12 junho 2006

Violências

Foi recentemente exibido na RTP1 uma reportagem televisiva intitulada “Quando a violência vai à escola”. Este programa teve o mérito de trazer à luz do dia algo, que de uma forma implícita todos nós sabíamos que existia em algumas escolas portuguesas. Violência, indisciplina, desrespeito.

Violência, indisciplina e desrespeito entre alunos e para com os professores.

As imagens retrataram esta realidade de uma forma impessoal, fria e cruel. E naturalmente, quando somos confrontados com factos dolorosos e com uma realidade que nos entristece, sentimo-nos chocados e revoltados.

Seria de esperar um pouco de bom senso pelos responsáveis pelo nosso sistema de educação.

Seria de esperar que fossem tornadas públicas medidas e planos de acção que evitassem ocorrências semelhantes no futuro das nossas escolas.

Seria de esperar, que na ausência de algo de concreto que (muito ao gosto dos nossos dias) se noticiasse a constituição de uma comissão de estudo e avaliação da violência escolar, das suas competências e objectivos.

Mas para minha supresa, refere o jornal Correio da manhã na sua edição online de hoje (12 de Junho de 2006), que: O Ministério da Educação reagiu à transmissão, alegando suspeita de eventual violação do direito à imagem dos alunos filmados, sem o seu conhecimento.”

Palavras para quê? ... ...

Na semana que findou a Senhora Ministra da Educação afirmou públicamente que os TPC (Trabalhos Para Casa) são geradores de desigualdade. Esta afirmação obrigou-me a uma aturada reflexão sem que tenha chegado a alguma conclusão válida dada a complexidade da matéria... No final sobraram-me mais perguntas que respostas:

  • Será que pretende dizer que se gera desigualdade quando alguns alunos fazem os trabalhos e estudam em casa, e outros não?
  • Será que pretende transmitir que se gera desigualdade quando alguns pais mais conscênciosos apoiam os seus filhos no que respeita à escola, e outros não?

A solução proposta pela Senhora Ministra é a de que os alunos passem mais algum tempo do seu dia, para além das 5 ou 6 horas diárias de aulas, em salas de estudo com apoio de um docente.

  • Não lhe parece excessivo tanto tempo em sala de aula?
  • Não acha que o rendimento destes alunos se irá todo nivelar pela fasquia mais baixa?
  • Não considera que se os alunos já são difíceis de se controlar no seu horário escolar base, a sua atenção, comportamento e rendimento ainda serão menores durante estes tempos suplementares de estudo?

Que cada um de nós encontre no seu bom senso as respostas para estas questões.


Fernão de Magalhães

Afinal o Açor marcou

Pronto Reconheço

O Pauleta lá marcou o seu golito. Mas Angola tem uma defesa "soft".

Toda a imprensa criticando a exibição. Foi fraca, pálida etc.

FOI SIM e depois ?

Há uns anos o meu director geral chamou-me e disse - " sabe isto é como uma maratona, se você se estafar nos primeiros 5 KM até pode bater o record do mundo do primeiro troço da maratona, mas não chega ao fim e não ganha nada"

Um campeonato do Mundo é uma Maratona, e só conseguindo chegar ao jogo da final se pode ser Campeão. E à final não se chega com EXIBIÇÃO mas sim com VITÓRIAS.

E nisso o Scolari foi lapidar ao afirmar que só faltam 6 jogos. Não deve ser por acaso que as selecçoes treinadas por ele têm como livro de cabeceira a " Arte da Guerra - SunTzu ", leitura que recomendo vivamente. ( basta procurar na net e aparecem varios sites com o livro para leitura )

Por isto tudo - Que se lixe a Exibição e que venham os Resultados.

Abraços

JoséSR

11 junho 2006

Dia de Portugal - versao 2006

Caro JPSetubal co-blogueiro, confrade e amigo.

Este ano, com a devida venia ao Camões, o dia 10 de Junho não é o dia de Portugal, Camoes e das Comunidades.

Este ano é hoje - 11 de Junho.

Não há mais paciencia para "aturar" o " circo" que as TVs montaram por causa do jogo de logo à Noite.

Uma muito maior cobertura televisiva que para os eventos daquele que deveria ser o dia mais importante do País é a que acontece hoje, só porque a Selecçao Portuguesa vai jogar.

Ainda se fosse a primeira vez .....

Mas já é a 4ª....

Enfim .... hoje fico-me por aqui


JoséSR

10 junho 2006

DIA DE PORTUGAL...

"Dia de Portugal, Camões e Comunidades Portuguesas"... porquê ?
Então Portugal não merece um dia só para si ?
De acordo com deputados da Nação até os cães merecem um "Dia do Cão" , e Portugal não merece um "Dia de Portugal", que seja isso mesmo apenas ? ou tal designação não é suficiente ?
Que raio de mania de complicar o que é simples...

Bem vem ao caso o "Dia de Portugal" assim e só assim, porque quem está a escrever sou eu e eu quero que seja assim !

Se é dia de condecorações e homenagens pois façamos então referência ao que de melhor, mais verdadeiro, mais real a nossa história tem, no desconhecimento do grande povo e no esquecimento dos historiadores (pelo menos da maioria dos historiadores!).
Claro que os livros de ensino das escolas, oficialmente aprovados, não têm espaço para tudo, e para os editores incluirem "o que está a dar" ('Morangos com Açucar' e outras obscenidades) não podem ter espaço para estas referências de menor importância.
Façamo-lo nós !

