18 outubro 2010
15 outubro 2010
"Sim, mas o que é que fazem na cama?"
Paulo M.
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Marcadores: casamento, segredo, segredo maçónico
13 outubro 2010
Maçonaria e Modernidade
A Maçonaria, herdeira das tradições dos construtores de catedrais da Idade Média, soube, no século das Luzes, reinventar-se, evoluir para a sua atual forma de Maçonaria Especulativa, assumindo a modernidade do Iluminismo sem deixar cair o acervo das tradições, da ética, dos costumes, dos maçons operativos.
Neste dealbar de novo século e milénio, no findar da sua primeira década, importa refletir sobre o papel da Maçonaria num Mundo que evolui e se transforma a um ritmo nunca dantes visto, com um avanço tecnológico ímpar na História da Humanidade, mas também com riscos e desequilíbrios de uma dimensão global, também novos, em tão ampla escala.
Importa refletir sobre a melhor forma de bem utilizar as Novas Tecnologias de Informação. Importa refletir sobre como integrar os novos conhecimentos, os avanços científicos, as evoluções sociais, no paradigma maçónico. Importa refletir sobre o papel, o interesse, a contribuição, da Maçonaria nas sociedades de hoje e do amanhã. Importa refletir, em suma, sobre como adicionar o novo ao antigo.
A Maçonaria é uma contínua sucessão de atos de construção de cada um de nós, em que cada um de nós é simultaneamente a obra, a ferramenta e o construtor. Nesta permanente tarefa, o uso, a prática, a execução, da Tradição, a repetição de palavras, gestos e atos que a nós chegam vindos de tempos para nós imemoriais, é-nos confortável e reconfortante, dá-nos segurança, um ponto de apoio e de equilíbrio. Fazemos o mesmo que muitos outros antes de nós, em muitos tempos e diversos lugares, fizeram, que muitos outros além de nós no mesmo dia em que nós o fazemos também o fazem, esperamos fazer o mesmo que muitos muito depois de nós continuarão a fazer. É-nos confortável, dá-nos segurança, estabilidade, paz de espírito, sabermos que somos individualmente elos de uma imensa cadeia que nos chega de um profundo passado, continua num tranquilo presente e prossegue num risonho futuro...
Nós, maçons, somos os cultores por excelência da Tradição!
No entanto, não recusamos, nunca recusámos, a Modernidade! A nossa história mostra mesmo que, em algumas épocas, nós fomos a Modernidade: muitas das Luzes que iluminaram o século das ditas foram de maçons, espíritos científicos avançados para a sua época, que cultivaram, divulgaram e fizeram avançar a Ciência e a Técnica. Os princípios hoje quase universalmente aceites (e ansiamos pelo dia em que o “quase” desapareça) dos Direitos Humanos foram acarinhados, cinzelados (é o termo), divulgados e defendidos, antes de mais e antes de todos, por maçons. Nós, maçons, orgulhamo-nos de, ao longo da nossa já apreciável história, sabermos aliar a Tradição à Modernidade.
Nós, maçons, procuramos nunca substituir o antigo pelo novo, porque isso seria deitar fora, desprezar, desaproveitar, tudo o que de bom o antigo continua a ter para nos ensinar, ilustrar, proporcionar, antes integramos o novo no antigo, cultivando a Tradição, mas utilizando tudo o que a Ciência, a Técnica e a própria evolução do Homem nos proporciona.
Rui Bandeira
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11 outubro 2010
Vida em sociedade: confiança vs. ordem?
Paulo M.
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Marcadores: liberdade, Maçonaria Regular
08 outubro 2010
Ainda os Altos Graus
Paulo M.
