03 maio 2009

Autores Convidados - Michael Halleran



Dando continuidade aos textos escritos por autores convidados , trazemos hoje aqui a biografia do Irmão Michael A. Halleran.


Michael A. Halleran 32°, is a freelance writer and a practicing attorney in the Midwestern United States.


Bro. Halleran received the Scottish Rite’s (Southern Jurisdiction) Mackey Award for Excellence in Masonic Scholarship for his article in Heredom, vol. 14 (2006), and he is the author of the “Brother Brother” column appearing regularly in the Scottish Rite Journal.

A member of the Board of Directors of the Scottish Rite Research Society, he also maintains membership in the Quatuor Coronati Correspondence Circle through which he studies and speaks on military Masonry in both the US and the UK. His first book, The Better Angels of Our Nature: Freemasonry in the American Civil War, will be published in 2010 by the University of Alabama Press.


Os artigos deste nosso convidado podem ser encontrados em Audi Vide Tace e em freemasoninformation/aude vide tace


Os Editores
JPSetubal
A.Jorge
José Ruah

30 abril 2009

Cantando...

O Rui habituou-nos a que as 6.ªs feiras são para coisinhas leves
Tenho trazido aqui, às sextas, alguns vídeos para ouvir. Eventualmente para ver mas sobretudo para ouvir.
Desta vez, que é à 5ª porque amanhã é feriado, tem mesmo as duas funções.
Um coral de pândegos que em ar de brincadeira cantam lindamente.

Aqui fica para se entreterem.


Bom fim de semana.

JPSetúbal

29 abril 2009

Republica ou Monarquia

Marco Moreyra, leitor e seguidor deste blog desde há já algum tempo colocou a seguinte pergunta:
"REPÚBLICA OU MONARQUIA?
Qual das correntes políticas é a mais "filo-maçonica"?
Olhando para os exemplos dos EUA e do Reino Unido, podemos dizer que, eventualmente, não existem diferenças no modo como a Monarquia e a República olham a Maçonaria. Inclusivé desde a fundação dos EUA os founding-fathers estiveram ligados à maçonaria e desde os primórdios da mesma a Casa Real Britânica tem tido variados mestres maçons nas sua fileiras.Mas à excepção destes dois exemplos, o que dizer dos restantes países...?"
A maçonaria é transversal à corrente politica. É um facto que os dois exemplos mais emblematicos são os mencionados e que de facto a fundação dos Estados Unidos foi pensada entre outros por Maçons, e que em Inglaterra o Grão Mestre é tradicionalmente membro da Familia Real - embora seja eleito todos os anos - tendo muitas vezes sido o próprio Rei.
A maçonaria existe num grande numero de países sejam eles republicas ou monarquias em que vigorem regimes abertos e não ditatoriais, não existe em países sejam eles republicas ou monarquias em que o regime politico é ditatorial.
No entanto e como em tudo há excepções como sejam a Grande Loja de Cuba, cuja existencia é tolerada.
Vejamos como exemplo os países da União Europeia.
Holanda, Belgica Luxemburgo, Espanha, Suécia, Dinamarca, Reino Unido são Monarquias e a Maçonaria existe e é reconhecida como Organização. Na Suécia o Grão-Mestre é o Rei. e no Reino Unido o duque de Kent. Nos demais países isso não acontece e o Grão-Mestre é um cidadão como qualquer outro.
Nos demais países da União Europeia, desconheço contudo o que se passa na Eslovenia e na Eslováquia, o regime é o republicano e a Maçonaria também existe e sem problema.
Penso que podemos dizer que não é relevante se o regime é Monarquico ou Republicano para a Maçonaria. É relevante sim se o regime é ou não totalitário ou democratico.
Quanto às opções de cada membro da maçonaria, essas são as individuais e não são relevantes para a pertença. A condição é a crença no Grande Arquitecto e não num ou noutro regime politico.
Como sabemos e já foi dito aqui no blog muitas vezes uma das bases de vida da maçonaria são os landmarks. De entre estes penso que é importante destacar o seguinte:
10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor da Pátria, a submissão às leis e o respeito pela Autoridade constituída. Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano e honram-no sob todas as formas.
Nada aqui refere um sistema politico, apenas refere que qualquer que seja a Maçonaria obedece à Autoridade constituida.
Também ritualmente isto é verdade pois nos Ágapes um dos brindes é feito ao Presidente da Republica / Monarca do país e um outro aos Soberanos e Chefes de Estado dos demais países.
Espero que tenha ficado claro o conceito.


