21 agosto 2008
20 agosto 2008
Continuamos em Agosto mas não parece !
Os Maçons são como os outros têm direito a Férias, a estar com as respectivas famílias e a não se preocuparem com os trabalhos rituais nem com o funcionamento da Loja.
Pois é ! Isto é Verdade mas não para todos.
Aqui este escriba está atarefadissimo com uma incumbencia do MR Grão Mestre. Quer ele que no início de Setembro esteja pronto para distribuição o novo Ritual do Grau de Companheiro para o Rito Escocês Antigo e Aceite.
E para tal chamou ao trabalho dois obreiros da sua confiança, que têm dado ao dedo. O FPC criou as versões iniciais, baseadas no Ritual existente.
Mandou-as por e-mail cá para mim, e eu estou a trabalhar na que será a versão para apresentação ao GM, já formatada, com a apresentação e aspectos finais, etc.
Preferencialmente sem erros mas sobretudo sem fontes de equivocos.
Enfim, coisas de Grande Inspector.
José Ruah
Publicado por Jose Ruah às 23:50 4 comments
15 agosto 2008
Veneravel Mestre - "Nosso" vs "Eu"
Percurso a Venerável de minha autoria e Da Linha e do Percurso da autoria do Rui Bandeira
Um atento leitor Brasileiro que abaixo se identifica e que é Irmão trabalhando numa Loja do estado do Paraná ao não conseguir colocar um comentário enviou-o por correio electrónico, dando autorização que fosse reproduzido.
Diz-nos então como segue:
“Visão cabalística para o caminho a Venerável Mestre.
Este Irmão pega numa vertente muito mais esotérica para analisar a questão e mesmo com toda a subjectividade da Cabala ele transmite uma mensagem absolutamente objectiva.
O Venerável tem que possuir uma noção de Nosso muito mais forte que uma noção de Eu.
Gostei do que li e por isso permiti-me escrever algo acerca do assunto.
Ao longo dos anos conheci muitos Veneráveis de muitas Lojas, e intuitivamente ia dizendo para mim, que um era muito “mandão”, outro “brando de mais”, outro muito falador, enfim fui catalogando, e com isso permitia-me tentar perceber o que ia acontecer naquela Loja nesse ano.
Ao longo dos últimos anos, tenho tido sempre uma conversa com o novo Venerável da Mestre Affonso Domingues. Essa conversa tem sempre lugar para meados de Novembro.
Porquê meados de Novembro e não inicio de Setembro que é a altura da tomada de posse?
Há evidentemente uma razão para isso. Em meados de Novembro o novo Venerável já dirigiu 3 ou 4 sessões. Já se libertou do nervosismo inicial e já começou a mostrar como faz e qual o seu estilo.
E nessa altura, é altura de transmitir a minha opinião sobre o desempenho. Em conversa privada e longe de quaisquer outros ouvidos que não os do Venerável.
A minha opinião pode ser qualquer, desde dizer-lhe que está tudo certo e que se continuar assim vai ser um sucesso, até dizer-lhe que o modo como está a gerir a Loja pode gerar que perca o controlo.
Mas sempre lhes digo a mesma coisa, antes de grandes decisões e antes de submeter assuntos mais complexos à Loja, envolvam outros Irmãos Mestres no assunto, auscultando-os e trazendo-os para o projecto se for esse o caso, sejam os Árbitros e não os jogadores.
O nosso Irmão Avides, diz-nos que o sentido colectivo do Venerável é a característica essencial e uma das chaves para o sucesso do mandato. E eu concordo.
Há várias maneiras para se chegar ao “ Nosso”. A mais recomendável é através de trabalho individual de aperfeiçoamento, de entendimento do que é uma Loja, de respeito pelos demais, do uso da firmeza quando necessário. É evidente que isto não invalida que se deva percorrer um caminho para chegar a Venerável, deve-se é juntar nesse caminho as peças necessárias para que a preparação seja o mais completa possível, quer ritual, quer administrativa, quer psicológica.
É também evidente que “ não pode ser tudo nosso” ou seja o Venerável tem que de vez em quando ser “Eu” e dar uma batida de malhete mais forte, mas isso faz parte dos ossos do oficio.
O Venerável é o fulcro no qual está equilibrado o balancé. E essa sua missão de manter equilibrada a Loja é primordial.
E manter esse equilíbrio significa sucesso e progresso. Significa Lojas mais fortes no final de cada mandato. Significa maior consciência de grupo.