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Marcadores: Altos Graus, Grão-Mestre, Maçonaria explicada
06 outubro 2010
José Luís Ribeiro Moita de Macedo, maçom improvável
Ao longo dos quase vinte anos que tenho da Loja Mestre Affonso Domingues, conheci umas centenas de Irmãos. Com alguns forjei laços de amizade. Com outros, construí uma agradável relação de camaradagem. Com outros ainda, uma saudável relação fraterna de integração num mesmo grupo. Com poucos, muito poucos, as circunstâncias do nosso contacto não possibilitaram um conhecimento mútuo. José Luís Moita de Macedo foi um desses poucos casos, nem sei bem porquê. Quando preparava a edição do livro relativo aos Vinte Anos da Loja, o José Ruah enviou-me a lista, que trabalhosamente efetuou, dos obreiros que, ao longo deste tempo, passaram pela Loja. Um dos nomes incluídos nessa lista era o do José Luís Moita de Macedo - com a indicação de que já tinha falecido.
Uma vez que o projeto do livro previa a inclusão de textos evocativos dos Irmãos da Loja que, nos dois decénios de vida desta, tinham já passado ao Oriente Eterno, a minha falta de memória em relação ao José Luís tornava-me tarefa quase impossível elaborar o texto evocativo que era de toda a justiça dedicar-lhe. Pergunta daqui, inquire dacolá, cheguei à conclusão de que a pessoa indicada para escrever essa evocação era o Antigo Venerável da Loja, presentemente adormecido mas sempre fraterno e disponível para colaborar, Vítor E. C.. A ele solicitei o texto evocativo, que foi incluído no livro. O In memoriam do blogue não ficaria completo sem a evocação aqui deste Irmão.
Portanto, aqui transcrevo o texto de Vítor E.C., evocativo de
José Luís Moita de Macedo, maçom improvável
Nasceu a 16 de Julho de 1953
Faleceu a 5 de Fevereiro de 2000
O nosso querido Zé Luís, foi sempre, para muitos de nós, que o conhecíamos bem, um improvável maçon. Na forma, assumo e digo eu… Não era homem de espaços fechados, não era pessoa de rituais, detestava o fato escuro, a alva camisa, a gravata preta e as luvas brancas – assim não poderia praticar os seus próprios rituais de mordiscar, nervosamente, o dedo indicador! - nem, sequer, era sensível ao cadenciado mito drama dos nossos catecismos! Davam-lhe sono…
No conteúdo, contudo, o Zé Luís, foi sempre um Irmão! Um Irmão e… um Amigo! Quando nem sempre o Amigo é um Irmão e, muitas vezes, o Irmão não pode ser o Amigo! De facto, ele foi Irmão, por um sentimental, emotivo e singular laço de amizade que o unia a alguns de nós - ao Manuel A. G., ao José Manuel Severino, ao João M. V., ao H. S. e a mim – e a Todos foi fiel bem como a Todos os outros Irmãos que, pela sua simpatia e bonomia, o adoptaram, também, pela sua fidalga e discreta maneira de estar e de ser.
Aceitou o desafio, não fez muitas perguntas e como bom coração e alma solidária, embarcou, cúmplice e fraterno!
As lides em loja não eram, de todo, do seu agrado! Mas as nossas obras de solidariedade, os convívios, os passeios, o trabalho de sapa que sempre nos é pedido, como obra cívica e exemplo de ética social… sempre mereceram dele toda a atenção, disponibilidade e carinho. Era membro de uma outra fratria que nos unia, também em Loja e, espiritualmente ao Fernando Teixeira – era Epicurista, Monárquico e Aficionado Tauromáquico! Como Homem de Cultura, filho de um grande vulto das nossas letras e artes – o pintor e poeta Moita Macedo! - e, sobretudo, como Jornalista, ao serviço do “Correio da Manhã”, foi sempre incansável na divulgação, na promoção e no engrandecimento da nossa Loja e da Grande Loja.
Cruzou o Oriente Eterno, na força da vida, quando dele ainda muito se esperava e ele próprio tinha, ainda, muito para dar… deixou um peculiar vazio, uma Saudade e a Memória que aqui se evoca, com chorada Amizade!
Vítor E. C.