No dia 30 de Janeiro de 1943 o navio "NRP LIMA" da armada portuguesa, navegava em águas dos Açores sob violentíssima tempestade, tentando resgatar ao mar os náufragos dos barcos americanos que os submarinos alemães se entretinham alegremente a tropedear e mandar ao fundo.
Nessa missão ocorreu um acontecimento que, se não é único na história de todas as marinhas, de todas as nações, certamente é raríssimo.
Em manobras de salvamento, o "Lima" fez 67 graus de inclinação, só tendo recuperado a estabilidade porque os marinheiros que o guarneciam foram HERÓIS (com muita sorte também, evidentemente, mas esta protege os audazes...).
Desse feito junto uma colecção de textos que oportunamente completarei, mas que hoje, especialmente no "Dia de Portugal", quero deixar ao conhecimento de quem se interessar por estas coisas menores.
Então aqui vai:

TEXTO TRANSCRITO DO CURRICULUM DO VICE-ALMIRANTE SARMENTO RODRIGUES
Em 1941 decorria a II Grande Guerra – onde Portugal não participou – e com ela a terrível batalha do Atlântico caracterizada pelos constantes ataques de submarinos alemães aos comboios aliados que vinham dos Estados Unidos para a Grã Bretanha. Um desses ataques foi levado a cabo nas águas açorianas e vitimou os navios de transporte "Julia Ward Howe" e "City of Flint". As condições de mar eram terríveis e Sarmento Rodrigues comandava o contratorpedeiro "Lima" que foi encarregue de dar ajuda aos náufragos em perigo. Foi uma acção dramática onde o navio registou um adernamento de 67º (o maior que alguma vez foi registado a bordo de qualquer navio), deixando toda a tripulação perplexa e assustada, contudo a missão foi completamente cumprida.

Na sequência surgiram os documentos seguintes:

1 – Telegrama recebido de Sua Ex. o Major-General da Armada Portuguesa em 1 de Fevereiro
de 1943:
“Sinto contrariedade sua comissão e sobretudo ferimento nossa Praça por cujo restabelecimento íntegro faço votos ao mesmo tempo congratulando-me pelo resultado pesquisas e maneira como esse comando, oficiais, guarnição conduziu missão tão árdua; As preocupações aqui foram grandes pela natureza missão, mau tempo e largo espaço de tempo sem notícias.”

2 – Telegrama recebido de Sua Ex. o Comodoro da Força Naval da Metrópole em 2 de Fevereiro
de 1943:
“Imprensa relata salvamento destacando condições dificeis perigos corridos. Congratulo-me mais outra valorosa acção realizada “Lima” felicitando guarnição especialmente prestigioso Comandante fazendo votos melhoras ferido.”

3 – Tradução do telegrama enviado em 3 de Fevereiro de 1943 ao Exmo. Sr. Consul Americano
de Ponta Delgada pelo Ministro dos Estados Unidos da América em Lisboa, Ex. Sr. Robert
Fish:
“Segue o texto da nota entregue por mim ao Exmo. Secretário do Ministério das Relações Exteriores, hoje: ‘Em cumprimento das instruções do meu Governo desejo expressar a V.Exa., e por intermédio de V.Ex ao Exmo. Sr. Presidente do Conselho e membros do Governo Português, o profundo reconhecimento do Governo dos Estados Unidos pelo acto de heroísmo praticado pela tripulação do “destroyer” português ‘Lima’, salvando uma quantidade de sobreviventes de navios americanos afundados há alguns dias na região dos Açores. Este acto, praticado com tanta bravura dadas as condições bastante dificeis devido ao temporal, impressionará bastante o povo americano logo que dele tomar conhecimento, e tenho a certeza que será considerado por toda a parte um brilhante exemplo da grande tradição portuguesa, em que o génio de bom marinheiro se junta à concepção de socorrer o sofrimento e a dôr. Muito apreciaria que o Governo Português fizesse com que aos oficiais e praças que participaram neste feito brilhante fossem reiterados os sentimentos de gratidão e admiração que o seu acto despertou no meu Governo, sentimentos que eu próprio e o pessoal desta legação sentimos no mais elevado grau.”

4 – Transcrição do ofício nº 73 que em 8 de Fevereiro de 1943 enviou ao Exmo.Sr Comandante
da Defesa Marítima dos Açores, o Exmo.Sr. Governador do Distrito Autónomo de Ponta
Delgada:
“Tendo conhecimento, por comunicação do Consul americano nesta cidade, da mensagem que o Ministro dos Estados Unidos em Lisboa entregou ao Governo Português com os agradecimentos do seu Governo pelos serviços prestados pelo contra-tropedeiro ‘Lima’ no salvamento de tripulantes de navios americanos afundados recentemente no mar dos Açores, venho manifestar a V.Ex. o grande prazer que senti ao ler os termos elogiosos em que está redigida. É mais uma bela e justa homenagem prestada à bravura da Marinha de Guerra Portuguesa, que em todos os lances, por mais díficeis e perigosos que sejam, se mostra sempre digna das suas gloriosas tradições de heroísmo. Por ela felicito V.Exa., como representante da Marinha de Guerra Portuguesa, pedindo-lhe o favor de ser intérprete das minhas felicitações junto da oficialidade e praças do Contra-Tropedeiro ´Lima’.”