Enfim, fica aqui mais uma achega sobre o papel do Venerável Mestre de uma Loja.
Resta fazer uma ressalva final, já com este texto em produção o Irmão Avides conseguiu colocar o seu comentário, todavia achei que continuava a fazer sentido este post.
Publicado por Jose Ruah às 02:51 0 comments
Marcadores: Venerável Mestre
12 agosto 2008
É Agosto mas o trabalho não para
Caros Leitores / Dear Readers / Chers Lecteurs
Mesmo sendo Agosto o trabalho dos Maçons não para !
Although it's August, Masons do not stop working!
Même en Aout les Maçons travaillent!
Um dos nossos Irmãos está a ultimar o novo site da Loja Mestre Affonso Domingues.
One of our Brethren is finishing the Lodge's new site.
Un de nos freres est en train de terminer le nouveau Site de la Loge.
Agradecemos todos os comentários e quantos mais melhor para esta versão Beta
Please leave your opinion about this Beta version.
Nous remmercions tous les commentaires pour cette version Beta.
www.rlmad.net
Obrigado / Thank you / Merci
José Ruah
Publicado por Jose Ruah às 04:57 2 comments
11 agosto 2008
Sobre o Grande Arquitecto do Universo
Ao meu ultimo post, Desfazendo uma confusão responderam com perguntas dois leitores assíduos deste blog. Um deles mais “perguntador” e algumas vezes mais “provocador”, outro mais leitor e que de vez em quando arrisca a escrever.
O Mês de Agosto é mesmo para isso, os leitores perguntam e eu respondo. Por isso aqui vai.
Pergunta-nos Simple:
“Aproveito a dúvida do "Anónimo" quanto à crença no Grande Arquitecto para colocar uma questão - para variar, daquelas "simples"...
Respondo eu:
Quando uma regra tem muitas excepções, então não é regra. Ensinou-me um Eng. Informático de grande gabarito que nestes casos em vez de tratar as excepções é necessário alterar a regra. E isso faz-se subindo um ou mais níveis de abstracção de maneira a englobar todas as excepções na regra. E se ainda persistirem casos não tratados, subimos mais um nível.
Aqui e para responder à questão posta por Simple no seu comentário, aplica-se este ensinamento. Nele, comentário, são referidas inúmeras possibilidades, às quais contraponho – Grande Arquitecto do Universo.
Esta abstracção a que a Maçonaria chegou, engloba essas noções todas. Esta abstracção é o máximo do simbolismo. Nela cabem todos os exemplos.
E o curioso é o raciocínio parte da Abstracção máxima, logo do modelo simples, para as excepções e para a complicação. O caminho é o inverso!
Não existem várias concepções possíveis de Grande Arquitecto, a concepção em si é única e logo englobante.
Existem sim, várias representações do Grande Arquitecto, e essas são tantas quantos os crentes. Ou seja cada um de nós ao ser crente tem a sua representação do Grande Arquitecto, evidentemente marcada e definida pela nossa, a de cada um, origem, religião, cultura e passado.
A cada candidato é feita apenas uma pergunta simples;
“ Acredita na existência de um Grande Arquitecto do Universo?”
e solicitada uma resposta simples;
“ Sim” ou “Não”
Não são solicitadas elucubrações sobre o tipo de crença do candidato.
Como se pode perceber a Maçonaria, com sua secular existência alicerçada na milenar experiência dos homens, atingiu graus de abstracção tão elevados que se permite ter uma regra simples que engloba todas as complicações dos homens.
Um segundo comentarista, David, tem a mesma dúvida na essência, formulada de maneira distinta.
Pergunta ele:
“O seguinte é tirado das 12 regras da GLLP:
Mais uma vez é necessário a abstracção. Neste caso das palavras. Os homens têm que usar palavras para expressarem as suas ideias. E as limitações do vocabulário levaram a que fosse usada a palavra DEUS.
Há que entender o contexto e não enquadrar Deus como este ou aquele conceito subjacente a uma determinada religião, mas sim como a representação figurativa de uma entidade / ente Supremo.
Aqui no 1º Landmark aparece como reforço ao conceito de Grande Arquitecto do Universo.
Temos que ter presente que a Maçonaria é essencialmente simbólica e que tudo deve ser lido com cuidado e às vezes várias vezes. Devemos sempre parar para pensar, e tentar decifrar porque razão está escrito desta maneira e não de outra. A resposta muitas vezes é a mais simples.
