo regras destinadas a permitir um debate sério, sereno e esclarecedor, em que cada um expõe a sua ideia e os motivos dela, mais do que rebater as ideias expressas pelos demais. Em reunião de Loja, procura-se que todos os membros se expressem pela positiva, isto é, afirmem as suas ideias, não pela negativa, limitando-se a criticar as opções dos demais. A forma como decorre o debate numa Loja maçónica já a mencionei no texto Decidir em Loja. E já aí referi que "No final, um oficial da Loja, o Orador, extrai as conclusões do debate, isto é, resume as posições expostas, os argumentos apresentados, podendo ou não opinar sobre se existiu consenso ou sobre a decisão que aconselha seja tomada.

A função do Orador, porém, vai muito mais longe do que a sua intervenção para tirar as conclusões do debate. O Orador é, no clássico esquema da separação de poderes que Montesquieu nos legou, o representante do Poder Judicial na Loja. É ele que deve especialmente zelar e velar pelo estrito cumprimento dos Landmarks, usos e costumes maçónicos e pelo cumprimento das normas regulamentares, seja emanadas da Grande Loja, seja da Loja. É a ele que cabe advertir os demais quando se lhe afigure que quaisquer destas normas está a ser incumprida ou em vias disso, em ordem a prevenir a indesejada violação. É a ele que, havendo infracção suficientemente grave para justificar punição, cabe instruir o respectivo processo. É o Orador o único Oficial da Loja que tem a prerrogativa de poder interromper o Venerável Mestre, que à sua opinião se deve submeter, quando emitida em relação à aplicação ou interpretação de normas maçónicas.

O Orador da Loja zela e vela, em resumo, pela Regularidade da prática maçónica da Loja e de todos os seus obreiros. É, por isso, um ofício particularmente importante, que deve ser exercido por um maçon experiente, se possível um antigo Venerável Mestre. Mas, reconhecendo-se embora a importância deste ofício, deve-se ter presente que o seu titular não deve interferir na gestão da Loja. Tal compete especificamente às Luzes da Loja e, em particular, ao seu Venerável Mestre. Daí o paralelo que acima efectuei com a doutrina da separação de poderes. Daí a conveniência de o ofício ser exercido por mão e mente experientes. Ao Orador cabe prevenir infracções e excessos de poder. Deve, por isso,saber reconhecer perfeitamente os limites da sua própria função, sem, no entanto, deixar de exercê-la. Como em tudo o mais em Maçonaria, equilíbrio é a palavra chave...

Rui Bandeira

27 maio 2008

A sementeira deste ano


Na Loja Mestre Affonso Domingues, temos por hábito, sempre que os trabalhos decorrem nos segundo ou terceiro grau e, portanto, os Irmãos de grau inferior têm de se ausentar da sala onde decorre a reunião, aproveitar esse tempo para providenciar a esses Irmãos uma sessão de instrução. A instrução dos Aprendizes é da responsabilidade do 2.º Vigilante e a dos Companheiros da do 1.º Vigilante. Mas obviamente que, nestas circunstâncias, estando em simultâneo uma reunião da Loja a decorrer, quer um, quer outro, têm de assegurar o exercício das respectivas funções, pelo que o Venerável Mestre designa um Mestre da Loja para sair da sala juntamente com os Aprendizes e assegurar essa sessão de instrução e, se for caso disso, um outro para acompanhar e instruir os Companheiros.

Numa das últimas sessões, estava agendada a passagem dos trabalhos ao grau de Companheiro, para que um Irmão dessa Oficina apresentasse a sua prancha de proficiência.

Eu já conhecia essa prancha, pois o Venerável Mestre tinha-me facultado antes da sessão a sua leitura, para que eu pudesse dar-lhe um parecer sobre determinada questão que a mesma levantava. Voluntariei-me, assim, para assegurar a sessão de instrução aos Aprendizes presentes.

Estavam presentes três Aprendizes, dois dos quais tinham sido iniciados na sessão anterior e o outro não muito mais antigo. De um dos recém-iniciados fui um dos padrinhos, isto é, um dos que avalizaram a sua candidatura e, assim, deve considerar-se directamente responsável pela sua boa integração no grupo.

A meia hora, quarenta minutos durante a qual a Loja trabalhou no grau de Companheiro e, noutra sala, nos dedicámos, eu e os três Aprendizes, à instrução do grau, passou sem darmos por isso! Rapidamente o diálogo se estabeleceu, as ideias fluíram, as análises surgiram, o trabalho rendeu! Deu para ver que estava perante um grupo de Aprendizes de alta qualidade e capacidade.

Penso que não me engano e a Loja tem este ano uma sementeira que vai dar uma colheita vintage”...

E eu, todo babado, apetece-me logo vir aqui anunciá-lo!

Rui Bandeira