5 – Tradução de parte de um ofício que em 3 de Fevereiro de 1943 foi enviado ao Comando
deste navio (“NRP LIMA”) pelo Consul dos Estados Unidos em Ponta Delgada:
“... Também desejo aproveitar esta oportunidade para outra vez lhe exprimir a profunda gratidão de todos os 118 oficiais e marinheiros dos navios “City of Flint” e “Julia Ward Howe”, tão heroicamente salvos do mar depois dos seus navios terem sido afundados. Para indicar a sua sincera gratidão, transcrevo uma carta que aqueles homens escreveram e me entregaram para enviar ao Governo dos Estados Unidos:
“Nós, os abaixo assinados, oficiais e tripulantes dos infortunados navios “City of Flint” e “Julia Ward Howe”, rspeitosamente pedimos que o Governo dos Estados Unidos, em nosso nome, agradeça oficialmente ao Comandante, oficiais e guarnição do contra-tropedeiro ‘Lima’. Sabemos que eles se colocaram acima e além do cumprimento do dever, procurando, salvando e acarinhando os náufragos daqueles navios. Sepultaram um dos nossos mortos com todas as honras e trataram os sobreviventes com o melhor que possuiam em comidas, vestuário e outras comodidades. Nós respeitosamente pedimos que estes bravos e galhardos marinheiros sejam oficialmente agradecidos e recomendados pela sua devoção ao ‘código do mar’, por terem prestado um inestimável serviço aos seus semelhantes e à Marinha Mercante e ao Governo dos Estados Unidos”.
Eu também estou a fazer um relatório completo do salvamento e da nobre acção de V.Ex., seus oficiais e guarnição, para enviar para o Governo em Washington e para o Ministério dos Estados Unidos em Lisboa, de maneira a eles poderem estar perfeitamente conhecedores dos perigos e riscos que o ‘Lima’ correu ao fazer aqueles salvamentos.”

JPSetúbal

09 junho 2006

A Remuneração dos Politicos Portugueses

E e hoje na imprensa diz-se com grande alarido:

Socrates ganha metade do salario do 1º Ministro Grego.

Pode parecer irrelevante, mas não é.

Vejamos, o 1º Ministro por maioria de razão terá o salário mais alto do governo. Diz-nos a imprensa que um grupo de consultores reputado calculou o salario de Socrates em +- 100 000 euros ano ou seja cerca de 7400 euros / mes ( 14 meses - que o 1º Min. é pessoa como todos nós).

Por analogia com a actividade privada, sendo o 1º Min. o equivalente ao Pres. Conselho Administraçao, os Ministros são administradores.

Não sei qual o salario de um Ministro, mas será seguramente inferior a 7400 euros.

Na actividade privada, e mesmo nas empresas publicas, os niveis de remuneraçao para Administradores ( de empresas de média e grande dimensão) começam em valores superiores a 7400 euros / mes.

Não falo sequer nos beneficios suplementares.

A pergunta é:

Por que razão os profissionais mais qualificados deste país não querem ir para a politica ?

Como todos nós têm que pagar a conta do supermercado, e quando se chega à caixa é preciso €€€ para pagar, não chega dizer que " sou secretario de estado".

Outros países já perceberam que para ter quadros de topo no desempenho de cargos politicos é preciso Pagar o preço de mercado.

Acho que é urgente rever as condiçoes remuneratorias dos politicos para que " ser politico" seja atractivo a profissionais de topo, e com isso o País possa progredir.

Vão por mim maiores salarios para os Politicos não é um custo.

É um investimento !


Abraços

JoséSR

Timor - Uma sensaçao de " Déjà vu"

Nos ultimos dias temos voltado a ter nas primeiras páginas dos Jornais e nas noticias de Abertura dos Tele Jornais a situaçao politica em Timor.

Chamem-me o que quiserem, mas a historia recente confirma o que penso, ou melhor da analise da historia recente elaborei a seguinte tese.

Não adianta pensar que se podem Democratizar ex-colonias em meia duzia de anos.

A Biblia no Livro do Exodus conta a Historia de um Povo Escravo ( Israel) que saí do jugo do seu opressor ( Egipto) e que anda pelo Deserto cerca de 40 anos antes de chegar à Terra Prometida - Israel.
Quem conhecer a geografia da zona percebe que mesmo a pé nao são precisos 40 anos para atravessar o Deserto do Sinai.
Por isso teria que haver uma outra razão.
Razão sócio-politica de Magna importancia. Os 40 anos serviram para que a Geração nascida em cativeiro desaparecesse , e que na Terra Prometida apenas entrassem Geraçoes nascidas em Liberdade.

Vejamos a Historia recente:

Magreb - ( Ex colonias Francesas)
Marrocos - Governo Monarquico com muito pouco de Democracia - Situaçao Estavel
Tunisia - Republica ( quase Heriditaria ) - Deficit Democratico - Estavel
Algeria - Enquanto nao se falou de Democracia Estavel - Fizeram eleiçoes democraticas e o resultado - quase 200 000 ( DUZENTOS MIL ) mortos

Africa:
Angola - nem vale a pena falar - guerra civil - eleicoes fraudulentas - guerra -
Moçambique - Guerra civil e só depois da Morte de Machel foi possivel começar a falar PAz
Guiné - Eleiçoes é brincadeira
Congo - enquanto o ditador MObutu foi vivo a coisa estava controlada - depois Caos

E ainda o Tchad, a Costa do Marfin, a Nigeria, etc...

Tudo isto para voltar a Timor e ter a sensaçao que o lá se passa já aconteceu N vezes nos paises que mencionei.

A Democracia, caso estejamos esquecidos, foi " inventado" pelos Gregos ha 2000 atrás, e para vingar na Europa ( O Continente das Luzes) demorou 1900 anos e mesmo assim tivemos Mussolini, Franco, Salazar, Hitler.

Com todos estes exemplos os Governantes do Mundo, na ansia de se livrarem de um problema, e de fazerem o politicamente correcto, tomam a mesma decisao sempre.

Auto determinaçao o mais depressa possivel e com o establishment existente.

Resultado - Politicos mal preparados, diferendos internos mal resolvidos, economias sem viabilidade, crises politicas e sobretudo MORTOS. Muitos seres Humanos que perdem a vida.

Não seria mais sensato criar administraçoes interinas de longo prazo, para se formarem quadros nascidos na Liberdade, dando assim tempo aos diferendos e às questiunculas para desaparecerem.

Sensato é mas o poder dos $$$$ e dos €€€€€ é maior e sobrepõe-se.

Sem concluir, de proposito, para deixar uma linha de discussão em aberto, daqui me vou que a fome já aperta e o almoço tarda.

