14 novembro 2008

O segredo da felicidade

Mais uma historieta que me foi enviada e que aqui deixo para reflexão de fim-de-semana. Como habitualmente, desconheço o autor do texto, que editei para publicação aqui.

Dona Maria era uma senhora de 92 anos, elegante, bem vestida e penteada.
Estava de mudança para uma casa de repouso pois o marido, com quem vivera 70 anos, havia morrido e ela ficara só...

Depois de esperar pacientemente durante duas horas na sala de entrada do lar, ela deu um lindo sorriso para a empregada que lhe veio dizer que o seu quarto estava pronto.

A caminho da sua nova morada, a empregada ia descrevendo o minúsculo quartinho, inclusive as cortinas de chita floridas que enfeitavam a janela.

- Ah, eu adoro essas cortinas - disse ela com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de receber um cachorrinho.


- Mas a senhora ainda nem viu o seu quarto...


- Nem preciso ver - respondeu ela. - Felicidade é algo que se decide por princípio. E eu já decidi que vou adorar! É uma decisão que tomo todos os dias quando acordo. Sabe, eu tenho duas escolhas: posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem; ou posso levantar-me da cama, agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem. Cada dia é um presente. E enquanto os meus olhos abrirem, vou focalizá-los no novo dia e também nas boas lembranças que eu guardei para esta época da vida. Portanto, aconselho sempre todos a depositar um monte de alegria e felicidade na sua Conta de Lembranças. A velhice é como uma conta bancária: só se retira aquilo que se guardou. E como vê, eu ainda continuo a depositar...

É mais uma variante da imagem do copo meio cheio ou meio vazio...

Mas a postura ilustrada por esta historieta ajuda, efetivamente, a retirar da vida o melhor que dela pode e deve, em cada momento, ser retirado. Claro que a todos surgem problemas. Diariamente, todos nós temos problemas a resolver, uns maiores, outros de menor dimensão, uns inesperados, outros corriqueiros, uns de resolução rápida, outros exigindo maiores esforços. Não é boa ideia resignarmo-nos perante os problemas que nos surgem, refugiarmo-nos em pretensa incapacidade de com eles lidar, enfiar a cabeça na areia, na vã esperança de que os problemas e dificuldades desapareçam, como que por magia ou graças a feliz acaso. Aliás, se pensarmos bem, a vida sem problemas, seria porventura serena - mas rapidamente se tornaria numa insuportável monotonia...

São os nossos esforços para nos superarmos e superarmos os problemas que surgem diante de nós que nos fazem crescer e evoluir e ser melhores e mais capazes e mais fortes. Tenhamos isso sempre presente, particularmente em tempos que se dizem de crise - e bem basta a crise que objetivamente parece que existe, sem necessidade que a ampliemos dentro das nossas próprias cabeças. Os tempos vão duros? A solução não é carpir mágoas pela dureza, é trabalhar, lutar e ir avante, para se chegar a águas mais bonançosas. Se decidirmos gostar do nosso quartinho com rendas de chita, não perderemos tempo a lamentar-nos e poderemos esforçar-nos por vir a conseguir um quarto maior e com cortinados de veludo.

Meus caros: este escriba tem tantas dificuldades quantos os demais. Também por estas bandas a crise bate à porta, as receitas escasseiam, os encargos aumentam e os esforços para conseguir cumprir os compromissos têm de ser maiores e mais cuidados. Mas nenhuma solução eu obteria com o lamento, a desistência, a impotência. O meu testemunho é que os maus momentos são para serem vividos, de forma a mais bem apreciarmos os bons; são para serem ultrapassados, de forma a que mereçamos gozar os bons; são para serem recordados, não como infortúnios, mas como vitórias, vitórias que sobre eles conseguimos, sobretudo vitórias sobre nós próprios. E assim aumentamos o nosso saldo na nossa Conta de Lembranças...

Vivamos os maus momentos como simples meios e passagens para os bons momentos; desfrutemos destes merecidamente, não por nos terem caído no colo por acaso ou fortuna.

Rui Bandeira

13 novembro 2008

Grão-Mestre da GLLP/GLRP nas XI Jornadas Históricas de Seia


O Arquivo Municipal de Seia leva a cabo, amanhã, 14 e sábado, 15 de Novembro, no Auditório do Centro de Interpretação da Serra da Estrela as XI Jornadas Históricas de Seia, dedicadas ao tema Maçonaria, Sociedade e Política: uma visão histórica.

Amanhã, 14, o Muito respeitável Grão-Mestre da GLLP/GLRP, Irmão Mário Martin Guia, participará numa mesa-redonda, que encerrará os trabalhos do dia, tratando o tema Maçonaria Regular. Na mesma mesa-redonda, participarão também António Reis, Grão-Mestre do GOL, que dissertará sobre Maçonaria do Grande Oriente Lusitano e Feliciana Ferreira, Grã-Mestra da Grande Loja Feminina de Portugal, que abordará a Maçonaria Feminina.

