Gastronomia maçónica - 5
Meu caro JPSetúbal, não quero que te falte nada! A cunhada Patrícia certamente que explicaria melhor, mas não quis deixar de procurar esclarecer as tuas dúvidas e... fui procurar na Net!
Quanto ao "pavão com aipo", presumo que não tenhas qualquer dúvida quanto ao pavão, simpático bichinho que nos acostumámos a ver, com a sua bela plumagem, e que nos esquecemos que ... também é comestível e que, na Idade Média, não estavam para esquisitices...
Admito então que a tua dúvida esteja no aipo, pelo que transcrevo este texto, que encontrei aqui, acompanhado de imagem do dito cujo:
As pessoas em regime alimentar (dieta) geralmente comem bastante aipo, uma vez que ele contém baixas calorias até mesmo para os padrões geralmente verificados em vegetais. Dois talos contêm menos de 10 calorias. No entanto, seu alto teor de fibras dá a sensação de saciedade.
O aipo ainda é uma boa fonte de potássio, contribui também com pequenas quantidades de vitamina C e uma boa quantidade de folato e vitamina A. Embora não contenha muitos nutrientes, o aipo acrescenta um sabor especial a uma variado número de receitas - desde sopas e guisados a saladas e recheios de aves.
As folhas de aipo não são geralmente aproveitadas, embora constituam a parte mais nutritiva da planta, pois contêm mais cálcio, ferro, potássio e vitaminas A e C do que os talos. As folhas devem ser utilizadas em sopas e saladas por seu sabor.
Passando agora à "perdiz trimolette", aprendi aqui que se trata de um prato medieval (pois...!), e que a receita é a seguinte (tradução minha do inglês, desculpem lá...):
Preparar as perdizes, assá-las no espeto até estarem quase prontas, retirá-las do espeto, parti-las ou deixá-las inteiras (a gosto) e colocá-las num tacho, em lume brando. Cortar cebolas tão finas quanto se conseguir, fritá-las num pouco de gordura, colocá-las sobre as perdizes, mexendo o tacho frequentemente. Pegar em alguns fígados de frango e num pouco de pão, assá-los bem na grelha, embebê-los num caldo de carne, depois filtrar através de uma gaze de algodão, e colocar no tacho das perdizes. Seguidamente, pegar em pó de canela, um pouco de gengibre, alguns dentes de alho inteiros, grãos de pimenta (em quantidade um pouco mais generosa) e pimenta em pó e empapar tudo em bom vinho. Feito isto, colocar tudo no tacho, polvilhar com um pouco de acúcar e tapar o tacho muito bem, para que nenhum vapor escape. Quando quiser retirar o tacho do lume, juntar apenas um pouco de vinagre, mas não o deixe ferver.
E pronto, estamos todos esclarecidos! Só falta saber quem é o voluntário para cozinhar o petisco...
Para terminar: interessante como se vai no quinto texto acerca de uma coisa que todos concordam não existir...
Rui Bandeira
Quanto ao "pavão com aipo", presumo que não tenhas qualquer dúvida quanto ao pavão, simpático bichinho que nos acostumámos a ver, com a sua bela plumagem, e que nos esquecemos que ... também é comestível e que, na Idade Média, não estavam para esquisitices...
Admito então que a tua dúvida esteja no aipo, pelo que transcrevo este texto, que encontrei aqui, acompanhado de imagem do dito cujo:
As pessoas em regime alimentar (dieta) geralmente comem bastante aipo, uma vez que ele contém baixas calorias até mesmo para os padrões geralmente verificados em vegetais. Dois talos contêm menos de 10 calorias. No entanto, seu alto teor de fibras dá a sensação de saciedade.
O aipo ainda é uma boa fonte de potássio, contribui também com pequenas quantidades de vitamina C e uma boa quantidade de folato e vitamina A. Embora não contenha muitos nutrientes, o aipo acrescenta um sabor especial a uma variado número de receitas - desde sopas e guisados a saladas e recheios de aves.
As folhas de aipo não são geralmente aproveitadas, embora constituam a parte mais nutritiva da planta, pois contêm mais cálcio, ferro, potássio e vitaminas A e C do que os talos. As folhas devem ser utilizadas em sopas e saladas por seu sabor.
Passando agora à "perdiz trimolette", aprendi aqui que se trata de um prato medieval (pois...!), e que a receita é a seguinte (tradução minha do inglês, desculpem lá...):
Preparar as perdizes, assá-las no espeto até estarem quase prontas, retirá-las do espeto, parti-las ou deixá-las inteiras (a gosto) e colocá-las num tacho, em lume brando. Cortar cebolas tão finas quanto se conseguir, fritá-las num pouco de gordura, colocá-las sobre as perdizes, mexendo o tacho frequentemente. Pegar em alguns fígados de frango e num pouco de pão, assá-los bem na grelha, embebê-los num caldo de carne, depois filtrar através de uma gaze de algodão, e colocar no tacho das perdizes. Seguidamente, pegar em pó de canela, um pouco de gengibre, alguns dentes de alho inteiros, grãos de pimenta (em quantidade um pouco mais generosa) e pimenta em pó e empapar tudo em bom vinho. Feito isto, colocar tudo no tacho, polvilhar com um pouco de acúcar e tapar o tacho muito bem, para que nenhum vapor escape. Quando quiser retirar o tacho do lume, juntar apenas um pouco de vinagre, mas não o deixe ferver.
E pronto, estamos todos esclarecidos! Só falta saber quem é o voluntário para cozinhar o petisco...
Para terminar: interessante como se vai no quinto texto acerca de uma coisa que todos concordam não existir...
Rui Bandeira
4 comentários:
Pois, o aipo não me fazia grande confusão, conheço embora não seja uma das minhas especialidades.
Agora a "trimolette" é que me tramou.
É que fico triste quando vejo uma bela duma perdiz com uma "trimolette" qualquer...
Agradeço o esclarecimento, pois claro !
Faltou um "pormaior" !
Estou à espera do Teu convite.
O do José já cá canta... há..., há..., há...
Combinamos isso enquanto experimentarmos a "Perdiz na trimolette" que espero te voluntarizes para preparar (divisão de tarefas: eu arranjei a receita!)
E na sequencia da conversa de Domingo sobre as Perdizes, voltei aqui e por acaso fui explorar o site das receitas medievais.
O nosso caro Rui traduziu Hippocras por bom vinho, mas eu cá encontrei a receita do dito e aqui vai :
HIPPOCRAS. To make powdered hippocras, take a quarter-ounce of very fine cinnamon, hand-picked by tasting it, an ounce of very fine meche ginger and an ounce of grains of paradise, a sixth of an ounce of nutmeg and galingale together, and pound it all together. And when you want to make hippocras, take a good half-ounce or more of this powder and two quarter-ounces of sugar, and mix them together, and a quart of wine as measured in Paris. And note that the powder and the sugar mixed together make "duke's powder".
To make a quart or a quarter-ounce of hippocras by the measure used in Besiers, Carcassonne, or Montpelier, take five drams of fine select clean cinnamon, select peeled white ginger, three drams: of clove, grains, mace, galingale, nutmeg, nard, altogether one and a fourth drams: more of the first, and of the others less and less of each as you go down the list. Grind to powder, and with this put a pound and half a quarter-ounce, by the heavier measure, of ground rock sugar, and mix with the aforesaid spices; and have wine and the sugar melted on a dish on the fire, and add the powder, and mix: then put in the straining-bag, and strain until it comes out a clear red. Note that the cinnamon and the sugar should dominate.
Enviar um comentário