Abraços

JoséSR

A PJ e a sua "defesa do território"


Segundo o "Diário de Notícias" de ontem, o Director Nacional da PJ considerou "inopinada" e que reflecte "uma preocupante falta de coordenação" a actuação da PSP, ao prender o militante de extrema-direita que dera uma entrevista à RTP exibindo uma espingarda e declarando que ele e os seus companheiros estavam prontos a "tomar as ruas", e declarou que essa detenção ocorreu sem conhecimento prévio da PJ, que teria em curso "investigações sobre a extrema direita". Fonte da DCCB da PJ teria ainda referido ao DN que a mencionada detenção prejudicou uma investigação que "pretendia entrar no "coração" do movimento, isto é, no seu financiamento".

Periodicamente, assistimos a reacções destas por parte de responsáveis e elementos da PJ, que cada vez mais se vai mostrando uma polícia extremamente "territorial", isto é, que entende que há zonas de actuação que são dela e só dela e que, quando uma outra polícia "invade" o que a PJ considera o seu "território de caça exclusivo" motiva sempre comentários deste género, sendo curioso como sempre as actuações de outras polícias prejudicam importantes investigações em curso da PJ...

Que a PJ se considera a si própria a nata, "la crème de la crème" das polícias, já se sabia e não vem daí mal ao mundo. Presunção e água benta, cada qual toma a que quer... Mas que a "defesa do território" da PJ use sempre o mesmo e já ruço de tanto uso argumento, já começa a cansar...

Quanto a este incidente e à costumeira reacção da PJ, só três notas:

1. Como é que a PSP poderia saber que iria prejudicar investigação da PJ se não tinha conhecimento de que essa investigação existia? Se houve "preocupante falta de coordenação", isso deveu-se a quê? À actuação da PSP ou à "caixinha" que a PJ faz das suas investigações, mesmo em relação às demais Forças de Segurança? Ou será que o entendimento da PJ é que a PSP e a GNR tenham sempre de pedir prévia autorização à PJ para fazer uma detenção ou efectuar uma investigação?

2.Será talvez do meu mau feitio, mas parece-me que quem prejudicou - e muito!- a investigação que pretendia entrar no "coração" do movimento, isto é, no seu financiamento, foi a fonte da DCCB que terá falado do assunto ao jornalista do DN: é que, até aí, não se sabia que essa investigação existia e a detenção do dirigente de extrema-direita pela PSP, até porque na sequência da entrevista dele a uma televisão, nada indiciava sobre essa investigação (pelo contrário, até podia ajudar as desviar as atenções dela...); se eu fosse má-língua até poderia dizer que a tal fonte da DCCB é que aproveitou para informar os militantes de extrema-direita dessa investigação, não fosse dar-se o caso de eles ainda não se terem apercebido dela...

3. Pode ser impressão minha, mas parece-me que, de cada vez que há uma reacção destas dos responsáveis da PJ, esta dá mais um passo para sair da tutela do Ministério da Justiça e para ingressar na do MAI: afinal, que melhor forma haverá para acabar com preocupantes faltas de coordenação do que ter todas as polícias na mesma casa e coordenadinhas pelo mesmo responsável político?

Quando será que esta gente deixa de dar tiros no próprio pé???

Rui Bandeira

08 junho 2006

Explicação para o Rui Bandeira

Querido companheiro “bloggueiro” Rui
Mas então passou-Te pela cabeça que eu poderia sugerir que defendes o nacionalismo puro e duro, à moda hitleriana ?
Que raio de ideia.
Percebi a Tua sugestão, concordei com ela, não a confundi com nada (para além de tudo o mais, trazia certificado de origem...) e foi o termo utilizado e apenas isso, que fez saltar o incómodo que já cá estava dentro, após assistir às notícias referidas no texto.
Também sei que falar mal ou bem, o que é preciso é falar, mas “quem não se sente não é filho de boa gente”.
Mais chocante ainda, para mim, é o facto dos nomes sitados terem relações muito próximas, porque “Mário” era meu Pai e “Pinto Coelho” é uma personalidade extraordinária, que comigo trabalhou 16 anos e a quem devo horas e horas de trabalho dedicadíssimo e de extraordinária qualidade.
A propósito, sabes que em 30/01/1943 o contra-tropedeiro “NRP Lima” fez 67º de inclinação durante uma tempestade no mar dos Açores ?
Lê o próximo “post” e ficarás saber de uma peça desconhecida da História de Portugal, a tal que já fez 800 anos !
O abraço do costume.
Bom, o mesmo não, outro.

JPSetúbal

Fantasmas do «666» regressam a 6 de Junho

Caríssimo Rui, a Tua referência ao “nacionalismo” trouxe-me à ideia o dia de ontem !
É que, acaso dos acasos (ou coincidência das coincidências), ontem conforme estava anunciado pelo calendário há tantos anos quantos ele mesmo (calendário) tem, foi a coincidência dos “6”.

A conotação esotérica deste número 666 é velha e tem sido explorada, estudada, desenvolvida por matemáticos, teólogos, adivinhos e supersticiosos avulsos a partir do Apocalipse, apóstolo João no Novo Testamento, que diz que «é o momento de ter discernimento: aquele que tem a inteligência, que interpreta o número do Animal, porque é o número do homem: o seu número é o 666».
É o número da “besta, do Anti-Cristo, do animal...” e esse número apareceu no nosso calendário ontem.

Ora bem, esta anotação vem do facto de as coincidências não se ficarem por aqui.
Para quem viu a reportagem da RTP1, após o noticiário da noite, e quem viu, leu ou ouviu as várias notícias que foram emitidas sobre os nazis portugueses (Machado, Pinto Coelho e companhias) ficou com uma certeza, ontem foi o “666”, o dia da “BESTA”.
Segundo algumas interpretações o Apocalipse representa a luta eterna entre o Bem e o Mal, e aquilo a que se assistiu ontem foi a propaganda do Mal contra o Bem, passando pelos meios de maior audiência e em hora nobilíssima.