José Ruah

28 abril 2009

Pergunta - Resposta versão 2009

Os tempos vão dificeis. Há muita coisa de ambito maçónico para fazer nos próximos dias, e de algumas aqui daremos noticia, quando for oportuno.

Como as coisas não se fazem sózinhas e o dia continua a ter apenas 24 horas, mesmo para os Maçons, tem sobrado muito pouco para a criação de inéditos para publicação.

Entendo que os leitores estejam um pouco tristes, se sintam "abandonados", mas também por outro lado têm tido a oportunidade de ler alguns textos de autores convidados que são inegavelmente de boa qualidade.

Como especie de compensação e aproveitando a sugestão de um dos leitores mais assiduos deste espaço reabro o tema de perguntas e respostas.

À semelhança do que ja fiz no passado tentarei dentro dos meus conhecimentos responder às perguntas que forem colocadas.

O processo é similar ao que já ocorreu, os leitores colocam as suas questões na caixa de comentário ou por mail, e eu farei por responder em Posts colocados para o efeito.
Todavia, e como Maçon prevenido vale por dois, desta vez haverá condições. Só serão respondidas questões que achar dignas de resposta. Ou seja provocações e abertura de polémicas desnecessárias serão simplesmente ignoradas.

Por outro lado, agradeço que as questões sejam precisas e concisas, pois como disse o tempo é pouco e não será possivel estar a ler "testamentos" com "links" etc.

Fico a aguardar o vosso eventual interesse.


José Ruah

27 abril 2009

O que é uma Loja Maçónica?

Na Loja Maçónica se esquecem as preocupações, calam-se os receios, perdoam-se os agravos, consolam-se os sofrimentos e avivam-se as esperanças.

Loja Maçónica - É da natureza humana encontrar um lugar ao qual possamos pertencer e nos sentir úteis, mas é de vital importância que também nos agrupemos espiritualmente e ajudemos uns aos outros.

Chama-se Loja o retiro silencioso dos homens de boa vontade, o Templo augusto da caridade, do amor e da educação cívica, onde se congregam os espíritos honrados, para elaborarem a redenção dos povos e o progresso da humanidade em todas as suas manifestações.

Efectivamente, o Templo Maçónico é uma reprodução, em ponto pequeno, do planeta, com sua abóbada azul, com seu sol, sua lua e suas constelações de astros que contam incessantemente a grandeza do Grande Arquitecto dos Mundos.

O forro do Templo tem a forma de abóbada pintada de azul, representa o céu a noite, com uma multidão de estrelas visíveis, como as do céu porque, como ele, abriga todos os homens, sem distinção de classe ou de cor.

O Templo simboliza o Cosmos, representando o céu. A contemplação de um céu estrelado dá uma grande quietude e uma notável serenidade de espírito; ela incita não ao devaneio, mas à meditação.

O local em que uma sociedade maçónica realiza suas Sessões e, por extensão, qualquer corporação maçónica (na realidade, prefere-se falar em Templo, para designar o local de reunião, reservando o vocábulo Loja para designar a corporação maçónica, quando os seus membros reúnem-se num Templo; ao final de uma Sessão, a Loja é considerada fechada, mas o Templo continua aberto, inclusive para outras Lojas).

Entretanto, o espaço denominado Loja busca em primeira instância representar os canteiros de obras do passado e em segunda instância a relação mística entre a Obra perfeita dedicada a "DEUS" e a construção interior do Homem, cujo corpo é o habitat do espírito.

Nestes dois conceitos, o primeiro é de base originária directamente relacionada aos Maçons de ofício, ou operativos, que rigorosamente desbastavam a pedra e construíam, dentre outros, castelos catedrais, etc..Já o segundo conceito se baseia na transformação operativo-especulativa, quando, por razões históricas, a Maçonaria assumiu o feitio do construtor social, apresentando o Homem como a principal matéria-prima para a construção de um Templo dedicado à Virtude Universal. É com base neste segundo conceito que se desenharia a alegoria do Templo de Jerusalém, originário do misticismo hebraico.

A Loja é o esteio da franco-maçonaria. Quando os membros se reúnem, agrupam-se como em uma loja - é erróneo dizer que estão se reunindo numa loja. Embora eles possam de facto estar se reunindo numa estrutura que chamam de "loja", os membros são considerados a loja, não o edifício onde se encontram. As primeiras lojas reuniam-se em tavernas e lugares públicos.