Aqui deixo esta evocação do José Luís. Não o conheci muito bem. Mas não o esqueci!
Rui Bandeira
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Marcadores: In memoriam
05 outubro 2010
5 de Outubro, revolução e maçonaria
Dois pontos de vista.
Duas formas de agir.
Duas Maçonarias.
Paulo M.
Publicado por Paulo M. às 22:56 21 comments
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02 outubro 2010
Poema à Amizade
Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Pode ser que um dia nos afastemos...
Albert Einstein
Publicado por A Jorge às 21:39 3 comments
01 outubro 2010
Correlação e causalidade (III)
Paulo M.
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29 setembro 2010
André Franco de Sousa, maçom nacionalista angolano
Foi um dirigente nacionalista angolano, nos anos 50 do século passado, e um dos fundadores do MPLA.
Foi um dos envolvidos no "processo dos 50" e esteve preso no Tarrafal. Depois do 25 de Abril, com Aurora Verdades, fundou um partido político, que não vingou. Depois do Acordo do Alvor, assinado entre Portugal e os três movimentos de libertação reconhecidos, tomou posse o Governo de Transição e André Franco de Sousa partiu para Portugal.
Aqui escreveu e publicou, em 1998, o livro “Angola, o Apertado Caminho da Dignidade” onde explicou as razões pelas quais era um opositor ao partido que fundou, o MPLA.
Foi um dos fundadores da Mestre Affonso Domingues. Ainda me recordo de com ele ter estado em várias reuniões de Loja. Depois, fundou outra Loja, para onde se transferiu, e raramente o passei a ver, normalmente em assembleias de Grande Loja.
Conheci-o já idoso. Manteve sempre o seu apreço pela Democracia, que o levara a cortar com a organização que fundara. Dele guardo uma imagem de completa serenidade e enorme simpatia.
Contou-se, embora brevemente, entre os obreiros da Mestre Affonso Domingues. Foi um dos nossos e como um dos nossos é aqui recordado. Foi um dos veteranos que criaram as condições para a Loja ser o que ela é. Estamos-lhe gratos pelo seu contributo.
Há já alguns anos que a doença o afastara do nosso convívio e o André se encaminhava para o nicho das recordações. Das boas recordações. Agora ali encontrou, em definitivo, o seu lugar.
Rui Bandeira
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Marcadores: In memoriam
28 setembro 2010
Terminando um periodo
Chega ao fim um período. Foram três anos e meio de mandato (2 + 1 ½), mas na verdade foram 4 anos desde o anuncio formal da candidatura do Mário ao cargo de Grão Mestre.
Foram muitas conversas, muitas opiniões trocadas, muitas idas à Mexicana para “despacho” (ou só mesmo para um café).
Foram muitas gargalhadas, sorrisos, cumplicidades, e mesmo algumas preocupações. O lema era, temos que nos divertir a fazer isto.
Foi também muito trabalho feito, por todos os que receberam as várias incumbências, que apareciam sempre numa chamada telefónica simpática e preferencialmente com estes termos “ não achas que seria importante….”. Impossível recusar.
Duas hipóteses se me põem para continuar este texto. Torná-lo longo e extenso, ou curto e conciso.
Opto pela segunda porque enumerar o que aconteceu ao longo destes últimos anos seria impossível.
Apesar de cada vez que falamos o Mário me dizer que eu tenho mais 4000 anos de sabedoria que ele, na verdade foi ele que me ensinou quase sempre, mesmo quando discordávamos, e se discordámos.
Quero pensar que fizemos uma boa equipa, e que o resultado final sendo positivo, se resume a uma Grande Loja melhor e mais estruturada, mais muito mais por intervenção do Mário.
Mário, Muito Respeitável Irmão, Antigo Grão Mestre, mas para mim e para mais uns quantos – Tio Mário ou melhor Muito Respeitável Tio – obrigado pelo trabalho que fizeste e que proporcionaste fazer.