Claro que a oportunidade foi muito bem aproveitada e considero deliciosa a ideia dos nazis portugueses se juntarem às manifestações dos polícias, devidamente enquadrados pelos excelentes “dirigentes associativos” que aceitam como chefes, e que depois dos Sindicatos disparatada e demagògicamente autorizados pelo poder político, tencionam agora exigir o direito à greve, que é òbviamente, o passo seguinte da anarquia que vem a caminho, na sombra de um nacionalismo bacôco, velho e revelho, com cheiro a bafio (ou será naftalina ?)

Como se sabe, num regime nazi, a primeira bola a sair do saco seriam os Polícias organizados em sindicatos com o respectivo direito à greve... Como diz o outro, “é já a seguir...”

Isto passa-se num país europeu, cujo Chefe de Governo e 1º Ministro anunciou ter finalmente entrado no grupo dos países desenvolvidos (já em 1994/95), vamos a ver se com a total impunidade com que sempre se têm encarado estas manifestações do “Povo Sereno...” de sãos e pacíficos princípios, desde as claques do futebol aos festivais de música “nacionalista”.

Recordam-se do “arrastão” ? Estava fora do País quando aconteceu, reagi com a maior incredulidade quando me contaram, discuti com um enorme Amigo meu sobre o assunto defendendo aquilo que era evidente, não era possível os acontecimentos terem ocorrido como me estavam a contar e como alguma comunicação social relatava.
Foi fácil perceber todo o arrastão quando me confrontei com o anúncio de uma manifestação nazi, marcada para o Sábado seguinte.
Foi preciso fabricar uma boa justificação para que a tal “manif” tivesse razão de ser... e uma boa quantidade de portugueses acreditou no teatro de Carcavelos.

Meu caro Rui, certamente que o desenrascanso dos portugueses tem servido para safar os buracos em que Portugal sempre andou metido nos seus orgulhosos 800 anos de história.
Quero também acreditar que a imaginação dos portugueses “livres e de bons costumes” ainda não se esgotou, mas que convém ter um olho na burra e outro no carroceiro, lá isso convém, não vá a “besta” tecê-las... é que, pelo menos nestes dias, podem aparecer bruxas e quem as queira caçar !

E agora até as “cautelas e os caldos de galinha” podem fazer mal... Nunca se sabe se os galináceos estão engripados !

(Embora este escrito apareça com data de dia 8, tudo foi feito como se de dia 7 se tratasse. O "diabo" do relógio é que estava feito com a data e andou muito mais depressa... portanto considerem que o "ontem" foi dia 6 e não dia 7 como parece).

J.P.Setúbal

07 junho 2006

Do Quotidiano da nossa Mundialização

O JoséSR exibiu-nos um exemplo do seu humor levemente sarcástico com o post anterior. Mas, humor à parte, a frase inicial ("Pois é, Mundial de futebol à porta e não se fala em mais coisa alguma") espelha uma realidade que se vem mostrando praticamente incontornável e que até num blogue com as características deste se impõe.

Mas se o tema do momento é o Mundial de futebol, nada nos obriga a ficarmo-nos pelos comentários sobre jogadores ou seleccionadores, pela bola que entra ou bate no poste, pela vitória destes, a derrota daqueles ou o empate de aqueloutros.

Por exemplo, a propósito da participação da Selecção Nacional Portuguesa na competição, assistimos a um renascer de manifestações (bandeiras nas janelas, as autênticas romarias junto da Selecção, quer quando a mesma estagiou em Évora, quer no Luxemburgo e agora na Alemanha) que os intelectuais do costume se apressam a apelidar de patriotismo bacoco.

Este (recorrente - recordemos 2004) fenómeno de massas será tão primário assim? Será, como os tais intelectuais do costume afirmam ou deixam entrever, tão indesejavelmente negativo e simplista assim? Porque (res)surge este fenómeno associado ao futebol e não a outras manifestações da vida em sociedade?

Não alinho com os que diabolizam ou menorizam estas ditas manifestações de patriotismo. Pelo contrário, entendo-as, aceito-as e acho-as saudáveis.

É inerente à condição humana o gregarismo, a integração em grupo e a socialização em círculos sucessivamente alargados. Cada um de nós define a sua individualidade também em função da sua família, da sua terra, da sua profissão ou empresa, da sua nacionalidade. Esta intrínseca necessidade de integração em grupos, mais ou menos vastos (mas que implica sempre a divisão entre nós e os outros) não se lamenta nem aplaude - reconhece-se. Essa necessidade de integração existe por evidente imperativo da Natureza: garantir segurança! Integramo-nos porque com essa integração nos sentimos mais seguros.

Só que, no caso do nosso grupo nacional, os Portugueses, essa necessidade de segurança é mais problemática, atendendo à nossa dimensão enquanto Povo (apenas dez milhóes no nosso território e mais uns quantos por esse Mundo fora) e, nos tempos que vão correndo, às nossas evidentes dificuldades de acertar o passo neste Mundo em que impera o Mercado Global e em que o Lucro é Rei e a Produtividade a sua Dama.

Estamos ficando cientes de que o guarda-chuva da União Europeia, embora ajude, não nos livra de nos molharmos quando sujeitos às tempestades da globalização. E, pese embora a nossa tendência para nos desvalorizarmos, que nos empurra para irmos rosnando "que o que devíamos era ser espanhóis" (mas sempre com a reserva mental de que se trata de frase mandada da boca para fora, sem consonância com o que verdadeiramente sentimos e queremos), enquanto Povo, enquanto grupo, fazemos aquilo que qualquer grupo faz quando se sente ameaçado e inseguro: cerrar fileiras!