Será certamente uma mesa-redonda muito interessante!

A participação nas Jornadas Históricas tem um custo de dez euros, podendo as inscrições ser realizadas por telefone – 238 081392 – ou através do e-mail arquivomunicipal@cm-seia.pt.

Rui Bandeira

12 novembro 2008


Barack Obama é mais um dos presidentes norte-americanos com ligações à Maçonaria. O novo presidente dos Estados Unidos da América pertence a uma obediência que se caracteriza por seus membros serem afro-americanos. Conforme relata o jornalista Augusto Freitas de Sousa, pelo menos 15 dos presidentes dos EUA pertenceram ou foram iniciados em lojas maçónicas, inclusive o primeiro presidente, George Washington. Como Obama ainda não se assumiu publicamente, a ligação não foi ainda confirmada pela própria maçonaria.
Caríssimos Manos, leitores, visitantes ou ocasionais...
Vendo esta novidade pelo preço de compra.
Acabei de a apanhar na NET, no sítio do Rádio Clube.
Cá para nós que ninguém nos ouve... espero bem que o W não seja nenhum dos 15 ... !!!
Isto é o meu mau feitio a escrever !
Dia bom para todos.
JPSetúbal

11 novembro 2008

Prémio dardos


Este blogue recebeu o "Prémio dardos". Não é nada de especial. Nem sequer, a bem dizer, se pode considerar prémio. É mais uma brincadeira. Tipo corrente de homenagens.

A coisa funciona assim: um maduro inventa um "prémio", dá-lhe um nome que considera apelativo e cria ou escolhe uma imagem ilustrativa. Depois, inventa as regras e lança a corrente. Segundo me apercebi, o maduro que inventou o "Prémio dardos" decidiu que fossem escolhidos 15 blogues. Mandou-lhes mensagens a dizer que tinham recebido, por decisão do seu júri de um o tal prémio. Ficavam com duas obrigações: uma, a de publicar a imagem do prémio no seu blogue. A outra, escolher os seus 15 blogues preferidos, colocar a sua identificação no blogue e intimá-los a prosseguir com a corrente nos mesmos moldes. Claro que muitos não seguem a brincadeira. Mas sempre há uns quantos que, qual Ola de estádio de futebol, pela piada da coisa lá vão passando a corrente.

Embora, com uma progressão geométrica potencial de base 15 a única admiração seja ter-se um blogue não nomeado, a verdade é que - todos somos humanos! - receber a indicação que se foi nomeado, mesmo para uma brincadeira sem especiais consequências, sempre dá uma massagenzita ao ego...

Portanto, mesmo não sendo nada de especial, aqui registo: um amigo nosso, generoso e com o coração do tamanho do mundo, lembrou-se de nos nomear como um dos seus "Prémios dardo": foi o José Carlos Soares, que mantém o blogue café da esquina. A massagem ao ego sabe ainda melhor por vir de um competente jornalista...

Claro que nós aqui no A partir pedra não alimentamos correntes. Mas, como ficámos com o ego aconchegadinho, sempre ponho lá em cima a imagem inventada para o "prémio".

E não vou dar "prémios" a ninguém. Mas não faz mal nenhum indicar os blogues que acompanho com frequência. Claro que a maioria são de temática maçónica! Não lhes vou mandar mensagem nenhuma, nem transmitir suposto "prémio", mas aqui fica a relação dos meus preferidos:

Blogues de temática maçónica

EM PORTUGUÊS

Blog do maçom

União e prosperidade

Kabbalah e Maçonaria

Dei tagliatori

Grémio Estrela d'Alva

EM FRANCÊS

Blog Maçonnique

Entre les colonnes

EM INGLÊS

Luz do Oriente (Macau) (In installation)

Audi, Vide, Tace

Binyan Habayis

Blogues não maçónicos

Café da esquina

O Profano

Amigos de Aristides e Angelina Sousa Mendes

Lagash

Aqui e agora

E não é que indiquei quinze? Ele há coincidências...

Rui Bandeira

10 novembro 2008

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 - Base XIX

BASE XIX
DAS MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS

1 A letra minúscula inicial é usada:

a) Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes.

b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera.

c) Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos, podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor do paço de Ninães, O Senhor do paço de Ninães, Menino de engenho, Árvore e Tambor ou Árvore e tambor.

d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano.

e) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste).

f) Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa Filomena).

g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).

2 A letra maiúscula inicial é usada:

a) Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote.

b) Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro, Atlântida, Hespéria.

c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno/ Netuno.

d) Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social.

e) Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos.

f) Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. Paulo).

g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático.

h) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; H­2O, Sr., V. Ex.ª.

i) Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início de versos, em categorizações de logradouros públicos: (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos Leões), de templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha).


Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações específicas (terminologias antropológica. geológica, bibliológica, botânica, zoológica, etc.), promanadas de entidades científicas ou normalizadoras, reconhecidas internacionalmente.