José Ruah
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Marcadores: GLLP/GLRP, Martin Guia
27 setembro 2010
Correlação e causalidade (II)
Paulo M.
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26 setembro 2010
O dia foi bom para a Mestre Affonso Domingues
Ontem o dia foi bom para a Loja Mestre Affonso Domingues.
Ficou demonstrado que o trabalho arduo é o caminho a seguir.
José Ruah
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Marcadores: RLMAD
O Sexto Grão Mestre
Foi ontem, perante uma assembleia de varias centenas de irmãos portugueses e estrangeiros, instalado o Sexto Grão Mestre da GLLP/GLRP, José Francisco Moreno de seu nome.
O MRGM J.Moreno, é obreiro da Grande Loja há muitos anos e o seu CV maçónico foi já aqui publicado por ocasião do processo eleitoral.
José, como o trato, perdão Muito Respeitavel José, é um companheiro de caminho desde 1992, quando foi iniciado na Loja Mestre Affonso Domingues, da qual sempre foi obreiro e Veneravel Mestre.
A sua instalação enquanto Grao Mestre é um corolário do seu caminho maçónico de então a até hoje.
Pessoa de poucas palavras e muitos actos, nele ficam agora depositadas as esperanças de um mandato tranquilo e proficuo.
E como muito bem disse o actual VM da Mestre Affonso Domingues, Irmao José Moreno vais daqui emprestado ao oficio de Grão Mestre mas concluido que for o teu desempenho queremos-te de volta na Loja.
Votos de bom trabalho
José( como ele me chama a mim)
Publicado por Jose Ruah às 09:39 3 comments
Marcadores: Grão-Mestre, José Moreno, RLMAD
24 setembro 2010
Correlação e causalidade (I)
Paulo M.
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22 setembro 2010
O Visitante, o Viajante e o Turista
Rui Bandeira
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20 setembro 2010
Dos demónios e falsos deuses
Paulo M.
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Marcadores: Religiões, tolerância
17 setembro 2010
A Maçonaria incorpórea
E a partir de agora, quando ouvirem dizer ou lerem que "a Maçonaria" fez isto ou aquilo, averiguem a quem se refere a notícia: a que maçons, a que loja, a que obediência - isto, se não for "boato". Vão ver que, se o fizerem, muitas das perguntas que aqui têm surgido ficarão rapidamente respondidas - ou saberão, pelo menos, a quem dirigi-las.
Paulo M.
(Todas as frases referidas no primeiro parágrafo são um produto de ficção e meramente exemplificativas; qualquer eventual correspondência com a realidade não passa de mera coincidência)
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15 setembro 2010
Altos Graus
Onde conduzem esses caminhos? Ao interior de si próprio! À interiorização das virtudes e normas de comportamento e princípios que devem reger a conduta de um homem bom e justo e que procura aproximar-se o mais possível do conceito de homem perfeito. Porquê? Porque crê que é esse trabalho, esse esforço, esse objetivo, o verdadeiro significado da vida, a razão de ser da nossa existência, porque o nosso caráter, o nosso espírito, a nossa alma (chame-se-lhe o que se quiser) necessita desse esforço, desse reforço, desse aperfeiçoamento, para evoluir e passar adiante (chame-se-lhe Ressurreição, ou Glória, ou Paraíso, ou Nirvana, ou o que se quiser). Complementarmente à sua crença religiosa e em reforço e desenvolvimento desta, o maçom procura assim descortinar o inescrutável, entrever o sentido da vida e o Plano do Criador, cumprir a sua vocação.
Em bom rigor, para o fazer segundo o método maçónico não necessita de mais ferramentas do que as que lhe foram dadas ao longo da sua instrução como Aprendiz e Companheiro e na sua exaltação a Mestre. Elas chegam, está lá tudo o que é necessário para que o homem bom que um dia bateu à porta do Templo se torne um homem melhor, um pouco melhor em cada dia que passa, um tudo nada melhor do que no dia anterior e um não sei quê pior do que no dia seguinte.