Entendo, pois, que o ressurgir do patriotismo e das suas manifestações simbólicas resulta essencialmente deste verdadeiro REFLEXO DE DEFESA de um Povo que, de modo mais ou menos difuso, se sente ameaçado e inseguro. E, assim sendo, entendo que não é um mal em si, antes pelo contrário, é um bem e uma necessidade, um instrumento destinado a ajudar-nos a ultrapassar as nossas actuais dificuldades e reganharmos a confiança em nós próprios (altura em que poderemos recomeçar prazenteiramente a digladiarmo-nos uns com os outros e a afirmar a individualidade de cada qual...).

Mas, se esta necessidade de cerrar fileiras e de nos afirmarmos enquanto Povo usando os nossos símbolos nacionais existe e tem explicação racional, porquê a sua expressão precisamente através do futebol?

A meu ver, por duas razões: a mais simples é porque é o que está mais à mão de semear, está aí e agora; a mais complexa é porque podemos sentir-nos inseguros, mas temos a nossa memória colectiva intacta e, lá no fundo, sabemos bem que o nacionalismo em excesso pode causar grandes males; no fundo, o nosso instinto recomenda-nos que o usemos como se usa um medicamento: com conta, peso e medida, que o excesso em vez de curar, mata! E, assim sendo, darmos largas ao nosso patriotismo através do futebol, é o ideal: afaga-nos o ego, mas porque o futebol tem a importância que tem e não mais do que essa, não há perigo de abusarmos!

Continuo a entender que, enquanto Povo, podemos não ser os melhores, os mais produtivos, os mais fortes ou os mais poderosos. Mas, com o nosso lastro de mais de oitocentos anos, em Sabedoria Colectiva e, em especial, em Manha, ninguém nos bate!

E agora vejam lá até onde o Mundial de futebol já levou a conversa!

Rui Bandeira

06 junho 2006

Da Mundialização do nosso Quotidiano

Pois é, Mundial de futebol à porta e não se fala em mais coisa alguma.

Vou falar também.

Ronaldo - O Embuste do nome

CORRAM com o Ronaldo dali para fora !!!!!.

São várias as razões :

a) Não tem estofo para grandes jogos
b) É um risco de Expulsão permanente
c) Não joga para a equipa - joga só para ele
d) Não defende
e) Tira o lugar ao SIMÃO
f) Tira o lugar ao SIMÃO
g) Tira o lugar ao SIMÃO


Pauleta - O grande AÇOR(da) das Ilhas

Só consegue marcar golos à Republica dos Pés Descalços, e aos Unidos da Frente Comum, quando toca a jogar a DOER - GOLOS que é BOM NADA vide Euro 2004.
E para além do mais tira o Lugar ao NUNO GOMES.

Bem pode ser que contra o Irão consiga qualquer coisa, mas só se durante o jogo alguém do Publico gritar bem alto o grito do Muezzim , e os iranianos ajoelhem todos para Meca.....

Quem sabe há um Milagre !


Costinha - Tal como o Costa do Castelo é de outra época

Pois aqui o caso é diferente, até é em absoluto um bom jogador, mas na forma em que está só lá está a tirar o Lugar ao PETIT.


Quanto aos demais pois que façam o melhor que souberem e que isso seja Ganhar.

Como podem facilmente entender, no que ao futebol diz respeito não sou muito faccioso. Há o Benfica e o resto é paisagem!

Ah! o titulo do Post foi só para prender a vossa atenção !!!

Este que se Assina

José SR

O trabalho e o valor do mercado

"A canseira que é terem de receber por semana o que muitos portugueses não recebem numa vida inteira de trabalho!" (JPSetúbal, no post "DESPORTO DA NAÇÃO !")

Esta passagem do pensamento exposto pelo JPSetúbal constitui o afloramento de um sentimento corrente, que deplora a imoralidade dos principescos ganhos de jogadores de futebol, sobretudo quando comparados com o que o comum dos cidadãos aufere com o seutrabalho.

Que a disparidade choca, é evidente que choca.

Mas nos idos dos "anos da brasa" pós 25 de Abril li certa vez a transcrição de uma entrevista (que eu saiba, nunca desmentida...) de Otelo Saraiva de Carvalho a um jornal nórdico (penso que sueco) e, à pergunta do jornalista sobre qual o objectivo da "Revolução Portuguesa", Otelo terá respondido que era "o de acabar com os ricos", ao que, célere, o próprio jornalista retorquiu que no seu País tinham optado pela solução inversa: acabar com os pobres!

Desde então interiorizei uma lição: não importa que um ou uns poucos ganhem muito, o que interessa é resolver o que obriga a que muitos ganhem pouco, muitas vezes não o suficiente para terem e darem aos seus uma vida digna.

Nesta linha de pensamento, não é o facto de alguns jogadores de futebol ganharem muito que me choca. Até porque, se assim é, é porque alguém lhes paga... O que me choca é que haja tantos que, apesar do seu esforço, do seu trabalho, da sua diligência ganhem incomensuravelmente menos, por vezes o insuficiente para as suas necessidades. E estou a pensar na nossa terra, porque se pensar na miséria que há, designadamente, em África, estamos conversados...
Aliás, os faraónicos rendimentos não são apenas apanágio dos melhores jogadores de futebol: e os tenistas de topo? E os golfistas de alta qualidade - os desportistas mais bem pagos do Mundo? E os "armários" basquetebolistas da NBA? E os pilotos de topo da Fórmula 1? E...? E...? E...?
Nem sequer a questão se restringe ao campo do desporto profissional: e os actores dos blockbusters de Holliwood? (Nem sequer precisamos destes: basta comparar os rendimentos dos actores de Bollywood com os dos camponeses indianos...) E os pintores da moda de New York? Ou os Frank Gerry's da arquitectura? Ou...? Ou...? Ou...?