O uso de maiúsculas / minúsculas sofre algumas alterações em relação ao antecedente, na norma portuguesa.

As estações do ano deixam de ser grafadas com maiúscula.Passamos assim a escrever primavera, verão, outono, inverno.


O mesmo se passa com os meses do ano: janeiro, fevereiro, março, etc., e com os pontos cardeais, quando escritos por extenso (norte, sul, este, oeste). Mas, neste último caso, as abreviaturas são sempre escritas em maiúsculas (N, S, E, O ou W). E, quando designação do ponto cardeal for utilizada em referência a uma região determinada, também se utiliza a maiúscula. Assim, o Nordeste do Brasil e o Norte de Portugal são regiões que, nos respetivos países, se situam nos pontos cardeais nordeste e norte.


Rui Bandeira

07 novembro 2008

Prometido é devido

Há 3 semanas prometi, aqui, que traria para junto de todos a nosso FABULOSA Seleção Nacional ParaOlímpica.

Demorou mais do que eu queria, mas com a autorização da "OdivelasTV" posso hoje "postar" a homenagem que o Presidente da República entendeu prestar à Seleção mais medalhada do país.

Fica para Vosso entretém durante o fim de semana.

E já agora... aplaudam também. Eles merecem isso ! Penso mesmo que eles merecem muito mais !!!

JPSetúbal

O pacote de biscoitos

Mais uma historieta para reflexão que recebi por correio eletrónico, de autor que desconheço e que, como habitualmente, adaptei ao meu estilo

Uma jovem estava a espera de seu voo, na sala de embarque de um grande aeroporto. Como deveria esperar várias horas, resolveu comprar um livro para passar o tempo. Comprou também um pacote de biscoitos. Sentou-se numa poltrona, na sala VIP do aeroporto, para poder descansar e ler em paz. Ao lado da poltrona estava uma mesa. do outro lado da mesa, havia outra poltrona, onde se sentou um homem, que abriu uma revista e começou a ler. Na mesa entre as duas poltronas, aberto, estava o saco de biscoitos.

Quando ela pegou no primeiro biscoito, o homem também tirou um. Sentiu-se indignada mas não disse nada. Apenas pensou:

“Mas que atrevido! Se eu estivesse com disposição dava-lhe uma desanda, para que ele nunca mais se esquecesse deste atrevimento!”

A cada biscoito que ela pegava, o homem também tirava um. Aquilo foi-a deixando cada vez mais indignada, mas não conseguia reagir.

Quando restava apenas um biscoito, ela pensou:

“Ah... o que vai esse abusador fazer agora?”

Então, o homem dividiu o último biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela. Ah! Aquilo era demais! Ela bufava de raiva!

Então, pegou no livro e no resto das suas coisas e dirigiu-se para a porta de embarque.

Quando se sentou confortavelmente numa cadeira, já no interior do avião, olhou para dentro da bolsa para tirar os óculos. Para sua grande surpresa, viu intacto o pacote de biscoitos que tinha comprado!

Sentiu imensa vergonha! Percebeu que quem estava errada era ela... Tinha-se esquecido que tinha guardado os biscoitos na sua bolsa. O homem tinha dividido os biscoitos dele com ela, sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado. Entretanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando estar a dividir os biscoitos dela com ele. E já não havia ocasião para se explicar... nem pedir desculpa!


Esta historieta ilustra-nos dois erros que devemos evitar. O primeiro, pensar o pior do próximo, sem suficientes elementos para tal. Tirar conclusões precipitadas e, portanto, ser injusto. O segundo, não esclarecer as questões, não pôr os pontos nos iis quando necessário.

Se a jovem da história não tivesse esquecido onde pusera o saco de biscoitos que adquirira, se não tivesse tirado a precipitada conclusão de que era o parceiro do lado que comia do saco dela, em vez de ser ela a retirar biscoitos do saco dele, não teria motivos para, mais tarde, se sentir envergonhada.

Mas também se tivesse, calmamente, sem necessidade de cenas ou incómodos, pedido explicações ao estranho sobre o que se estava a passar, rapidamente teria ficado esclarecida sobre o seu engano e a situação poderia ter sido ultrapassada, sem motivos para se sentir, posteriormente, envergonhada.

Há ainda, afinal, uma terceira lição. Por muitos erros que cometamos na vida, por vezes também temos a sorte de encontrar pessoas desinteressadas, complacentes e pacientes perante os nossos erros. E, apesar de errados, o nosso erro é tolerado. Reconheçamos isso! Apreciemos essa circunstância! Retribuamos esse facto e sejamos, por nosso lado, também desinteressados, complacentes, pacientes e tolerantes.

É de pequenos gestos, de simples princípios e hábitos que cada um de nós constrói a sua própria felicidade e viabiliza o máximo de felicidade à sua volta.

Rui Bandeira