Tal como está no nosso ritual na página 15, vamos aborda-lo de baixo para cima e da esquerda para a direita
1.
Piso branco e preto
O pavimento, alternadamente em preto e branco,
simboliza, os Princípios de Bem e do Mal, simboliza a guerra entre Miguel e
Satanás, dos Deuses e Titãs, entre a luz e a sombra, dia e noite, da Liberdade
e Despotismo;
O que é bom para mim pode ser mau para ti.
Neste Grau de Aprendiz, o pavimento mosaico
representa o piso térreo do Templo do Rei Salomão.
2.
As Colunas, os 3 degraus e as Romãs
O local de reunião de uma Loja maçónica tem por
entrada um espaço delimitado por duas colunas. Estas evocam as duas colunas que
existiam no átrio do Templo de Salomão, descritas na Bíblia no 1.º Livro dos
Reis, capítulo 7, versículos 15-22:
As Colunas “B” e “J”, estão presentes em todos os
templos maçônicos e sua posição varia conforme o Rito.
Nos Ritos: Escocês, York, Schroeder, a Coluna “B”
fica à esquerda e a “J” à direita. Nos Ritos: Francês e Adonhiramita as
posições são invertidas.
Os Três Degraus antes do Pórtico, representam a
idade do Aprendiz, correspondente ao tempo que os Maçons Operativos
necessitavam para serem elevados ao Grau de Companheiro.
Somente após vencer os Três Degraus, isto é, o
tempo de permanência no 1º Grau, é que o Aprendiz atingia o pórtico e entrava
na obra que se estava construindo.
As romãs semiabertas nos capitéis das colunas,
divididas internamente por compartimentos cheios de considerável número de
sementes, sistematicamente dispostas e intimamente unidas, lembram a
fraternidade que deve haver entre todos os homens e, sobretudo entre os Maçons.
As romãs representam assim, a família maçónica
universal, cujos membros estão ligados harmonicamente pelo espírito da ordem e
da fraternidade.
3.
O Nível
Sob o ponto de vista operativo, com o Nível é possível verificar,
se uma superfície está livre de arestas, pois, a planificação do alicerce de
uma obra é fundamental para sua correta sustentação
É a joia simbólica do 1º Vigilante, sendo aquele que em Loja, promove
o igual tratamento, não se reconhecendo as distinções existentes no mundo
profano. O Nível é o símbolo da igualdade, da igualdade fraterna, com que todos
os maçons se reconhecem.
4.
Régua 24 polegadas
A régua, por excelência, é um
instrumento de medida. Através dela é possível obter a informação sobre a
longitude de uma dimensão espacial.
O número 24, associado à régua, é
primeiramente referido às horas do dia. Em número de 24, divididas em três
períodos iguais de oito horas, sugere que o homem deve ocupar com equilíbrio o
seu dia em descanso, trabalho, e a serviço do seu Deus ou de um irmão
necessitado.
A lição que o Aprendiz deve obter da
régua de 24 polegadas é da proporcionalidade e retidão com que deve ocupar o
seu tempo
5.
Maço e Cinzel
O Maço é a energia, a contundência, a força e a decisão necessárias para
que o Aprendiz progrida no seu trabalho, não esmorecendo ao primeiro revés.
Quando utilizado de forma desordenada, o maço pode-se transformar numa poderosa
ferramenta de destruição, porém, o seu uso disciplinado torna-o num instrumento indispensável.
O Cinzel simboliza a inteligência que o Maçom deve empreender para
desbastar a Pedra Bruta.
É um instrumento utilizado para trabalhos que exijam apuro e precisão,
formado por uma haste de metal em que um de seus lados é perfuro-cortante e o
outro apresenta uma cabeça chata onde recebe o impacto do Maço, dirigindo a
força daquele de forma útil.
A associação do Maço com o Cinzel mostra-nos que a vontade e a
inteligência, a força e o talento, a ciência e a arte, a força física e a força
intelectual, quando aplicadas em doses certas, permitem que a Pedra Bruta se
transforme em Pedra Cúbica
6.
Pedra Bruta / Pedra Cúbica Piramidal
A Pedra Bruta simboliza o Aprendiz, que nela vai
trabalhar, desbastando e marcando-a, até que seja julgada polida pelo Venerável
Mestre.
Ela representa o homem na sua infância ou estado
primitivo, sem instrução, áspero e despolido, com as paixões a dominarem a razão
e o que nesse estado se conserva até que, pela instrução maçónica, pelo estudo
adquira instrução superior.
7.