Para mim, a questão resulta do sacrossanto Mercado, que valoriza e paga aos que produzem o que vende e gera (imensos) lucros, seja o espectáculo visto por milhões, seja a obra disputada pelos ricos e poderosos deste mundo.

E não vale a pena lamuriar-mo-nos: as coisas são como são, o Mundo é como é e cada um de nós tem de viver com estas realidades.

Que fazer, então? Resignarmo-nos? Não, simplesmente procurar entender as verdadeiras causas destas gritantes e injustas disparidades e cada um de nós fazer o que puder, ao seu nível, ao nível do meio em que se insere, para procurar que, pouco a pouco, sem "saltos mortais da História" (que normalmente dão mal resultado e partem uns pescoços...), esta realidade se vá alterando e que se dê valor não apenas ao que cada um pode vender gerando lucro, mas que se valorize, tout court, também, intrinsecamente, o trabalho e o esforço de cada um, tenha ou não " bom mercado" e, assim, a dignidade humana.

Mas, meus caros, que nunca nos preocupemos com aqueles que ganham muito! Esses, sorte deles!

Preocupemo-nos, isso sim, é com os que não ganham o suficiente!

A verdadeira Revolução que espero que um dia a Humanidade consiga fazer não é a que acabe com os ricos, antes a que acabe com os pobres!

Rui Bandeira

05 junho 2006

A Prof. Doutora Helena Barbas apresenta «Esoterismo da Bíblia» do
Prof. António de Macedo no Espaço D. Dinis na próxima terça-feira


CONVITE
aos nossos leitores e amigos:

A Ésquilo – Edições e Multimédia tem o prazer de convidar V. Ex.ª para assistir ao lançamento da obra «Esoterismo da Bíblia», da autoria de António de Macedo, que terá lugar no Espaço D. Dinis, sito na Av. António Augusto de Aguiar, 17 - 4º esq., em Lisboa, dia 6 de Junho, terça-feira, às 19h00.

A apresentação da obra estará a cargo da Prof.ª Doutora Helena Barbas.

No final da sessão será servido um Porto de Honra.

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ESOTERISMO DA BÍBLIA
António de Macedo

- Essencial para compreender a mensagem mais profunda e filosófica dos textos bíblicos -

«Que os próprios textos da Bíblia contêm material esotérico, é um dado observacional indiscutível, além do facto, também indiscutível, de terem sido objecto de interpretações esotéricas, quer por parte da tradição judaica, quer da tradição cristã desde os seus primórdios.»

António de Macedo
in Preâmbulo

António de Macedo, especialista na investigação e estudo das religiões comparadas e actual docente da cadeira de «Introdução ao Estudo da Esoterologia Bíblica» na Universidade Nova de Lisboa, aborda neste livro uma série de temas relacionados com o esoterismo da Bíblia, com grande preocupação de credibilidade e precisão investigacional. Aqui se questionam as traduções correntes da Bíblia, confrontando-as com os textos originais, hebraicos e gregos, revelando estranhezas surpreendentes e desvendando as alterações feitas propositadamente pelos copistas para inflectir o sentido da mensagem cristã…
Um livro com linguagem perfeitamente acessível ao público em geral mas que recusa o sensacionalismo de ocasião para investigar com seriedade e rigor alguns dos mistérios mais obscuros do nascimento, ascensão e expansão vertiginosa do Cristianismo, desde a sua fase de uma dissidência marginal do Judaísmo, passando pela sua posição super preponderante de religião oficial do Império Romano, e até às suas inúmeras manifestações, quer oficiais, quer marginais, nos nossos dias.

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Outras actividades no Espaço D. Dinis:

- - Na segunda-feira, dia 6/6, às 19h, o Prof. Doutor António Fragoso Fernandes e o Dr. Tiago Pita apresentarão a obra «Pensar Bem, Viver Melhor – Filosofia Aplicada à Vida» de Jorge Dias.

- - Com organização da Nova Acrópole dará início o curso «A Sabedoria Viva das Antigas Civilizações» a 7 de Junho, quarta-feira, pelas 18h30, ver programa na web:

http://www.nova-acropole.pt/curso_filosofia.htm

Mais informações através do tlm.: 939 800 855 .

Em continuação ao ciclo «Portugal Profundo e Esotérico» organizado pela Nova Acrópole e pela Ésquilo:

- - Na quinta-feira, 8/06, pelas 19h será proferida uma conferência pelo Prof. António de Macedo subordinada ao tema «DO VIRIATO AO QUINTO IMPÉRIO». A entrada é livre.

- - - - Na sexta-feira, 9/06, pelas 21h30 será proferida uma conferência pelo Prof. Dr. José Manuel Anes subordinada ao tema «ENNOEA – ALQUIMIA, SEBASTIANISMO E QUINTO IMPÉRIO». A entrada é livre.