Como podemos ver estes dois comentadores, seguramente com origens diferentes, com passados distintos, aparecem com a mesma dúvida de base. Exactamente porque são diferentes apresentam-na de forma diversa e recebem no fundo a mesma resposta, que cada um vai interpretar de maneira distinta.
Esta diversidade de maneiras de ver é o que existem dentro de uma obediência. O conceito Uno de Grande Arquitecto do Universo é a “ferramenta” que permite que todas as “diversidades” sejam respeitadas por igual.
José Ruah
Publicado por Jose Ruah às 23:47 7 comments
Marcadores: Grande Arquitecto do Universo
10 agosto 2008
Desfazendo uma Confusão
Começou por nos perguntar se a condição para ingressar na GLLP/GLRP era acreditar em Cristo.
Foi-lhe respondido que a questão era mais vasta, e que a única condição era acreditar na existência de um Grande Arquitecto do Universo, não tendo a questão a ver com religião mas sim com fé.
Volta o nosso leitor à carga, com as seguintes questões:
“Estou confuso, afinal o que vos diferencia da GLNP?”
E num comentário logo imediato:
“Acabei de ver uma reportagem da TVI sobre maçonaria.Se há pouco estava confuso, agora estou completamente perdido.Qual a diferencia entre GLLP, GLRP e GLNP?De todas as obediências em Portugal só consigo distinguir a particularidade do GOL que aceita mulheres e ateus sem qualquer reconhecimento por parte da regularidade inglesa, mas quanto as outras acima referidas, como distingui-las ??”
Está confuso sim senhor!
Vamos tentar resolver a confusão.
1 – Nem tudo o que se vê na televisão é de boa qualidade ou verdadeiro. Há sempre uma parte sensacionalista, uma parte invenção, uma parte show off e uma parte verdadeira e real.
Se a reportagem que viu é uma que passou originalmente há cerca de 1 ano e que refere a existência do GOL, GLLP, GLNP e GLTP então é a mesma que conheço. E será sobre esta que assento a minha opinião.
2 – Decifrando as Siglas e as datas de constituição e origens:
GOL – Grande Oriente Lusitano – fundado em 1802
Primeira Obediência em Portugal, tendo sido reconhecida pela Grande Loja Unida de Inglaterra, num primeiro tempo e perdido essa regularidade quando adoptou os princípios que regiam o Grande Oriente de França, nomeadamente a não necessidade de acreditar num Grande Arquitecto do Universo, abrindo assim a ateus e agnósticos.
É uma obediência Masculina, só admitindo homens, tendo no entanto convénios de reconhecimento com Obediências Femininas, e consequentemente direitos de visitação.
GLLP – também denominada GLLP/GLRP – Grande Loja Legal de Portugal / Grande Loja Regular de Portugal – fundada em 1991
Originalmente constituída apenas como GLRP, aparece pela vontade de maçons que militavam no GOL e que com a ajuda da GLNF – Grande Loja Nacional Francesa – constituem uma Grande Loja aceite e reconhecida pela Regularidade.
Em 1996 por força do que ficou conhecido pelo Golpe do Sino, dá-se uma cisão na GLRP e por uma questão legal e administrativa, a Denominação passa para GLLP.
Esta é a única Obediência Maçónica em Portugal a ser reconhecida pela Maçonaria Regular Internacional.
Mais informações em:
Regularidade Maçónica
O Nome da Grande Loja
GLNP – Grande Loja Nacional Portuguesa – fundada cerca de 1997 em Bragança
Aparece fruto da instabilidade gerada pelo Golpe do Sino, e é essencialmente radicada no Nordeste Transmontano, onde aliás tem a sua sede.
Sendo um fruto da linha regular original, adoptou os mesmos princípios, mas não obteve reconhecimento internacional por parte da Regularidade
GLTP – Grande Loja Tradicional de Portugal – Fundada em 2005 e constituída enquanto jurisdição. Os seus fundadores são oriundos da GLLP, da qual saíram após sérias divergências.
Aceita a feminilidade, e é portanto Mista.
3 – A sua primeira confusão:
A obrigatoriedade de uma religião especifica para pertencer à GLLP. Como expliquei na minha resposta, isso não existe. Existindo sim a obrigatoriedade de acreditar num Grande Arquitecto do Universo.
4 – A sua segunda confusão:
O GOL é uma obediência masculina e não aceita mulheres nos seus quadros nem nas suas Lojas. Os Maçons do GOL são considerados Maçons pelos movimentos regulares, embora não sejam reconhecidos enquanto regulares.
