Sandes
Na sequência do excelente artigo do Rui Bandeira, lembrei-me de partilhar convosco uma história que considero muito interessante e que adaptei para o "gosto" Português. Poderíamos chamar-lhe "Sandes de restos do Jantar"
Trata-se da história de um homem que todos os dias trazia sandes de restos do jantar para o trabalho e que todos os dias reclamava sobre isso.
Ele detestava sandes de restos do jantar e regularmente dizia aos seus colegas:
- Estou farto de comer estas sandes; nem sequer o pão é ao meu gosto, ou
- Outra vez. Estou farto destas sandes de restos do jantar... é todos os dias a mesma coisa ...
Os seus colegas tinham pena dele já que a sua mulher lhe preparava sistematicamente o mesmo tipo de sandes, até um dia, um lhe disse:
- Porque é que não pedes à tua mulher que varie as sandes que te prepara?
E o homem respondeu:
- A minha mulher? eu sou viúvo; sou eu que preparo as minhas próprias sandes...
A moral desta história reside no facto de que, frequentemente, nos queixamos das vidas que levamos e do desagradável que são. Muitas vezes, as vidas que vivemos são fruto de hábitos "enraizados", que já aceitamos como bons e que nos limitamos a viver sem questionar.
Creio que vale a pena olhar à nossa volta e tentar perceber quais são as "Sandes de restos do Jantar" que todos os dias comemos, sem termos consciência disso. Já agora, se possível, mudem para uma dieta que vos dê mais prazer ...
1 comentário:
É o mesmo com a história do Sapo na água que vai esquentando ou no Mito da Caverna. O grande vício é nos acostumarmos demais a rotina, acabamos aceitando condições de vida que normalmente abominamos...
Abraços
Vagueme
vagueme@yahoo.com.br
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