Templo é o edifício para funcionamento das Lojas. É o abrigo das chuvas, do calor, do frio. Loja simboliza o mundo ou o universo; é o abrigo do medo, da dor e da solidão.

Uma Loja maçónica não é um Templo misterioso; tampouco é um local onde se praticam ritualismos cabalísticos incompreensíveis. Não é um reformatório para recuperar vencidos. Não é uma filial de instituição de beneficência ou de auxílios mútuos.

Mas o que é, afinal, uma Loja maçónica?

Uma Loja maçónica é um local de reunião pacífica e feliz, onde homens de boa vontade e bom senso têm satisfação de se reunir como Irmãos, despidos de títulos e honrarias e são, simplesmente, Irmãos decididos a colaborar e promover boas causas. É o lugar onde o Maçom comparece para "recarregar" as suas baterias gastas, refazer suas energias, alimentar-se de afecto e encontrar acolhimento. Ali, a comodidade e a preguiça são males a serem superados; o maçom está sempre em vigília e à espreita da oportunidade de auxiliar os seus Irmãos e a sociedade.

A Loja proporciona ao Maçon a convivência renovadora, posto que ali estejam sabiamente proibidas as discussões políticas e religiosas, pois, abrigando os homens livres e de bons costumes em suas Sessões litúrgicas, as asperezas do mundo profano são deixadas de lado e há um verdadeiro revigoramento moral e intelectual vivenciado em sua plenitude.

Os negócios ou o trabalho se tornaram uma doença que debilita o homem contemporâneo. Se não houver um lugar na sua programação semanal para o retiro e a reflexão, provavelmente não estaremos nos movendo em uma direcção saudável.

Em uma Loja maçónica reúnem-se homens jovens e maduros; todos convergindo espontaneamente em torno de um ideal comum, como que atraídos por afinidade, tal como a agulha de uma bússola, apontando para o Norte.

É na Loja que se esquecem as preocupações, que se calam os receios, se perdoam as ofensas, as injúrias, as afrontas, se consolam os muitos sofrimentos, se educam os caracteres e se avivam a inteligência e as esperanças, se cultiva o espírito. Ali se caminha sem curvas, se dedica uma recordação a todo o grande feito, derrama-se uma lágrima por todo o prazer legítimo, envia-se um prémio ou um aplauso a toda acção nobre.

Na Loja, as discrepâncias, contrastes, oposições, as divergências de opiniões ou de interesses, os conflitos, existindo, servirão para esclarecer e engrandecer. Nela frequentam Irmãos que, mesmo na divergência, se apoiam e nas lutas se solidarizam.

Na Loja sonhamos juntos. Ali se plantam sorrisos, sempre há lugar para a alegria.

Ela é um santo refúgio, é um ninho que aconchega aonde vamos a busca da paz da alma. È a escola misteriosa que conduz aos Céus sem nuvem em toda a grandeza íntima.

Nesse lugar se busca o pão da ciência, o prazer da caridade, o apoio desinteressado e o carinho fraternal. Também ali se conciliam desencontradas ideias, interesses opostos, contrárias crenças, suavizando as asperezas da vida com o bálsamo da temperança. Uma análise básica da atitude maçónica para com a religião é que, longe de ser uma religião em si, é o ensinamento que capacita homens de diversas crenças religiosas a se reunirem e permanecerem juntos em uma Sociedade fraternal.

Esse lugar, portanto, não pode ser a casa do homem, a igreja de mera religião errónea, um cassino ou teatro, nada mesquinho. Ali está o mundo, laboratório permanente do bem.

Ama-se a Loja porque ela é o símbolo da pátria; ama-se a pátria porque ela é um pedaço desse todo harmonioso que se chama Humanidade.

Loja é o mundo. O Maçon é o homem em toda plenitude: a família, a honra, a ciência, a liberdade; todas as grandes concepções, todos os amores e todas as esperanças. A Loja é o lugar que o Grande Arquitecto do Universo é sempre convidado especial. Na Loja está Deus, o princípio reitor da Maçonaria no Universo. Trabalhar para a glória do Grande Arquitecto e do Universo significa trabalhar sob o signo de Deus; ou, então, trabalhar sob a inspiração da consciência colectiva da humanidade; ou, ainda, trabalhar de acordo com o princípio que orienta para o Progresso a evolução do mundo e da humanidade.