5 – A sua maior confusão:
É natural que as duas organizações – GLNP e GLTP – anunciem princípios parecidos aos da GLLP, pois dela derivam e saíram os seus membros constituintes. Todavia e do ponto de vista da GLLP estas associações não são consideradas sequer maçónicas, ou seja nem sequer gozam do mesmo estatuto do GOL. Mas como se pode depreender pelo acima escrito há diferenças substanciais entre os vários caminhos.
É evidente que cada pessoa tem o direito de seguir a via que melhor lhe convém e que não posso, não devo, nem quero estar a fazer juízos de valor.
É certo que este tema é passível de grandes discussões filosóficas, mas usando o principio KISS – Keep it Short & Simple – tudo assenta nos Landmarks e no cumprimento dos mesmos, e no reconhecimento por parte do Movimento Regular internacional que inclui a United Grand Lodge of England, as Grandes Lojas Americanas, a Grande Loja Nacional Francesa e mais uma infindável lista de Grandes Lojas e Grandes Orientes.
Quanto aos Landmarks poderá ler mais em :Landmarks
E com isto espero ter contribuído para a sua confusão !
José Ruah
Com a prestimosa colaboração dos autores dos posts referenciados.
Publicado por Jose Ruah às 00:13 10 comments
Marcadores: GLLP/GLRP, Landmarks, regularidade
07 agosto 2008
2 estórias de AMOR
O Rui de férias, o Zé Ruah às aranhas com a “net” e o Verão em pleno. É altura de “postar” 2 estorinhas, uma enviada via e-mail, outra passada comigo. Aqui vão elas.
Em 11 de Julho p.p. o Rui colocou um “post” no qual conta a história de um copo de leite oferecido em momento oportuno e consequências respectivas.
Pela mesma altura participava eu próprio, inconscientemente, numa “distribuição de copos de leite” forçada por razões de saúde da V. Cunhada, M.A.
Uma doença grave totalmente inesperada surgiu à V. Cunhada, estavamos a 500 Km. de casa.
Dessa doença resultou um internamento no hospital da zona, uma cirurgia mal conseguida que obrigou a uma 2ª cirurgia de correcção e um pós-operatório relativamente pouco cuidado que terminou com uma “alta” totalmente descuidada.
O estado de fraqueza a que chegou impossibilitava-a de se pôr em pé (tem 67 anos, 1,63 m de altura e pesava menos de 40 Kg.). O movimento necessário para tomar qualquer alimento significava um esforço imenso.
A situação do enorme défice alimentar aumentou a dificuldade da recuperação, já que o próprio metabolismo se habituara à falta dos alimentos reagindo como tal.
Uma vez emitido o documento de alta (contra vontade da doente, contra os conselhos de 3 ou 4 médicos que se pronunciaram particularmente e com o espanto da equipa de enfermagem do hospital) foi literalmente posta na rua pelo cirurgião que a operou (da 2ª vez).
O regresso a casa estava fora de causa pela inexistência das condições mínimas que resistissem a uma deslocação de 500 km fosse em carro particular ou em ambulância (a deslocação por via aérea estava igualmente posta de parte pelas condições dos voos existentes e pela inadequação dos próprios aparelhos).
Só que na zona há uma Loja Maçónica e o “clique”aconteceu ! A cadeia de união foi espontânea e logo apareceram 1, depois 2, depois 3, depois várias vozes :
- Meu Irmão, a nossa Cunhada tem um quarto à espera dela, lá em casa. Antes de estar em condições não arrancas daqui para fora !
E assim foi durante 3 semanas.
Uma sala foi transformada em quarto, uma casa toda alterada, a lógica diária da vida dos donos da casa levou uma volta e o acolhimento fez-se, durante todo o tempo indispensável à recuperação mínima para o regresso a Lisboa.
Não me é possível passar para o papel tudo o que nos foi dado de carinho, de companhia, de atenção, de verdadeira solidariedade, de total fraternidade.
Assim foi e durante 3 semanas os maçons “mostraram a sua raça”, sem uma hesitação.
A quantos “copos de leite” tivemos nós direito durante todo este período complicado ?
Como diz o Rui, todos os gestos solidários são grandes, imensos e indispensáveis. Para o Mundo ser melhor, só é preciso que cada um faça a sua parte!
Aqui deixo o testemunho de um grupo de Irmãos que fizeram a sua parte.
Via e-mail
Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários foi atingido por um bombardeamento.
Publicado por J.Paiva Setúbal às 00:04 2 comments
Marcadores: amizade, Cadeia de união