Para esse trabalho fazer, basta-lhe atentar e meditar e trabalhar nos conceitos e lições que recebeu, explorar a miríade de símbolos e chamadas de atenção com que se deparou. E tirar de cada meditação, de cada exploração, de cada esclarecimento, a respetiva lição e - mais e sobretudo - aplicá-la na sua conduta de vida. O Mestre Maçom tem tudo o que necessita para o seu trabalho e a obrigação de ensinar os que se lhe seguem - cedo descobrindo que será também ensinando que ele próprio aprende...
Mas alguns Mestres Maçons sentiam-se insatisfeitos, desconfortáveis. Até à sua exaltação, tinham tido um guião, uma cartilha, mentores, que auxiliavam o seu percurso. E, de repente, ainda inseguros, ainda tateando o seu caminho, os seus Irmãos largavam-nos ao caminho e diziam-lhes: "aí tens tudo o que precisas de ter para fazer o teu caminho! Procura, lê , estuda, medita, tenta, acerta, erra, quando errares volta atrás e tenta de novo até acertares." Não haveria maneira de guiar ainda o seu trabalho? Não de os conduzir, mas de fornecer como que um mapa, um guia, que facilitasse a sua tarefa? Tudo bem que tudo o que havia a explorar e aprender já lá estava no que lhe fora ensinado. Mas as alegorias têm de ser decifradas, os significados encontrados... É certo que o trabalho tem de ser individual mas... precisa absolutamente de ser tão solitário? Está certo que cada Mestre Maçom deve procurar a sua Luz e, para o fazer, tem de se abalançar ele próprio a atravessar a escuridão mas... não se pode dar-lhe nem uns fosforozitos, nem uma velinhas, para ajudar a alumiar o caminho?
Cedo se chegou à conclusão que sim, que se podia. Que, embora cada um tivesse os meios de explorar o seu caminho, não havia mal nenhum em proporcionar a quem o quisesse um mapa, um guia, um roteiro, que desenvolvesse, paulatinamente, patamar a patamar, as noções que já estavam disponíveis para serem desenvolvidas, mas que não havia mal nenhum se o fossem através de um roteiro bem organizado.
E assim se desenvolveu aquilo a que hoje se chama Altos Graus. Nas derivas do Romantismo, muitos sistemas de altos Graus foram desenvolvidos. De alguns deles ainda restam resquícios, tentativas de manutenção. Outros entretanto desapareceram. No mundo maçónico, nos dias de hoje, predominam dois sistemas de Altos Graus, do Rito Escocês Antigo e Aceite e do Rito de York. Outros são também praticados: do Rito Escocês Retificado, por exemplo.
Mas não se engane ninguém: ao percorrer qualquer desses sistemas (ou mais do que um), não se sobe, não se fica mais alto, mais poderoso, superior. Ao percorrer cada um dos sistemas de Altos Graus está-se a utilizar um guia de auxílio no nosso caminho individual. Cada grau não é um patamar. É uma viagem de descoberta e estudo. E o grau seguinte não é um patamar superior. É apenas outra viagem de descoberta e estudo. De que se volta para de novo partir, seja para reestudar a mesma lição, para reestudar lição anterior, ou para explorar nova lição. E, a todo o momento, o Mestre Maçom pode decidir fazer nova viagem segundo o seu roteiro (e tomar novo grau) ou explorar por sua conta própria. Ou fazer ambas as coisas...
A Maçonaria é um caminho de conhecimento, iluminação e aperfeiçoamento. Que cada um percorre como quer. Às vezes com roteiro. Às vezes sem guia. Uns de uma maneira. Outros de outra. Nem sequer, bem vistas as coisas, o mais importante é o destino. Importante, importante mesmo, é afinal a viagem e o que se retém dela!
Rui Bandeira
Publicado por Rui Bandeira às 12:00 13 comments
Marcadores: Altos Graus
13 setembro 2010
Prioridades
Publicado por Paulo M. às 01:18 4 comments