A Lua, o Sol e as estrelas
Decoram o templo simbolizando o universo e os
atros que iluminam a abóbada celeste.
O Sol, e a Lua representam o antagonismo da
natureza, o dia e noite, a afirmação e a negação, o claro e o escuro, que,
contraditoriamente, gera o equilíbrio, pela conciliação dos contrários.
As diversas Estrelas distribuídas irregularmente
no Painel do 1º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceite simbolizam a
universalidade da Maçonaria e lembra que os Maçons, espalhados por todos os
continentes, devem, como construtores sociais, distribuir a luz dos seus
conhecimentos a todos os que ainda estão cegos e privados do conhecimento da
verdade.
8.
Olho que tudo vê
Os cristãos chamam-no de Olho da Providência e o representam-no
dentro do triângulo que representa a Santíssima Trindade - Pai, Filho e
Espírito Santo. Para os cristãos esse símbolo representa a onisciência e a
onipresença de Deus.
Este símbolo para nós maçons, alude ao “Grande
Arquiteto” que observa e acompanha as ações dos membros da Ordem, com o intuito
de que todos ajam de forma correta
9.
Esquadro e compasso
O Esquadro como joia do Venerável Mestre, indica
que ele deve ser o Maçom mais reto e mais justo da loja, servindo como
paradigma para todos os obreiros.
É símbolo da retidão, da moralidade, pois que
conjuga, por sua forma, o Nível e o Prumo.
Enquanto a linha horizontal do Esquadro representa
a trajetória a ser percorrida na terra, o determinismo, o destino, a vertical
indica o caminho para cima, dirigindo-se ao cosmo, ao Grande Arquiteto do
Universo
O compasso simboliza a vida correta,
pautada pelos limites da Ética e da Moral. Ou ainda o equilíbrio. Ou a também a
Justiça. Porque o compasso serve para traçar circunferência, delimitando um
espaço interior de tudo o que fica do exterior dela, assim se transpõe para a
noção de que a vida correta é a que se processa dentro do limite fixado pela
Ética e pela Moral
A conjugação destes dois símbolos
constitui provavelmente o símbolo mais conhecido da Maçonaria através de um esquadro,
com as pontas viradas para cima, e um compasso, com as pontas viradas para
baixo.
10. 3 Janelas
Representam as 3 portas do reino de Salomão
11. Pedra Cúbica
A Pedra Cúbica representa o Companheiro. É o
material perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulos retos.
Simboliza o homem desbastado e polido de suas
asperezas, educado e instruído, pronto para ocupar seu lugar na construção de
um mundo melhor.
12. O Prumo
O
Prumo permite aferir a retidão de uma parede quando está a ser construída, de forma
a garantir sua estabilidade
Simbolicamente, o Prumo possibilita a verificação correta e
fundamenta o correto crescimento intelectual do maçon, trazendo o conhecimento
necessário que possibilitará a aplicação precisa da força através da razão.
É
simbolicamente a joia do 2º Vigilante e deve ser usada para verificar qualquer
inclinação, qualquer saída do Prumo, que possa acontecer durante a
aprendizagem, corrigindo-a a tempo.
13. Corda de 81
nós
Tradicionalmente, na Maçonaria, os operativos
empregavam cordas com nós amarrados a distâncias iguais, para efetuar medições
das distâncias no canteiro de obras e esquadrejar grandes ângulos. Isso
permitia-lhes traçar os planos de construção das obras que realizavam.
Este método é utilizado ainda hoje por mestres de
obra, quando precisam achar o esquadro da fundação de uma obra.
As catedrais antigas eram orientadas de modo que
seus eixos ficassem no sentido Oriente-Ocidente e os mestres de obras dominavam
as regras da astronomia que lhes permitiam determinar com exatidão a orientação
deste eixo. Uma estaca era fincada no terreno, sobre este eixo, no ponto
indicado pela seta da figura em baixo
Considerando o Teorema de Pitágoras, onde o
quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos temos:
Hipotenusa = 5 segmentos ou 5×5=25
Cateto menor = 3 segmentos ou 3×3=9
Cateto maior = 4 segmentos ou 4×4=16
Considerando a fórmula de Pitágoras, o quadrado da
hipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos, temos:
25 = 9+16 e isso assegura que o ângulo tenha
exatamente 90º.
Imaginemos que fossem construir uma grande
catedral. Precisavam de algo mais que um metro para medir as grandes distâncias
e assim utilizavam as cordas com nós atados a distâncias regulares e estacas,
de acordo com a escala utilizada.
14. O Alfabeto Maçónico
Fontes:
RPGF