http://www.nova-acropole.pt/sede_lisboa.htm

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Saudações culturais,


Contacto para informações: 939 800 855

JPSetúbal

DESPORTO DA NAÇÃO !
O ”A PARTIR PEDRA” nasceu em vésperas de uma grande competição mundial de futebol, ou vendo por outro calendário, entre duas competições importantes de futebol.
Talvez por isso me apetece mandar um grande abraço (na verdade um xi-coração mesmo à séria) de parabéns à nossa Campeã VANESSA FERNANDES.
Querida Vanessa (que não tenho o prazer de conhecer pessoalmente) podes ter a certeza que há, no Teu País, quem considere que há muito mais desporto para além do futebol. Se calhar não são muitos, mas há alguns, podes crer.
Ponho mesmo a dúvida sobre se o desporto não está todo para além do futebol (deste futebol que a Liga e a Federação alimentam) e já agora aproveito para dar "ar" ao meu mau feitio.
É que nos últimos tempos, 2 a 3 meses, tem havido uma nova campanha de “campeonização” (isto existe ?) de alguns nomes do “nosso” futebol.
1-Por exemplo, não consigo perceber como a Holanda e a Ucrânia chegaram à final do Europeu de sub-21.
É que me parece que nem uns, nem outros, tinham o Quaresma na equipa !
E mesmo assim chegaram à final. Esquisito, não é ?
2-Entendo que é um erro o Sporting não aceitar a continuação do Sá Pinto.
A mim, que sou do Benfica, dar-me-ia um gozo especial o Sporting jogar só com 10 elementos (após as expulsões contínuas do S.Pinto...).
3-Os “nossos melhores” jogadores são todos muito jovenzinhos, coitadinhos estão a aprender, aquilo de se virarem aos murros e/ou ao pontapé aos jogadores das outras equipas é coisa que se desculpa. Coitados, são jovens, não pensam... bem basta terem de ser adultos e terem de cansar aquelas cabecinhas jovens todos os fins do mês... ou todas as renovações de contrato... !
A canseira que é terem de receber por semana o que muitos portugueses não recebem numa vida inteira de trabalho !
Além de que aquilo de só jogar à bola cansa que se farta.
É actividade de grande risco e de desgaste muito rápido, nada comparável com a vida sossegada e nada desgastante de um programador de computadores, de um calceteiro ou de um condutor de pesados !
4-A este propósito os “comentadores” desportivos insistem e sublinham permanentemente as maravilhas dos “artistas da bola” indispensáveis, segundo eles, à vida nacional.
Pois, repito aqui o que escrevi em mail enviado há algumas semanas para o “Trio de Ataque” (3ª feira à noite, na RTP-Notícias) jogadores como o Cristiano, Quaresma, Sá Pinto, João Pinto, Jorge Costa, Petit... e vários outros deveriam pura e simplesmente ser irradiados de tudo o que se possa confundir com desporto, de tudo o que possa servir de exemplo ou de entusiasmo aos miudos portugueses.
São péssimos exemplos de caracter, de educação, de convivência desportiva, que só dirigentes da qualidade de G.Madaíl ou de V.Loureiro alimentam.
5-E quanto ao Campeonato do Mundo na Alemanha... iremos ganhar a Angola, digo eu, mas o resto... com árbitros daqueles, com relva assim, com o tempo como vai estar... bom, não sei, não !

Tchau e um queijo
JPSetúbal

Raúl Indipwo (Raul José Aires Corte Peres Cruz) 1933-2006


Raúl Indipwo morreu. Ou, como costumam os maçons dizer, passou ao Oriente Eterno.

Músico conhecido, com uma carreira recheada de sucessos, primeiro no Duo Ouro Negro, com Milo MacMahon, depois a solo, com o nome artístico de Raúl Ouro Negro, dedicou-se também à pintura, com assinalável êxito.

Os meus contactos com o Raúl foram parcos e restritos a alguns eventos sociais, pois ele integrava uma Loja diferente da minha.

Ainda assim, fácil foi ver como o Raúl tinha um coração do tamanho da sua África, gratificante foi lidar com a sua natural simpatia e sensibilidade, agradável testemunhar como, artista conhecido, não evidenciava quaisquer tiques de vedeta, aprazível lidar com a sua religiosidade simples e pura.

A sua generosidade levou-o a criar a Fundação Ouro Negro, que preferencialmente procura ajudar em África.

Ainda fervilhando de projectos, a vida de Raúl foi cortada por implacável pneumonia.

Sendo crente e ciente da brevidade da nossa passagem por esta vida, o Maçon, quando confrontado com a morte de um seu Irmão só lamenta a impossibilidade de com ele continuar a privar, confortando-se porém com a memória do ausente.

O Raúl deixou a sua marca na sua passagem por esta vida, viveu e foi solidário, procurou sempre aperfeiçoar-se, enfim, e numa palavra, foi Maçon.

Honra à sua memória! Até sempre, Raúl!

Rui Bandeira

APRESENTAÇÃO


Este espaço é colectivo. Todos os que nele colaborarem são maçons e integram a Loja Mestre Affonso Domingues.

No entanto, este espaço não é, não quer ser e não vai ser, um "blogue maçónico". É, quer ser e vai ser, simplesmente, um blogue feito por maçons.

Este espaço não é, não quer ser e não vai ser, um meio de proselitismo. É, quer ser e vai ser, simplesmente, um espaço onde os seus colaboradores exprimem livre, mas responsavelmente, as suas opiniões sobre qualquer tema, maçónico ou não.

Este espaço não se destina a ser lido por maçons - nem sequer assim poderia ser, pois quando se publica um blogue a ele acede quem quiser e esta é uma das grandes virtudes deste ambiente de Liberdade que é a blogosfera! Este espaço destina-se a ser lido por quem quiser fazê-lo.

Tudo o que aqui for escrito é, obviamente, susceptível de ser comentado, com a mesma liberdade e exigência de responsabilidade que os colaboradores reivindicam para si próprios.

Esperamos que quem aqui aceder goste do conteúdo e se habitue a voltar!

Rui Bandeira

04 junho 2006


CHEGÁMOS !
Com Alegria, Fraternidade, Justiça e Amor cá estamos prontos a dar início a um recanto da blogosfera destinado à discussão das ideias, à apresentação de trabalhos, ao anúncio dos progressos dos Homens que, connosco, quiserem participar na construção de um Mundo, uma Sociedade, mais justa e mais perfeita. Procuraremos que a Alegria permaneça nos corações, que a Paz se espalhe sobre a Terra.Para Bem da Humanidade.Para Felicidade dos Homens.

JPSetúbal