Que bom seria que todos os homens íntegros tivessem a oportunidade de, no ambiente propício de uma Loja Maçónica pudessem contribuir com seus esforços em prol da construção de um mundo melhor.

Na Loja almejamos criar um mundo que seja próspero, onde reconhecemos uns aos outros como divinos e iguais; onde cooperamos e compartilhamos momentos de mágoa, pesar, aflição, mas também os de glória, de acções extraordinárias, de grandes serviços prestados à humanidade.

Os maçons não são homens excepcionais. São homens comuns em um mundo em movimento. Homens com aspirações, como quaisquer outros que se realizam através da compreensão, da tolerância, da prática das virtudes; homens que chegaram à conclusão de que a FRATERNIDADE ENTRE OS HOMENS começa com o HOMEM NA FRATERNIDADE.

Valdemar Sansão - M:. M:.

26 abril 2009

Colaboração Brasileira

Caros visitantes

Neste esforço que estamos a fazer no sentido de abrir o Blog a colaborações externas de reconhecida qualidade, faz todo o sentido incorporar Irmãos Brasileiros, dada a sua dedicação à Maçonaria e o nível de algumas das suas produções.

Irei disponibilizar um artigo do nosso Irmão Valdemar Sansão, para o qual chamo a vossa particular atenção, dada a sua pertinência.

A seguir transcrevo o seu Curriculo:

CURRICULUM VITAE (Resumo)


Nome: Valdemar Sansão, filho de João Batista Sansão e Paulina Sansão;
Nascimento: Pariquéra-Açu/SP, em 05 de maio de 1.935.

VIDA MILITAR

  • Praça de 07/02/1954, tendo servido ao Exército Brasileiro por 33 anos, 05 meses e 24 dias; passando para a reserva remunerada;
  • Exerceu várias funções, percorrendo todas as graduações militares, tendo concluído vários cursos de habilitação ao oficialato, incluindo o Curso de Aperfeiçoamento e o de Auxiliar de Administração que o habilitaram ao acesso ao oficialato, na ativa.
  • Serviu em diversas Unidades militares, incluindo Guarnições Especiais de Fronteiras, onde prestou Serviço Nacional Relevante na Amazônia;

Recebeu as seguintes condecorações:
  • Medalhas Militar de Bronze, de Prata e de Ouro;
  • Medalha de Distinção do Ministério da Justiça, por comprovado ato de bravura, quando salvou piloto e passageiro de aeronave que caiu e em chamas explodiu;
  • Medalhas do Mérito Militar nos Graus de Cavaleiro e de Oficial;
  • Medalha do Mérito Aeronáutico no Grau de Cavaleiro.
VIDA MAÇÔNICA

  • Nasceu na ARLS.’. Alcides do Valle e Silva, nº 174, na Capital de São Paulo, em 30 de março de 1979;
  • Fundou a ARLS.’. Washington Pelucio, 326, em 27/11/1987.
  • Fundou a ARLS.’. Arnaldo Alexandre Pereira, nº 636, em 27/11/2005.
  • Percorreu os graus que o levaram a presidir Loja nº 326 e por duas vezes a Loja nº 636.
  • Nos altos graus atingiu o 33º (Inspetor Geral da Ordem);
  • É membro efetivo (1º Tesoureiro) da ABMACLE Academia Maçônica Brasileira de Artes, Ciências e Letras.
  • Diploma e Medalha Comemorativa dos 75 anos de fundação do Consistório dos Príncipes do Real Segredo “Saldanha Marinho”.
  • Diploma e Medalha Comemorativa do Octogésimo Aniversário de fundação da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo (GLESP).
  • Publicação literária: autor do livro O DESPERTAR PARA A VIDA MAÇÔNICA – Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda. (Outubro de 2005).

24 abril 2009

6ª feira com Mozart

Para uma 6ª feira de preparação para a "Festa da Liberdade" deixo-vos com música de Mozart tocada seriamente... a brincar !

O Sábado parece que será de chuva para castigo dos pecadores, dizem !

E eu que não faço mal a ninguém, levo com ela também !

Rima e é verdade. Portanto, para animar os leitores fica o desafio, juntem-se a um Amigo, preparem uma guitarra... e se forem capazes podem passar pela caixa e receber o "cachet". Eu pago...

Éh lá, parem com isso, eu estava a brincar, hein ? Queriam "cachet" ? Com a crise que aí vai ? É já a seguir !

Bom fim de semana. Divirtam-se, se puderem.

JPSetúbal